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Arqueologia de Apollonia na Antiguidade Tardia

2012

de outras instituições locais e internacionais, no Brasil e em Israel. Tem como uma de suas linhas de pesquisa, o estudo do contato cultural na Palestina Antiga. Com a conquista romana, a partir de 63 a.C, reorganizaram-se as estruturas de poder locais e transformaram-se as cidades antigas. Houve conturbações até 135 d.C, quando chegou ao fim a segunda revolta dos Judeus, a Revolta de Bar Kokhba. A partir deste momento, a cidade de Apollonia se expande e atinge, nos séculos III e IV d.C., prestígio econômico e social por sua indústria de vidros e pelo porto que escoava a produção da planície de Sharon. O objetivo deste trabalho é examinar Apollonia na Antiguidade Tardia, e o contato entre as culturas greco-romana, cristã e judaica no espaço, na cultura material e no culto religioso. Analisar o sítio de Apollonia e sítios adjacentes nos permitirá compreender a construção do orbis romanorum e as relações estabelecidas, ampliando os estudos de Antiguidade Tardia (Peter Brown, 1971). Através da exegese de fontes escritas, análises iconológicas e estudos de cartografias, plantas baixas e artefatos é possível enxergar estas relações culturais, dando acesso privilegiado a uma visão acerca da constituição do Mundo Antigo, da forma como era entendido o modus vivendi e o modus operandi nas cidades romanas orientais. Nos estudos já realizados pelo projeto, foram identificados casos de sincretismo religioso, de tradução cultural e de choques violentos, como, e.g., iconoclastia com figuras pagãs em lamparinas de uso cotidiano. Este trabalho integra os preparativos do Núcleo de História Antiga (NuHA/ IFCH/UFRGS) para a Missão Arqueológica Apollonia 2012, coordenada pela Prof. Dr. Rachel Rech, em agosto deste ano, sendo o bolsista Secretário Executivo da expedição. A pesquisa foi financiada pelo PIBIC/CNPq no período 2011/12.