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2021, Línguas e Instrumentos Linguísticos
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A partir de inquietações produzidas pela existência do que considero que é uma fronteira entre Brasil e América Latina, focalizarei como são significados os vários aspectos do funcionamento da fronteira nos dizeres de sujeitos que habitam e transitam a divisa geográfica e política traçada entre Brasil e os países de Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia. Um aspecto crucial, embora não exclusivo, consistirá em observar a constituição de subjetividades específicas e qual tipo de relação essas travam com as línguas.
Geadel, 2023
O portunhol configura-se como um fenômeno linguístico a partir da hibridação do português com o espanhol em situações de contato. Esse processo ocorre sobretudo em regiões fronteiriças geralmente nos seguintes casos: no espaço geográfico onde existem comunidades de fala que permitem o contato do português com o espanhol e também nas relações interpessoais. O portunhol não é, de certa maneira, levado em consideração no processo de ensino-aprendizagem em muitas instituições de ensino, principalmente desses locais de fronteira, por ser considerado um código linguístico "errado" no ato da comunicação verbal. Este artigo tem por objetivo apresentar os diferentes contextos comunicativos de representação do portunhol e as implicações atribuídas ao seu uso. Para isso, foram utilizados alguns autores que fundamentam teoricamente esta pesquisa em uma perspectiva bibliográfica, tais como: Dell Hymes (1972), Brito (2010), Lipski (2011), Bagno (2011, os quais apresentam discussões e reflexões sobre essa temática. Ao final, são apresentadas algumas considerações sobre a questão do portunhol, bem como maneiras de se pensar e refletir sobre seu emprego nas muitas práticas comunicativas. Trabalho desta natureza é relevante, pois contribui, de certa forma, para a quebra do preconceito linguístico, tendo em vista ser mais importante, linguisticamente, no ato comunicativo, a compreensão da mensagem e não a maneira como ela é transmitida pelos falantes.
Estudos Linguísticos, São Paulo, 2015
Este trabalho propõe mostrar o andamento de minha pesquisa de doutorado, iniciada em 2014, no IEL⁄Unicamp, cujo título provisório é: Barracão-PR, Dionísio Cerqueira-SC (Brasil); Bernardo de Irigoyen (Misiones-Argentina): fronteiras, línguas e história. Assim, pretendo trazer à discussão um dos objetivos do projeto de pesquisa, o qual visa a analisar traços de memória das línguas dos imigrantes e de outras línguas que constituíam esse espaço de fronteira quando da demarcação dos limites, na(s) línguas(s) enunciada(s) cotidianamente nesse "espaço fronteiriço" (STURZA, 2006). Tal pesquisa busca sua originalidade ao propor preencher uma lacuna no campo dos estudos sobre as fronteiras, no sentido de dar visibilidade ao processo de produção histórica de certas evidências, e aos seus produtos como produtos históricos, e não meramente naturais.
Anais do VI Encontro Internacional de Letras. A Formação do Professor de Letras: desafios e perspectivas, Foz do Iguaçu, 2012
A proposta deste estudo é refletir a partir da perspectiva da análise do discurso (AD) de linha francesa sobre as imagens de língua na região da tríplice fronteira: Foz do Iguaçú (Brasil), Puerto Iguazú (Argentina) e Ciudad del Este (Paraguai). Para cumprir com este objetivo, foram selecionados depoimentos orais de acadêmicos falantes nativos de espanhol de diferentes nacionalidades da Universidade Federal da Integração Latinoamericana-UNILA - que está localizada na cidade de Foz do Iguaçú. O enfoque teórico da análise do discurso possibilitou um recorte das sequências discursivas a partir das declarações dos alunos acerca de suas expectativas com respeito ao projeto educativo da UNILA. Para fazer possível a análise, foram empregados textos de autores como Elizaincín (1975); Camblong (2004) e Sturza (2006) que analisam especificamente as “línguas de fronteira”. Buscamos interpretar a língua espanhola e outras línguas de/na fronteira, tomando distância da ideia de hegemonia da imagem do espanhol como “língua da Espanha”, ideia fortemente marcada na linguagem dos meios de comunicação e publicitários. Por esta razão, refletimos nesse “espaço de enunciação fronteiriço” (STURZA, 2006), sobre temas relacionados às línguas em contato e à memória discursiva da língua espanhola, em particular, e a construção de novos sentidos para esta língua. Finalmente, é necessário esclarecer que as análises realizadas neste estudo, foram orientadas pelas seguintes questões: 1) ¿Qual é a imagem da língua espanhola na região da tríplice fronteira: é uma língua de negócios? de cultura? de integração? é internacional? 2) Qual é a imagem ou imagens de língua/s nesta região?
Visitas al Patio
El presente trabajo busca investigar el lugar del aspecto fónico de la lengua en el proceso de adquisición de lengua extranjera. En nuestro recorrido, volvimos a visitar el legado del maestro ginebrino Ferdinand de Saussure, partiendo del clásico libro Curso de Lingüística General y del manuscrito De la double essence du langage. Buscaremos contextualizar la formulación jakobsoniana sobre la relación entre sonido y sentido, a partir del legado saussuriano, destacando la forma como el hablante organiza el sistema fónico en el proceso de adquisición de lenguaje. Por fin, cuando acompañemos la reflexión de Heller-Roazen y de Cristófaro Silva respecto de la adquisición de lengua extranjera, señalaremos nuestra hipótesis sobre cómo la condición para convertirse en hablante de una lengua extranjera pasa por la experiencia de la producción y percepción de sonidos en la lengua materna.
Revista do GELNE, 2023
Toda geração tem um marco temporal. Quem tem mais de 70 anos deve lembrar-se de onde estava e do que fazia quando soube da notícia de que John Kennedy foi assassinado. Quem tem mais de 40 anos deve lembrar-se da queda das torres gêmeas. Mas quem sobreviveu à pandemia, o que lembra? Logo a incredulidade e a desconfiança deram lugar ao medo e à dor. A vida seguia, mas parada, um paradoxo difícil de explicar. A imagem de sepulturas sendo abertas por retroescavadeiras vai sempre causar arrepios; a dor da perda não vai cessar porque não pudemos sequer cumprir o ritual do luto, do fechamento de ciclos. Os efeitos na sociedade ainda estão sendo desvelados. E na academia? No campo da linguagem, os impactos da pandemia na alfabetização (MACEDO; PORTO, 2022), em estudos do discurso , da educação linguística (SILVA et al., 2023), dentre outros, já foram sistematizados, mas não se esgotam. É fato que a pandemia de Covid-19 -um evento sanitário repentino, radical e amedrontador, causado pelo rápido contágio de pessoas mundo afora pelo coronavírus (SARS-CoV2) -instigou pesquisadores e professores a repensarem suas práticas laborais e encontrarem novos meios para continuar realizando as atividades acadêmicas. Contudo, a continuidade das ações de investigação e ensino não dependeram apenas de boa vontade e criatividade. Foram muitos os fatores que afetaram diretamente o modo como a vida pode acontecer com ao advento do isolamento social por um longo tempo. Em particular, destacamos seis deles: 1. renovar a realização de eventos acadêmicos a fim de impedir a paralisação das atividades universitárias; 2. adaptar imediatamente as aulas para o modelo assíncrono, emergencialmente, sem haver preparação para o planejamento de ações específicas nem suporte de EaD disponível para que todos pudessem trabalhar em diferentes níveis de ensino; 3. qualificar o uso de distintos recursos tecnológicos e contar com estrutura adequada para o pleno funcionamento das infovias e para o entendimento da constituição de novas relações sociais; 4. identificar novas estratégias para realizar a coleta de dados em variados campos de conhecimento a fim de que as investigações pudessem ter continuidade; 5. garantir as mesmas condições de trabalho para que mulheres e homens realizassem a atividade docente a partir de suas residências;
O debate sobre o termo “lusofonia” enferma frequentemente de confusões conceptuais, particularmente no que aos conceitos de língua e cultura diz respeito. Neste ensaio pretende-se fazer uma análise desapaixonada desses conceitos procurando abrir caminho para soluções pragmáticas e sensatas.
Revista Espaço, 2017
Este artigo analisa a educação de surdos na fronteira de Santana do Livramento (Brasil) e Rivera (Uruguai), com ênfase nas experiências de escolarização em um espaço onde circulam diferentes línguas: a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a Língua de Sinais Uruguaia (LSU), o português e o espanhol. Para isso, utilizou-se dados de duas pesquisas sobre narrativas produzidas por surdos das escolas da fronteira Brasil-Uruguai, evidenciando uma experiência diferenciada e línguas compartilhadas. Os alunos surdos sinalizam sua preferência por uma escola que possui a escolarização em língua de sinais, independentemente
2016
Sofrimentos psíquicos-As lutas científicas da psicanálise e da psiquiatria pela nomeação, diagnóstico e tratamento, livro derivado da dissertação de mestrado de Julia Catani, é uma obra que, ao apresentar seu título, enuncia para o leitor uma odisseia a ser empreendida, antes mesmo de ele folhear suas primeiras páginas. Explicativo tanto quanto à sua proposta de abordagem temática e descritivo como ao seu objetivo de pesquisa, o título, por si só instigante, funciona como um convite à adoção de uma postura analítica para quem nele se debruçar, naquilo que se refere à decomposição das partes de um texto e de importantes palavras ali encadeadas. Na cadeia de palavras entoadas pela autora para intitular seu trabalho, deparamos, primeiramente, com a terminologia sofrimentos psíquicos, substantivo flexionado no plural. Ao longo da leitura, percebe-se que essa escolha pelo plural não atende a um mero formato gráfico e se constitui como importante diretriz para uma pesquisa que explora a pluralidade de expressões dos sujeitos em sofrimento ante o desafio da nomeação, diagnóstico e tratamento oferecidos pelas ciências. No prefácio, Dunker pontua o sofrimento como "categoria que não é nem psicanalítica nem psiquiátrica, mas universal" (p. 13), afirmando-o em seu caráter transcendente, não circunscrito em bordas de um único campo ou em um único discurso. 1 Psicóloga, psicanalista e membro do grupo Faces do Traumático do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, membro da Rede de Atendimento Psicanalítico.
2019
Ei tis ouk omologei patrós kai uiou kai agíou pnéumatos mían fúsin êtoi ousían, mían té dúnamin kai exousían triáda omooúsion mían theótêta en trisín upostásesin êgoun prosôpois proskunouménên o toioútos anátema éstô (DS 421) Como é sabido, acabei de enunciar o dogma central da fé cristã, tal como foi formulado pelo II Concílio de Constantinopla, no ano de 553; trata-se, sem dúvida, do núcleo doutrinal que cada cristão é chamado a transmitir, a testemunhar às gerações presentes e vindouras. E se não o fizer, falha de algum modo a sua vocação fundamental de cristão. Pela dificuldade da minha transcrição-mea culpa-já poderemos adivinhar, quão difícil é a transmissão da fé, até mesmo no puro e simples acto de a dizer ou escrever… Mais difícil se torna, depois, o acto de a receber, que exige um mínimo de compreensão daquilo que é dito e escutado. De facto, o conteúdo da fé cristã, a transmitir e a receber, não é a pronúncia misteriosa ou mágica de palavras estranhas, cuja estranheza poderia ter o condão de instaurar a dimensão do «mistério»-mesmo que isso possa ter o seu lugar limitado, no âmbito estrito e importante da ritualidade. A fé cristã-enquanto conteúdo ou fides quae-exige, para ser acreditada-isto é, para se tornar em fé, enquanto acto humano ou fides qua-ser compreendida, no sentido mais básico do termo, por aquele que a recebe-pressupondo-se, claro, que também é
SLT 63-Sessão de comunicações livres (área literatura/cultura).
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Revista De Filologia Romanica, 2001
Anuário de Literatura, 2018
XIV Reunião de Antropologia do Mercosul, 2023
TRADUÇÃO EM REVISTA, 2007
Revista Texto Poético
DELTA: Documentação de Estudos em Lingüística Teórica e Aplicada, 2002
Revista Letras, 2010
albuquerque: revista de história, 2016
Bakhtiniana: Revista de Estudos do Discurso, 2018
Jornal de Psicanálise, 2018
Editora UFFS eBooks, 2021
Motrivivência