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SILVA, Thiago Lemos. Apresentação ao Dossiê Anarquismo: teorias, abordagens e problemas. Revista Pergaminho, n9,2018
Resumo: O propósito deste texto é apresentar os artigos que compuseram o Dossiê Anarquismo: teorias, abordagens e problemas, publicado no número 10, da Revista Pergaminho, em 2018.
Dossiê Anarquismo: abordagens, métodos e problemas. Org: SILVA, Thiago Lemos.Revista Pergaminho , V.9. 2018., 2018
Resumo: O propósito do referido dossiê é apresentar e discutir o anarquismo, a partir de diferentes teorias, conceitos e metodologias no campo das Humanidades.
O presente artigo tem por objetivo discutir, desde uma perspectiva teóricohistórica, algumas questões organizativas relativas ao anarquismo. Ele contesta a afirmação repetida constantemente, de que esta seria uma ideologia/doutrina essencialmente espontaneísta e contrária à organização. Retomando o debate sobre a organização entre os anarquistas, o artigo afirma haver três posições fundamentais sobre o assunto: aqueles que são contrários à organização e/ou defendem articulações informais em pequenos grupos (antiorganizacionismo), aqueles que defendem somente a organização no nível de massas (sindicalismo/comunitarismo) e aqueles que sustentam a necessidade de articulação em dois níveis, político-ideológico e de massas (dualismo organizacional). Aprofundam-se as posições da terceira corrente, trazendo elementos teóricos de M. Bakunin e, em seguida, apresentando um caso histórico em que os anarquistas sustentaram, em teoria e prática, essa posição: a atuação da Federação dos Anarco-Comunistas da Bulgária (FAKB) entre os anos 1920 e 1940. Anarquismo: espontaneísmo e antiorganizacionismo? No epílogo que realiza à compilação de textos de Karl Marx, Friedrich Engels e Vladimir I. Lênin sobre o anarquismo (Marx, Engels, Lênin, 1976) -uma obra financiada por Moscou no contexto soviético para promover as ideias do marxismoleninismo -Kolpinsky (1976, pp. 332-333) afirma que o anarquismo é uma doutrina
Ainda que seja um fenômeno que existe, permanente e globalmente, há praticamente 15 décadas, e que esteja relacionado à parte significativa das mudanças sociais do mundo contemporâneo, o anarquismo é pouco estudado e, mesmo, pouco conhecido, dentro e fora da academia.
O presente artigo parte de dois fatores – a hipótese da relevância das teorias anarquistas para a Sociologia e a falta de estudos deste objeto no campo acadêmico – e recomeça a discussão do anarquismo, a partir de um balanço bibliográfico crítico de seus estudos de referência, buscando evidenciar as principais problemáticas teóricas e históricas e explicar o estado da arte do debate existente que tem influenciado produções, ainda que esparsas, dentro e fora das universidades. Definem-se sete estudos de referência e, partindo do problema metodológico que envolve a relação entre teoria social e história, analisam-se suas definições de anarquismo, os caminhos percorridos por seus autores para elaborá-las e suas conclusões fundamentais. Por meio de um balanço, apontam-se as principais problemáticas que permeiam esses estudos, dentre as quais se destacam: conjunto restrito de autores e episódios levados em conta nas investigações, assim como generalizações a partir de uma restrita base de dados; foco quase exclusivo na Europa Ocidental / eixo do Atlântico Norte; abordagens ahistóricas (que declaram que o anarquismo sempre existiu), que o vinculam ao uso terminológico e/ou à autoidentificação dos anarquistas (que afirmam seu surgimento no século XVIII, na primeira metade do século XIX etc.); foco nos grandes homens, com a utilização da história vista de cima; definições inadequadas de anarquismo (que o conceituam como antiestatismo, oposição à dominação, antítese do marxismo), que não permitem compreendê-lo adequadamente e nem diferenciá-lo de outras ideologias políticas.
Grande parte das recentes discuss6es filosoficas sobre o anarquismo exibem uma fastidiosa falta de clareza devido ao falhanqo. por parte dos teoricos da politica, duma cuidadosa definigEo dos termos <anarquia>" <anarquista>> e <anarquismo>. Este falhango resulta. creio eu, da negligOncia havida sobre v6rios topicos relevantes para o assunto. comopara dar alguns dos exemplos mais importantesa natureza da teoria anarquista classica. a historia do movimento anarquista e numerosas tentativas de experimentar a teoria e aprhtica anarquistas na realidade contemporlnea. Neste ensaio serfi feita uma tentativa de formular uma definigio que tenha em conta todos os aspectos sigrrificantes do anarquismo:
Psicologia: Formação profissional, desenvolvimento e trabalho
Direitos para esta edição cedidos à Atena Editora pelos autores. Open access publication by Atena Editora Todo o conteúdo deste livro está licenciado sob uma Licença de Atribuição Creative Commons. Atribuição-Não-Comercial-NãoDerivativos 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0). O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores, inclusive não representam necessariamente a posição oficial da Atena Editora. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. Todos os manuscritos foram previamente submetidos à avaliação cega pelos pares, membros do Conselho Editorial desta Editora, tendo sido aprovados para a publicação com base em critérios de neutralidade e imparcialidade acadêmica. A Atena Editora é comprometida em garantir a integridade editorial em todas as etapas do processo de publicação, evitando plágio, dados ou resultados fraudulentos e impedindo que interesses financeiros comprometam os padrões éticos da publicação. Situações suspeitas de má conduta científica serão investigadas sob o mais alto padrão de rigor acadêmico e ético.
Política & Sociedade, 2021
Neste artigo recuperamos temas republicanos, como não dominação, tirania e escravidão, no anar-quismo clássico, para expor os limites da revitalização republicana neorromana contemporânea. Para anarquistas, o Estado-nação moderno e a propriedade privada são antitéticos à liberdade como não dominação, atuando como limites estruturais à liberdade em vez de como meios para sua realização. Reanalisamos os fundamentos dessa crítica, propondo dois argumentos. Primeiro, que um comprometimento, seja com o Estado ou com a propriedade privada, representa um com-prometimento moral e ético positivo sem fundamento que enviesa a teoria negativa de liberdade que republicanos contemporâneos buscam desenvolver. Segundo, que o comprometimento moral com o Estado faz com que o republicanismo neorromano seja essencialmente conservador. Teorias anarquistas da liberdade como não dominação vão muito além do que a revitalização republica-na parece permitir, abrindo novas possibilidades para inovações institucionais e constitucionais, permanecendo ao mesmo tempo consistentes com o valor normativo nuclear do republicanismo, a não dominação.
Aborda o movimento anarquista e a organização anarquista para identificar, analisar, interpretar caracterizá-los.
Revista Aulas, 2015
Os investimentos na produtividade do corpo se aperfeiçoam e acumulam: na sociedade de soberania castiga-se, na disciplinar busca-se utilidade econômica e docilidade política, na de controle exige-se participação e fluxo inteligente. Efeitos inibidores de resistências também não cessam de trafegar entre o direito de morte, o de deixar viver e o de fazer viver. O século XIX colocou as possibilidades para a democracia e o socialismo; o seguinte se encerrou confirmando a arrogância capitalista, seus valores universais e o imperativo dever do planeta globalizado em vir a ser democrático. O socialismo de Estado, ou autoritário, tornou-se realidade no século XX, confirmando a crítica anarquista que o via como forma ditatorial de existência, solução inviável para a superação das desigualdades e, por conseguinte, com vida breve. Os anarquismos, nos últimos anos do século passado, viram-se novamente atuais e algumas partes começaram a reparar instintivamente numa filosofia procedente de autores como Deleuze e Foucault. Suas contundências e generosidades foram sendo notadas pelos anarquistas 1. Contudo, deve ser feita uma ressalva elementar. Foucault fez questão de afirmar que não se comprometia com um estado civil. Se sua obra pode ser compreendida como inventora de liberdades, Foucault não quis e não fez por ser apreciado como um anarquista, muito menos como um liberal 2. Deleuze, por sua vez, caracterizou o fim do devir revolucionário coletivo, enfrentando o equívoco socialista. Não se afastou das análises econômicas de Marx, mas como um Bakunin contemporâneo 3 , não abriu mão da liberdade em busca da 1 Em especial o pequeno dossiê composto pelos segiuintes artigos:
Instituto de Teoria e História Anarquista
Este artigo tem como objetivo apresentar resumidamente a pesquisa realizada durante alguns anos que culminou na publicação do livro Bandeira Negra: rediscutindo o anarquismo. Parte de um processo coletivo de pesquisa global do anarquismo, que vem sendo conduzido por pesquisadores de distintas partes do mundo no seio do Instituto de Teoria e História Anarquista (ITHA), esse livro tem um objetivo geral: responder com profundidade o que é o anarquismo.
Modernos & Contemporâneos, 2022
Resumo: O presente artigo tem como proposta aproximar o daoísmo, tradição filosófica e religiosa chinesa que data de mais de dois mil anos, ao anarquismo. Para se atingir este fim, em um primeiro momento, será feita uma análise comparativa de conceitos base presentes nos dois sistemas de pensamento, onde procurar-se-á demonstrar algumas ideias e atitudes que são compartilhadas, em maior ou menor grau, por ambos. Em seguida, trechos dos dois livros clássicos do daoísmo serão utilizados, nomeadamente o 道德經 Dào Dé Jīng de 老子 Lǎozǐ e o 南華經 Nán Huá Jīng de 莊子 Zhuāngzǐ, para apontar e exemplificar estes conceitos em comum, partindo do pre-suposto de que os pensamentos anarquistas foram construídos ao longo da história, tendo surgido muito antes do estabelecimento do anarquismo como movimento político-social, no final do séc. XIX. Palavras-chave: Daoísmo; anarquismo chinês; Dao De Jing; Nan Hua Jing Abstract: This article proposes to bring Daoism, a Chinese philosophical and religious tradition that dates back more than two thousand years, to anarchism. To achieve this end, at first, a comparative analysis of the basic concepts present in the two systems of thought will be carried out, where some ideas and attitudes will be demonstrated that are shared, to a greater or lesser degree, by both. Then, excerpts from the two classic books of Daoism will be used, namely the 道德經 Dào Dé Jīng by 老子 Lǎozǐ and the 南華經 Nán Huá Jīng by 莊子 Zhuāngzǐ, to point out and exemplify these common concepts, starting from the assumption that Anarchist thoughts were built throughout history, having emerged long before the establishment of anarchism as a socio-political movement, at the end of the 19th century. Keywords: Daoism; Chinese anarchism; Dao De Jing; Nan Hua Jing
(Salvo Vaccaro. Anarchismo e modernità. Pisa, BFS, 2004, 133 pp.)
6 7 Quando falamos de anarquismo, e de segmentos do campo do socialismo, [...] embora o objeto de investigação encontre-se ancorado no campo ideológico, ele, além de representar uma aspiração passível de identidade temporal, necessariamente atravessa a encruzilhada entre filosofia e história. Situação que vincula o pensamento anarquista a uma longa linhagem que deve, sem a perda de sua riqueza e diversidade, ser analisada em seu tempo com todos os desdobramentos verificáveis até o presente. Alexandre Samis
Movimento e Pensamento Anarquista Espanhol, 2024
Contextualização breve do pensamento anarquista espanhol, enquanto distinto dos demais pensamentos anarquistas ou anárquicos do seu tempo.
Durante o século XX, os anarquistas -alguns dos quais se converteram em clássicos, como Piotr Kropotkin, Errico Malatesta e Rudolph Rocker -realizaram severas críticas ao marxismo, tomando por base dois modelos de experiências concretas levadas a cabo neste período: o bolchevismo e a social-democracia reformista. Essas críticas e o próprio debate político-estratégico entre anarquismo e marxismo em torno da necessidade da conquista do poder de Estado como via ao socialismo, os quais separaram o movimento operário internacional em 1872, possuem seus fundamentos na diversidade das teorias socialistas do Estado desenvolvidas e discutidas entre anos 1840 e 1870, em particular as teorias de Karl Marx, Friedrich Engels e Mikhail Bakunin. O presente texto pretende abordar brevemente as teorias do Estado anarquistas e marxistas e suas implicações político-estratégicas, desenvolvidas por duas correntes derivadas do marxismo clássico: a social democracia e o bolchevismo. Trata-se, portanto, de um breve estudo crítico comparativo entre as teorias do Estado anarquista e marxista.
SILVA, Thiago Lemos.Breves reflexões sobre o papel de uma revista anarquista.Patos à Esquerda, 23/02/2024
Chamada: Historicamente, as revistas sempre cumpriram um papel importante para o anarquismo: a formação intelectual da militância. Seja no passado mais distante, no seu formato impresso, seja no presente mais próximo, no seu formato eletrônico, esse tipo publicação sempre almejou colocar ao alcance do público textos de maior fôlego teórico.
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