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2017, Artefilosofia
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Resumo: O objetivo deste artigo é discutir em que medida a releitura lacaniana do conceito psicanalítico da sublimação é realizada tendo-se os fundamentos da estética de Kant como pano de fundo. No curso de nossa exposição, pretendemos descrever como a sublimação se caracteriza eminentemente como procedimento crítico frente a uma determinada realidade social. Diferentemente de Freud, que pensava a sublimação nos quadros do desvio da meta sexual em direção a objetos reconhecidos e valorizados pela cultura, Lacan propõe um deslocamento da problemática da sublimação para fora do horizonte normativo da história e da cultura, mobilizando categorias como transgressão e disrupção. Tomaremos a tragédia de Antígona como exemplo, buscando enfatizar como essa função encontra nos recursos estéticos um meio de formalização privilegiado para ser desempenhada. As noções kantianas do belo e do sublime, tal como relidas por Lacan, subsidiarão o exame dessa formalização a que tende a sublimação. A hipótese central é que a sublimação lacaniana pressupõe-e aprofunda-uma espécie de fusão do belo com o sublime, e não sua separação.
Psicologia & Sociedade, 2013
Buscamos compreender nossos processos de subjetivação através da noção de linhas na esquizoanálise. Segundo Deleuze e Guattari, somos formados por três tipos de linhas: (a) dura, (b) maleável e (c) de fuga. As linhas duras nos compõem através do estabelecimento de dualidades sociais, que nos estratificam, no sentido forte do termo. São as grandes divisões na sociedade: rico ou pobre, trabalhador ou vagabundo, normal ou patológico, homem ou mulher, culto ou inculto, branco ou negro, etc. As linhas maleáveis possibilitam variações, ocasionando desestratificações relativas. E as de fuga representam desestratificações absolutas, no sentido em que rompem totalmente com os limites das estratificações estabelecidas. Para o entendimento desse processo são cruciais as noções de corpo e desejo.
Musica Theorica, 2022
Resumo: O objetivo deste texto é demonstrar possíveis conexões entre alguns conceitos psicanalíticos e a análise musical. Neste sentido, são apresentadas as noções de subjetivação (Lacan 1995), estádio do espelho (ibid.), envelope sonoro (Schwarz 1993) e espelho acústico (Silverman 1988). A seguir, esses conceitos são utilizados na análise de três obras musicais, em destaque Proverb (1995), de Steve Reich. Compreendemos que as articulações entre música e psicanálise podem contribuir para ampliar modos de entendimento sobre como se formula a significação em música. Ainda, possibilita a convergência entre as estruturas observadas no discurso musical e as capacidades psico-cognitivas do sujeito da escuta.
Perspectivas Revista De Ciencias Sociais, 2013
Linguagem em (Dis)curso, 2022
Com base nos pressupostos teórico-metodológicos da Análise de Discurso pêcheuxtiana, este estudo busca compreender os efeitos de sentido que emergem do excesso de operações discursivas denegação nos relatos de sujeitos gordos. A partir da análise, propõe a possibilidade de tal excesso apontar para um processo de resistência no discurso desses sujeitos. O sujeito gordo, interpelado pela Formação Discursiva (FD) dominante, não consegue uma identificação com as evidências que a FD produz: seu corpo se impõe como uma barreira para o processo de identificação. O sujeito, contudo, também não encontra possibilidade de identificação fora da FD dominante. Percebe-se, então, que o processo de subjetivação do sujeito gordo é atravessado por uma negação: o sujeito é aquilo que ele não é. Em outras palavras, o sujeito gordo precisa se subjetivar pelo avesso da evidência. Esse processo se lineariza em seu discurso por meio do uso excessivo da negação.
2016
Dans les analyses de Michel Foucault, l'homme est objet et cible de pouvoir, tissé dans les énoncés de plusieurs pratiques discursives et non-discursives que, d'un côté, constituent des domaines spécifiques et, de l'autre, deviennent «comme pratiques discontinuées qui se croisent, s'avoisinent parfois, mais aussi s'ignorent ou s'excluent» (FOUCAULT, 1995). À partir de ce principe, dans ce texte, je discute les démarches de subjectivation constituant les discours sur la dite «meilleur âge», à partir d'une série d'énoncés sélectionnés des médias écrits et électroniques.
Pro-Posições, 2015
É sempre num sentido substancialista que compreendemos a noção de diferença: diferenças existiriam, seriam dadas, e nossa responsabilidade estaria em nos adaptarmos a elas. Quer se valorizem, quer se critiquem nossas sociedades pós-modernas, elas parecem situar no cerne de suas atenções a preocupação com as diferenças individuais. O objetivo deste artigo é considerar essa valorização e essa crítica, sem privilegiar uma ou outra. Tomando apoio em Montaigne, procura mostrar que o indivíduo não é assimilável a uma realidade substancial e estável, e que, se quisermos refletir sobre o que seria, na educação, a preocupação com a individualidade, é outra a direção que deveremos tomar. O que seria, assim, uma "educação principesca", a admitirmos que esse tema clássico da filosofia da educação seja o tema em que a filosofia reflete essa preocupação com o indivíduo, com Montaigne particularmente, mas também com Emerson, Nietzsche, Dewey e, mesmo, Kant? Em que medida, além disso, a e...
Psicologia Política, 2021
Exploramos a hipótese de que a militância pode ser caracterizada como uma instituição nos termos propostos pela análise institucional francesa de René Lourau. Utilizando a arqueologia foucaultiana, revisitamos textos, discursos e práticas dos primeiros cinquenta anos do século XX, pertencentes ao contexto de preparação e condução da etapa socialista da Revolução Russa. A análise privilegia três pontos de ancoragem para a compreensão dos processos de subjetivação militantes: (a) centralismo de governo; (b) stakhanovismo econômico e (c) zhdanovismo cultural. Concluímos que é possível estabelecer relações entre atos desenvolvidos no contexto da gestão da ditadura proletária soviética no início do século vinte e os modos de sentir, pensar e agir de muitos sujeitos que, hoje, ainda tingidos por tons vermelhos, militam pela transformação da sociedade.
Revista de informação legislativa, 2004
Muito se tem falado e escrito, ao longo da última década, sobre o caráter obrigatório que predica, entre nós, o direito de votar.
2019
ROSSINI, V. C. (Des)atando nos; as amarracoes subjetivas na Psicose. 2019. 22f. Trabalho de Conclusao de Curso (Graduacao em Psicologia)- Universidade Estadual da Paraiba, Campina Grande, 2019.
Amo a língua, realmente a amo como se fosse uma pessoa. Isso é importante, pois sem esse amor pessoal, por assim dizer, não funciona. Aprendi algumas línguas estrangeiras apenas para enriquecer a minha própria e porque há demasiadas coisas intraduzíveis, pensadas em sonhos, intuitivas, cujo verdadeiro significado só pode ser encontrado no som original. João Guimarães Rosa Ela tomou impulso e partiu realmente como uma flecha. De patins, deslizava pela rua dizendo palavras à medida que eu apontava para as coisas. Utcai, görkorcsolya, vízcsepp, medence, éjszakai, pizzéria, bár, galéria, kirakat, ruha, fotó, cukorka, dohány üzlet, Bizánci architektúra, Szecessziós íróasztal, klasszicista homlokzata, szobor, tér, függőhíd, folyó, moha zöld, lejtő, bejárat,kávé, ásványvíz, Kriska. Eu a seguia em passo rápido e um tanto ofegante. José Costa, agora Kósta Zsoze, foi con-vocado (AZEVEDO, 2005, p. 11) ao (em) húngaro. O livro Budapeste, de Chico Buarque de Holanda (2003) traz, em linhas bem gerais, a experiência do sujeito em uma outra língua, uma língua estrangeira. Sua leitura impõe, a cada leitor, uma narrativa própria de suas experiências com suas outras línguas. Inspirados pela experiência de nosso protagonista de que "a língua magiar não se aprende nos dicionários" e que, do mesmo modo, Budapeste não se aprende nos mapas, é possível interrogarmos: O que faz falar dessa experiência? Ou o que nos faz falar aqui, neste evento, de nossa experiência? Ou, ainda, o que há, na apreensão por uma outra língua, que nos faz falar? Antes de nos enveredarmos por essas questões, uma outra as antecede logicamente e é por ela que iniciaremos nosso texto: Se há uma outra língua, o que faz com que uma língua seja uma? Sigamos o caminho aberto por Milner (1987) ao discutir o conceito lacaniano de lalíngua:
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Revista da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, 2008
Revista USP, 2011
Estudos de Psicologia (Natal), 2008
DOAJ (DOAJ: Directory of Open Access Journals), 2011
Interação em Psicologia (Qualis/CAPES: A2), 2006
Revista Internacional de Folkcomunicação
Psicologia USP, 2003
Anais Eletrônicos do VIII Encontro Internacional da ANPHLAC, 2008
História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 2003