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2023, Comunicação & Sociedade
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* Uma versão preliminar desse trabalho foi apresentada no 18º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo, promoção da SBPJor (Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo), em 2020. RESUMO Com o objetivo de expor e problematizar alguns perfis produzidos e publicados em livros por dois profícuos jornalistas, Eliane Brum e Fred Melo Paiva, esse trabalho apresenta, a partir do procedimento metodológico de análises de conteúdo e de narrativas, o modo como as narrativas jornalísticas são configuradas, tendo como base o aspecto relacional entre entrevistador e entrevistado, identificando ainda o caráter testemunhal do jornalismo e dos personagens retratados nesse contexto. Compreendendo esse processo como parte do jornalismo narrativo, que rompe com o tecnicismo ainda vigente em algumas produções, as análises mostram que há uma diversidade de personagens e abordagens, que evidenciam o jornalismo de testemunho por intermédio dos personagens/fontes, dos jornalistas e do próprio texto compartilhado. Palavras-chave: jornalismo narrativo; perfis; testemunho; sujeitos, narrativas.
Levando em consideração as incertezas e contradições próprias dos modos de se relatar as histórias de vida tanto de pessoas famosas como de pessoas anônimas, este artigo pretende mapear os perfis veiculados pela revista piauí, durante o segundo semestre de 2017, para então identificar, classificar e sistematizar as angulações tipológicas dos relatos produzidos e as temporalidades configuradas nas produções. Trabalharemos, inicialmente, com a discussão sobre as "narrativas do eu" para depois refletirmos sobre as possibilidades textuais relacionadas às angulações jornalísticas para posteriormente pensarmos a questão das temporalidades presentes nessas produções. Como procedimento metodológico, utilizaremos a Análise das narrativas em associação com a Análise de conteúdo, entendendo que ambas podem nos ajudar a compreender os modos de constituição das experiências individuais na seara social.
2000
À minha orientadora, profa. Maria Otília Bocchini, pelos ensinamentos, gentileza, generosidade, respeito e apoio incondicional em todos os momentos. Aos professores Alice Mitika Koshiyama, Ismar de Oliveira Soares, José Carlos Sebe Bom Meihy e Sandoval Nonato Gomes-Santos, pelos preciosos aprendizados. E também ao prof. Massimo di Felice, pela acolhida, incentivo e amizade. Ao PPGCOM / USP e à CAPES, que me proporcionaram a maravilhosa oportunidade de voltar a ser estudante. E a Rosely Sousa, sempre eficiente, colaborativa e simpática! Aos colegas da pós, pelos conselhos, trocas, companhia e outras alegrias. Especialmente
Animus. Revista Interamericana de Comunicação Midiática
Neste trabalho iremos analisar o modo como a entrevista (oral) participou da elaboração de perfis (escrita) na produção de estudantes de jornalismo. A intenção é observar a interação fala-escrita em processos de desenvolvimento da escrita que envolvem retextualização (passagem do oral para o escrito). Para identificar essa interação, usaremos a ideia de tópico (tema), que nos mostra em que momentos a sequência dos tópicos da entrevista foi mantida ou alterada no perfil. Também buscaremos identificar as diferentes soluções exploradas pelos estudantes e a relação dessas soluções com a maturidade da sua escrita. E, assim, localizar opções didáticas aplicáveis em cursos de jornalismo que sejam compatíveis com esse quadro.
Universidade de Brasília, 2013
Em redações e universidades brasileiras o incentivo à produção do perfil jornalístico aumentou depois de mais de duas décadas sem uma publicação reconhecida pelo desenvolvimento do gênero. Nos anos 2000, o perfil voltou ao cenário do país por meio de jornais-laboratórios e imprensa especializada, na tentativa de resgatar a tradição da revista Realidade. Centrado num protagonista, cuja história é desenvolvida fora dos cânones da biografia e da reportagem, o perfil é uma narrativa que almeja o registro do instante do personagem. Por muito tempo, essa prática esteve ligada às histórias de vida, ao focar apenas seres humanos. O uso de técnicas de jornalismo literário, disseminadas principalmente pelo novo jornalismo norte-americano, em revistas como The New Yorker, trouxe, porém, experimentações que questionam a necessidade de se fazer perfis apenas sobre pessoas. Ao analisar três relatos centralizados em figuras não humanas, esta pesquisa pretende expandir as possibilidades de se escrever um perfil, independentemente do personagem escolhido.
Revista FAMECOS, 2021
O objetivo é refletir sobre o papel do testemunho na construção narrativa de personagens em noticiários criminais. Ligada ao estatuto da confissão, essa técnica social ganhou novas dimensões em sociedades midiatizadas e se tornou relevante da produção à recepção. Para atingir o objetivo, propõe-se um diálogo entre a forma como os personagens são construídos narrativamente e a maneira como o público produz sentidos aos crimes exibidos em dois telejornais. O texto parte de uma discussão teórica sobre jornalismo, confissão e testemunho. Após a apresentação dos telejornais e do público, ancora-se nos resultados de uma análise de conteúdos realizada em 80 edições nos noticiários criminais Balanço Geral e Tribuna da Massa, ambos veiculados em Curitiba, no Paraná, e em um estudo de recepção produzido a partir de entrevistas em profundidade com 18 telespectadores desses programas. Entre os resultados observa-se a personificação das fontes oficiais, a substituição de testemunhas oculares por...
Este artigo discute o perfil jornalístico em sua relação com a escrita biográfica, propon-do uma leitura cruzada dos gêneros para ampliar a compreensão do perfil. Apresenta-mos uma revisão da literatura a respeito do perfil, articulando-a com questões levanta-das pela história e pelos aspectos formais da biografia. Nesse intercâmbio, percebemos a importância do uso do detalhe descritivo em ambos os gêneros, afirmado tanto pelo jornalismo quanto pela literatura como método para o texto acercar-se da realidade cotidiana. Desse modo, propomos aqui a enunciação do detalhe como ferramenta de enfrentamento ao problema que atravessa tanto perfis quanto biografias: " Como irei escrever uma vida? ".
Revista de Estudos Literários, 2016
Um dos autores portugueses que problematiza o contributo dos Estudos Narrativos para a compreensão do funcionamento da personagem jornalística é Mário Mesquita que, no seu artigo “Personagem Jornalística: da Narratologia à Deontologia”, cruza conceitos da narratologia com exemplos dos media, defendendo que o estudo da construção da personagem jornalística se deve cruzar com os princípios da deontologia profissional. Num texto mais recente, H. Heidbrink (Heidbrink, 2010: 67-110) lança as bases para o valor do estudo da personagem desenraizada do contexto literário que, durante décadas a delimitou e moldou. Procedendo a uma sistematização exaustiva do estado da arte sobre a questão, a autora foca essencialmente vetores que nos interessa explorar neste estudo: a relação entre persona e personagem; as fronteiras movediças entre real e ficcional; e o facto de a personagem ser, no final de contas, um constructo semiótico, feixe de signos complexos e materialmente detetáveis, produto de pr...
Revista Do Gel, 2010
RESUMO: O objetivo é mostrar que a heterogeneidade composicional de um texto jornalístico não é um fenômeno discursivo simples. Adotando os postulados do Modelo de Análise Modular, evidenciamos a importância que sequências discursivas do tipo narrativo podem assumir quando um jornalista delas se vale para tentar produzir determinados efeitos. Num primeiro momento, o estudo da forma de organização sequencial permite a identificação de duas sequências narrativas. Em seguida, a combinação da forma de organização sequencial com informações de outros planos do discurso permite o estudo das marcas linguísticas das sequências, bem como das funções cotextuais e contextuais que elas desempenham em toda a reportagem estudada.
Resumo: Neste artigo, analiso a relação do ponto de vista com o discurso outro na constituição do perfil jornalístico. Para tanto, analisei um corpus composto de perfis publicados no jornal francês Libération e na revista Carta Capital. O estudo revela que o perfil tem a mesma configuração nos dois veículos: ponto de vista do jornalista, constituído a partir dos discursos da pessoa representada no perfil e de outros entrevistados, seguidos da fala do entrevistado. Do ponto de vista teórico, constata-se que a heterogeneidade é constitutiva do gênero, presente nos tipos de enunciados e nas formas de representação do discurso outro. Palavras-chave: Ponto de vista. Representação do discurso outro. Perfil jornalístico. Abstract: This paper analyzes the relationship between point of view and discourse of the other in media profile. For this purpose, I examined profiles published in the French newspaper Libération and the Brazilian magazine Carta Capital. This study reveals that the profile has the same configuration in both publications: the journalist's point of view, which is constituted from the discourses by the profiled person and by other interviewees, followed by the speech of the interviewee. From a theoretical point of view, it appears that heterogeneity is constitutive of the genre and is present in the kinds of enunciation and forms of representation of discourse the other. Keywords: Point of view. Representation of discourse the other. Media profile. Résumé: Dans cet article, j'analyse la relation du point de vue et du discours autre dans la constitution de portrait journalistique. À cette fin, j'ai analysé un corpus de portraits du journal Libération et du magazine Carta Capital. L'étude révèle que le portrait a la même configuration dans les deux véhicules: point de vue du journaliste, fait à partir des discours de la personne représentée dans le portrait et d'autres interviewées, suivi du discours de la personne interrogée. D'un point de vue théorique, on constate que l'hétérogénéité est constitutive du genre, présente dans les types d'énoncés et les formes de représentation du discours autre. Mots-clefs: Point de vue. La représentation de la parole des autres. Portrait journalistique.
Diálogos entre a fala e a escrita na produção de perfis jornalísticos em ambientes educacionais., 2013
Este trabalho investiga modos de dialogia que ocorrem na passagem da fala para a escrita, durante a produção de perfis jornalísticos em ambiente educacionais. O objetivo foi identificar diferentes soluções exploradas por estudantes, a relação que estas possuem com o grau de letramento e, assim, encontrar formas de facilitar o desenvolvimento da escrita. Os dados foram coletados em duas oficinas de produção de perfis, ministradas pela autora/pesquisadora para estudantes de Comunicação de São Paulo com diferentes letramentos. O material referente a cada participante da pesquisa é composto por duas entrevistas gravadas com perfilados, dois perfis escritos e, como material suplementar, dados sobre os seus hábitos de leitura e escrita. Assumindo uma perspectiva da linguagem e da aprendizagem como indissociáveis da experiência social (Bakhtin e Vygotsky), a pesquisa parte da ideia de que o gênero jornalístico perfil, quando tornado objeto de ensino, pode contribuir em processos de desenvolvimento da escrita. Isto porque envolve interação face a face (por meio da entrevista), retextualização (passagem do oral para o escrito), além de conteúdo e estrutura composicional familiar a outros gêneros que lidam com a representação de experiências vividas. O aspecto central observado nesse corpus foi a organização tópica, especialmente como os segmentos tópicos aparecem na entrevista (oral) e no perfil (escrito). Entre as operações de retextualização (Marcuschi), foram observadas as manutenções (repetição de tópicos e de sequência dos tópicos, uso do discurso direto, etc.), as eliminações, as reformulações (reordenações dos tópicos, substituições lexicais, uso do discurso indireto) e também acréscimos (interpretações, observações, comparações). A análise dos dados constatou que há uma tendência de que a entrevista participe da produção do perfil de diferentes modos, em função do grau de maturidade do estudante como escrevente. A organização tópica da fala, em geral, desempenhou papel mais relevante entre os escreventes com menor domínio dos recursos e estratégias próprias da escrita. Verificou-se que os estudantes com maior domínio dessas estratégias utilizam a entrevista sobretudo como uma forma de interação que permite aquisição de conhecimento. Confirmada a hipótese de que, especialmente em casos de estudantes com menor fluência, a organização tópica da fala tende a orientar significativamente a organização tópica da escrita, os resultados permitem sugerir formas específicas de organização do ensino para incentivar/estimular produções mais complexas. Palavras-chave: perfil, entrevista, fala, escrita, ensino de jornalismo, gêneros jornalísticos
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Cadernos de Linguagem e Sociedade
Brazilian Journalism Research
Revista GEMInIS, 2014
JORNALISMO DESENHADO: A NARRATIVA DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS A SERVIÇO DAS REPORTAGENS, 2013
C-Legenda - Revista do Programa de Pós-graduação em Cinema e Audiovisual
Universitas: Arquitetura e Comunicação Social, 2015
REVISTA CAMBIASSU: ESTUDOS EM COMUNICAÇÃO, 2020
Anais do VII Encontro Regional Sul de História da Mídia, 2018
Dialogo Das Letras, 2012
Arquivos Brasileiros de Psicologia, 2022
Contemporânea Revista de Comunicação e Cultura, 2016