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1983
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Sabe-se, desde Saussure, que o signo lingüístico vale por um título que se troca e uma energia que se dissipa. Corolário indispensável: a felonia das formas torna-se mal necessário. Duchamp, inconfidente-mor, desamarrou a mimese através de uma nova aura que veio se apegar à técnica da transposição: o amor ao objeto. A traição passou a ser exorcizada na construção, muito embora a violência reverberante persiga o modelo na cópia. A deterioração da América de Alocco. Diálogo: uma marca que se trai, um objeto que se constrói. Marcel Alocco, A deterioração da América "Não recebi novo folheto, daqueles que se vendiam a cem reis e tinham na capa três faixas e letras quase imperceptíveis". Graciliano Ramos-Infância') "No me entregaron um nuevo folleto, de esos que se vendían a cien reis*y tenían en la tapa tres faias y letras casi imperceptibles. *Valor de dos centavos argentinos".
Um breve trabalho mostrando a imortalidade da Alma através de Platão, em Fédon
A distribuição desse arquivo (e de outros baseados nele) é livre, desde que se dê os créditos da digitalização aos membros do grupo Acrópolis e se cite o endereço da homepage do grupo no corpo do texto do arquivo em questão, tal como está acima.
Revista Via Teológica, 2024
Em (Mc 4,30-32; Mt 13,31-32 e Lc 13,18-19) ouve-se ou lê-se a parábola do grão de mostarda. Ao contar essa história, Jesus de Nazaré, na condição de um bom camponês, guardou os valores recebidos pelos seus antepassados. Ele amou a terra, no sentido de solo, por isso, devotou-lhe um olhar especial. Sabia que, por meio dela, podia vir até o ser humano a alimentação necessária para sua sobrevivência. No caso de nosso estudo, o ouvinte/leitor compreenderá, como do ponto de vista bíblico, cada tradição evangélica testamentou essa pequena micronarrativa, apontando diferenças e semelhanças, levando a reflexão sob o prisma de que as escrituras são fonte de literatura. E, que, portanto, devem ser compreendidas de modo sincrônico. O aparente paradoxo entre os enunciados: “é a menor de todas as sementes que há sobre a terra” (v. 31c), mas que quando cresce: “torna-se a maior de todas as hortaliças” (v. 32b), servirá de nutriente reflexivo para quem se propõe a ler e ou a escutar a Palavra de Deus, sem dissuadi-la da realidade concreta na qual o ser humano vive.
Revista Brasileira de Oftalmologia, 2013
Dobras de coroide é considerado o achado fundoscópico mais prevalente nos casos de tumor orbitário. São ondulações no epitélio pigmentado da retina, membrana de Bruch, porção interna da coriocapilar e que, em alguns casos, podem acometer a retina neurossensorial, sendo então chamadas de dobras coriorretinianas. Diversas condições, oculares e sistêmicas, cursam com dobras de coroide e devem ser corretamente investigadas e, caso necessário, prontamente tratadas. Nesta revisão iremos abordar os aspectos gerais das dobras de coroide, enfatizando suas características nos seguintes exames de imagem: Retinografia, autofluorescência, angiofluoresceínografia e tomografia de coerência óptica.
Versão eletrõnica do diálogo platõnico "Fedão" Tradução: Carlos Alberto Nunes Créditos da digitalização: Membros do grupo de discussão Acrópolis (Filosofia) Homepage do grupo: http://br.egroups.com/group/acropolis/ A distribuição desse arquivo (e de outros baseados nele) é livre, desde que se dê os créditos da digitalização aos membros do grupo Acrópolis e se cite o endereço da homepage do grupo no corpo do texto do arquivo em questão, tal como esta acima. FEDÃO 1-Estiveste tu mesmo, Fedão, junto de Sócrates no dia em que ele tomou veneno na prisão, ou ouviste de alguém? Fedão-Não, eu mesmo, Equécrates. Equécrates-Então, que disse o homem antes de morrer? E como foi a sua morte? Gostaria de saber tudo o que se passou. Recentemente, nenhum cidadão de Fliunte tem ido a Atenas, e há muito não nos vêm de lá forasteiros capazes de dar-nos informações seguras, salvo dizerem que morreu depois de tomar o veneno. Quanto ao mais, nada informam de particular. Fedão-E também não ouviste contar como foi o julgamento? Equécrates-Ouvimos, sim; alguém nos falou nisso. Surpreendeu-nos, justamente, ter sido bem antes o julgamento e ele só vir a morrer muito depois. Que aconteceu, Fedão? Fedão-Foi tudo obra do acaso, Equécrates, o que se passou com ele. Precisamente na véspera do julgamento coroaram a popa do navio que os Atenienses enviam a Delo. Equécrates-Que é isso? Fedão-Segundo os Atenienses, é o navio em que outrora Teseu levou para Creta as duas septenas de jovens, moços e moças, que ele salvou, salvando-se também. Nessa ocasião, segundo contam, prometeram a Apolo enviar anualmente uma deputação a Delo, no caso de se salvarem, e até hoje todos os anos vão em romaria à divindade. Desde o início dos preparativos da viagem, determina a lei que se proceda à purificação do burgo, não sendo permitido executar ninguém por crime público antes de chegar a Delo o navio e retornar de lá. Por vezes esse prazo fica muito dilatado, quando os ventos são adversos. O início da peregrinação é contado a partir do momento em que o sacerdote de Apolo coroa a popa do navio, o que se deu, conforme disse, na véspera do julgamento. Esse o motivo de ter estado Sócrates tanto tempo na prisão, desde o julgamento até à morte. II-Equécrates-E as condições em que morreu, Fedão? Quais foram suas palavras? Como se houve em tudo? Quais dos seus familiares se encontravam ao seu lado? Ou as autoridades não permitiram que entrassem, vindo ele a morrer privado de assistência dos amigos? Fedão-De forma alguma; vários estiveram presentes; em grande número, mesmo. Equécrates-Então, procura contar-nos com a maior exatidão possível como tudo se passou, no caso de dispores de folga. Fedão-Disponho, sim, e vou tentar expor-vos o que se deu. Para mim, nada é tão agradável como recordar-me de Sócrates, ou seja quando falo nele, ou quando ouço alguém falar a seu respeito. Equécrates-Pois podes ter a certeza, Fedão, de que teus ouvintes estão nessas mesmas condições. Esforça-te, portanto, para contar o caso com todas as minúcias. Fedão-Era por demais estranho o que eu sentia junto dele. Não podia lastimá-lo, como o faria perto de um ente querido no transe derradeiro. O homem me parecia felicíssimo, Equécrates, tanto nos gestos como nas palavras, reflexo exato da intrepidez e da nobreza com que se despedia da vida. Minha impressão naquele instante foi que sua passagem para o Hades não se dava sem disposição divina, e que, uma vez lá chegando, sentir-se-ia tão venturoso com os que mais o foram. Por isso mesmo, não me dominou nenhum sentimento de piedade, o que seria natural na presença de um moribundo. Também não me sentia alegre, como costumava ficar em nossa práticas sobre filosofia. Sim, porque toda nossa conversa girou em torno de temas filosóficos. Era um estado difícil de definir, misto insólito de alegria e tristeza, por lembrar-me de que ele iria morrer dentro de pouco. As mais pessoas presentes se encontravam em condições quase idênticas, umas rindo, outras chorando, principalmente Apolodoro. Conheces o homem e sabes como ele é. Equécrates-Sem dúvida. Fedão-Pois desse jeito se comportou o tempo todo. Eu também, fiquei muito abalado, a mesma coisa passando-se com os outros. Equécrates-E quem se achava lá, Fedão? Fedão-Além do mencionado Apolodoro, seus conterrâneos Critobulo e o pai, Hermógenes, Epígenes, Ésquines e Antístenes. Ctesipo de Peânia também esteve presente, Menéxeno e mais alguns da mesma região. Se não me engano, Platão se achava doente. Equécrates-E havia também estrangeiros? Fedão-Sim, os Tebanos Símias, Cebete e Fedondes; e de Mégara, Euclides e Térpsio. Equécrates-Nesse caso, Aristipo e Cleômbroto também estiveram com ele? Fedão-Não; falaram que se encontravam em Egina. Equécrates-Havia mais alguém? Fedão-Creio que eram só esses. Equécrates-E depois? Quais foram os discursos a que te referiste? III-Fedão-Vou esforçar-me para contar tudo do começo. Tal como na véspera, todos os dias visitávamos Sócrates, e desde a manhãzinha íamos encontrar-nos no tribunal em que se deu o julgamento. Fica perto da cadeia. Ali esperávamos conversando até que a cadeia abrisse, pois não costumam abri-la muito cedo. Porém logo que isso se dava, corríamos para junto de Sócrates e quase sempre passávamos com ele o dia todo. Nessa manhã reunimo-nos mais cedo, porque na tarde anterior, ao nos retirarmos da prisão, soubemos que o navio chegara de Delo. Por isso, combinamos encontrar-nos o mais cedo possível no lugar habitual. Ao chegarmos, o porteiro que costumava receber-nos veio ao nosso encontro para dizer que esperássemos fora e não entrássemos sem que ele nos avisasse. Neste momento, nos disse, os Onze estão tirando os ferros de Sócrates e lhe comunicam que hoje ele terá de morrer. Depois de algum tempo, voltou para dizer que entrássemos. Ao penetrarmos no recinto, encontramos Sócrates, que acabava de ser aliviado dos ferros, e Xantipaconhece-Ia decerto-com o filho pequeno, sentada junto do marido. Ao ver-nos, começou Xantipa a lastimar-se e clamar como de hábito nas mulheres, dizendo: Pela última vez, Sócrates, teus amigos conversarão contigo, e tu com eles. Virando-se para Critão, Sócrates lhe disse: Critão, leva-a para casa. A isso, alguns dos homens de Critão a retiraram, não cessando ela de gritar e debater-se. Sócrates, de seu lado, sentado no catre, dobrou a perna sobre a coxa e começou a friccioná-la duro com a mão, ao mesmo tempo que dizia: Como é extraordinário, senhores, o que os homens denominam prazer, e como se associa admiravelmente com o sofrimento, que passa, aliás, por ser o seu contrário. Não gostam de ficar juntos no homem; mal alguém persegue e alcança um deles, de regra é obrigado a apanhar o outro, como se ambos, com serem dois, estivessem ligados pela cabeça. Quer parecer-me, continuou, que se Esopo houvesse feito essa observação, não deixaria de compor uma fábula: Resolvendo Zeus pôr termo as suas dissensões contínuas, e não o conseguindo, uniu-os pela extremidade. Por isso, sempre que alguém alcança um deles, o outro lhe vem no rastro. Meu caso é parecido: após o incômodo da perna causada pelos ferros, segue-se-lhe o prazer. IV-Nesta altura, falou Cebete: Por Zeus, Sócrates, disse, foi bom que mo lembrasses. Diversas pessoas já me têm falado a respeito dos poemas que escreveste, aproveitando as fábulas de Esopo, e do hino em louvor de Apolo. Anteontem mesmo, o poeta Eveno me interpelou sobre a razão de compores verso desde que te encontras aqui, o que antes nunca fizeras. Se te importa deixar-me em condições de responder a Eveno quando ele voltar a falar-me a esse respeito-e tenho certeza de que o fará-instrui-me sobre o que deverei dizer-lhe. Então dize-lhe a verdade, Cebete, replicou: que não me movia o desejo de fazer-lhe concorrência nem aos seus poemas, quando compus os meus, o que, aliás, tentativa para rastrear o significado de uns sonhos e cumprir, assim, minha obrigação, no sentido de saber se era essa a modalidade de música que me recomendavam com insistência. É o seguinte: Muitas e muitas vezes em minha vida pregressa, sob formas diferentes me apareceu um sonho, porém dizendo sempre a mesma coisa: Sócrates, me falava, compõe música e a executa. Até agora eu estava convencido de ser justamente o que eu fizera a vida toda o que o sonho me insinuava e concitava a fazer, à maneira de como costumamos estimular os corredores: desse mesmo modo, o sonho me exortava a prosseguir em minha prática habitual, a compor música, por ser a Filosofia a música mais nobre e a ela eu dedicar-me. Agora, porém, depois do julgamento e por haver o festival do deus adiado minha morte, perguntei a mim mesmo se a música que com tanta insistência o sonho me mandava compor não seria essa espécie popular, tendo concluído que o que importava não era desobedecer ao sonho, porém fazer o que ele me ordenava. Seria mais seguro cumprir essa obrigação antes de partir, e compor poemas em obediência ao sonho. Assim, comecei por escrever um hino em louvor à divindade cuja festa então se celebrava. Depois da divindade, considerando que quem quiser ser poeta de verdade terá de compor mitos e não palavras, por saber-me incapaz de criar no domínio da mitologia, recorri às fabulas de Esopo que eu sabia de cor e tinha mais à mão, havendo versificado as que me ocorreram primeiro. V-Isso, Cebete, é o que deverás dizer a Eveno. Apresenta-lhe, também, saudações de minha parte, acrescentando que, se ele for sábio, deverá seguirme quanto antes. Parto, ao que parece, hoje mesmo; assim os determinam os Atenienses. Símias exclamou: Que conselho, Sócrates, mandas dar a Eveno! Tenho estado bastantes vezes com o homem, e por tudo o que sei dele, não terá grande desejo de aceitar-te a indicação. Como assim? Perguntou; Eveno não é filósofo? Penso que é, retrucou Símias. Nesse caso, terá de aceitá-la, tanto Eveno como quem quer que se aplique dignamente a esse estudo. O que é preciso é não empregar violência contra si próprio. Dizem que isso não é permitido. Assim falando, sentou-se e...
Prefixação no Português Contemporâneo, 2019
Estudo sobre os padrões de prefixação no português contemporâneo. Este livro encontra-se organizado da seguinte forma: o cap. 1 é um capítulo introdutório, de explanação das propriedades dos prefixos e dos desafios teóricos que o seu estudo coloca. Os capítulos 2 a 13 são de descrição das diferentes classes semânticas de prefixos. Antes das Referências, com que o livro termina, apresenta-se um capítulo de síntese das alterações semânticas registradas por alguns prefixos (cap. 14), um de conspecto final (cap. 15) e um de exercícios (cap. 16).
The article discusses competition between midwives and doctors offering birth-related services in the city of Rio de Janeiro from 1835 to 1900. The research analyzed minutes from meetings, textbooks on births, and terms from qualification examinations for physicians, surgeons, apothecaries, and midwives at the Rio de Janeiro Medical School (Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro), as well as announcements by and advertisements for doctors and midwives in columns featuring advertisements and useful recommendations in the Jornal do Commercio newspaper. An increase in the number of delivery physicians, and their scientific discourses led midwives to feel an obligation to diversify their clientele, consequently establishing themselves and working in lower-class and inhospitable areas.
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Graça Morais. Anjos e Lobos - Diálogos da Humanidade, 2022
Conhecimentos ligados às tecnologias nas ciências exatas, 2021
Revista InterAção , 2023
Revista do AGCRJ, 2013
Caminhando, 2021