Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
…
16 pages
1 file
Les études les plus récentes sur la pensée de Parménide s’efforcent de comprendre en son intégralité les fragments qui nous sont arrivés jusqu’à nos jours. Il s’agit de relier en un tout cohérent ce qui se fait connaître comme trois différentes parties du poème. Le présent travail vise à penser le poème dans cette perspective intégrale à partir d’une réflexion sur la question de la temporalité. Pour cela, nous identifions en chaque partie du poème une temporalité différente liée à la pensée de Parménide sur la connaissance de ce qui est et des choses qui sont.
Anais de Filosofia Clássica, 2008
Constituído de três partes, o poema de Parmênides oferece de imediato uma dificuldade aos seus leitores e estudiosos: sendo essas três partes muito distintas entre si, seja no que se refere aos seus conteúdos, como também às suas formas ou gênero, como conciliálas a contento? Esta pergunta, por sinal, já gera um outro obstáculo: será mesmo que devem ser conciliadas? De onde nasce a nossa tendência a conceber o poema como um todo necessariamente harmônico, um conjunto internamente coerente apesar das referidas diferenças de teor e de caráter que separam essas suas partes?
CONTE, Bruno Loureiro. Mythos e logos no poema de Parmênides. 2010. 138f. Dissertação (Mestrado) -Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2010.
The aim of this paper is to provide an elucidation about Parmenides' choice of composing a poem in dactylic hexameters, even though the form of prose is already available at his time. With an analysis of its first verses we recognize that the Poem does not simply entertain an organic relation to its traditional contexts, but presents a dynamics of anticipations and ressignifications that reveals the dialectic between novelty and tradition.
Plato, Aristotle and the Neo-Platonists have traditionally been considered to be the main sources for interpreting Parmenides’ â€oeThe Poemâ€. However, in the last century, the logical and filological dilemmas regarding the concept of â€oebeing― have begun to draw the attention of other scholars seeking more precise interpretations of â€oeThe Poem―, such as ancient philosophy commentator Charles Kahn and analytical philosophers Frege and Russell. In this paper I will argue that philosophers Gorgias and Melisso offer a more accurate interpretation of the concept of â€oebeing― discussed in Parmenides’ original text. Consequently, it will also be shown that in order to understand precisely â€oeThe Poem―, it is necessary to focus on the interpretations drawn by the two pre-Socratic philosophers supra-cited regarding the â€oePoemâ€, rather than to emphasize on the analysis made by Plato and Aristotle. The main reason supporting this argument that will be presented is that the works of such pre-Socratic philosophers were written in a time period much closer to the one of Parmenides than the works of Plato and Aristotle were. In order to build my argument I will first analyze the filological meanings of the concept of â€oebeing―. Then I will scrutinize the formulations of this concept as Kahn presents them. After that, I will examine the formulations of the concept of â€oebeing― in the works of both Melisso and Gorgias. Finally, I will compare and apply all of these formulations and meanings to Parmenides original text, and therefore conclude my argument.
- Resumo O presente artigo trata das relações de linearidade e continuidade no tempo e sua aplicação em dois Poesilúdios para Piano de Almeida Prado. A partir do referencial teórico de Jonathan Kramer, conceitua as diferentes manifestações dos fenômenos temporais, associando-os aos elementos de variância e invariância presentes nas peças citadas. Com esta abordagem, almeja-se a compreensão das diferentes interações possíveis entre as diferentes gradações de temporalidade, linearidade e continuidade. Busca-se também uma concepção que amplie a visão do intérprete para as relações presentes na obra que não são claramente elucidadas pelos processos analíticos tradicionais. - Palavras -chave Tempo, Almeida Prado, Piano, Linearidade, Poesilúdios. - ABSTRACT This research deals with the relation of linearity and continuity in time applied in two Poesilúdios for Piano composed by Almeida Prado. Based on Jonathan Kramer’s theoretical exposition of time in music, it tries to determine the distinct manifestations of time phenomena found in those works, associating them to the elements of coherence and invariance presented by the composer. With this approach, the author seeks to comprehend the different possibilities of interaction between the several degrees of temporality, linearity and continuity, in order to broaden the performer’s understanding of the relations present in the work, since those relations are not easily noticeable in traditional analysis. - KEYWORDS Time, Almeida Prado, Piano, Linearity, Poesilúdios.
APOENA, 2021
O ensaio tentar realizar um exercício hermenêutico de explicitar os sen-tidos de tempo que surgem no poema O tempo o homem, do poeta paraense Max Martins. Neste ensaio, as premissas interpretativas partem sobretudo do pensamento do fi lósofo para-ense Benedito Nunes, tendo, no horizonte a Ontologia fundamental de Martin Heidegger, mas também de outros pensadores, como Giorgio Agamben. Além disto, o horizonte hermenêutico deste ensaio alcança um dos poetas que marcaram determinantemente a poesia de Max Marins, que foi seu amigo Mário Faustino. Assim, o problema central desta investigação ensaística é a busca por saber o sentido dos tempos Ampulheta, Era, hera e Hora. A hipótese é que o aporte hermenêutico-fenomenológico desenvolvido por Benedito Nunes para a relação dialógica, de “transa”, entre poesia e fi losof i a, viabilizada pelo que chamou de “passagem para o poético” (Kehre), oferece a tese de que o poema de Max Martins é um poema sobre o próprio poetar e sobre a “aventura” enquanto “evento” (Ereignis) da Hora que o artista faz.
REVISTA APOENA - Periódico dos Discentes de Filosofia da UFPA
O ensaio tentar realizar um exercício hermenêutico de explicitar os sentidos de tempo que surgem no poema O tempo o homem, do poeta paraense Max Martins. Neste ensaio, as premissas interpretativas partem sobretudo do pensamento do filósofo paraense Benedito Nunes, tendo, no horizonte a Ontologia fundamental de Martin Heidegger, mas também de outros pensadores, como Giorgio Agamben. Além disto, o horizonte hermenêutico deste ensaio alcança um dos poetas que marcaram determinantemente a poesia de Max Marins, que foi seu amigo Mário Faustino. Assim, o problema central desta investigação ensaística é a busca por saber o sentido dos tempos Ampulheta, Era, hera e Hora. A hipótese é que o aporte hermenêutico fenomenológico desenvolvido por Benedito Nunes para a relação dialógica, de “transa”, entre poesia e filosofia, viabilizada pelo que chamou de “passagem para o poético” (Kehre), oferece a tese de que o poema de Max Martins é um poema sobre o próprio poetar e sobre a “aventura” enquanto...
'Filosofía y religión en la Grecia antigua'. Dirigido por Jorge Luis Gutiérrez y David Torrijos-Castrillejo. Editado por Andre da Paz, Luiz Eduardo Freitas y Pedro Maurício Garcia Dotto, Salamanca: Pontificia Universidad de Salamanca/Sindéresis, 2024
In Parmenides' poem, the argument is framed within a divine revelation, emphasizing the role of Necessity and other deities. This paper explores how Necessity, personified as a goddess, relates to modal expressions and Parmenides' cosmological doctrines. The revelation by an anonymous goddess highlights philosophical distinctions between Truth and mortal opinions, establishing Necessity's critical function. By examining the interplay of divinities such as Justice, Persuasion, and Truth, this study elucidates their contribution to the structure and argument of the poem.
Filosofia Unisinos, 2012
Resumo O texto estuda o uso do verbo grego 'ser' por Parmênides com vista ao estabelecimento do conceito de 'ser' pelos pensadores por ele infl uenciados. Foca a noção de 'existência' tentando avaliar a correcção do nosso uso do verbo 'existir' para traduzir o verbo grego 'einai' no Peri physeôs. Baseado em considerações de ordem cognitiva, Parmênides avança a sua tese sobre a impossibilidade de conhecer "o que não é" (B2.5-8a) visando estabelecer "o que é" como "o que há para pensar" (B2.2; B8.15-18), para permitir a identidade de "pensar" e "ser" (B3; B8.34). Se, ao longo do argumento da Via da Verdade, Parmênides lê a existência como um pressuposto de "o que é", mas nunca como um predicado separado, devem ser rejeitadas as leituras existenciais do verbo 'ser' nas traduções das expressões que nomeiam os dois caminhos (B2.3; B2.5).
Voluntas, 2020
Resumo: O objetivo deste texto é evidenciar o papel desempenhado pela noção de "aporia" no Parménides de Platão. Depois de ter descrito alguns dos usos da noção nos diálogos platónicos, o texto concentra-se no Parménides, analisando: 1. O debate de Sócrates com Zenão; 2. O conjunto de objeções apresentadas por Parménides ao uso por Sócrates das noções de "separação" e "participação", focadas em particular no "Argumento do Terceiro Homem"; 3. Algumas conclusões paradoxais resultantes das oito "Hipóteses sobre o Um", na segunda parte do diálogo. Com o objetivo de sustentar a unidade da Obra, argumentando a favor do uso dos "resultados atingidos na II parte do diálogo para resolver os problemas levantados na I", defendemos que o exercício de Parménides sobre o Um e os Outros propõe uma reformulação da dialética, denunciando a deficiência da prática atribuída a Zenão, de reduzir ao absurdo as consequências da hipótese "Se há muitos". Em vez disso, o Eleata examina as consequências de "Se há Um", mediante a relacionação do Um consigo próprio e com cada um dos Outros; depois dos Outros consigo próprios e com quaisquer outros, primeiro afirmando, depois negando, a hipótese.
2005
Resumo: Com esse trabalho procuramos percorrer alguns fragmentos do poema de Parmênides com o objetivo de apontar para o surgimento de uma tradição ontológica seguida de perto por Platão. Analisamos em seguida a disposição ao parricídio apresentada no texto de "O Sofista". Em nenhum momento desse diálogo, Platão confronta a verdade do que é. Para fazer isso ele deveria se opor à primeira via de Parmênides e isso ele não o faz. Ao contrário, garantindo o pensamento de Parmênides, o que ele faz é apenas reforçar a tradição filosófica do Ser. Pelo viés desse parricídio não cumprido, ele reforçou o discurso de Parmênides e, por conseguinte, a própria ontologia. Palavras-chave: Ontologia; Parmênides; Parricídio Resumé: Avec ce travail nous cherchons à suivre quelques fragments du poème de Parménide avec l'objectif de pointer pour avènement d'une tradiction ontologique suivie par Platon. Nous analisons em suíte la disposition au parricide presentée dans le texte de "Le Sofiste". A aucun moment de ce dialogue Platon ne s'attaque à la vérité de ce qui "est". Au contraire il ne fait que renforcer la tradition de la philosophie de 1'Etre. Par le biais de ce parricide inaccompli, il a renforcé le discours de Parménide et, par conséquence, 1'ontologie elle-même. La discussion sur ces implications permet de situer le moment où, dans le Sophiste, le parricide est proposé sans que cela implique une destitution de la pensée de Parménide. Mots-clé: Ontologie; Parménide; Parricide O Ser surgiu como uma noção da tradição filosófica somente a partir do pensamento de Parmênides que, dessa maneira, tornou-se o iniciador da ontologia. Ele foi o único pensador pré-socrático a tratar do Ser. Segundo Pierre Aubenque 1 nenhum pensador antes de Parmênides estabeleceu o ser como questão central e, depois dele,
Thesis / UFRJ, 2010
Federal do Rio de Janeiro (PPGF/IFCS/UFRJ) pela generosidade ao ter acolhido em caráter excepcional o projeto de pesquisa que resultou nesta tese de doutorado;
Resumo: Parmênides de Eléia é o mais importante pensador pré-socrático. Seu poema filosófico marca um momento decisivo na história da investigação racional no século V a.C. Os fragmentos restantes, objeto de amplo debate entre os estudiosos da filosofia antiga, apresenta problemas para a interpretação do pensamento de Parmênides. Focalizando sua 'via da Verdade', sugiro uma interpretação das lições de Parmênides sobre o ser. Examino três problemas cruciais extensamente tratados na literatura crítica sobre Parmênides: (i) sua relação com outros filósofos do seu tempo, (ii) o sujeito do verbo ser em seu poema, e (iii) o significado desse verbo no fragmento 2. Palavras-chaves: Parmênides, Pré-socráticos, ser. Abstract: Parmenides of Elea is the most important Pre-Socratic thinker. His philosophical poem in the fifth century BCE marks a turning-point in the history of rational investigation. The extant verses, a matter of extensive debate among scholars of Ancient Philosophy, present problems for the interpretation of Parmenides' thought. By focusing upon his 'way of Truth', I suggest an interpretation of Parmenides' lessons about being. I examine three crucial problems widely treated in the Parmenides scholarship: (i) his relation to other philosophers of his time, (ii) the subject of the verb to be in his poem, and (iii) the meaning of this verb in Fragment 2. 1 Nesses termos o Sócrates do Teeteto (183e) reverencia o pensador de Eléia.
2019
Durante a tradicao classica a imitacao de modelos e formas literarias alimentava a producao dos artistas, a poesia era, sobretudo, imitativa. Um poeta, para ser classificado como bom, deveria saber imitar o que os seus mestres faziam. Posteriormente com o romantismo e a ideia de originalidade que se impoe como criterio para a criacao, pois o movimento romântico defendeu uma literatura acima de tudo original e propos que os lugares-comuns nao deveriam mais ser utilizados como parâmetro para a criacao. Entretanto, apesar dessa grande ruptura romântica com o classico, ha na poesia contemporânea a recorrencia de topoi liricos, o que poe em xeque o conceito de o que e ser original em literatura e se realmente e possivel se-lo. Importanos, no entanto, demonstrar que mesmo depois da descontinuidade romântica com o tradicional, ainda ha na poesia atual autores que se valem de lugares-comuns da lirica classica para compor suas obras. O topos ou lugar-comum, conforme nos informa Ernst Robert ...
Eλληνικo βλεμμα, 2017
O presente trabalho foi elaborado com base na pesquisa interdisciplinar que venho desenvolvendo no Curso de Doutorado em Letras Clássicas da UFRJ sob a orientação do Professor Doutor Ricardo de Souza Nogueira. O objetivo deste artigo é identificar algumas características contidas no poema Da Natureza de Parmênides que permitam uma comparação entre a linguagem imagética e simbólica contida em seu proêmio (fragmento 1) e um tipo de expressão mais abstrata, relacionada ao pensamento filosófico-científico, que foi desenvolvido na Grécia a partir do século VI a.C. e que pode ser melhor observado em diversas outras passagens do poema, também selecionadas para constarem nesse estudo (fragmentos 2, 3, 6 e 8). Para isso, o poema será estudado em meio ao contexto de enunciação no qual foi escrito, de modo a identificar as influências recebidas de outros pensadores e constatar os traços das influências da épica e a presença do pensamento filosófico-científico.
Voluntas: Revista Internacional de Filosofia, 2020
Este estudo se ocupa com algumas questões do prólogo do Parmênides, que, em geral, passam desapercebidas, mas são importantes para a compreensão da arquitetônica do diálogo. Haverá de ter, por exemplo, algum significado o fato de Platão trazer para dentro do Diálogo, Céfalo de Clazômenas (da Jônia), que veio para Atenas encontrar Antífon e ouvir dele um relato de Pitodoros sobre o que Parmênides e Zenão, vindos de Eleia (da Magna Grécia), confabularam com Sócrates em Atenas. Clazômenas é a terra de Anaxágoras, daquele que, a convite de Péricles, fundou em Atenas uma escola filosófica. Do debate que ocorreu entre Parmênides, Zenão e Sócrates, na casa de Pitodoros, foi Pitodoros, quem, por primeiro, registrou de memória; depois ele passou a Antífon (irmão de Platão por parte de mãe), e, Antífon, passou a Céfalo, que, enfim, veio a ser, e não o irmão de Platão, o relator do Diálogo. Há, pois, um fluxo de personagens e de regiões que compõem o Diálogo. Há ainda algo inusitado: Zenão, pe...
Hypnos, 2014
O artigo investiga a relação entre mythos e logos no poema de Parmênides. Os caminhos parmenideanos do Ser e do Não-Ser são interpretados como metáforas estruturadoras, de modo que o elemento mítico – lógica de ambivalência – prepara o surgimento do não-mítico – lógica de não-contradição. A partir da ideia de transmutação do mythos, proposta por Couloubaritsis, sustentamos o argumento de que a aplicação da linguagem mítica ao contexto da busca do ser humano pelo conhecimento consiste na condição de possibilidade para a emergência de distintos níveis linguísticos no poema, dentre eles o discurso significante.
2022
O mote desta dissertação é investigar as razões que levaram a maioria dos intérpretes do Poema de Parmênides a desvalorizar filosófica e metafisicamente as βροτῶν δόξας. A Deusa, nos versos finais do proêmio, afirma que o jovem iniciado deve aprender a respeito de tudo: ἠμὲν ἀληθείς εὐπειθέος ἀτρεμες ἦτορ/ἠδὲ βροτῶν δόξας, ταῖς οὐκ ἔνι πίστις ἀληθής. Ou seja, é necessário que ele saiba da verdade inviolável (B8, 48), mas também é preciso que ele conheça de perto e muito bem as opiniões dos mortais. Todavia, os scholars, desde Edward Zeller, perguntam-se por quais motivos o Eleata teria dedicado uma seção inteira de sua poesia aos conteúdos equivocados e carentes de confiança verdadeira das opiniões dos mortais. Diante deste questionamento, uma série de soluções foram propostas nos últimos 200 anos de recepção ao corpus fragmentário de Parmênides e a imensa maioria delas não se mostra satisfatória. Ver-se-á neste trabalho dissertativo que o “assombro” dos intérpretes diante da última seção do Poema se deu porque eles foram formados por uma certa concepção de metafísica, que remete inicialmente a Platão e foi seguida por todos os doxógrafos que resguardaram os versos do Eleata. É por causa do que chamarei de descredenciamento metafísico das opiniões que elas foram deixadas de lado, vistas como um epílogo à verdade e ao ente, sendo colocadas como uma escada a ser subida e depois jogada fora. As opiniões dos mortais, por conseguinte, possuem um valor epistemológico positivo, cuja validação resta em tudo aquilo que a bibliografia especializada quase sempre neglicenciou durante esses dois séculos: a errância, o equívoco e o pensamento frenético-vagante dos mortais. Elas, enfim, criam os significados que o κόσμος possui, não podendo ser esquecidas, tampouco deixadas de lado por serem fruto de uma deficiência sensório-linguística dos humanos.
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.