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Há mais de 10 anos, em junho de 2013, quando jovens militantes do Movimento Passe Livre (MPL) saíram às ruas para reivindicar a redução do preço da tarifa de transporte público em diversas cidades, a sociedade brasileira passou a tomar conhecimento da existência de uma pauta que, naquela altura, parecia apenas uma utopia: a gratuidade universal no transporte público.
Este trabalho busca compreender quais foram as dinâmicas que permearam o movimento Vem pra Rua em junho de 2013. Entende-se, então, que houve uma crise de mediação política no Brasil e que os partidos políticos já não se constituiriam em entidades com credibilidade perante a sociedade. Neste sentido, utiliza-se aqui do método dedutivo e da revisão bibliográfica acerca de quatro questões que se correlacionam ao longo do artigo: i) junho de 2013; ii) tragédia da política; iii) poder, Estado e legitimidade e; iv) crise política e vulnerabilidade dos partidos, a fim de compreender o sentido de governabilidade, governança, legitimidade e credibilidade no contexto do movimento de junho de 2013. Por fim, conclui-se que houve catarse, ou seja, um enfraquecimento do ímpeto para a ação sem terse concluído o ato, ou tendo-se concluído apenas um ato que não chega a alterar fatores significativos. Abstract This paper aims to discuss which were the dynamics that permeated the " Vem pra Rua " protests in June 2013. We understand that there was a crisis of political mediation in Brazil and that the political parties are no longer entities with credibility towards society. In this way, we use here the deductive approach and literature review about four topics that are correlated throughout the paper: i) June 2013; ii) tragedy of politics; iii) power, State and legitimacy and; iv) political crisis and the vulnerability of the political parties, in order to understand the meaning of governability, governance, legitimacy and credibility in the context of June 2013. Finally, we conclude that there
Cadernos Cemarx, 2023
Professor Ruy Braga, primeiramente gostaríamos de agradecer a sua disposição em nos conceder essa entrevista. Sobretudo, porque sabemos que o Sr. tem participado de muitos debates e palestras. O aniversário de uma década das manifestações que ocorreram em junho de 2013 é o tema do dossiê que a Cadernos Cemarx publicará neste ano de 2023. Desse modo, buscamos, dentro do referencial marxista, apresentar uma diversidade de interpretações sobre as manifestações de junho de 2013 e as polêmicas sobre a composição de classe que elas apresentaram, assim como a relação desse caráter de classe com as demandas que surgiram das ruas naquele momento. No seu entendimento, qual a composição de classe dessas manifestações? E quais eram as pautas reivindicadas por essas classes sociais? 1 Ruy Gomes Braga Neto é graduado em Ciências Sociais (1993), mestre em Sociologia (1996), doutor em Ciências Sociais pela Unicamp (2002) e livre-docente da Universidade de São Paulo (2012). Também realizou pesquisas de pós-doutorado na Universidade da Califórnia em Berkeley (2010Berkeley ( -2011Berkeley ( e 2015Berkeley ( -2016)). Atuou como professor visitante nas seguintes universidades: École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS),
A partir do dia 17 de junho aconteceu uma inflexão importante da situação política no Brasil. Nas Jornadas de Junho centenas de milhares de jovens invadiram as ruas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Na dimensão nacional, pelo menos algo próximo a dois milhões de pessoas saíram às ruas em quatrocentas cidades. Estavam votando com os pés. A dimensão deste processo remete à ideia de que uma situação pré-revolucionária ficou mais próxima. Como sempre na história, esta dinâmica pode ser interrompida. Pode ser contida, desviada, abortada. Ou pode prevalecer. O que aconteceu em Junho de 2013 é chave para compreender a incerteza até o último dia da eleição presidencial de 2014. Ajuda a explicar porque Dilma Roussef venceu, embora o PT tenha sido derrotado nas principais grandes cidades. O que sinaliza uma fadiga do lulismo entre os trabalhadores.
Vértices (Campos dos Goytacazes), 2017
O objetivo deste artigo é trazer à discussão a temática do transporte coletivo gratuito, que tem relevância acadêmica, por abordar o problema da cidade e das políticas públicas e possuir, portanto, relevância social. A tarifa zero é realidade em 17 municípios brasileiros e em vários países. Nesse contexto, o artigo relata as manifestações sociais ocorridas em 2013, protestando quanto à insustentabilidade do Sistema de Transporte Coletivo Brasileiro no sentido financeiro, social e moral. Como consequência, em 15 de setembro de 2015 foi aprovada a EC 90, incluindo o transporte como direito social.
O texto completo da dissertação de mestrado, na área de Sociologia Política, defendida em 2016 na Universidade Federal de Goiás.
(SYN)THESIS
O presente artigo traz extratos de um levantamento preliminar de elementos constantes das interpretações sobre junho de 2013, dentre as quais há as que imputam ao fenômeno determinados legados que hoje presenciamos. Tais interpretações são confrontadas com dados recolhidos em pesquisa sobre as manifestações ocorridas no Rio de Janeiro naquele período (e que se prolongaram durante meses seguintes). O apoio à bibliografia sobre o tema completa o cenário analítico, centrado em alguns problemas interpretativos que volta e meia retornam, enviesando a produção científica sobre as “jornadas de junho”. Objetiva-se reiterar propriedades que ajudam a compor um quadro mais fidedigno sobre as manifestações de 2013, ensejando o prosseguimento das respectivas investigações e discussões.
A partir do dia 17 de junho aconteceu uma inflexão importante da situação política no Brasil. Nas Jornadas de Junho centenas de milhares de jovens invadiram as ruas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Na dimensão nacional, pelo menos algo próximo a dois milhões de pessoas saíram às ruas em quatrocentas cidades. Estavam votando com os pés. A dimensão deste processo remete à ideia de que uma situação pré-revolucionária ficou mais próxima. Como sempre na história, esta dinâmica pode ser interrompida. Pode ser contida, desviada, abortada. Ou pode prevalecer. O que aconteceu em Junho de 2013 é chave para compreender a incerteza até o último dia da eleição presidencial de 2014. Ajuda a explicar porque Dilma Roussef venceu, embora o PT tenha sido derrotado nas principais grandes cidades. O que sinaliza o princípio do fim do lulismo.
Revista ARA, 2022
The following essay starts from the concerns about current times, pointed out by the French anthropologist Marc Augé, and systematized in three axes: the hegemony of the present, in whose perverse face lies the discredit of politics and science; the absence of meaning, resulting in exacerbated consumption as an effect of the acceleration of everyday life; and imagination, whose effort and utopia are based on imagining humanity from an existence that minimizes inequalities, to paraphrase Augé's title. The text proposes thinking about these three perspectives in relation to mobility and specifically to Tarifa Zero, or free pass, in Brazil. On the one hand, there is a moment of political changes and national polarizations, on the other, a tense scenario, between rights and manifestos, between the attempt to contain democracy and civil rights by violent means. It becomes more and more urgent to imagine in the present.
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Journal of Sustainable Urban Mobility
Praxis Educativa, 2019
Lugar Comum n. 58, 2020
Germinal: Marxismo e Educação em Debate
Tempos de Crise. Ensaios de História Política, 2020
Insight Inteligência, 2018
Junho de 2013: sociedade, política e democracia no Brasil., 2022
Faces da História, 2023
X Colóquio Internacional Marx e Engels Centro de Estudos Marxistas (Cemarx), 2018
Revista Brasileira de Comércio Exterior, 2019
Revista de Economia e Sociologia Rural