Academia.eduAcademia.edu

Juristas colonizados? Crítica à importação de teorias jurídicas

2013, Revista Da Ajuris

Abstract

O Brasil hoje tem destaque no cenario mundial e defende a multipolaridade. Porem, em nossa dogmatica juridica ainda predomina a importacao de teses oriundas dos paises centrais, como se fossem universais, ignorando ou desprezando a producao cientifica nacional e o fato de que todo o saber e construido a partir de um contexto. Criticamos o que chamamos de “juristas colonizados” a partir de quatro pontos de vista diferentes: Diego Medina (teoria transnacional do direito), Slavoj Žižek (visao em paralaxe), Enrique Dussel (etica da libertacao) e Boaventura de Sousa Santos (razao cosmopolita). Nosso intento e mostrar que nao ha, em ciencias humanas e sociais, e em especial no direito, verdades inabalaveis e universais, e que devemos dar vez e voz as nossas proprias construcoes teoricas. E em relacao as teorias estrangeiras, discutiremos se ha pertinencia em se propor a construcao de uma teoria da traducao juridica adequada as realidades perifericas. ABSTRACT : Brazil today has highlighted on the world stage and defending multipolarity. However, in our legal dogmatics still dominates imports of theses from the central countries, as if they were universal, ignoring or despising the national scientific production and the fact that all knowledge is constructed from a context. We criticize what we call “colonized jurists”, from four different viewpoints: Diego Medina (transnational law theory), Slavoj Žižek (parallax view), Enrique Dussel (ethics of liberation) and Boaventura de Sousa Santos (cosmopolitan reason). Our intent is to show that there is, in humanities and social sciences, and in particular, in the law, unshakable and universal truths, and that we must give time and voice to our own theoretical constructs. About foreign theories, discuss whether there is relevance to propose the construction of a juridical theory of translation appropriate to the law of peripheral countries.