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2019, Problemata
Resumo: O objetivo deste artigo é examinar a concepção de povo presente na obra O Príncipe de Maquiavel. Mostraremos que povo aparece nesta obra com um duplo significado, variando conforme o contexto de sua utilização. Por um lado, no contexto da fundação dos grandes legisladores e da fundação por um príncipe novo ele aparece com o significado de totalidade dos súditos. Por outro lado, no contexto das relações do príncipe com seu povo sob um ordenamento político já instituído, povo indica especificamente o humor que em toda cidade se contrapõe ao humor dos grandes. Enquanto no contexto da fundação povo é um corpo passivo submetido ao príncipe, no contexto do governo de um ordenamento político já instituído povo aparece como força politicamente ativa e determinante em relação ao príncipe. Os dois significados estão numa relação de tensão: no curso da fundação o príncipe tende a reduzir o povo à sua condição de totalidade dos súditos, mas na ação política concreta o príncipe precisa tenere animato l'universaleenquanto humor da parte que, unida ao príncipe, se opõe ao desejo de comandar dos grandes.
Concepção de povo em O Príncipe de Maquiavel, 2019
Resumo: O objetivo deste artigo é examinar a concepção de povo presente na obra O Príncipe de Maquiavel. Mostraremos que povo aparece nesta obra com um duplo significado, variando conforme o contexto de sua utilização. Por um lado, no contexto da fundação dos grandes legisladores e da fundação por um príncipe novo ele aparece com o significado de totalidade dos súditos. Por outro lado, no contexto das relações do príncipe com seu povo sob um ordenamento político já instituído, povo indica especificamente o humor que em toda cidade se contrapõe ao humor dos grandes. Enquanto no contexto da fundação povo é um corpo passivo submetido ao príncipe, no contexto do governo de um ordenamento político já instituído povo aparece como força politicamente ativa e determinante em relação ao príncipe. Os dois significados estão numa relação de tensão: no curso da fundação o príncipe tende a reduzir o povo à sua condição de totalidade dos súditos, mas na ação política concreta o príncipe precisa tenere animato l'universale enquanto humor da parte que, unida ao príncipe, se opõe ao desejo de comandar dos grandes. Palavras-chave: Maquiavel. Povo em Maquiavel. O Príncipe. Conflito político. Abstract: The purpose of this article is to examine the conception of people present in the work The Prince of Machiavelli. We will show that people appear in this work with a double meaning, varying according to the context of their use. On the one hand, in the context of the founding of the great lawmakers and the foundation by a new prince he appears with the meaning of all the subjects. On the other hand, in the context of the prince's relations with his people under an already established political order, people specifically indicate the mood that in every city is opposed to the mood of the great. While in the context of the foundation people are a passive body submitted to the prince, in the context of the government of an already established political order people appear as a politically active and determining force in relation to the prince. The two meanings are in a relationship of tension: in the course of the foundation the prince tends to reduce the people to their condition of totality of subjects, but in the concrete political action the prince needs tenant animato l'universale as humor of the part that, united to the prince, is opposed to the desire to command the great.
Espaços da liberdade, 2018
2021
O cerne do artigo é investigar o comportamento do príncipe no público e no privado, na obra do renascentista italiano Maquiavel: O Príncipe; obra de 1513. Para tanto, é necessário entender o que Maquiavel entendia por política e suas distinções com o conceito de política antiga e também a distinção entre virtù e fortuna, conceitos chave que devem ser esclarecidos para melhor compreensão do tema proposto. A prudência torna-se o conceito principal que norteará o texto nessa busca. Tomando a prudência como chave hermenêutica, poderemos pensar os pressupostos que garantem um bom comportamento do príncipe, tanto no público como no privado
A Itália estava dividida em pequenos principados, enquanto outros países como Espanha, Inglaterra e França eram nações unificadas. Estava com o poder fragmentado; instabilidade; milícias particulares; mercenários; conflitos políticos entre as repúblicas -Florença, Milão, Veneza, Nápoles. Imperava tirania em
RESUMO: O presente artigo tem como objetivo apresentar uma síntese do pensamento político maquiaveliano. Pretende-se demonstrar e elucidar sua teoria política e sua concepção de Estado. O enfoque teórico que dá sustentação ao trabalho baseia-se na principal obra do autor, O Príncipe, além de leituras complementares de comentadores de suas obras no que tem de específico sobre o referido assunto. A análise que, em geral, se faz da teoria política de Maquiavel, é apressada e errônea por acusar o autor de ser defensor de um regime de governo despótico. Na verdade, o que ensina Maquiavel, é que um governo é sempre determinado pela realidade dos fatos. A ação política do príncipe deve basear-se na imposição dessa verdade. PALAVRAS CHAVE: Maquiavel, Estado, Poder Político.
Comunicação & Política (Rio de Janeiro) vol.32, 2014
Trans/Form/Ação, 2020
Na leitura das três obras políticas maiores de Maquiavel, é recorrente o uso do termo popolo, ou algum correlato. Assim, se parece evidente o interesse de Maquiavel pela figura “povo”, o que ele entende por ela? Será possível fixar uma concepção suficientemente homogênea e definitiva de povo, no pensamento maquiaveliano, particularmente em Discursos? O propósito deste estudo é mostrar que, embora se faça presente uma ideia de popolo como ator político, na obra de Maquiavel, sua concepção não se deixa fixar de modo definitivo, menos ainda que ela possa ser homogênea e estática. Ao invés disso, pode-se sustentar que a concepção de povo, em Discursos, é polimórfica e varia segundo as conjunturas históricas concretas nas quais ele emerge na cena pública, de forma que se trata de uma ideia em permanente e contínua transformação. Abstract: In the reading of the three major political works of Machiavelli is recurrent the use of the term popolo, or some correlate. Thus, if Machiavelli’s interest in the figure “people” seems clear, what does he mean by it? Is it possible to establish a sufficiently homogeneous and definitive conception of people in Machiavellian thought, particularly in Discourses? The purpose of this study is to show that, although an idea of popolo as a political actor in Machiavelli’s work is present, his conception is not definitively fixed, let alone that it can be homogeneous and static. Instead, it can be said that the conception of popolo in Discourses is polymorphic and varies according to the concrete historical conjunctures in which it emerges on the public scene, so that it is an idea in permanent and continuous transformation.
Como referencial de análise daremos prioridade às seguintes obras maquiavelianas: os Discursos, O Príncipe e a História de Florença.
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Essa resenha estendida consiste numa primeira aproximação do autor aos escritos de Maquiavel. Auxilia muito no sentido de fornecer de forma concisa os principais conceitos do importante teórico italiano.
ÍNDICE DOS PRINCIPADOS Capítulo II. Dos principados hereditários Capítulo III. Dos principados mistos Capítulo IV. Por que o reino de Dario, ocupado por Alexandre, não se rebelou contra seus sucessores após a morte deste Capítulo V. De que modo se devam governar as cidades ou principados que, antes de serem ocupados, viviam com as suas próprias leis Capítulo VI. Dos principados novos que se conquistam com as armas próprias e virtuosamente Capítulo VII. Dos principados novos que se conquistam com as armas e fortuna dos outros Capítulo VIII. Dos que chegaram ao principado por meio de crimes Capítulo IX. Do principado civil Capítulo X. Como se devem medir as forças de todos os principados Capítulo XI. Dos principados eclesiásticos Capítulo XII. De quantas espécies são as milícias, e dos soldados mercenários Capítulo XIII. Dos soldados auxiliares, mistos e próprios Capítulo XIV. O que compete a um príncipe acerca da milícia(tropa) Capítulo XV. Daquelas coisas pelas quais os homens, e especialmente os príncipes, são louvados ou vituperados . Capítulo XVI. Da liberalidade e da parcimônia Capítulo XVII. Da crueldade e da piedade; se é melhor ser amado que temido, ou antes temido que amado Capítulo XVIII. De que modo os príncipes devem manter a fé da palavra dada Capítulo XIX. De como se deva evitar o ser desprezado e odiado Capítulo XX. Se as fortalezas e muitas outras coisas que a cada dia são feitas pelos príncipes são úteis ou não Capítulo XXI. O que convém a um príncipe para ser estimado Capítulo XXII. Dos secretários que os príncipes têm junto de si Capítulo XXIII. Como se afastam os aduladores Capítulo XXIV. Por que os príncipes da Itália perderam seus estados Capítulo XXV. De quanto pode a fortuna nas coisas humanas e de que modo se lhe deva resistir Capítulo XXVI. Exortação para procurar tomar a Itália e libertá-la das mãos dos bárbaros Carta de Machiavelli a Francesco Vettori, em Roma O PRÍNCIPE Costumam, o mais das vezes, aqueles que desejam conquistar as graças de um Príncipe, trazer-lhe aquelas coisas que consideram mais caras ou nas quais o vejam encontrar deleite, donde se vê amiúde serem a ele oferecidos cavalos, armas, tecidos de ouro, pedras preciosas e outros ornamentos semelhantes, dignos de sua grandeza. Desejando eu, portanto, oferecer-me a Vossa Magnificência com um testemunho qualquer de minha submissão, não encontrei entre os meus cabedais coisa a mim mais cara ou que tanto estime, quanto o conhecimento das ações dos grandes homens apreendido através de uma longa experiência das coisas modernas e uma contínua lição das antigas as quais tendo, com grande diligência, longamente perscrutado e examinado e, agora,
APRESENTAÇÃO Nicolaus Maclavellus, ou Nicoló Macchiavelli foi um gênio. Ou alguém conhece escritor dos anos 1500 que seja tão atual quanto ele? Um ex-ministro, poderosíssimo, deste país confessou, publicamente, que "O Príncipe" era seu livro de cabeceira. Falo sobre Delfim Netto. O Fernando Henrique, habituado a dizer bobagens, nunca confessou, mas basta ver suas atirudes e decisões para verificar que "O Príncipe " é mais que um livro de cabeceira, é Bíblia. As pessoas, neste país não lêem, ou o fazem mal. "O príncipe" deve ser analisado com cuidado. De forma indireta, é um libelo pela democracia e libertarismo. Prestem atenção, aprenderão muito e quem sabe, encontrarão o caminho da liberdade. Infelizmente nossos políticos não entenderam, ou não querem O PRÍNCIPE Maquiavel AO MAGNÍFICO LORENZO DE MEDICI NICOLÓ MACHIAVELLI ÍNDICE DOS PRINCIPADOS Capítulo II. Dos principados hereditários Capítulo III. Dos principados mistos Capítulo IV. Por que o reino de Dario, ocupado por Alexandre, não se rebelou contra seus sucessores após a morte deste Capítulo V. De que modo se devam governar as cidades ou principados que, antes de serem ocupados, viviam com as suas próprias leis Capítulo VI. Dos principados novos que se conquistam com as armas próprias e virtuosamente Capítulo VII. Dos principados novos que se conquistam com as armas e fortuna dos outros Capítulo VIII. Dos que chegaram ao principado por meio de crimes Capítulo IX. Do principado civil Capítulo X. Como se devem medir as forças de todos os principados Capítulo XI. Dos principados eclesiásticos Capítulo XII. De quantas espécies são as milícias, e dos soldados mercenários Capítulo XIII. Dos soldados auxiliares, mistos e próprios Capítulo XIV. O que compete a um príncipe acerca da milícia(tropa) Capítulo XV. Daquelas coisas pelas quais os homens, e especialmente os príncipes, são louvados ou vituperados . Capítulo XVI. Da liberalidade e da parcimônia Capítulo XVII. Da crueldade e da piedade; se é melhor ser amado que temido, ou antes temido que amado Capítulo XVIII. De que modo os príncipes devem manter a fé da palavra dada Capítulo XIX. De como se deva evitar o ser desprezado e odiado Capítulo XX. Se as fortalezas e muitas outras coisas que a cada dia são feitas pelos príncipes são úteis ou não Capítulo XXI. O que convém a um príncipe para ser estimado Capítulo XXII. Dos secretários que os príncipes têm junto de si Capítulo XXIII. Como se afastam os aduladores Capítulo XXIV. Por que os príncipes da Itália perderam seus estados Capítulo XXV. De quanto pode a fortuna nas coisas humanas e de que modo se lhe deva resistir Capítulo XXVI. Exortação para procurar tomar a Itália e libertá-la das mãos dos bárbaros Carta de Machiavelli a Francesco Vettori, em Roma O PRÍNCIPE Costumam, o mais das vezes, aqueles que desejam conquistar as graças de um Príncipe, trazer-lhe aquelas coisas que consideram mais caras ou nas quais o vejam encontrar deleite, donde se vê amiúde serem a ele oferecidos cavalos, armas, tecidos de ouro, pedras preciosas e outros ornamentos semelhantes, dignos de sua grandeza. Desejando eu, portanto, oferecer-me a Vossa Magnificência com um testemunho qualquer de minha submissão, não encontrei entre os meus cabedais coisa a mim mais cara ou que tanto estime, quanto o conhecimento das ações dos grandes homens apreendido através de uma longa experiência das coisas modernas e uma contínua lição das antigas as quais tendo, com grande diligência, longamente perscrutado e examinado e, agora, reduzido a um pequeno volume, envio a Vossa Magnificência.
Jus.br, 2014
Resumo O trabalho busca esclarecer dois pontos centrais da Filosofia política de Maquiavel-as figuras da Virtù e da Fortuna. A virtú deve ser vista como uma forma do livre-arbítrio do governante, sendo a principal variável na condução do principado. Destaca-se, também, a utilização da variável na contestação aos valores tradicionais. Já a Fortuna constitui-se na indeterminabilidade de parte dos resultados do governo: ela deve ser dominada, conquistada para o benefício do príncipe. Introdução O trabalho estuda duas variáveis fundamentais na Filosofia política de Maquiavel-Virtù e Fortuna. Esses dois conceitos estabelecem um momento inédito na filosofia política até então aplicada-a partir deles começa-se a pensar política de forma factual, através da expressão 'verdade efetiva das coisas', ao contrário do pensamento medieval, em que se abordava o poder a partir de análises religiosas ou morais, espelhando o que deveria fazer o príncipe, isto é, um fundamento deontológico do poder. A Virtù trata-se da capacidade do príncipe em controlar as ocasiões e acontecimento do seu governo, das questões do principado. O governante com grande Virtù constrói uma estratégia eficaz de governo capaz de sobrestar as dificuldades impostas pela imprevisibilidade da história. Assim, o político com grande Virtú observa na Fortuna a probabilidade da edificação de uma estratégia para controlá-la e alcançar determinada finalidade, agindo frente a uma determinada circunstancia, percebendo seus limites e explorando as possibilidades perante a mesma. Destaca-se também a estabilidade requerida por Maquiavel-a virtú seria uma forma de manter a paz e estabilidade do Principado. Outro ponto importante é acerca da superioridade da vida pública em detrimento da vida privada na constituição da Virtù. Por fim,
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação
A presente pesquisa tem por propósito expor as principais contribuições do Filósofo, além de caracterizar suas obras, O Príncipe e Discorsi, identificando a relação entre a ética política em seu pensamento, compreendendo o poder, tomada e manutenção no principado, demonstrando o caráter atemporal dos seus escritos e pensamentos políticos e filosóficos que contribuem até hoje nas discussões envolvendo ética e política. A pesquisa tem um caráter bibliográfico, auxiliando na compreensão dos problemas a partir de referências publicadas em alguns trabalhos, com o objetivo de esclarecer acerca da contribuição trazida pelo filósofo, exibindo um marco cronológico e espacial para entender o processo da ação política maquiaveliana. O texto traz importantes questionamentos referentes às teorias de Nicolau Maquiavel, tratando da atemporalidade dos seus escritos e teorias deixando em abertos futuras discussões acerca da atemporalidade dos escritos do Florentino, trazendo a possibilidade de conti...
APRESENTAÇÃO Nicolaus Maclavellus, ou Nicoló Macchiavelli foi um gênio. Ou alguém conhece escritor dos anos 1500 que seja tão atual quanto ele? Um ex-ministro, poderosíssimo, deste país confessou, publicamente, que "O Príncipe" era seu livro de cabeceira. Falo sobre Delfim Netto. O Fernando Henrique, habituado a dizer bobagens, nunca confessou, mas basta ver suas atirudes e decisões para verificar que "O Príncipe " é mais que um livro de cabeceira, é Bíblia. As pessoas, neste país não lêem, ou o fazem mal. "O príncipe" deve ser analisado com cuidado. De forma indireta, é um libelo pela democracia e libertarismo. Prestem atenção, aprenderão muito e quem sabe, encontrarão o caminho da liberdade. Infelizmente nossos políticos não entenderam, ou não querem O PRÍNCIPE Maquiavel AO MAGNÍFICO LORENZO DE MEDICI NICOLÓ MACHIAVELLI ÍNDICE DOS PRINCIPADOS Capítulo II. Dos principados hereditários Capítulo III. Dos principados mistos Capítulo IV. Por que o reino de Dario, ocupado por Alexandre, não se rebelou contra seus sucessores após a morte deste Capítulo V. De que modo se devam governar as cidades ou principados que, antes de serem ocupados, viviam com as suas próprias leis Capítulo VI. Dos principados novos que se conquistam com as armas próprias e virtuosamente Capítulo VII. Dos principados novos que se conquistam com as armas e fortuna dos outros Capítulo VIII. Dos que chegaram ao principado por meio de crimes Capítulo IX. Do principado civil Capítulo X. Como se devem medir as forças de todos os principados Capítulo XI. Dos principados eclesiásticos Capítulo XII. De quantas espécies são as milícias, e dos soldados mercenários Capítulo XIII. Dos soldados auxiliares, mistos e próprios Capítulo XIV. O que compete a um príncipe acerca da milícia(tropa) Capítulo XV. Daquelas coisas pelas quais os homens, e especialmente os príncipes, são louvados ou vituperados . Capítulo XVI. Da liberalidade e da parcimônia Capítulo XVII. Da crueldade e da piedade; se é melhor ser amado que temido, ou antes temido que amado Capítulo XVIII. De que modo os príncipes devem manter a fé da palavra dada Capítulo XIX. De como se deva evitar o ser desprezado e odiado Capítulo XX. Se as fortalezas e muitas outras coisas que a cada dia são feitas pelos príncipes são úteis ou não Capítulo XXI. O que convém a um príncipe para ser estimado Capítulo XXII. Dos secretários que os príncipes têm junto de si Capítulo XXIII. Como se afastam os aduladores Capítulo XXIV. Por que os príncipes da Itália perderam seus estados Capítulo XXV. De quanto pode a fortuna nas coisas humanas e de que modo se lhe deva resistir Capítulo XXVI. Exortação para procurar tomar a Itália e libertá-la das mãos dos bárbaros Carta de Machiavelli a Francesco Vettori, em Roma O PRÍNCIPE Costumam, o mais das vezes, aqueles que desejam conquistar as graças de um Príncipe, trazer-lhe aquelas coisas que consideram mais caras ou nas quais o vejam encontrar deleite, donde se vê amiúde serem a ele oferecidos cavalos, armas, tecidos de ouro, pedras preciosas e outros ornamentos semelhantes, dignos de sua grandeza. Desejando eu, portanto, oferecer-me a Vossa Magnificência com um testemunho qualquer de minha submissão, não encontrei entre os meus cabedais coisa a mim mais cara ou que tanto estime, quanto o conhecimento das ações dos grandes homens apreendido através de uma longa experiência das coisas modernas e uma contínua lição das antigas as quais tendo, com grande diligência, longamente perscrutado e examinado e, agora, reduzido a um pequeno volume, envio a Vossa Magnificência.
ÍNDICE DOS PRINCIPADOS Capítulo II. Dos principados hereditários Capítulo III. Dos principados mistos Capítulo IV. Por que o reino de Dario, ocupado por Alexandre, não se rebelou contra seus sucessores após a morte deste Capítulo V. De que modo se devam governar as cidades ou principados que, antes de serem ocupados, viviam com as suas próprias leis Capítulo VI. Dos principados novos que se conquistam com as armas próprias e virtuosamente Capítulo VII. Dos principados novos que se conquistam com as armas e fortuna dos outros Capítulo VIII. Dos que chegaram ao principado por meio de crimes Capítulo IX. Do principado civil Capítulo X. Como se devem medir as forças de todos os principados Capítulo XI. Dos principados eclesiásticos Capítulo XII. De quantas espécies são as milícias, e dos soldados mercenários Capítulo XIII. Dos soldados auxiliares, mistos e próprios Capítulo XIV. O que compete a um príncipe acerca da milícia(tropa) Capítulo XV. Daquelas coisas pelas quais os homens, e especialmente os príncipes, são louvados ou vituperados . Capítulo XVI. Da liberalidade e da parcimônia Capítulo XVII. Da crueldade e da piedade; se é melhor ser amado que temido, ou antes temido que amado Capítulo XVIII. De que modo os príncipes devem manter a fé da palavra dada Capítulo XIX. De como se deva evitar o ser desprezado e odiado Capítulo XX. Se as fortalezas e muitas outras coisas que a cada dia são feitas pelos príncipes são úteis ou não Capítulo XXI. O que convém a um príncipe para ser estimado Capítulo XXII. Dos secretários que os príncipes têm junto de si Capítulo XXIII. Como se afastam os aduladores Capítulo XXIV. Por que os príncipes da Itália perderam seus estados Capítulo XXV. De quanto pode a fortuna nas coisas humanas e de que modo se lhe deva resistir Capítulo XXVI. Exortação para procurar tomar a Itália e libertá-la das mãos dos bárbaros Carta de Machiavelli a Francesco Vettori, em Roma O PRÍNCIPE Costumam, o mais das vezes, aqueles que desejam conquistar as graças de um Príncipe, trazer-lhe aquelas coisas que consideram mais caras ou nas quais o vejam encontrar deleite, donde se vê amiúde serem a ele oferecidos cavalos, armas, tecidos de ouro, pedras preciosas e outros ornamentos semelhantes, dignos de sua grandeza. Desejando eu, portanto, oferecer-me a Vossa Magnificência com um testemunho qualquer de minha submissão, não encontrei entre os meus cabedais coisa a mim mais cara ou que tanto estime, quanto o conhecimento das ações dos grandes homens apreendido através de uma longa experiência das coisas modernas e uma contínua lição das antigas as quais tendo, com grande diligência, longamente perscrutado e examinado e, agora,
Alamedas, 2015
Mesmo a obra “O Príncipe” de Nicolau Maquiavel, contendo mais de quinhentos anos, ela continua presente na atualidade. Podendo ser considerado o fundador do pensamento e da ciência política moderna pelo fato de ter escrito sobre o Estado e o governo como realmente são e não como deveriam ser. Já na época em que foi escrita e até hoje, muitas pessoas consideram esta obra como polêmica, pela interpretação que pode ser dada como negativa, cruel ou ríspida. Maquiavel apresentou cruamente o problema das relações entre politica e moral, quando ele afirma que o politico sempre necessita estar à frente da moral, apresentando assim uma profunda cisão e irremediável separação entre ambas. Nesta obra, a política não é vista mais através de um fundamento exterior a ela própria, como Deus, natureza, a razão e entre outras, mas sim como uma atividade humana. Sendo que os princípios políticos de Maquiavel permanecerão em debate até o momento em que a humanidade deixar a vontade pelo poder de lado,...
Neste artigo, realiza-se uma discussão acerca da relação entre ética e política tomando como ponto de partida os capítulos 15 a 19 da obra O Príncipe, de Maquiavel, a qual é um marco neste debate. O texto encontra-se estruturado em dois eixos, que se desdobram do realismo político maquiaveliano: o primeiro, quando este é aplicado à análise da política, e o segundo, quando é aplicado à prática política. Com isso, expõe-se a ruptura relativa à episteme que Maquiavel opera, que o coloca como fundador da ciência política, e a ruptura relativa à práxis, que lhe permite influenciar a prática política desde seus tempos até o presente. Ao final, além de alguns aspectos conclusivos, procede-se a uma problematização de alguns aspectos da obra em questão e de suas interpretações.
Nicolaus Maclavellus, ou Nicoló Macchiavelli foi um gênio. Ou alguém conhece escritor dos anos 1500 que seja tão atual quanto ele? Um ex-ministro, poderosíssimo, deste país confessou, publicamente, que "O Príncipe" era seu livro de cabeceira. Falo sobre Delfim Netto. O Fernando Henrique, habituado a dizer bobagens, nunca confessou, mas basta ver suas atirudes e decisões para verificar que "O Príncipe " é mais que um livro de cabeceira, é Bíblia. As pessoas, neste país não lêem, ou o fazem mal. "O príncipe" deve ser analisado com cuidado. De forma indireta, é um libelo pela democracia e libertarismo. Prestem atenção, aprenderão muito e quem sabe, encontrarão o caminho da liberdade. Infelizmente nossos políticos não entenderam, ou não querem O PRÍNCIPE Maquiavel AO MAGNÍFICO LORENZO DE MEDICI NICOLÓ MACHIAVELLI ÍNDICE DOS PRINCIPADOS Capítulo II. Dos principados hereditários Capítulo III. Dos principados mistos Capítulo IV. Por que o reino de Dario, ocupado por Alexandre, não se rebelou contra seus sucessores após a morte deste Capítulo V. De que modo se devam governar as cidades ou principados que, antes de
Breve ensaio sobre a visão política de Maquiavel.
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