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2021, DAPesquisa
O presente artigo tem como objetivo identificar ações de engajamento estético-político da marca catarinense Zkaya voltadas para a valorização das subjetividades de identidades negras, no contexto do ativismo e da moda Afro-brasileira no cenário contemporâneo. Trata-se de uma pesquisa básica, qualitativa e descritiva, cujo levantamento bibliográfico permitiu construir o embasamento teórico, que discute primeiramente como operam as estruturas de poder sobre o corpo [negro], como a moda tem um papel fundamental em sua docilização e, contudo, aponta para o fato de que onde há poder, existe resistência; em seguida, apresenta um comparativo de como algumas marcas ativistas brasileiras estão resistindo ao sistema dominante, para finalmente apresentar os resultados de dados coletados por meio de entrevista e acesso a site e redes sociais da principal marca em questão, de modo a tornar possível a afirmação de que a Zkaya é uma marca ativista que ressignifica a moda e valoriza aspectos histór...
V.3 N.1 (2020) Relações Étnico-Raciais: História, Cultura, Linguagens e Educação, 2020
BRAGA, Amanda Batista. História da beleza negra no Brasil: discurso, corpos e práticas. São Carlos: EduFSCAR, 2015. Fruto de um momento histórico em que as discussões e debates sobre os temas étnico-raciais estão cada vez mais em ascensão no meio acadêmico e na mídia, vem a existir, de certa forma, uma inquietação. E é nesse contexto que surge, de várias indagações e questionamentos sobre o tema, a obra publicada pela autora e linguista Amanda Batista Braga: História da beleza negra no Brasil: discurso, corpos e práticas, no primeiro semestre do ano de 2015. Na obra a autora busca analisar e compreender os vários discursos construídos pelo tempo, ao longo da história, sobre a estética do negro no Brasil, com embasamento no discurso das várias representações das “Vênus” que surgiram pela história. Com início no período escravocrata, passando pelo século XX até os dias contemporâneos. Tema voltado a questões étnico-raciais, onde entrará em pauta os discursos de eugenia que eram muito utilizados para dividir e supervalorizar um único grupo social, discursos esses presentes nos conceitos e estereótipos que foram sendo relacionados ao negro ao longo da história.
O SANTUÁRIO DE YAZILIKAYA: UM DEMARCADOR DA ETNICIDADE EM HATTI, 2016
RESUMO Esse trabalho tende a analisar os principais aspectos do santuário de Yakilizaya, esboçando como os hititas souberam ordenar diversas divindades em seu panteão. A sociedade em Hatti era muito diversificada culturalmente, e no campo religioso é visível como esses aspectos culturais se misturavam e iam se ressignificando através das relações entre os diversos povos que habitavam a região da Anatólia em meados do segundo milênio. O santuário de Yakilizaya, fora dos muros da capital Hattusa, é em sua essência mais geral uma procissão talhada em rocha de sessenta e quatro deuses, sendo na esquerda deuses, e na direita deusas. Considera-se que essa procissão segue uma ordem utilizada pelos hurritas, sendo que ao longo da história dos hititas, principalmente em sua religião, houveram muitas adaptações de várias características religiosas de todo o Oriente Próximo, que é observado pelo inflado panteão do povo de Hatti, mostrando a flexibilidade desses em absorver outras culturas. Na religião hitita podemos observar como as fronteiras étnicas são flexíveis e tangíveis, aquelas diversas culturas que deram origem ao reino dos hititas no bronze tardio, eram interligadas uma a outra, alimentando e cimentando o que teria sido essa complexa sociedade. Palavras-chave: Hititas; Yazilikaya; Etnicidade 1. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A RELIGIÃO HITITA O terreno acidentado do platô da Anatólia e do norte da Síria com varreduras de montanhas proporcionavam um tipo de adoração inanimada da natureza esse tipo de culto, como destaca Manfred Hutter (1997, p. 75) não só compreende componentes políticos e históricos, mas geográficos e climáticos eram importantes para a religião hitita: da alta Mesopotâmia e norte da Síria ao sudeste e centro da Anatólia, a agricultura e a vida econômica dependem das chuvas que fazem possível a cultivação. Como as pessoas dependem também dos fenômenos atmosféricos por viverem nessas diferentes áreas, elas também expressam suas crenças religiosas em um modo comparável. Portando não é possível explorar a religião hitita sem levar em consideração as tradições da Síria e da Mesopotâmia. Uma atenção especial é dada a cosmologias, calendários míticos, como o mito do deus-grão hurrita Kumarbi. Os hititas souberam como apropriar a tradição mesopotâmica de colocar os deuses nos tratados com os outros estados, fizeram isso reformulando para o que agora seria o panteão dominante de sua religião: "And whoever alters the words of this treaty tablet will transgress the oath. The Thousand Gods shall be aware (of the perpetrator, beginning with) the Storm-god of Heaven, the Sun-god of Heaven, the Storm-god of Hatti. the Sun-goddess of Arinna, Hebat of Kizzuwatna, Ishtar
Conhecimento e inclusão social: ações afirmativas nos 50 anos do PPGE/UFMG, 2022
Em coautoria com Aline Alves, Ellen Pinto, Isis Roza e Silvia Costa. "No capítulo, (...) aborda-se, inicialmente, as organizações e movimentos negros, situando-os no contexto das lutas da população negra. Em seguida, as autoras discutem as políticas de ações afirmativas na UFMG, destacam ações institucionais nessa direção e apresentam movimentos produzidos pelos Coletivos de ações afirmativas. Em um terceiro momento, o texto focaliza o percurso de constituição do Coletivo Cotista de Estudantes Negros e Negras na Pós-Graduação Andrea Marques, as percepções e iniciativas das(os) integrantes para lidar com os desafios estruturais da pós-graduação, as marcas do racismo estrutural, e as questões vivenciadas pelos(as) pósgraduandos(as) durante suas trajetórias na pós-graduação" (Apresentação por Shirley Miranda e Mônica Rahme, 2022, p. 25).
O corpo na Análise do Discurso: conceito em movimento, 2023
Capítulo de livro publicado na obra "O corpo na Análise do Discurso: conceito em movimento".
Revista O público e o privado, 2022
O presente ensaio versa sobre as noções de corpo, intelectualidade negra e etnocentrismo branco, objetivando refletir sobre o modo como o/a negro/a é visto/a a partir de imagens e representações acerca de seus corpos, comumente, hipersexualizados e afastados da produção de conhecimento e da intelectualidade. O texto é de caráter bibliográfico ensaístico, elaborado a partir do diálogo cruzado entre fontes históricas e autores/as das Ciências Sociais, da História e de outras áreas, com base em suas pesquisas e leituras de mundo. Pauta-se, sobretudo, em contribuições de intelectuais negros/as, tais como Clóvis Moura, Lélia Gonzalez, Lourenço Cardoso, Hilário Ferreira, Beatriz Nascimento, Oyèrónke Oyewùmí e intelectuais brancos como Darcy Ribeiro, Marco Frenette e Sigismund Neukomm que nos ajudam a pensar as questões aqui propostas.
roncoletta.com
A Moda como linguagem transforma o corpo além das barreiras morfológicas do próprio corpo. Neste ensaio iremos observar através da história da moda, a relação do design com a semiótica discursiva, a re-significação de tais corpos em três momentos: Através dos primeiros designers de moda, Poiret e Chanel e suas propostas para a alta-costura visando um público hegemônico. No segundo momento, graças à inversão do Sistema de Moda e de designers como Yves Saint Laurent e Paco Rabanne propõem uma democratização e diversificação da própria moda. E no terceiro momento, através da coleção de verão 2007 de Hussein Chalayan e a utilização da tecnologia desenvolvida pelo studio 2d:3d iremos constatar a resignificação do corpo, em propostas singulares do mesmo desfile.
Dissertação, 2011
Esta pesquisa tem por objetivo entender o estabelecimento do movimento Hip Hop na cidade de Sorocaba (SP) por meio da experiência negra deste município. Para chegar a tal objetivo tomou-se como referência a trajetória de vida de Márcio Brown: jovem negro que, ao relatar sua memória pautada por questões raciais, expõe elementos coletivos que nos permitem entender o momento de consolidação deste movimento em sua cidade. Intencionamos, a partir de um relato autobiográfico, explicar processos de subjetivação que levam a mobilizações político-raciais e, ao mesmo tempo, problematizar conceitos como raça, racismo, essencialismo, cultura, diáspora Africana e identidade.
Revista Jovens Pesquisadores, 2019
Este artigo é constituído de um recorte temático a partir dos estudos junto ao projeto de pesquisa intitulado “Biopolítica, educação e (des)construção do sujeito negro no Brasil pós-abolição (1888-1945)”, desenvolvido no âmbito do Programa de Pós-graduação em Educação (mestrado e doutorado) da Universidade de Santa Cruz do Sul e coordenado pelo professor Dr. Mozart Linhares da Silva. O objetivo geral que norteou o projeto e, posteriormente, a construção deste trabalho, visa identificar a proposição de uma estética negra forjada a partir da década de 60 com a dramaturgia presente no “Teatro Experimental Negro” (TEN) de Abdias do Nascimento, homem negro, filósofo e um dos principais expoentes culturais e políticos do Movimento Negro. Propõe-se pensar a arte, no caso a dramaturgia do TEN, como um dispositivo implicado nos processos de subjetivação, sobretudo em seus “efeitos” nas estratégias de resistência dos sujeitos negros. Problematiza-se, nesse sentido, o quanto o teatro de Abdias...
Stumpf e Gustavo Brocanello agradeço o aprendizado e as trocas profícuas.
Revista de Italianística, 2023
O presente artigo pretende investigar a construção de identidade e masculinidade negras do personagem Zoppe, pai da personagem Adua do romance homônimo. Zoppe serve como tradutor e intérprete ao conde Anselmi no contexto dos anos 1930, pouco tempo antes da invasão italiana na Etiópia. Este estudo adotará como referencial teórico os intelectuais que pensaram a identidade (WOODWARD, 2014), sobretudo a identidade racial e a masculinidade negras (KILOMBA, 2019; FANON, 2020; FAUSTINO, 2014; hooks, 2019). Observamos através da análise do que Zoppe fala de si e do que falam sobre ele que o colonialismo e o racismo operam para desumanizar sujeitos racializados. O fato de Zoppe não conseguir trabalhar o luto da perda de sua amada Asha corrobora para os resultados deste estudo que indicam que o colonialismo produz subjetividades embrutecidas, não permitindo aos colonizados mergulharem nos seus próprios infernos (FANON, 2020).
2006
De corpo presente: o negro na publicidade em revista.
Geografias Pretas: resistências e existências no Brasil contemporâneo, 2023
SOBRE “CULTURA NEGRA”, CAPOEIRA ANGOLA E CORPO-TERRITÓRIO
O presente trabalho constitui-se em alguns apontamentos aproximativos entre o trabalho de Gayatri Spivak, Pode o subalterno falar? (2010) e as contribuições de Patricia Collins e bell hooks para o feminismo negro. O argumento anti-identitário e antiessencialista de Spivak, bem como o da criação de espaços de fala do subalterno, são fundamentais para o feminismo negro. Este, por sua vez, emerge enquanto crítica a um feminismo que universaliza uma experiência de mulher: branca, universitária, casada, heterossexual, de classe média e média-alta. Para contraporem a isso, hooks e Collins propõem a humanização da mulher negra, vinculando-se, portanto, como muitos autores da crítica pós-colonial, a uma tradição humanista.
Resumo: O texto discute as relações entre a memória da escravidão dos moradores de Chapada do Norte – Vale do Jequitinhonha/MG e os sentidos que adquire o " ser negro " no local. Para tanto, esboça o perfil da escravidão no povoado no século XIX, ressaltando sua pequena relevância estatística. Passa, a seguir, à análise de trechos de entrevistas com dois moradores locais, observando a maneira pela qual surgem as referências à escravidão no discurso e sua importância simbólica na compreensão das relações de poder e do " ser negro " na atualidade.
O Movimento Black Rio se tornou um fenômeno de massa no Rio de Janeiro, nos anos 70, particularmente entre uma juventude afro-brasileira dos subúrbios e bairros operários da Zona Norte. Milhares de jovens compareciam, todos os finais de semana, aos bailes black para dançar ao som de discos de soul americanos tocados por celebrados DJs. O fenômeno ganhou destaque por seu caráter de resistência cultural e afirmação de uma identidade negra, que se oporia à retórica do mito da democracia racial. Neste artigo, pretendemos aprofundar a discussão em torno de possibilidades de mobilizações? políticas em torno do consumo cultural, interessando-nos por perceber como o movimento, através do estabelecimento de redes de consumo, lazer e entretenimento, configurou-se como um novo projeto identitário, dotado de um potencial político alternativo pautado pelo estilo.
2013
Este trabalho e parte de uma problematica maior acerca das questoes sobre etnicidade, cujo recorte analitico e feito a partir do universo quilombola, situado em um “espaco” possivel a ser entendido como “etnico” e “urbano”. A pesquisa adentra narrativas sobre as praticas sociais simbolicamente vivenciadas, a partir de suas modalidades simbolicas de negociacao com a realidade, em um “espaco” praticado, o qual se fundamenta nas tradicoes inventadas, que revelam estrategias de producao de modos de vida, as quais distinguem esse grupo urbano enquanto uma comunidade. Neste sentido, destaca-se a producao de uma identidade experimentada, quando definidas a partir das praticas do cotidiano, onde o espaco passa a ser vivenciado pelos rituais diarios, ao mesmo tempo em que e transmitida para as novas geracoes, criando e mantendo sentimentos de pertenca em relacao ao espaco; e suas respectivas representacoes coletivas, que, inclusive, transitam pelos usos atribuidos pelos moradores e seus outr...
Revista DAPesquisa, 2008
Desde as primeiras manifestações culturais do homem a representação da figura humana é tentativa recorrente. As pinturas rupestres já tratavam desta questão, da busca de uma identidade, de um rosto para aquele ser desconhecido – uma imagem para o próprio homem. Este artigo parte deste começo para tratar de retratos produzidos por artistas modernos latino-americanos – pensando o retrato como noção operatória, e por isso mesmo descolado de discursos como o da regionalidade ou o da biografia como explicação da obra, apesar de respeitar o recorte proposto.
Revista Novos Debates, 2016
Este trabalho aborda a discussão acerca dos sentidos sociais do dinheiro a partir de pesquisa desenvolvida durante a graduação. Os argumentos apresentados são decorrentes de questões que surgiram ao longo da pesquisa na loja de artigos afro religiosos Oke Arô na cidade de Santarém, Pará. Trata se da reflexão a partir das ações das pessoas em relação à presença da imagem, em tamanho real, feita de gesso, de uma entidade muito conhecida na região, que atende pelo nome de Cabocla Mariana.
Resumo: A ampliação do acesso à internet alterou as fronteiras de informação nas últimas décadas, com as redes sociais adquirindo um papel importante para difusão de discussões sobre temas como gênero e raça. Nesse contexto, surgem duas cantoras negras, periféricas, que ganharam fama através da internet e mostram uma forma de falar de feminismo que vai além das teorias. Neste trabalho, buscamos analisar as contribuições discursivas das cantoras MC Carol e Karol Conka para o debate do lugar social da mulher negra através de suas músicas. Com grande visibilidade no funk e no rap, essas artistas vêm firmando uma postura de resistência e representatividade na música e na sociedade. Adotaremos o gênero como categoria analítica para pensar as relações de poder na sociedade. A reflexão sobre as especificidades e o entrecruzamento de marcadores sociais seguirá as contribuições de Crenshaw (2002) e Piscitelli (2008). Com Carneiro (2003) destacaremos a invisibilidade das mulheres negras e suas pautas no feminismo hegemônico. Para falar de raça e sociedade, utilizaremos os pressupostos teóricos de Hall (2013) e Munanga (2000), aliados às reflexões de Bakhtin (1997) sobre o papel da linguagem. Palavras-chave: Gênero. Raça. Feminismo. Música. Na atual conjuntura política mundial, em que o avanço dos governos de direita foi reforçado com as últimas eleições em países como Argentina, França e Estados Unidos, além do golpe contra a presidente eleita no Brasil, Dilma Rousseff, é possível considerar que há um movimento de ampliação dos posicionamentos conservadores, principalmente no que se refere às questões de gênero, raça, classe e sexualidade. Nesse contexto, podemos perceber, principalmente no Brasil, a grande ação dos políticos para reduzir/cortar os poucos direitos conquistados nos campos ligados às minorias sociais. No âmbito federal, podemos destacar a extinção do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos, além da redução de 35% dos recursos destinados às políticas para mulheres, negros, população LGBT e direitos humanos. Paralelamente, encontramos na internet um espaço de discussão que vem sendo utilizado como ferramenta de formação e resistência, não só oferecendo fontes alternativas de informação,
Revista de Políticas Públicas e Gestão Educacional (POLIGES), 2021
A temática sobre Curriculo, Educação e a Literatura Negro-Brasileira, foi definida por perceber a realidade do Brasil e da educação brasileira. Nesse sentido, delimitamos o nosso objetivo que é refletir sobre como os currículos têm abordado os conteúdos afro e o uso da literatura como recurso de internalização cultural. Assim, tomamos como recurso metodológico a abordagem qualitativa e o procedimento de levantamento bibliográfico. Para a discussão teórica, recorremos aos autores que discutem educação, currículo e literatura Negro-Brasileira, sendo eles Fernandes (2016), Almeida (2018), Carneiro (2019), Fanon (2008), Gomes (2001), González (1984), Muller (2006), Munanga (2005; 2019), Ribeiro (2015), Rosemberg (2003). Por fim, consideramos o estudo relevante no que se refere à educação brasileira e aos seus processos de inclusão. Percebemos ainda que a educação encontra-se distante de uma perspectiva mais inclusiva, e que, diante da história, a educação foi negada ao negro e que no sé...
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