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1999, Revista USP
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Revista Brasileira de Alfabetização, 2023
O artigo tem como objetivo analisar a trajetória de Larissa, ao longo de três anos, em uma Escola Municipal de Educação Infantil em Belo Horizonte. Com base no diálogo entre a Psicologia Históricocultural e a Etnografia em Educação, focalizou-se, especificamente, a relação que Larissa estabeleceu com os letramentos. Tal relação foi se transformando ao longo do tempo-as significações de Larissa para os letramentos foram do uso do corpo ao uso da unidade fala-pensamento e se entrelaçaram na unidade de análise [vivências-letramentos], coletiva e individualmente. A unidade de análise [vivências-letramentos] significa colocar as pessoas no centro das práticas culturais, o que implica ir além dos usos sociais da leitura e da escrita de modo individual, ou seja, implica colocar as pessoas nas atividades coletivas, colaborativas e não fazer separação entre realidade externa e as pessoas que vivenciam os letramentos. Palavras-chave: Vivências-Letramentos. Educação Infantil. [Afeto-cognição social situada-culturaslinguagens em uso] (ACCL). The article aims to analyze Larissa’s trajectory, over three years, in an Early Childhood Education Center in Belo Horizonte. Based on Historical-Cultural Psychology and Ethnography in Education, we specifically focus on the relationship that Larissa established with literacies. This relationship was transformed over time - Larissa’s meanings for literacies ranged from the use of the body to the use of the speech-thought unit and are intertwined in the unit of analysis [Perezhivania -Literacies], collectively and individually. The unit of analysis [Perezhivania-Literacies] represents placing people at the center of cultural practices, which implies going beyond the social uses of reading and writing and not making a separation between external reality and people who experience literacies. Keywords: Perezhivania-Literacies. Early Childhood Education. [Affect-socialsituated cognitioncultures-languages-in-use] (ACCL).
Travessias- Contos migratórios, 2014
Estes "contos migratórios" iniciam-se com narrativas, personagens e vivências localizadas no Uruguai, como é o caso de Mariana, "a caçadora de sonhos", que persegue o sonho de ser cantora e, por ele, acaba por arriscar a vida; o "Sagitário", ansioso por um dia de glória; Dolores que, no âmago do seu "reino de memórias", tentará repensar um novo amanhã ou ainda a travessia rumo ao Eldorado almejado pelo jovem murguista... Na segunda parte, são outras as "travessias" - sendo também diversos os locais percorridos, da serra algarvia até Macau, passando por Barcelona e tantos outros - que podem incidir na resolução dos mistérios que ensombram o passado de uma família ("A chave das memórias"); na luta contra uma doença ("Recomeçar"), contra a toxicodependência ("Delírio"), a velhice ou, simplesmente, contra algumas injustiças que grassam na sociedade ("Átropos").
O conceito de viagem, de acordo com Caren Kaplan, Questions of Travel: Postmodern Discourses of Displacement (1996), se transformou em uma referência a movimentos populacionais, bem como em uma metaforização de processos de questionamento identitários essencializados. Nesse sentido, Kaplan parte do pressuposto de que a subjetividade moderna sempre valorizou a mobilidade e de que, se a viagem foi tão central para a constituição desta subjetividade, uma análise do deslocamento deveria se tornar uma prioridade para o discurso crítico da contemporaneidade (32). Tomando como pressuposto esta necessidade crítica, este trabalho tem como objetivo discutir as implicações do deslocamento transnacional no contexto da literatura brasileira contemporânea. Mais especificamente, a base para esta discussão está estruturada em dois romances: Viagem ao México 1995), de Silviano Santiago (1936 -) e Berkeley em Bellagio (2002), de João Gilberto Noll (1946 -). Apesar de suas diferenças específicas, esses dois romances constituem a metáfora do deslocamento como um gesto de confrontamento de formações autoritárias, de identidade cultural e de sistema político. Em Silviano Santiago, o deslocamento aparece como um mecanismo de produção de conhecimento histórico sobre a formação cultural latino-americana. Nesse sentido, Viagem ao México funciona como revelador dos modos de resistência, assimilação e transformação do eu e do outro[1]. Esta recuperação histórica da formação discursiva latino-americana na escrita de Silviano Santiago constitui, portanto, uma representação do debate pós-colonial no contexto da América Latina, trazendo à tona uma dimensão teórica que pode ser considerada metanarrativa, a partir da nomenclatura de Linda Hutcheon (1988). Viagem ao México realiza uma discussão sutil e astuciosa das tensões em torno do projeto civilizatório Ocidental diante do desafio do encontro entre o euporeu e o latino-americano, bem dos próprios latino-americanos entre si. No caso de João Gilberto Noll, a metáfora do deslocamento funciona como a representação de uma viagem aos processos subjetivos que constituem seus personagens, mas sem a dimensão histórica construída por Silviano Santiago em Viagem ao México. A viagem rumo ao espaço do outro torna-se o desencadeador de um processo de auto-análise, a partir do reconhecimento da diferença que constitui toda identidade. A viagem em João Gilberto Noll é feita para conhecer o outro, que está fora do sujeito, mas que, em certo sentido, está nele próprio (Kristeva, 1991; Young, 2001: 425) [2]. Apesar dos traços distintivos presentes nesses dois romances, um elemento unifica essas duas performances representativas do deslocamento: dramatiza-se nestes romances o percurso de constituição dos sujeitos na/pela linguagem. É fundamental assinalar que tais gestos representativos revelam também uma reflexão sobre o próprio ato de narrar a viagem e o encontro com o "novo" e com a diferença. Esses dois romances brasileiros contemporâneos constituem suas especificidades, enquanto discurso literário, conscientes das implicações do eu na construção do outro e em busca de formações culturais menos autoritárias.[3]
TCC, 2009
Essa pesquisa busca por meio da análise, discussão e leitura de alguns trabalhos de arte contemporânea e filosofia da arte, entender procedimentos que levam à uma perspectiva flutuante da paisagem. Esse tema é visto e usado constantemente em obras de arte nos últimos anos, dando a entender que há sim, uma preocupação e afetividade dos artistas para com as questões entre paisagem/cidade, natureza/meio-ambiente e homem/espaço.
Revista del CESLA: International Latin American Studies Review, 2021
Este texto tem como objetivo refletir sobre os dilemas da memória e esquecimento presentes em relatos de sujeitos históricos que vivenciaram a experiência do deslocamento forçado. Para tanto, recorremos às narrativas de uma imigrante de origem polonesa, cuja trajetória pessoal foi marcada, de modo irreversível, pela experiência do recrutamento compulsório, no contexto da Segunda Guerra mundial. O registro de sua história de vida resultou de uma longa entrevista realizada a partir da metodologia da história oral, na qual ela fornece importantes elementos para refletir sobre a potencialidade das narrativas autobiográficas no exercício de reconstrução do passado, cujas imagens e representações emergem, sempre mediados pela relação interativa e inseparável com o tempo presente, no movimento dialético entre a história e a memória, a lembrança e o esquecimento, o silêncio e a narratividade, o dito e o sentido.
Cinco movimentos sobre a fixação Nélio Conceição A leitura como movimento Isabel Xavier Duas confidências Ricardo Norte Movimentos revolucionários: breve leitura sobre dois cânones da violência política Felipe Pathé Duarte Utopia e deslocação Pedro Xavier Mendonça Movimento, movimento lento, crise: ou contratempo Carlos Gonçalves ARTE E CRÍTIC A Enquadramento e rápida fuga Nuno Fragata Transformação do tempo em espaço no contexto do escultórico Samuel Rama Artist run culture II: na aventura da arte contemporânea Patrícia Faustino Studie über elastizität -deslocar para encontrar feliz Teresa Luzio PATRIMÓNIO Do burlesco e da sua contribuição para a libertação do corpo feminino Lúcia Vicente Casével e os Templários Ricardo Silva LITER ATUR A O gato não quer movimento João Luís Barreto Guimarães Por vezes não sabemos o que fazer Carlos Alberto Machado Movimento perpétuo Joel Henriques AMTRAK Margarida Vale de Gato Poemas traduzidos de Ana Pérez Cañamares, trad. Albino M. Paisagem com turf Manuel Fernando Gonçalves A Visita Gonçalo Fonseca P04 P08 P12 P17 P20 P24 P34 P36 P40 P44 P46 P50 P56 P62 P63 P64 P65 P70 P72 P74 É reservado aos autores o respeito pela utilização do acordo ortográfico ratificado em 2008.
A atuação do engenheiro-arquiteto Luiz Saia (1911-1975) no campo do patrimônio histórico e dos trabalhos de restauração no estado de São Paulo, a partir de 1937, é bastante conhecida e vem sendo revisada ao longo dos últimos anos. No entanto, é de se destacar que, a despeito de sua militância nas questões de preservação ao longo de quase quatro décadas, Saia também se dedicou com afinco a outras atividades ligadas diretamente à sua atividade principal, como a pesquisa histórica e folclórica. Deixadas na sombra de sua influente carreira, tais atividades jamais mereceram a devida atenção por parte dos pesquisadores. É a partir dessa premissa que este trabalho pretende situar sua produção, procurando alinhavar algumas conexões entre suas preocupações preservacionistas e a pesquisa histórica. Em continuidade com os seus interesses pelo passado e com sua investigação sobre as tradições construtivas coloniais, inclusive na valorização dos ofícios artesanais e técnicas populares, é que podemos pensar o folclore em sua trajetória. Neste sentido, parece ter sido decisiva sua participação no contexto da Missão de Pesquisas Folclóricas, expedição enviada ao Nordeste e Norte do pais em 1938, por revelar um ponto de cruzamento privilegiado da arquitetura com a história e com a etnografia. Com efeito, a presença de Luiz Saia à frente da viagem parece ter sido decisiva para o desenvolvimento de uma sensibilidade para com a arquitetura rústica no país e seu reconhecimento como parte de um mundo de heranças compartilhadas no enfrentamento das mais diversas circunstâncias naturais, sociais e econômicas de estabelecimento.
Estéticas das viagens - IV Colóquio Internacional Estéticas no Centro/ UnB, 2022
REFERÊNCIA: ANDRADE, Mariana. "Somos capazes de sonhar muito longe": viagens oníricas e deslocamentos epistêmicos. In: GALLY, Miguel; DAMIÃO, Carla; RUFINONI, Priscila; FURTADO, Rita; QUIROGA, Tiago (Orgs.). Estéticas das viagens. Belo Horizonte: ABRE, 2022. pp. 445-451. RESUMO: Qualquer investigação que tenha como horizonte a temática da viagem enfrenta, inicialmente, a vertigem provocada pela vastidão dos seus territórios e das suas possibilidades de exploração. A experiência da viagem carrega consigo um atributo que certamente salta aos olhos: constitui-se historicamente como uma grande produtora de matéria-prima para todos campos do conhecimento humano. Essa evidência histórica sinaliza o vínculo profundo que a viagem possui com a produção do pensamento, isto é, enquanto experiência humana é uma forma privilegiada de estímulo para o exercício do pensamento. Talvez derive daí a especial afinidade da viagem com a reflexão filosófica: o deslocamento e a transitoriedade atiçam e desafiam o pensamento ao colocá-lo em confronto com o desconhecido, o estrangeiro, o estranho, ou seja, com tudo aquilo que é (do) outro. Esse choque com o outro, propicia ao “eu” viajante atravessamentos e deformações de si e essa mudança de perspectiva funciona como um catalisador para o pensamento. Aqui já estamos nos movendo no interior de um emaranhado de questões que povoa o imaginário das viagens: esse mesmo complexo de questões é articulado quando falamos do universo dos sonhos, assim, não é sem razão que comumente façamos referência aos sonhos como uma forma de viagem. Viajar e sonhar certamente têm muito em comum, e é justamente a busca desse itinerário partilhado que move o presente ensaio: interessa-nos explorar essa complexa relação. Para tal, propomos um exercício filosófico de viagem pela imaginação conceitual indígena, particularmente através do pensamento de Davi Kopenawa, com o propósito de investigar as experiências xamânicas dos sonhos como viagens e o estatuto epistemológico privilegiado que as viagens oníricas possuem no pensamento indígena. PALAVRAS-CHAVE: viagem; sonho; xamanismo; Kopenawa.
Ilhas LIterárias - Estudos de Transárea, 2018
As viagens foram elemento crucial para a produção do artista plástico brasileiro José Leonilson (1957-1993), mas, de que maneira a viagem deve ser compreendida para que tal vinculação entre o movimento do artista e o corpo da obra se torne evidente? E, para além disso, de que maneira as viagens pelo Brasil e pela Europa adquirem dimensão objetiva na elaboração dos desenhos, bordados e pinturas do artista? De que maneira as noções de tempo e espaço, tão caras ao entendimento do deslocamento das viagens, materializam-se no gesto poético? A noção de viagem na poética do artista não implica somente tais aspectos geográficos e topográficos associados ao deslocamento entre diferentes lugares, mas implica, principalmente, a identificação de um desejo de movimento profundo, um deslocamento de si mesmo na busca pela mobilidade da própria subjetividade. Tais são as considerações iniciais que permitem vislumbrar e delimitar as inter-relações entre as viagens e a criação verbal e visual na obra de Leonilson, inter-relações que permitem perceber que a viagem para o artista possui uma dimensão que se aproxima àquela de Alexander von Humboldt. Em tal sentido, a cartografia de Leonilson responde a uma noção de paisagem formulada por Michel Collot ao recuperar a paisagem do romantismo alemão. A cartografia de Leonilson, oriunda de uma concepção particular de viagem, por vezes se aproxima às convenções da representação topográfica, mas em outros momentos tenta estabelecer uma dimensão objetiva para um deslocamento de si, deslocamento do sujeito confrontado com novos lugares, novas pessoas, experiências e emoções, confrontado com sua própria solidão. As viagens em Leonilson serão, sobretudo, um deslocamento apreciado e desejado em função da dimensão mítica que conferem ao universo emocional, vinculando-se fortemente às possibilidades do desconhecer que são o que de fato nos move. Palavras-chave: José Leonilson, viagem, mapas, arte brasileira, intermidialidade.
REVISTA FACES DA HISTÓRIA (UNESP/ASSIS), 2022
No auge dos Anos de Chumbo (1968- 1974), como ocorreu a tantos músicos, a pianista Tânia Maria precisou deixar o Brasil. Orientados por Rollemberg (1999) e Muller (2014), entre outros autores, analisamos a experiência de autoexílio da artista, procurando perceber o impacto do degredo em sua carreira. Examinamos que vários fatores inviabilizaram a vida musical de Tânia no país, e a ditadura apenas acirrou estes problemas. Diante da obstrução da liberdade criativa e do insucesso de seu trabalho no Brasil, a pianista resolveu buscar sua realização na cena global de jazz. Nesse processo de desinstalação – considerando sua relação por vezes fraturada e flutuante com a cultura brasileira –, Tânia reinventou sua identidade, proliferando através de sua obra uma forma específica de brasilidade musical.
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Educação em Revista, 2008
Utopias & Distopias, 2007
Fênix - Revista de História e Estudos Culturais, 2017
Antares: letras e humanidades, 2020
REVES - Revista Relações Sociais, 2021
Itinerarios Revista De Literatura, 2011
Topoi (Rio de Janeiro), 2012
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), 2011
Risco Revista de Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo (Online)
Escritas do Tempo, 2020
Estudos Interdisciplinares em Psicologia
RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade, 2016
Revista Feminismos, 2018
Caderno seminal digital, 2022
Artcultura, 2019