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Alamedas, 2018
O presente trabalho tem por objetivo a exposição da metodologia do conhecimento em Marx. Método entendido aqui em sentido amplo, como caminho, peregrinação científica. Para tanto, partir-se-á do debate doutrinário instaurado em que se controvertem duas posições: primazia da consciência sobre a realidade – posição chamada de filosofia do sujeito – ou primazia do objeto sobre a consciência – posição marxista. Neste contexto, e com apoio em Marx, serão aportadas algumas considerações que podem servir de diretrizes à solução desse conflito.
SER Social, 2016
O propósito deste ensaio é destacar alguns pressupostos e implicações políticas da filosofia de Karl Marx na leitura de Enrique Dussel, trazendo contribuições teóricas para o processo de lutas sociais na América Latina. Temos convicção que a aproximação dos autores mencionados contribui de forma impar diante os processos libertários neste contexto. O presente trabalho está sistematizado em três tópicos, que se seguem à introdução, onde reiteramos as convergências críticas entre o filósofo argentino Enrique Dussel e o alemão Karl Marx para a compreensão da América Latina. Inicialmente, abordaremos elementos reflexivos sobre Marx na leitura filosófica de Dussel. Em seguida, situaremos o cenário de expropriações e lutas sociais no sistema-mundo moderno colonial a partir deste referencial da América Latina. Por fim, na parte conclusiva, pontuaremos as “interpelações críticas” a partir de Dussel e Marx, na perspectiva das lutas sociais latino-americanas, que se constituem em filósofos fu...
À primeira vista, a série parece explorar (com muitas liberdades criativas, é verdade) uma implicação contraintuitiva da Teoria da Relatividade Geral, de Einstein: a existência simultânea de passado, presente e futuro. E como essa simultaneidade é a premissa mais fundamental da narrativa, naturalmente a série é também rica de momentos em que somos levados a questionar o quanto os personagens são realmente livres. Ou seja, se passado, presente e futuro existem ao mesmo tempo, nossas escolhas (e suas consequências e suas interações com outras escolhas e outras consequências) não estariam todas prédeterminadas? E justamente por apostar na demonstração de que nenhum dos personagens é livre, e por desenrolar-se numa recorrente frustação do desejo de todos os envolvidos por liberdade, a série suscita a questão da emancipação humana. É possível tornar-se livre? Se sim, como? Afinal, se o fim é o começo e o começo é o fim (frase enunciada diversas vezes ao longo das três temporadas), todos estão condenados a reproduzir indefinidamente o existente. Não há espaço para o novo, apenas para a eterna repetição da qual não se pode escapar, apesar de uma persistente ilusão de livre arbítrio. Primeiro contato aparente com Marx: A fórmula de que o fim é o começo, e vice-versa remete imediatamente (de modo intencional ou não, pouco importa) à circulação de mercadorias, que Marx trata no capítulo 3 do livro I de O Capital. De modo muito resumido, o circuito percorrido por qualquer mercadoria é composto de dois movimentos. Primeiro, a venda, que converte a mercadoria (M) em dinheiro (D). Depois, a compra, que converte o dinheiro adquirido em nova mercadoria. A esses dois movimentos, Marx denomina primeira e segunda metamorfoses. Claro, nenhum desses circuitos M-D-M existe em isolamento. A segunda metamorfose de uma mercadoria é sempre a primeira de alguma outra (e vice-versa). A articulação desses circuitos é a circulação de mercadorias. Mais importante, tal articulação não forma simplesmente uma cadeia sequencial de transações. Forma, ao invés disso, uma densa rede de metamorfoses, sem pontas soltas, sem uma origem evidente, sem um fim evidente. Em M-D-M, o começo sempre vem de um fim e o fim sempre dispara um novo começo.
Verinotio – Revista on-line de Filosofia e Ciências Humanas, 2004
Um pensador da importância do filósofo alemão Karl Marx (1818-83) suscita discussões permanentes, nas quais se insere este trabalho. Não se trata para nós, contudo, apenas de um interesse acadêmico ou simples curiosidade, desliado da realidade: trata-se de encontrar respostas para questões que, na atualidade, ferem gravemente a ciência e a prática de uma humanidade extremamente carente de autoconhecimento. Tal análise se torna
A atualidade de Marx está, certamente, no método interpretativo que ele nos legou, que não é um método contemplativo, mas sim um método que tem como objetivo a ação transformadora da realidade. Temos de nos lembrar aqui, que Marx diferenciou-se dos s o c i a l i st a s u t ó p i c o s j u st a m e n t e p o r fundamentar sua proposta política, o programa político da Liga dos Comunistas, não numa sociedade ideal a ser alcançada, mas sim numa análise científica da realidade que permitia detectar a dinâmica contraditória dessa sociedade, e dessa forma, quais as metas deveriam ser estabelecidas não para apenas sanar as contradições, mas para realizá-las, fazer com que os germes destruidores da ordem brotem e se desenvolvam, para então superá-la.
2020
This study aims to expose and analyze Karl Marx's theory of alienation within the development of his theory from 1841 to 1848. In this exposition, the place of the concept of alienation in the period from 1841 to 1843 will be shown, with the Hegelian and Feuerbachian influences for the understanding of religious alienation and political alienation, as well as the inflection in Marx's thought in 1844, with the centrality of the concepts of alienated work and private property, and, finally, the place of the concept of alienation in the philosophical bases of historical and dialectical materialism, with the production of alienating complexes and their overcoming by the revolutionary way. Thus, both the ontological bases for human social genesis and categories that can help in an analysis of the alienating complexes of any society will be shown.
Nas últimas décadas, tornou-se comum a crítica de que Marx seria um pensador eurocêntrico, insensível ao colonialismo e até racista. A reação dos marxistas, no geral, foi aceitar essa narrativa e se limitar a citar autores da periferia do sistema: José Carlos Mariátegui, Brinda Karat, Ernesto "Che" Guevara e outros. Um caminho alternativo era defender a tese de György Lukács em História e consciência de classe: mesmo que Marx tivesse errado em todas as suas análises, poderíamos seguir tranquilamente marxistas, afinal, ortodoxia no marxismo diz respeito ao método-isto é, ainda que Marx tivesse sido um completo eurocêntrico, poderíamos, a partir do materialismo histórico, não o ser. Em Marx nas margens: nacionalismo, etnia e sociedades não ocidentais, Kevin B. Anderson é bem mais ousado. Com base na análise de uma série de textos de Marx-a maioria inédita em português-e de originais compilados recentemente-como o material da Marx-Engels Gesamtausgabe (MEGA 2)-, ele busca mostrar como o filósofo alemão, em sua trajetória intelectual, preocupou-se com questões raciais e de gênero e tornou-se um pensador não eurocêntrico, atento ao desenvolvimento das sociedades não capitalistas, defensor de uma via revolucionária multilinear, não determinista; em suma, um Marx que não toma o processo histórico europeu como métrica universal da história mundial. Marx nas margens se opõe, de forma rigorosa e bem fundamentada, a análises clássicas, como a crítica de Edward Said em Orientalismo, que classifica Marx como orientalista; revela a preocupação marxiana com os processos de libertação nacional das nações oprimidas e com a luta contra a escravidão da população negra; demonstra, portanto, como é insustentável a tese de um Marx complacente com o colonialismo (considerando a totalidade de sua obra) ou indiferente à luta abolicionista.
Há uma rica tradição marxista em nosso continente que se inicia ainda ao final do século XIX, quando o argentino Juan Justo traz a primeira tradução ao espanhol de O Capital. Nos anos seguintes, não apenas a produção teórica de intelectuais como o chileno Luís Emílio Recabarren e o peruano José Carlos Mariátegui (divisor de águas no marxismo latino-americano), mas também a luta socialista de Sandino e Farabundo Martí, contribuíram enormemente para a organização dos trabalhadores e a criação dos primeiros partidos de classe. Nas décadas seguintes, esses partidos, muitos dos quais associados a III Internacional Socialista, vinculam suas teses a da revolução etapista e, se por um lado obstaculizam o marxismo criativo na América Latina, por outro criam as condições para o surgimento do marxismo renovado dos anos 1960 e 1970 por meio de uma ruptura. Buscaremos, neste trabalho, resgatar essa tradição, dando especial atenção aos seus primeiros anos de história. PALAVRAS-CHAVE (ATÉ TRÊS) América-Latina; pensamento marxista ABSTRACT There is a rich Marxist tradition in our continent that still starts at the end of the nineteenth century, when the Argentine Juan Justo brings the first Spanish translation of The Capital. In subsequent years, not only the theoretical production of intellectuals like Luis Emilio Recabarren and Jose Carlos Mariategui (watershed in Latin American Marxism), but also the socialist struggle of Sandino and Farabundo Marti, contributed greatly to the organization of workers and the creation of the first class parties. In the following decades, these parties, many of which associated with the Third International Socialist, link their theses to the steps revolution, on the one hand hinder creative Marxism in Latin America, on the other create the conditions for the emergence of a renewed Marxism on years 1960 and 1970 through a break. In this article, we seek to rescue this tradition, with special attention to her first years of history.
Compreender que a ex-URSS e o papel do seu exército vermelho, tiveram uma grande importância para pôr fim ao nazi-fascismo (referente à Segunda Guerra Mundial, Hitler e Mussolini), uma derrota que começou em fevereiro de 1943, na batalha de
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Revista da Sociedade Brasileira de Economia Politica, 2023
Educação e direitos humanos - Uma perspectiva crítica, 2019
Boletim de Ciências Económicas, 2012
Estudos Avançados, 2019