Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
…
24 pages
1 file
A poesia de Daniel Faria é marcada pela procura de Deus, através da Palavra e da contemplação do mundo. A voluptas moriendi, como acesso à “vida verdadeira” confere um tom agreste ao lirismo místico. The poetry of Daniel Faria is marked by the search for God, through the Word and the contemplation of the world. The voluptas moriendi, as access to “real life” gives a wild tone to the mystical lyricism.
Ida alves, 2008
RESUMO: apresenta-se, aqui, a Obra de daniel faria, pOeta que OcupOu lugar ímpar na pOesia pOrtuguesa cOntempOrânea, tendO falecidO em 1999, aOs 28 anOs. análise de sua escrita em relaçãO à tensãO entre O humanO e O sagradO, entre a palavra cOmum, cOtidiana, e a palavra essencial da pOesia. abOrda-se também a fOrça dO tema da mOrte cOmO uma questãO fundamental da linguagem, O espaçO limite da palavra pO-ética a partir da perspectiva de maurice blanchOt. ABSTRACT: it is abOut presenting the wOrk Of daniel faria, a pOet that Occupied an unique place in cOntempOrary pOrtuguese pOetry, whO died in 1999, being 28 years Old. analysis Of his writing accOrding tO the tensiOn between the human and the sacred, between the cOmmOn everyday wOrd and the essential wOrd Of pOetry. it alsO deals with the pOwer Of the death’s theme as a fundamental questiOn Of language, the limit space Of pOetic wOrd, accOrding tO the perspective Of maurice blanchOt. PALAVRAS-CHAVE: pOesia pOrtuguesa cOntempOrânea – daniel faria – liris-mO e mOrte – linguagem pOética e silênciO KEY-WORDS: cOntempOrary pOrtuguese pOetry – daniel faria – lyrism and death – pOetic language and silence Via Atlantica11.indd 10327/11/2008 10:11:48
Todas as Letras Revista de Língua e Literatura, 2021
Resumo: Este ensaio discute a poética de Daniel Faria e sua inserção em uma tradição espiritual e bíblica. O núcleo temático das análises, formado pelos binômios "silêncio e palavra" e "veste e nudez", é acompanhado da formulação de duas hipóteses de trabalho: a primeira afirma que o poema é um corpo intransponível, pois a singularidade expressiva da linguagem artística não se traduz completamente no campo conceitual de uma disciplina científica; a segunda hipótese propõe que essa irredutibilidade do poema a um campo conceitual se deve ao estatuto da metáfora (a polissemia de sentido).
Hispania, 2014
“Voz no vento passando entre poeira” é talvez o verso de Daniel Faria (1971-1999) que exprime com mais eloquência a vocação de uma poesia que se conjuga intimamente com os elementos da Natureza e com a natureza de Deus e do Homem: natureza num sentido total, envolvendo o mineral, o animal e o vegetal, os astros, o ser humano e o ser divino, o pensamento, as palavras, os sentimentos, as emoções, a manhã, o dia, a noite, a água, o fogo, o ar, a terra.
Ofício de morrer. O corpo, a morte e a saudade de Deus na poesia de Daniel Faria, 2020
Deus desempenha na poesia de Daniel Faria aquilo que o fluxo do real desempenha na obra de outros poetas: irrompe de um modo inesperado, gera uma angústia que perturba e consola, é disfuncional porque é silente o estrondo da sua ausência e anestésica a violência da sua epifania breve. Deus é o único corpo que não é um corpo estranho nesta poesia; a sua ausência é a figura mais contrastada na paisagem. O pressentimento de Deus é o modo como o fluxo do real se desdobra na trama, na tessitura do poema.
Comentários sobre a peça teatral Biro-lírico: pequeno delírio dramático para café-concerto (2015), de Reginaldo de Carvalho, encenada em Senhor do Bonfim, Bahia.
Maria Cristina de Sousa Pimentel e Nuno Simões Rodrigues (eds.), "Sociedade e Poder no tempo de Ovídio", pp. 187-205, 2010
A eternidade do homem depende da qualidade do seu músico. É deste pressuposto que nasce a poesia, deste amor entre verbo declamado e desejo de imortalidade. Tal é espontaneamente consumado num poeta como Píndaro, e num contexto arcaico grego em que a própria paideia convidava o homem a ouvir a memória dos heróis no canto do bardo, desta forma actualizando a sua presença na vontade de excelência do jovem. No contexto romano em que Ovídio nasceu, no entanto, a sociedade já não acreditava de forma tão pura neste ofício sagrado do poeta, neste papel divinamente inspirado -a época helenística, o rumo tomado pela poesia já dentro da própria Hélade, a variedade e profusão de formas, géneros e estilos poéticos, outorgaram ao poeta vários papéis, nem todos compatíveis com aquela que foi, julgamos, a primeva função da poesia: cantar o homem, na sua relação entre o καιρός passado, presente e futuro. É de facto aparentemente difícil acreditar que um poeta como Horácio, tão irónico, por vezes mesmo tão cínico, confiasse tanto assim nas suas palavras, quando nos fala no «sagrado vate» (Carm. 4. 9. 28). Não nos esqueçamos de que estamos perante o poeta a quem não importa, como até agrada, escrever que o fim de nós todos é a morte, ao mesmo tempo que canta a sua própria imortalidade de poeta. Exclusivamente a partir das suas palavras, torna-se tarefa árdua estudar a forma como Horácio interpretava o papel do poeta na sociedade. Um passo na Arte Poética (vv. 333-4) aborda sucintamente o tema: aut prodesse uolunt aut delectare poetae / aut simul et iucunda et idonea dicere uitae. Será esta, no entanto, a única ambição do poeta? Deleitar e ser útil? E como fazê-lo? Na resposta a estas questões, o Carmen Saeculare desempenha um papel fundamental para compreendermos a forma como Horácio interpretou o seu papel como poeta perante a sociedade. Isto porque possuímos testemunhos indirectos acerca desta composição, e não dependemos exclusivamente deste texto para nos apropriarmos da época em que o poema foi cantado.
Revista Texto Poético
Este trabalho pretende analisar as peculiaridades líricas da poesia de Afonso Henriques Neto, situando-as no atual panorama literário brasileiro a partir de perspectiva que valoriza a noção de textualidade híbrida. Procura-se discutir os deslocamentos verbovisuais observados através de suas práticas formais e temáticas, na problematização de sua herança poética, seja em relação à geração “marginal”, seja com os poetas da modernidade lírica, especificamente Rimbaud e Baudelaire.
O ensaio propõe redimensionar a questão do lirismo na poesia de Mário de Andrade, tratada como "psicológica" por nossos melhores críticos. A partir da Paulicéia desvairada e de seu prefácio, assim como de A escrava que não é Isaura, e relacionando-os com as leituras de Apollinaire e Dermée empreendidas por Mário, podemos perceber a problematização e o incômodo sentidos por nosso poeta modernista com a noção simplista de poesia lírica. Preocupado com uma dimensão ético-estética, Mário trabalha algumas questões ainda importantes para a poesia contemporânea, como o conceito de lirismo crítico. PALAVRAS-CHAVE: Mário de Andrade, Lirismo, Apollinaire e Paul Dermée. matraga, rio de janeiro, v.17 n.27, jul./dez. 2010 59 59 59 59 59
2006
0. O testemunho da luz: uma introdução Num texto pouco divulgado, dirigido à Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto, datado de 23 de Outubro de 1998, Daniel Faria procurou traçar, relendo o título de Joyce, o seu auto-retrato do artista enquanto jovem. A constatação inicial deste tema levava-o a afirmar que o seu estaria suficientemente completo com a leitura dos seus poemas, já que o auto-retrato do artista em qualquer idade é a sua obra e o do poeta, a sua própria escrita. O seu texto tomará, a partir desse instante, um novo rumo: o do auto-retrato do artista enquanto agora. Nessa imagem presente, Daniel Faria não deixa de apontar a importância do silêncio, mas de uma dimensão silenciosa que em muito se relaciona com a que encontraremos em todo o breve mas incomensurável trajecto literário que nos legou, e que se encon-tra sintetizada, neste texto, numa questão: "Tento, também, explicar que procuro o silêncio para quem sobe a noite, e a noite, digo, é a
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.
Revista Tempo Amazônico, 2022
Revista Letras, 2010
TRANSLOCAL. Culturas Contemporâneas Locais e Urbanas, 2018
Revista Letras, 2010
Questões e dimensões da política, 2017
COLIBRA II: CONGRESO INTERNACIONAL DE LITERATURA BRASILEÑA, 2022
Revista Tecer, 2012