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O Municipalismo na Covilhã medieval

2020, O Municipalismo na Covilhã medieval Das Origens Romanas à Atribuição do Primeiro Senhorio

Abstract

O estudo da Covilhã mereceu, no último quartel do século XX, um interesse especial por parte de inúmeros amantes da história. Nesta abordagem, embora bebendo nos ensinamentos dos anteriores monografistas, pretendo uma abordagem diferente da maioria dos historiadores, que reportam a origem da Covilhã a factos lendários como a lenda da Florinda e do Conde Julião ou à cidade fundada por Sílios em 41 a.C.

Key takeaways

  • Não esqueçamos que durante o seu domínio romano se verificou um desenvolvimento sócio económico do território e que algumas formas de povoamento dessa época possam ter persistido em épocas posteriores, contribuindo de forma indelével para o futuro Concelho da Covilhã.
  • Já J. Leite Vasconcelos na revista Arqueologia de Coimbra relativa às antigualhas do concelho da Covilhã pretende demonstrar a existência de um município romano implantado no território que é hoje o concelho da Covilhã através da inscrição "SILOANGEITI.
  • Ficava assim claro que a Covilhã existiria já com aquela designação antes da atribuição do foral por D. Sancho I. Não conhecemos a sua verdadeira dimensão mas seria de alguma importância a julgar pela doação de D. sancho I, em Maio de 1186, também à sé de Coimbra de, "todas as igrejas que existem e vierem a ser edificadas na vila da Covilhã e em todos os seus termos"…"sendo confirmantes Pedro Afonso de Ribadouro, Senhor de Seia e Alferes do rei, Afonso Ermiges de Baião e Gualdim Pais, Mestre do Templo" (Curado, 2004 Mas as condições sociais eram decerto as mais apetecíveis.
  • A primeira casa franciscana, na Covilhã, situar-se-ia junto à ermida de São Lázaro, nas proximidades do local onde hoje se situam a estação dos caminhos-de-ferro.
  • A doação do senhorio da Covilhã ao Infante D. Henrique foi uma época fundamental no desenvolvimento futuro da localidade e o que se pretendeu demonstrar foi como é que de um vasto termo se passa uma politica centralizadora da coroa através da criação de um senhorio.