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2003, Psicologia USP
Este trabalho procura expor alguns resultados de uma pesquisa sobre as expectativas e ideais de adolescentes de classes populares, na região urbana de São Paulo, e a relação desses jovens com a geração a que pertencem. A investigação do imaginário destes, além de favorecer a reflexão sobre questões sociais que ficam depositadas na geração jovem, permite a reflexão sobre o processo constituinte do sujeito (adolescente) como ser social. Foram formados três grupos de jovens que participaram de atividades lúdicas, nas quais puderam expressar expectativas diversas e a partir das quais foi feita a análise de suas falas. Foi possível constatar, por um lado, uma mensagem de ceticismo, decorrente de sua falta de perspectivas; por outro, um esforço no sentido de construir projetos de acordo com as referências que encontram. Tal esforço resulta na restrição de expectativas a metas mais tangíveis, tais como a conquista de uma profissão, a construção de uma família ou o estabelecimento de laços ...
Resumo O que significa para um adolescente crescer num abrigo? E o que significa para ele ter que deixá-lo por causa da maioridade legal? Na tentativa de compreender essas questões, a presente pesquisa foi construída junto com dois adolescentes que vivenciavam a saída do abrigo, após terem permanecido na instituição por 12 anos. Partindo de uma perspectiva histórico-cultural, utilizou-se para a construção do corpus, observações participantes, entrevistas com os adolescentes e equipe técnica, além de produções narrativas de um dos adolescentes. O eixo norteador da análise foram os sentidos produzidos sobre a saída do abrigo. Entre os apontamentos finais, verificou-se a ausência de práticas sistemáticas de auxílio aos adolescentes no enfrentamento da saída e a existência de atuações individualizadas, permeadas pelos estereótipos construídos pela instituição. Enquanto um dos adolescentes (o adolescente ativo) construiu arranjos próprios para sua saída, o outro (o adolescente problema) ...
2008
Resumo: Ainda que a fase da vida rotulada como “adolescencia” ou “juventude” seja estabelecida cronologica e biologicamente, ela e em primeiro lugar uma construcao social (Pais, 1993), discursiva (Androutsopoulos, 2003) e cultural (Wyn e White, 1997), que denota o que e ser jovem em relacao ao que e interpretado como ser crianca ou adulto (Fornas, 1995), em contextos historicos e culturais particulares. Neste artigo apresento de forma sucinta os resultados de um estudo exploratorio sobre o discurso que os jornais e revistas nacionais de informacao geral produzem sobre jovens. Os textos recolhidos, cobrindo assuntos relacionados com jovens, e referentes a uma semana de publicacao, foram analisados com a ajuda de instrumentos teoricos e metodologicos disponibilizados pela ACD (e.g. Van Dijk, 2005). Sem ser conclusivo, este estudo permitiu constatar que o acesso dos jovens ao discurso jornalistico, seja como protagonistas, seja como referencia, e limitado, apesar de a semana em estudo ...
Filosofia, Política, Educação, Direito e Sociedade 8, 2019
CDD 300.5 Elaborado por Maurício Amormino Júnior-CRB6/2422 O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. 2019 Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
2010
Meus dois pais me tratam muito bem (O que é que você tem que não fala com ninguém?) Meus dois pais me dão muito carinho (Então porque você se sente sempre tão sozinho?) Meus dois pais me compreendem totalmente (Como é que "cê" se sente, desabafa aqui com a gente!) Meus dois pais me dão apoio moral (Não dá pra ser legal, só pode ficar mal!) MAMA MAMA MAMA MAMA (PAPA PAPA PAPA PAPA) Minha mãe até me deu essa guitarra Ela acha bom que o filho caia na farra E o meu carro foi meu pai que me deu Filho homem tem que ter um carro seu Fazem questão que eu só ande produzido Se orgulham de ver o filhinho tão bonito Me dão dinheiro prá eu gastar com a mulherada Eu realmente não preciso mais de nada Meus pais não querem Que eu fique legal Meus pais não querem Que eu seja um cara normal Não vai dar, assim não vai dar Como é que eu vou crescer sem ter com quem me revoltar Não vai dar, assim não vai dar Pra eu amadurecer sem ter com quem me rebelar
This paper discusses the youthfulness and the young people like targets to the mass media (radical sports, models of beauty, rebellions, crimes, atrocities), for the specialists (psychologists, educators and psychiatrists), for the security systems (the law-breaker adolescent) and for the families (maladjusted members). We intend to understand the young people inside a discursive construction that weakens theirs possibilities of social and political protagonism and, at the same time, confirms the prejudices about their excessive, threatening and strange behavior on the one hand and, on the other hand, encourage their passivity, indifference and theirs consumerist ambitions.
SILVA, Andréia C. Lopes Frazão da Silva; SILVA, Leila Rodrigues da; TORRES, Andréa Reis Ferreira; XAVIER, Nathalia Agostinho (orgs.). A Idade Média no discurso fílmico (Catálogo de Filmes – volume 2) 128p. Rio de Janeiro: PEM, 2015., 2015
2020
EDUFTEste livro é fruto de pesquisas realizadas no Mestrado Profissional em Educação da Universidade Federal do Tocantins (PPPGE - TO). Neste trabalho, procuramos dar voz às juventudes, apresentando a concepção dos alunos do Ensino Médio sobre a educação e o ensino que recebem, ressaltando as aproximações e os distanciamentos entre a escola, as políticas educacionais e as juventudes. Nesta direção, intencionamos promover um diálogo com essas juventudes, levantando o que eles pensam a respeito do ensino médio integral; da formação dos docentes; dos conteúdos; das tecnologias, procurando abarcar seus anseios e necessidades. O estudo desenvolveu-se a partir das questões norteadoras: Qual a concepção que os jovens têm sobre o ensino que recebem? O que a escola representa para eles? Como eles se vêem inseridos no projeto de protagonismo juvenil? Estas inquietações possibilitaram a construção da pesquisa “A percepção das juventudes sobre o Ensino Médio integral em Miracema do Tocantins”, ...
2007
A Coleção Educação para Todos, lançada pelo Ministério da Educação (MEC) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em 2004, apresenta-se como um espaço para divulgação de textos, documentos, relatórios de pesquisas e eventos, estudos de pesquisadores, acadêmicos e educadores nacionais e internacionais, no sentido de aprofundar o debate em torno da busca da educação para todos. Representando espaço de interlocução, de informação e de formação para gestores, educadores e pessoas interessadas no campo da educação continuada, reafirma o ideal de incluir socialmente um grande número de jovens e adultos, excluídos dos processos de aprendizagem formal, no Brasil e no mundo. Para a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD), a educação não pode estar separada, nos debates, de questões como desenvolvimento ecologicamente sustentável, gênero e diversidade de orientação sexual, direitos humanos, justiça e democracia, qualificação profissional e mundo do trabalho, etnia, tolerância e paz mundial. A compreensão e o respeito pelo diferente e pela diversidade são dimensões fundamentais do processo educativo. Este volume, o nº 16 da coleção, traz uma coletânea de artigos que celebra uma promissora parceria entre a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd), a Secretaria Nacional de Juventude, da Secretaria-Geral da Presidência da República, que se associam à SECAD/ MEC e à UNESCO. Trazer a temática Juventude para a Coleção Educação Juventude e Contemporaneidade Organização: Osmar Fávero Marília Pontes Spósito Paulo Carrano Regina Reys Novaes Brasília, maio de 2007 edições MEC/UNESCO Representação no Brasil SAS, Quadra 5, Bloco H, Lote 6, Ed. CNPq/IBICT/UNESCO, 9º andar 70070-914 -Brasília/DF -Brasil
Sociologia da Juventude e aproximações com a abordagem Histórico-cultural de Vigotski .. 3.4 Desenvolvimento cultural na adolescência na perspectiva Histórico-Cultural ..
2018
This work discusses adolescence. It addresses issues related to the different ways of understanding this theme, so as to approach the conceptions that adolescent women from a peripheral neighborhood of the city of Manaus have developed about their teenage years. This is an exploratory qualitative research. The records were constructed from six adolescents between 16 and 19 years old and the data were analyzed through discourse analysis (Pecheux) in order to guide some actions stemming from psychosocial project called Creative and Solidarity Community. The results show that for some adolescents, adolescence came without much demarcation, as continuation of life, bringing only greater responsibilities with the domestic tasks and the care of the younger siblings. For others, adolescence allowed a little more freedom. Other reports, however, reveal the opposite: greater vigilance and control on the part of family members, which ratifies the particular way in which each adolescent experi...
Estilos da Clinica
O presente artigo busca ressaltar a perspectiva construída e situada da adolescência na psicanálise, contrapondo-a à visão naturalizante. A partir das descontinuidades advindas da passagem da modernidade para a contemporaneidade, indica a necessidade de se pensar sobre as especificidades da experiência adolescente no contexto atual. Argumenta-se que a experiência adolescente é um ponto privilegiado para investigar os impasses relativos ao laço social contemporâneo, uma vez que seus laços podem ser considerados horizontalizados. Por fim, são discutidas as possibilidades de se intervir no mal-estar apresentado pelo sujeito adolescente, apostando na identificação dos atores do mundo adulto que o relegam à condição moratória, bem como na sua escuta como sujeito desejante para além de tal visada adultocêntrica.
Psicologia & Sociedade, 2014
A noção de que vivemos em tempos de adolescência generalizada coloca em questão tanto o que diz respeito a formas contemporâneas do laço social quanto o conceito de adolescência em psicanálise para interpretá-las. As novas configurações produzem o empobrecimento do espaço público como sítio de construção de experiências. Destacamos como um dos efeitos de tal empobrecimento a disseminação do "discurso capitalista", que não promove o laço social, ao contrário, promove uma ilusão de completude ao nivelar sujeito e objeto. Essa espécie de curto-circuito produzido pelas práticas da cultura leva também à idealização do lugar da adolescência como tempo sublime da existência, a ser eternizado, e que resulta em um paradoxo de difícil solução por parte do jovem para atravessá-lo. Se todos querem eternizar o lugar da juventude, quem vai ocupar o lugar do adulto na relação com os adolescentes?
Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica
Resumo: Há tempos, a psicanálise tem demonstrado as crises que marcam o mundo contemporâneo. O lugar claudicante do pai, a inconsistência do Outro e o imperativo de gozo são marcas do discurso capitalista atual. Diante desse cenário, outra crise ganha espaço nas discussões sobre clínica e sociedade. Trata-se da experiência da puberdade e das séries de respostas que se reúnem em torno do que é chamado de crise da adolescência. O presente artigo se propõe a identificar as especificidades tanto da puberdade quanto do momento histórico em que vivemos para assim colaborar com a discussão sobre o adolescer na sociedade contemporânea
O texto aprenenta a obra, ainda inédita em português, de Florência Saintout foi escrita em meio aos complexos debates construídos em torno das mudanças pelas quais passa a nossa sociedade. Nessa senda de discussão, Florência Saintout busca apresentar e problematizar representações e sentidos construídos, elaborados e ressignificados por jovens acerca das transformações que os mesmos vivenciam no mundo atual. Através de uma escrita fluida e de fácil acesso, a autora nos apresenta à distintas formas de ser jovem, de sentir e representar a sociedade e suas instituições a partir da especificidade de ser jovem hoje.
Estudos de Psicologia (Natal), 2012
Com foco nos jovens da América Latina, discutem-se os paradoxos societais que incidem fortemente sobre eles na atualidade. Um dos paradoxos importantes diz respeito, de um lado, à transformação contemporânea das significações sociais da juventude, nas quais o ser jovem passa a ser uma referência central para todas as faixas etárias e, de outro, às limitações da realidade concreta e objetiva que reduz o campo de possibilidades de realização dos jovens na vida profissional e social. Associado a isso, vê-se o desenvolvimento de um processo discursivo na sociedade atual, que revela a vontade de punir os jovens. Vontade associada a dois movimentos articulados entre si: a passagem do Estado-Providência para o Estado Penal; a política global da sociedade de controle. Como desdobramento desses processos, evidencia-se o paradoxo do poder e da multiplicidade - controles e resistências. Ao final, enfatiza as experimentações sociais positivas de determinados grupos de jovens na atualidade.
Psicologia: Teoria e Pesquisa, 2010
A sociedade contemporânea ocidental estendeu o período da adolescência, que não é mais encarada apenas como uma preparação para a vida adulta, mas passou a adquirir sentido em si mesma, como um estágio do ciclo vital. O presente artigo procura descrever como os adolescentes eram vistos e tratados, desde a antiguidade até os dias de hoje, a partir de textos literários ou filosóficos e estudos científicos. O material bibliográfico a respeito da adolescência caracteriza-se por três etapas distintas: a descrição dos padrões de comportamento, ajustamento pessoal e relacionamento; a resolução de problemas reais por meio do conhecimento científico; e o desenvolvimento positivo do indivíduo, considerando os adolescentes como o futuro da humanidade.
Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 2012
Este trabalho aborda a função que o ideário da inclusão/exclusão conquistou entre adolescentes na cena contemporânea, no percurso de desprendimento que realizam das referências familiares até a participação em redes relacionais e institucionais mais amplas. A partir da escuta clínica, percebe-se que a fantasia de estar dentro ou fora de cada contexto específico tornou-se a referência preponderante no imaginário destes sujeitos, então subjugados a uma lógica dicotômica e tirânica que tende a restringir a plasticidade de seus recursos simbólicos.
Resumo O objetivo deste trabalho é indicar aspectos que configuram a infância e a adolescência na sociedade contemporânea, especifi-camente no que diz respeito à relação com o adulto. Este estudo foi desenvolvido a partir da revisão de alguns autores em psicologia e demais áreas afins, e pretende contribuir para o aprofundamento do debate sobre este tema. Na sociedade moderna, as crianças e os adolescentes inserem-se em condições sociais específicas que acentuam a sua dependência frente ao adulto. Hoje, no entanto, há uma nova forma de reconhecimento social dessas fases da vida que enfatiza um tratamento igualitário entre adulto, criança e adolescente. O desvelamento desse processo permite caracterizar os contornos que essas etapas do desenvolvi-mento humano vêm adquirindo atualmente e suas implicações na vida cotidiana. Abstract This paper proposal is to indicate the childhood and adolescence issues in the contemporary society, especially in the adult-adolescent or adult-child relations. From Psychology and other related areas authors review this study was developed, and its aim is to provide this theme a better and deeper knowledge. In the modern society, children and adolescents belong to specific social conditions that support their adults' dependence. Nowadays there is a new social recognition for life phases that emphasizes an equilaterally relationship among adults, adolescents and children. This process level difference allows the description of the human development stages and their implications in the daily life.
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