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1994
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Resumo: Um diálogo de teor polêmico se instaura entre as canções "Fotografia 3x4", de Belchior, e "Alegria, alegria", de Caetano Veloso. A primeira permite acompanhar as fases do percurso de um migrante e as relações que este entretém com a sua principal instância doadora de valores, o sujeito tropicalista. Em função deste diálogo é que parece justificar-se a aspectualização do processo migratório em termos de ímpeto para migrar, frustração do migrante e posterior desejo de retornar à terra de origem ou resistir no espaço do outro, combatendo-o. As reações do sujeito de "Fotografia 3x4" ao vivido devem então ser pensadas no quadro geral do contrato fiduciário que anima sua trajetória de migrante. Cada fase desta trajetória parece prestar contas a este contrato, isto é, parece repor ou questionar as bases do contrato fiduciário a partir do qual tanto o ser quanto o fazer do sujeito de "Fotografia 3x4" se veem determinados. Evidência disto é o estatuto narrativo ambivalente que a figura "sol" manifesta naquelas duas canções, ora se apresentando revestida com valor eufórico, ora com valor disfórico. Neste artigo, pretendemos examinar como a figura "sol" recobre temas diversos, desempenha papeis narrativos variados e realiza valores contrários e/ou contraditórios nas duas canções em foco. Mostramos que o modo de tratá-la em discurso define posicionamentos enunciativos que se encontram numa relação dialógica de caráter altamente polêmico. Palavras-chave: polêmica, posicionamento enunciativo, figura, sol Introdução A figura "sol" marca profundamente formas de vida e pode servir de baliza para o estudioso que queira ob-servar e descrever universos de sentido que dialogam entre si, contratual ou polemicamente. É o que veri-ficamos, por exemplo, no universo discursivo de um João Cabral de Melo Neto, que se destaca na história da literatura brasileira por propugnar a favor de um modo próprio de fazer poesia. O seu "A palo seco" logra traçar os contornos gerais desta poética mediante a convocação da figura "sol" como destinador do fazer do poeta. Nele se lê: 1.1. Se diz a palo seco / o cante sem guitarra; o cante sem; o cante; / o cante sem mais nada; // se diz a palo seco / a esse cante despido: / ao cante que se canta / sob o silêncio a pino. // 1.2. O cante a palo seco / é o cante mais só: / é cantar num deserto / devassado de sol; / é o mesmo que cantar / num deserto sem sombra / em que só a voz dispõe / do que ela mesma ponha. / [...] 1.4. O cante a palo seco / não é um cante a esmo: / exige ser cantado / com todo o ser aberto; // é um cante que exige / o ser-se ao meio-dia / que é quando a sombra foge / e não medra a magia (Melo Neto, 1994, p. 247-248). Se levarmos em consideração que palo seco é um tipo de canto em que se privilegia a voz humana, de-sacompanhada de instrumentação musical, um tipo de canto primitivo, extremamente forte, emotivo e gu-tural, perceberemos neste poema o esboço de uma estética do estritamente necessário, do indispensável, a estética da economia da escassez, própria do modo de compor de João Cabral, e, mais ainda, percebere-mos que o "sol" ganha saliência no campo discursivo e funciona como elemento figurativo definidor deste modo de conceber o fazer poético. A expressão "sob o silêncio a pino", presente no final da primeira seção (1.1.), condensa o conteúdo ante-riormente gerado pela triagem ("sem") e prepara, por remeter à lexia "sol a pino", a convocação da figura "sol" para o discurso. Esta, por sua vez, se vê mais adensada ainda no campo de presença discursivo pelo concurso de outras figuras da mesma configuração ("deserto sem sombra" e "meio-dia", por exemplo), de * Universidade Federal do Ceará (UFC). Endereço para correspondência: [email protected] .
O CAMINHO DO SOL, 2024
Se analisarmos qualquer fotografia de campo profundo, estaremos entrando em uma máquina do tempo e observando fases anteriores de desenvolvimento do universo. Até aqui, nenhuma novidade. Porém, as análises dos registros, assim como erros de configuração de redução de ruídos das imagens captadas ou erros de interpretação das imagens captadas, levam sérios pesquisadores a considerar as coisas diferentes do que realmente são, ou melhor, do que realmente eram. Acredito que as aglomerações denominadas IC 2163 e NGC 2207, sejam apenas uma única galáxia, tendo o registro de sua cosmologia sobreposta em processo de evolução em eras quantificáveis e que devido ao eixo perpendicular de nossa observação, é forte candidata a ser o berçário de nosso sistema. Assim entendendo, observaríamos a história do desenvolvimento do Sistema Solar ou de outro sistema, caso no final da pesquisa as especificações não combinem, como uma cebola, sobreposta em camadas temporais. As eras cósmicas, onde cada momento apresenta uma configuração e estruturação energética dos corpos celestes observados. A sobreposição da história cosmológica desta galáxia, gravada através de longa exposição de campo profundo. PRESSUPOSTO: distancias equivocadamente presumidas de outros modelos devido a sobreposição energética do eixo rotacional paralelo e efeito de redshift sobreposto, sendo NGC 2207 devido à grande distância e IC 2163 devido aos efeitos relativísticos da rotação espiral da galáxia, mais próxima do ponto de observação. Esta pesquisa faz parte da tentativa de
1986
A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos. Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença. Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s) título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do respetivo autor ou editor da obra. Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por este aviso. D. João V: Rei-Sol Autor(es): Bebiano, Rui Publicado por: Imprensa da Universidade de Coimbra URL persistente: URI:http://hdl.handle.net/10316.2/45264
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2020
The performance that became known as the Ankoku Butoh's inaugural work by Tatsumi Hijikata was named Forbidden Colors, making a direct allusion to the title of the novel written by Yukio Mishima. From this purposeful act, an eleven-year friendship between these artists emerged. This article presents from the Writer and Dancer's Forbidden Colors the distinctions between their perspectives on death, directly linked to the ways that investigated their own bodies. A clash is proposed between the Healthy Body in Mishima - forged by the strict doctrine of the Sun and Steel - and the Debilitated Body in Hijikata - open and porous as befits the wisdom announced by the mud.
sumarios.org
Este breve trabalho analisa a recorrente imagem do recuo do sol na tragédia Tiestes de Sêneca, desvendando sua relação com as doutrinas filosóficas do estoicismo. A temática da ausência de luminosidade será associada à ausência de ratio e ao domínio pelas paixões no agir de Atreu e Tiestes. Tal metáfora, sendo vista ainda como metonímia, ampliará a significação da imagem à representação do caos cosmológico que se instaura com a ausência do lógos, enriquecendo assim a teoria filosófica presente na obra.
Linguagens & Cidadania, 2016
Neste trabalho, pretende-se analisar o valor simbólico do elemento espacial sol no romance Balada de Amor ao Vento, de Paulina Chiziane. Intenciona-se compreender como, no romance, a noção ocidental do símbolo referido é desconstruída a fim de edificar um arcabouço simbólico com raízes africanas, capaz de produzir reflexões acerca da identidade, da emancipação e da afirmação da nação moçambicana por meio do possibilitado pelas especificidades do texto literário.
Resumo: O propósito deste artigo é analisar a canção Luz do sol, de Caetano Veloso, para verificar o seu suposto caráter icônico. O efeito iconizante desse texto parece já se evidenciar no tratamento melódico dedicado à letra, apreensível mesmo numa escuta despreocupada, mas não só. O lexema luz, por exemplo, aparenta exercer papel de destaque em toda a composição, figurando como seu centro iconizante sob vários aspectos: sintático, semântico, estrófico, fônico e tonal. Promovemos aqui, então, uma análise minudente dessa canção, examinando-lhe a letra, sintática e semanticamente, a estruturação estrófica, a seleção lexical, a composição fônica e a ordenação tonal, para averiguar o grau de investimento em sua arquitetura iconizante. Palavras-chave: canção, Luz do sol, iconismo. THE ICONIZING ARCHITECTURE OF LUZ DO SOL Abstract: The aim of this article is to analyse the song Luz do sol, composed by Caetano Veloso, in order to check its supposed iconic character. The iconizing effect of this song seems to be evident in the melodic treatment given to the lyrics, understood even in a unworried, but not only this. The lexeme luz (light), for example, seems to have a prominent function in the whole song, representing a role of iconizing center under several aspects: syntactic, semantic, strophic, phonic and tonal. We promote a minudent anlysis of this song, examining its lyrics, syntactically, semantically, the strophic structure, the lexical selection, the phonic composition and the tonal order to investigate the degree of investment in its iconizing architecture. Introdução Segundo Tatit (1996), na arte, de maneira geral, e na música popular brasileira, de maneira específica, existem duas tendências de tratamento do material artístico que são, ao mesmo tempo, opostas e complementares. Trata-se da tendência narrativa e da tendência iconicista. A primeira corresponderia à "forma analítica narrativa" que se prestaria a deslindar "as dimensões ocultas de nossos conteúdos sociais e afetivos, animando e dinamizando suas relações em escala antropomórfica" (p. 237). A segunda residiria na construção de um ícone que, "a partir da matéria de expressão do código, pudesse "abstrair a narratividade" ou "sintetizá-la na forma compacta de um objeto multifacetado". Tatit (1996) aponta Chico Buarque como exemplo representativo da
Revista Internacional em Língua Portuguesa
A radiação electromagnética é amplamente usada na medicina quer para diagóstico quer para terapêutica. A utilização em terapêutica pressupõe a existência de efeitos biológicos nocivos os quais são criteriosamente selecionados para causar dano onde é necessário (e.g. células cancerigenas) e proteger o restante organismo. Em diagnóstico o possível dano causado pela radiação é minimizado podendo ser usada em segurança quer para os doentes quer para os profissionais de saúde. Tendo em conta esta dicotomia do bem e do mal apresentam-se as principais caracteristicas da radiação e o seu uso na cliníca.
2002
Tem esses que são igualzinhos a mim Tem esses que se vestem e se calçam igual a mim Mas que são diferentes da diferença entre nós STELA DO PATROCÍNIO O escritor, dizia Barthes, é o que fala no lugar de outro 1 . Quando entendemos a literatura como uma forma de representação, espaço onde interesses e perspectivas sociais interagem e se entrechocam, não podemos deixar de indagar quem é, afinal, esse outro, que posição lhe é reservada na sociedade, e o que seu silêncio esconde. Por isso, cada vez mais, os estudos literários (e o próprio fazer literário) se preocupam com os problemas ligados ao acesso à voz e à representação dos múltiplos grupos sociais. Ou seja, eles se tornam mais conscientes das dificuldades associadas ao lugar da fala: quem fala e em nome de quem. Ao mesmo tempo, discutem-se as questões correlatas, embora não idênticas, da legitimidade e da autoridade (palavra que, não por acaso, possui a mesma raiz de "autoria") na representação literária. Tudo isto se traduz no crescente debate sobre o espaço, na literatura brasileira e em outras, dos grupos marginalizados -entendidos em sentido amplo, como todos aqueles que vivenciam uma identidade coletiva que recebe valoração
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Conversa entre o Sol e Plutão, 2023
Estudos Interdisciplinares em Psicologia, 2020
Walter Benjamin - Estética, Política, Literatura e Psicanálise, 2018
Revista Saúde.com-Ciência , 2020
Significação: Revista de Cultura Audiovisual
Revista Brasileira de Geografia Física
Revista ACTA Geográfica, 2011
Revista de Estética e Semiótica, 2011