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2020, EDUCAmazônia
Resumo O presente artigo visa abordar a temática da violência manifestada no contexto escolar e as relações existentes, dentro desse espaço, entre crianças, desigualdades sociais e disputas de poder. Entendemos a escola como o lugar no qual identidades são forjadas, a partir de oportunidades ou de reproduções de lacunas sociais. Nosso texto busca abordar a temática da violência enquanto um fenômeno multicausal, impactado por construções histórico-sociais preconceituosas e racistas.
O livro Violência na escola e da escola: desafios contemporâneos à psicologia da educação traz como temática central a violência nos espaços educativos e busca elucidar aspectos tanto teóricos quanto práticos que permeiam a questão. É, sem dúvida, uma literatura essencial àqueles que almejam compreender: primeiro, a escola enquanto instituição social em sua totalidade; segundo, o fenômeno da violência ocorrida nos espaços escolares, esta cada vez mais crescente nas últimas décadas; e ainda pensar em estratégias de prevenção e intervenção para as situações enfrentadas no cotidiano de cada escola. Já em seu título, o livro se mostra intrigante. A diferenciação feita entre uma violência na escola e outra da escola faz suscitar um grande debate acer-ca de que tipos de violência estamos nos referindo e seus efeitos nos modos como alunos, professores, e toda a escola se relacionam na construção de um ambiente propício para a aprendizagem e o desenvolvimento. Por violência na escola, é possível pensar em uma violência não pertencen-te, necessariamente, ao ambiente escolar, mas que sendo trazida por diversos agentes, concretiza-se neste espaço que não é o seu original. É, portanto, uma violência da sociedade que, ultrapassando os muros da escola, ali se instala, fugindo ao controle e perpetuando-se. Já a violência da escola, caracteriza-se por um modo estrutural de ação violenta pertencente à própria escola – é a escola em si mesma, enquanto aparelho do Estado, que se torna violenta e muitas vezes, aversiva aos alunos e aos diferentes agentes que dela fazem parte. Partindo de diferentes concepções teóricas, tanto do âmbito da psicologia, da sociologia e da educação, os autores vão construindo suas reflexões a res-peito do tema, sem perder de vista a centralidade da proposta, que é discutir a
Revista LEVS
Este trabalho tem por objetivo contribuir com as discussões sobre jovens e violência no âmbito escolar. Para tanto elaboramos um projeto de pesquisa que tem por objetivo identificar o sentido que a violência adquire para o jovem seja como estratégia de identidade ou como meio para obter presença social como grupo, relacionando-a as suas trajetórias pessoais, grupais e de classe, e as condições objetivas de exposição a situações de violência. Neste artigo é apresentada uma análise parcial dos dados coletados. Buscamos neste texto nos atentar para as explicações da violência presentes nos discursos dos jovens no que diz respeito à violência a e da escola.
Fronteiras Journal of Social Technological and Environmental Science, 2014
Resumo Esta pesquisa objetivou analisar o modo como as crianças representam a violência na escola, assim como o impacto da experiência de violência nas relações que se instauram no contexto escolar. Para concretizar esse estudo utilizou-se os dados de uma pesquisa qualitativa (Lüdke e André 1986) realizada anteriormente em uma escola pública de ensino fundamental, localizada em Campinas, São Paulo. As análises do material empírico, ancoradas na perspectiva histórico-cultural em Psicologia (Vigotski 1999), evidenciaram fundamentalmente dois aspectos: as crianças recorrem a diferentes modos de linguagem (produções gráficas: desenhos e escrita; gestos; jogo simbólico; silêncio) para dramatizarem a violência física/simbólica que vivem no meio social/familiar; a violência imprime marcas na linguagem e por ser um fenômeno que pertence à ordem da cultura traduz, no mundo contemporâneo, a réplica da secular exclusão social, das condições de miséria humana e das ínfimas possibilidades de vida a que milhões de crianças estão brutalmente submetidas.
2016
CECCHETTO, F., RIBEIRO, FML., and OLIVEIRA, QM. Gênero, sexualidade e ‘raça’: dimensões da violência no contexto escolar. In: ASSIS, SG., CONSTANTINO, P., and AVANCI, JQ., orgs. Impactos da violência na escola: um diálogo com professores [online]. Rio de Janeiro: Ministério da Educação/ Editora FIOCRUZ, 2010, pp. 121-146. ISBN 978-85-7541-330-2. Available from SciELO Books <http://books.scielo.org >.
INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 2010
A educação é uma prática livre, histórica, socialmente construída e reconstruída mediante as transformações sociais de cada época. Constitui uma prática emancipadora, capaz de superar o processo de alienação presente no cotidiano. Proporciona a formação da consciência social, a possibilidade de reestruturação do sistema sócio-político e a melhoria das condições de vida do indivíduo. Neste sentido, o educar é questionável ao apresentar no interior da escola situações conflituosas, como é o caso da violência. Torna-se fundamental os estudos que buscam compreender a dinâmica da violência no âmbito escolar e a pesquisa bibliográfica apresenta algumas reflexões da ocorrência deste fenômeno na escola e conclui preliminarmente que, embora não aconteçam no ambiente escolar as mais graves cenas de violência, seus reflexos são ameaçadores para o processo ensino/aprendizagem, pois coloca em risco o desempenho das atividades desenvolvidas na escola, prejudicando a relação professor/aluno e inst...
Sociologia, Problemas e Práticas, 2013
This article summarises the main results of a decade or so of research projects on forms of violence at schools in Brazil. The main observations it makes are: 1) the rules and standards governing the conduct of both teachers and pupils lack clarity and coherence, which suggests that situations arise in which those rules and standards are disrespected; 2) forms of school management that include strong charismatic and participatory elements got better results than a bureaucratic management style; 3) in schools that practise the “banking” concept of education, some of the oppressed students themselves come to oppress their schoolmates, thereby reproducing certain scholastic and social conditions; 4) teacher training is a longway from reality, which is more complex, and this leads the profession to lose credibility and become less attractive and causes kindergarten and primary teachers to suffer mentally and emotionally. The authors propose that the path forward is to bring schools into...
A escola é espaço de construção de saberes, de convivência e socialização. Segundo Delors (2001), é uma via capaz de conduzir a um desenvolvimento humano mais harmonioso, combater formas de pobreza, exclusão social, intolerâncias e opressões. No Brasil a partir dos anos 60 a escola inicia um processo de mudança, o sistema se amplia e passa a receber uma parte da população que estava longe das escolas. A escola se depara com uma grande dificuldade para se adequar à nova população, apresentando-se como despreparada para receber um público que não estava habituada, ou seja, ela não sofre um processo de adaptação para poder se comunicar com novos códigos e novos valores, mais relacionados com os novos atores que freqüentam o espaço escolar. A massificação da escola não corresponde a um incremento de sua qualidade, ela acolhe e reforça as desigualdades entre as classes sociais e torna mais visível o bloqueio do sistema às crianças e jovens de classes populares. Quando falamos em massificação, que muitos chamam de democratização, estamos nos referindo que a maior parte de nossas crianças entram para a escola. Mas quantos a deixam antes de terminar a 4ª serie, quantos abandonam e quantos nunca aparecem nesse espaço? 1 Miriam Abramovay é socióloga, pesquisadora, coordenadora da pesquisa Convivência Escolar e Violências nas Escolas da RITLA (Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana) Consultora da CUFA/DF-Central Única das Favelas do DF; Pesquisadora Colaboradora Plena do NEIJ (
Psicologia da Educação, 2023
A pesquisa identificou e analisou a representação de 115 alunos do Ensino Fundamental I de duas escolas públicas de Minas Gerais acerca da violência no contexto escolar. Especificamente buscou-se verificar a respeito da violência psicológica na modalidade humilhação presente na relação educacional entre professores e alunos. A metodologia englobou observação do cotidiano da sala de aula e uma entrevista semiestruturada. Os resultados indicam que a maioria dos alunos apresenta uma representação da violência vinculada à verificação de agressões físicas, isto é, a representação da violência está ancorada à violência física, tal como em atos de bater, chutar, machucar, brigar, empurrar, esfaquear. Devido a estas representações, notou-se que a violência psicológica é pouco percebida pelos discentes, visto não haver atos físicos visíveis e pela representação de que um professor não age com violência, tendo seus atos explicados e justificados como parte do processo de ensino, o que inclui as atitudes agressivas e humilhantes, em alguns casos, vindas deste profissional.
O Professor, nº 79- III série. 17-21., 2003
In: O Professor, nº 79, III série, jan-Fev. Pp.17-21. *Mariana Grazina Cortez *Maria da Conceição Vilhena. Docentes na Escola Superior de Educação João de Deus. 1. Introdução O trabalho apresentado segue uma linha de investigação orientada por docentes da Escola Superior de Educação João de Deus, pretendendo dinamizar a reflexão contínua da formação e práticas educativas em Educação de Infância e em Ensino Básico (1º ciclo).
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação
O presente estudo se insere nas discussões sobre formação médica, e de modo específico, sobre currículo médico e as dimensões de corpo, gênero e sexualidade. Da conexão entre esses temas, o presente trabalho objetivou analisar como o corpo, gênero e sexualidade são acionados no Projeto Político Pedagógico (PPC) do curso de medicina da Unidade Acadêmica de Ciências da Vida — UACV/CFP/UFCG (Campus de Cajazeiras). Para dar conta dessa proposta de investigação, fundamentamos o referencial teórico-metodológico nos estudos pós-críticos sobre currículo. Tomamos como objeto de análise documental as DCN de 2001 para o curso de graduação em medicina e o PPC do curso em questão. Argumentamos ser múltiplas as formações discursivas — das normativas e diretrizes oficiais, científicas, biológicas/biomédicas, sociais, pedagógicos — que entram em disputa na composição curricular para a abordagem de saberes sobre gênero e sexualidade.
Eccos Revista Científica, 2008
2006
This article shows that violence is a social and public health problem. This is a complex phenomenon and its investigation requires the attention of several areas of knowledge. Debate exists, but it isn"t enough to explain the different types of violence. Many acts are difficult to be accessed, for they occur in the privacy of “home sweet home”. Statistics point out the events, but there are no public policies or established prevention methods for the different types of violence. For this reason studies are necessary to prove their existence. Longing to understand the magnitude of violence in the scientific world. Violence may have a cycle, but where this cycle begins or ends is not known. Therefore, the cycle is maintained, with different justifications and explanations, but the incident is continuous. Thus it will be, until one day, health promotion can outline to the population what violence is and how it begins, then find means to educate and prevent its occurrence
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação
Na busca de colaboração, em e com outras pesquisas, tem-se a possibilidade de produzir ferramentas de análise que se constituem operacionais em uma pesquisa de pós-graduação. Este artigo objetiva apresentar ‘pensamentos’ que, como ferramentas, mobilizam modos de pensar e produzir um panorama de significados na temática violência na/da escola. Metodologicamente, através da pesquisa documental, obteve-se um corpus, constituído por pesquisas acadêmicas, programas de governo e informes estatísticos, a partir do qual se buscou sistematizar discursos sobre a violência na/da escola no Brasil. Concluiu-se que, apesar das discussões sobre a temática terem ganhando relevância, ainda há muitos impasses e desafios para entendimento da complexidade, na mesma medida em que é necessário ampliar os modelos epistêmicos nos quais se produzem significados sobre a violência na/da escola.
The article deals with the psychoanalytic practice in the educational context. In the model of “intervention research”, the authors offered dialogue spaces to teachers in a public school, performing about 10 meetings. It was sought to encourage collectivized association among peers in order to elaborate the malaise in everyday school life, brought by them for discussion especially related to emotions, violence and quarrels of authority. Contextualizing the political issues that characterize the relations of power within the school, some categories were analyzed in the speech of the teachers to lift and to elucidate the action points and critical reflection of educators about the violence “that they are submitted” and “are the subject” nowadays. From the analysis of this material, the article addresses the issue of desire at school in front of social and institutional imperatives, relating them to violence as a social symptom beyond the school walls. O artigo trata da práxis psicanalítica no contexto educacional. No modelo da “pesquisa-intervenção”, as autoras ofereceram espaços de conversação a professores(as) de uma escola da rede pública, realizando cerca de dez encontros. Procurou-se incentivar a associação coletivizada entre pares, no intuito de criar condições de se falar sobre o mal-estar no cotidiano escolar, trazido por eles para discussão e relacionado, sobretudo, aos afetos, à violência e às querelas da autoridade. Contextualizando as questões políticas que caracterizam as relações de poder dentro da escola, analisam-se algumas categorias recorrentes na fala dos(as) professores(as), de modo a levantar e elucidar pontos críticos relativos à ação e à reflexão dos educadores a respeito da violência “de que” e/ou “a que” são sujeitos nos dias atuais. A partir da análise desse material, o artigo aborda a questão do desejo no espaço escolar diante dos imperativos sociais e institucionais, relacionando-os à violência enquanto sintoma social para além dos muros da escola.
Revista Brasileira de Segurança Pública, 2019
Esse artigo investiga as influências de vitimizações dentro e fora da escola para a legitimidade dos professores e para o comportamento de quebra de regras dos adolescentes. Em diálogo com a literatura sobre socialização legal, o estudo utiliza dados de um survey realizado com adolescentes da cidade de São Paulo. Observou-se que estudantes autodeclarados pretos, meninos e estudantes de escola pública são mais sujeitos à vitimização no bairro e na escola. Adolescentes vítimas de violência na escola são menos dispostos a legitimar os professores. Observou-se também que os estudantes mais vitimados têm maiores chances de se engajar em comportamentos de quebra de regras. Conclui-se que a criação de um ambiente escolar livre de violências pode reduzir o impacto da violência no bairro sobre as relações com os professores e os comportamentos de quebra de regras dos adolescentes.
A violência é um tema recorrente nos discursos e nas representações sociais sobre a sociedade, é algo que se pretende dar a ver e perceber como característica essencial e fundadora das relações sociais. É assim que a noção aparece como referindo uma espécie de invariante que, pelo simples facto de ser nomeada, contribui para a construção do fenómeno social. Da noção de violência nos discursos sociais ao conceito nas ciências sociais, a distância não é, por vezes, grande. A fetichização do conceito permite, sem o necessário controlo, a justificação e a legitimação dos discursos e das representações mais comuns e quotidianas sobre a violência.
2012
Resumo: O presente estudo tem como objetivo geral analisar o comportamento de vitimização (bullying) recebida na escola em alunos do 4.º e do 6.º ano. Pretendeu-se averiguar a distribuição dos alunos pelos comportamentos de vitimização recebida e procedeu-se à sua análise em função do género e dos anos de escolaridade. A amostra foi constituída por 238 alunos do 4.º e 6.º anos de dois agrupamentos de escolas da área urbana de Lisboa. Na análise da dimensão de vitimização no bullying utilizou-se a adaptação portuguesa de "Peer Victimation Scale" (Veiga, 2007). Na análise dos resultados, foram detetadas diferenças no sentido esperado. Os resultados, na sua generalidade, conjugam-se com outros estudos realizados sobre esta temática. Esta investigação remete para a necessidade de novos estudos, analisando as dimensões do bullying, e sugere a realização de um estudo longitudinal com diferentes anos de escolaridade, bem como a implementação de um programa de intervenção na diminuição de tais comportamentos entre pares. Palavras-chave: vitimização, relações entre pares, bullying, ano de escolaridade.
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