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SILVA, Thiago Lemos.Breves reflexões sobre o papel de uma revista anarquista.Patos à Esquerda, 23/02/2024
Chamada: Historicamente, as revistas sempre cumpriram um papel importante para o anarquismo: a formação intelectual da militância. Seja no passado mais distante, no seu formato impresso, seja no presente mais próximo, no seu formato eletrônico, esse tipo publicação sempre almejou colocar ao alcance do público textos de maior fôlego teórico.
2001
A construcao do percurso de reivindicacao econquista de alguns direitos trabalhistas, no inicio doseculo, deu-se por meio da producao de textospanfletarios, contos produzidos pelos proletarios etextos literarios, expondo, no meio de circulacao, ointerdiscurso de exploracao dos trabalhadores e doprivilegio da burguesia. Pretendemos avaliar, nestacomunicacao, como a variedade de generos, que sustentaramo discurso anarquista, permite o delineamentodos diferentes lugares sociais e ideologicos de ondeparte o discurso, bem como para quem e enderecado.Para sustentar nossa avaliacao, consideramosque a tipologia vincula-se as coercoes tipologicas, quearticulam no texto o como dizer ao conjunto de fatoresdo ritual enunciativo. Fatores como o meio de circulacaodo texto, o ato de fala que este pretende, areacao que o texto provoca no enunciatario, o lugar eo tempo em que se instala o enunciador, mostam-nosque as condicoes de producao e a enunciacao sao relevantesna determinacao do genero.
O texto é um estudo introdutório dos impactos da Revolução Russa na imprensa anarquista de São Paulo. Nos debruçamos, para tanto, principalmente nas fontes primárias da imprensa anarquista do período e verificamos como seus militantes logo nos primeiros anos são inflamados de otimismo, mas que com a chegada de novas notícias da Rússia bolchevique o muda radicalmente, forçando a militância a refletir outra revolução para além do Estado.
Ilha Revista de Antropologia, 2017
Resenha do livro: GRAEBER, David. The utopia of Rule: on tecnology, stupidity, and the secret joys of bureaucracy. London: Melvile House Publishing, 2015. 146 p.
Tese de Doutorado, 2020
Ao meu orientador, Adalberto Cardoso, pela liberdade que me conferiu durante a elaboração da tese e pelo incentivo a que eu perseguisse minhas intuições. Aos professores Breno Bringel, Carlo Romani, José Szwako e Antônio Brasil Jr. pelo aceite em participar da banca de defesa e pelo diálogo intelectual estimulante. Aos dois primeiros agradeço também a participação na banca de qualificação pelas diversas indicações bibliográficas e por apontarem rumos e desdobramentos possíveis quando a pesquisa ainda era bastante inicial. Aos colegas e professores do IESP/UERJ pela convivência e debate ao longo das disciplinas, durante as pausas pro café no pátio e principalmente nas sessões noturnas no escritório. Aos colegas do NUPET pelo ambiente acolhedor, pelo companheirismo e especialmente pela troca intelectual sem vaidades da qual pude me beneficiar nas diversas ocasiões em que apresentei partes deste trabalho em construção. Agradeço especialmente à Jana, Thiago, Jefferson e Cecília. Às funcionárias da UERJ, especialmente da biblioteca do IESP, pela presteza e gentileza em todos os momentos. Aos muitos colegas, alunos e ex-alunos do Colégio Pedro II que sempre perguntavam pelo andamento da Tese e davam seu incentivo quando o cansaço da escrita aparecia nas olheiras matutinas. Nossas parcerias nas trincheiras pedagógicas e sindicais foram essenciais nesses anos politicamente tão duros. Agradeço especialmente ao Selmo Nascimento, Eduardo de Biase, Beatriz Arosa e Alline Torres, equipe com quem tenho o maior prazer de trabalhar junto. Aos meus ex-alunos Francisco Azevedo e Caio Izidoro pela seriedade e compromisso com que toparam trabalhar como assistentes na pesquisa. Agradeço também à Milene Marques que me ajudou com os arquivos da Unicamp. Ao professor Andre Botelho pelo convite para apresentar o meu trabalho por duas vezes no NEPS/UFRJ. À professora Lilia Schwarcz cujo incentivo esteve na origem do meu projeto de doutorado. Aos amigos e amigas muito especiais do grupo de pensamento social, Luna Campos, Alice Ewbank, Karim Helayel, Lucas Carvalho e Andre Bittencourt. Ao Andre fica um agradecimento especial pela leitura de partes da tese e pelo diálogo intelectual constante.
Revista Estudos Feministas, 2001
Revista História & Perspectivas, 2018
RESUMO: O presente texto visa estudar como a imprensa anarquista brasileira desenhou a "justiça burguesa" em seus periódicos, no período 1890-1930. Para a compreensão das charges e caricaturas anarquistas, vai se adotar o conceito de charge ideológica, uma produção visual sem fronteiras, atemporal, agressiva e crítica, onde o riso não era sua essência.
Os escritos históricos de anarquistas no Brasil, publicados na verve, expõem a luta pela vida e a recusa à obediência e às autoridades centrais. Neste artigo, retoma-se alguns escritos já publicados nas páginas da verve que, em conjunto, traçam uma história das resistências anarquistas no início do século XX. Palavras-chave: anarquismos, resistências, anarquistas no Brasil. Abstract The historical writings by anarchist in Brazil, expose their fight for life against the unavoidable obedience to central authorities. This article compiles some of these libertarian texts published in verve, showing a history of the anarchist resistance in the beginning of the XXth century. Keywords: anarchisms, resistance, anarchists in Brazil.
Haroldo Conti, 2018
“Primeiro, desapareceram mesmo os vaga-lumes?”, se pergunta Didi-Huberman. Mais a frente, continua: “Procuram-se ainda em algum lugar, falam-se, amam-se apesar de tudo, apesar do todo da máquina, apesar da escuridão da noite, apesar dos projetores ferozes?”. Nossa pesquisa em acervos na busca de documentos sobre o movimento libertário no Brasil do início do século XX, vem nos mostrando cada vez mais o processo de esquecimento histórico que o Estado se empenhou e ainda se empenha em relação as memórias dissidentes da época. Apesar da escuridão, da tentativa de apagamento do movimento anarquista do Brasil da Primeira República, nosso trabalho se propõe a trazer a imprensa subversiva da época, localizado em alguns acervos do Estado de São Paulo. Nossa narrativa pretenderá mostrar que esses documentos, mais que sobreviventes, resistem e procuram um espaço nas narrativas oficiais – e que, assim como os vagalumes, essas memórias subversivas ainda emitem seus “maravilhosos sinais intermitentes”. Foram consultados os seguintes acervos: a Unidade Especial de Informação e Memória (UFSCAR) e o Centro de Documentação e Memória (UNESP)
Revista Espaço Acadêmico, 2022
Revista Latino-Americana de História, 2018
2016
Notas sobre uma publicação comunista independente: a Revista Brasiliense Sérgio de Sousa Montalvão * Resumo: O presente artigo é uma pesquisa sobre a Revista Brasiliense, publicação bimestral da área de ciências humanas e sociais, dirigida por Elias Chaves Neto e Caio Prado Júnior, entre 1955 e 1964. O intuito deste trabalho é pensar a relação que esta publicação, eminentemente ligada a uma reflexão de esquerda, manteve com o Partido Comunista Brasileiro (PCB), descortinando assim as suas formas de recepção e as suas estratégias de legitimidade. Palavras-Chave: Revista Brasiliense-esquerda-história das idéias.
Este texto tem como proposta pensar a questão da leitura no Brasil do início do século XX, a partir de alguns elementos levantados por autores como E. P. Thompson e Roger Chartier acerca do analfabetismo. O debate permeia sobre a perspectiva da autonomia, ou seja, na busca do trabalhador brasileiro pela auto-formação dentro de um universo militante de caráter anarquista. Temos também a proposta de pensar algumas maneiras de se ter acesso à informação e formação propriamente dita dos militantes, consequentemente as ações promovidas pelos anarquistas com o objetivo de contribuir para essa formação.
2012
Os escritos historicos de anarquistas no Brasil, publicados na verve, expoem a luta pela vida e a recusa a obediencia e as autoridades centrais. Neste artigo, retoma-se alguns escritos ja publicados nas paginas da verve que, em conjunto, tracam uma historia das resistencias anarquistas no inicio do seculo XX. Palavras-chave: anarquismos, resistencias, anarquistas no Brasil. Abstract The historical writings by anarchist in Brazil, expose their fight for life against the unavoidable obedience to central authorities. This article compiles some of these libertarian texts published in verve, showing a history of the anarchist resistance in the beginning of the XXth century. Keywords: anarchisms, resistance, anarchists in Brazil. Recebido para publicacao em 10 de fevereiro de 2012. Confirmado para publicacao em 10 de marco de 2012.
Los caminos de América, Universidade de Santiago de Compostela, Espanha, 2022
O sindicalismo revolucionário foi desenvolvido pelo movimento operário no Rio de Janeiro, especialmente no início do século XX, quando o anarquismo despontava como corrente organizatória entre os trabalhadores na capital. Para compreender este cenário de ascensão de uma cultura política anarquista, com sindicatos livres, associações autônomas, federações, espaços educacionais e centros culturais operários, acompanhado também de um grande número de greves e mobilizações pelas praças e ruas da cidade, e sobretudo da produção considerável de jornais, revistas e editoras relacionadas ao mundo do trabalho, torna-se necessário analisar as maneiras como as ideias anarquistas circulavam nos diferentes espaços de sociabilidade, sendo apropriadas, debatidas, ressignificadas e compartilhadas na imprensa, que cumpria um papel fundamental na mobilização dos trabalhadores. Objetiva-se refletir sobre a formação dessa autodeterminada cultura política de luta autônoma na cidade a partir de dois tipos de comunicações observadas na imprensa: 1) o telégrafo e as notícias relacionadas aos trabalhadores, ou seja, as trajetórias de circulação de informações internacionais sobre o movimento operário na grande imprensa; 2) os boletins informativos produzidos a nível local pelas próprias associações de trabalhadores.
O propósito deste trabalho é analisar o jornal libertário anarquista A Terra Livre, lançado em São Paulo em 1905, tendo sua circulação até o ano de 1910. O artigo prioriza o jornal em sua concepção, estruturação e formas de veiculação, bem como a atuação de seus idealizadores: Edgard Leuenroth e Neno Vasco, jornalistas e importantes militantes libertários da época. Nessa análise, busca-se identificar e compreender as diversas estratégias buscadas pelos idealizadores para criar um novo jornal e mantê-lo em circulação entre os trabalhadores brasileiros da época, dada as dificuldades financeiras para a sua sobrevivência. Em suma, o artigo mostra a realidade em se fazer jornalismo independente no início do século XX no Brasil.
Espaço e Economia, 2018
A Revista Espaço e Economia apresenta mais uma edição fazendo uma homenagem em sua capa à lembrança de um massacre ocorrido em novembro de 1988, na cidade de Volta Redonda, RJ, em que três operários perderam suas vidas, no mesmo ano em que se promulgava a atual Constituição brasileira, tida como Constituição Cidadã, promulgada em 05 de outubro de 1988. Não bastou uma constituição cidadã, pois as forças da repressão continuaram agindo com violência contra a vida. 2 Em 2018, após a realização de eleições presidenciais pautadas pela defesa da violência, por parte do candidato eleito, contra as minorias etnicas e raciais; contra as manifestações e lutas de gênero e liberdade sexual; pela criminalização dos movimentos social que defendem as causas indígenas, culturais, de moradia, da terra para plantar e inúmeros ativismos sociais etc, dois lideres dos sem-terra são executados por homens encapuzados na cidade de Alhandra, no interior do estado da Paraíba.
O internacionalismo anarquista e as articulações políticas e sindicais nos grupos e periódicos anarquistas Guerra Sociale e A Plebe na segunda década do século XX em São Paulo. KAUAN WILLIAN DOS SANTOS * O movimento anarquista bem como seus instrumentos comunicacionais, enquanto tema de pesquisa, foi comumente abordado pela historiografia brasileira, principalmente envolvendo os temas do movimento operário, cultura proletária ou trabalhista, imigração e mais recentemente sobre as amplas iniciativas educativas que os militantes libertários disseminaram durante suas trajetórias no país (OLIVEIRA, 2009). Esses estudos aumentaram potencialmente ao findar da década de 1980, onde podemos observar a consolidação do estudo das classes trabalhadoras, principalmente com a disseminação da obra A Formação da Classe Operária Inglesa do historiador inglês Edward Thompson, publicada primeiramente em 1963 na Inglaterra. O autor contextualiza a noção de classe, que nessa interpretação, não é o resultado natural do desenvolvimento de forças produtivas ou de uma economia funcionalista. Para Thompson, a formação da classe operária inglesa deve ser vista como resultado de sua própria experiência particular e de seus embates, que ressignificavam e adaptavam culturas anteriores em relação às forças produtivas e à economia. Nesse sentido, o autor ressalta os próprios agentes históricos e elementos como a cultura popular na construção da classe e nas próprias lutas e resistências que esta pudesse possuir (THOMPSON, 1987). Sidnei Munhoz argumenta que ao "refazer" a história do primeiro proletariado inglês, Thompson desenvolveu um percurso próprio, objetivando penetrar nos meandros do que ele denominou o "fazer-se" da classe operária inglesa. Tanto seu objetivo quanto suas fontes foram abordados de forma pouco convencionais. O estudo não se restringia a sindicatos e organizações socialistas, mas abrangia um vasto campo que compreendia a política popular, tradições religiosas, rituais, conspirações, baladas, pregações milenaristas, ameaças anônimas, cartas, hinos metodistas, festivais, danças, listas de subscrições, bandeiras, etc (MUNHOZ, 1997:157). Nas décadas de 1980 e 1990, no Brasil, a historiografia do tema parecia perceber que o estudo das classes trabalhadoras ainda estava ressaltando apenas uma movimentação política dos trabalhadores e negligenciado outras culturas de classe como lazer, cotidiano, alimentação, elementos propostos por autores como Thompson. Desse modo, se intensificaram de maneira
2 REIS, José Carlos. Da "história global" à "história em migalhas": o que se ganha, o que se perde? In:Questões de teoria e metodologia da história.Porto Alegre: Ed.Universidade/UFRGS, 2000.p.178s.
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