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1997, Perspectiva teologica (Belo Horizonte)
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Subir ao púlpito para dar desgosto niio é de meu ânimo, e muito menos a pessoas a quem eu desejo todos os gostos, e todos os bens. Por outra parte, subir ao púlpito e niio dizer a verdade, é contra o ofício, contra a consciência; principalmente a mim, que tenho dito tantas verdades, e com tanta liberdade, e a tão grandes ouvidos".! o homem que, recém-chegado ao Maranhão, sobe ao púlpito na cidade de São Luís, no primeiro domingo da quaresma de 1653, para manifestar, em meio a um de seus sermões, o impasse entre "dar desgosto" e "ruío dizer a verdade" chamava-se Antônio Vieira. Sacerdote e membro da Companhia de Jesus, era também homem de seu tempo, letrado de impressionante estatura intelectual e súdito da coroa portuguesa. Pregador do Reino de Deus e, em nome desse Reino transcendente, capaz de enfrentar a missão que ele mesmo qualificou de "dificultosíssima"3, foi também co-artífice da empresa colonial que outro reino, o de Portugal, estabeleceu na América.
Acta Scientiarum. Language and Culture, 2015
Partindo da concepção bakhtiniana de que um discurso se encontra com outro e participa com ele de uma interação viva e tensa, este artigo tem por objetivo observar e descrever a relação dialógica existente entre os contos Nunca aposte sua cabeça com o diabo — conto moral, de Edgar Allan Poe, e A cabeça, de Luiz Vilela, conto da obra homônima. Considerando que ambos os textos apresentam um viés satírico, pretende-se investigar como essa perspectiva é desenvolvida em cada um e em que pontos eles se aproximam e se distanciam. Para isso, elegemos como referencial teórico os estudos de Mikhail Bakhtin, em Estética da criação verbal e Problemas da poética de Dostoiévski. Concluímos que a proposta de Poe, representativa do conto moderno, é retomada e subvertida por Luiz Vilela, que estabelece um novo modo de narrar para o conto. Palavras-chave: dialogismo, gênero conto, sátira.
Violência sexual e racismo: ensaios e debates interseccionais, 2022
Resumo: O tema da violência sexual é permeado de imagens e estereótipos a respeito de quem é a vítima e quem é o autor. Essas imagens são carregadas de sentidos de gênero que formam um padrão ou ideal de vítima. Contudo, essas imagens são produzidas não apenas no marco de gênero, sendo um resultado da articulação entre gênero e raça que produz os sentidos sobre os padrões de vítima e vitimização. Este ensaio, assim, é uma tentativa de levantar questões sobre a relação entre violência sexual e violência colonial, mapeando armadilhas do discurso sobre crimes de natureza sexual.
ETIC-ENCONTRO DE INICIAÇÃO …, 2009
RESUMO -O presente trabalho demonstra as condições da ação bem como o novo instituto processual da súmula vinculante. Após a definição e caracterização dos referidos institutos passa a vislumbrar a possibilidade de relacioná-los de forma a existir uma nova condição face da ação, ou seja, caracterizar a súmula vinculante como revelador do interesse de agir da parte. Com a edição das primeiras súmulas vinculantes fica mais concreta a possibilidade de poder afirmar que caracterizarse-á como a quarta condição da ação.
Anais da Anpoll, 2020
Templo de Apolo foi escrito por Gil Vicente para o casamento do Imperador Carlos V com Isabel de Portugal em 1526. Desde o início da Dinastia de Avis em Portugal, percebem-se duas linhas de força no reino português. De um lado, a preocupação da população das cidades em manter Portugal um reino independente; de outro, a preocupação da nobreza em estabelecer conexões com outros reinos e com o Sacro Império Romano Germânico. O sonho imperial, no entanto, ganhou mais força a partir do século XV sendo especialmente forte no tempo de D. Manuel I (1496-1521). Gil Vicente, deixa transparecer em seus autos teatrais essa ambição imperial do rei português.
Mulemba, 2022
Este ensaio tem como objetivo analisar a representação da violência na obra ficcional de Fernando de Castro Soromenho (1910-1968). Castro Soromenho foi um jornalista, escritor e opositor ao regime português do Estado Novo. Este autor, inspirado pelo neorrealismo, e assumindo-se enquanto escritor angolano, concebeu alguns romances passados no norte de Angola durante as décadas de 1930 e 1940. As obras Terra Morta (1949), e Viragem (1957), que providenciam as bases desta reflexão, funcionam como antevisão da eclosão da guerra colonial. Em ambas se denota uma preocupação em exibir a existência de contradições insanáveis entre o modo de vida dos colonos portugueses e dos povos autóctones. A violência, que assume diversas formas (exploração laboral, castigos corporais, repressão policial e militar) e se plasma através das mais elementares relações humanas, pauta o quotidiano e conduz a um clima de tensão permanente. Mais do que proceder a uma análise da narrativa destas obras, pretende-se interpretar a forma como a instrumentalização da violência, por parte dos povos subalternos, é legitimada politicamente pela visão de Castro Soromenho. Apesar de a obra de Soromenho já ter sido estudada a sua visão ainda não foi articulada com a legitimização das lutas dos movimentos independentistas e com o devir histórico da guerra colonial portuguesa. É esse o principal objetivo deste artigo.
RESUMO Partindo das relações entre literatura e espaço, a proposta deste artigo é analisar a representação da natureza no romance Mayombe, de Pepetela, escrito na década de setenta do século XX, quando Angola era ainda colônia de Portugal. Destaca-se na obra a relação entre a floresta como espaço insular, de trincheira e escudo, em contraposição ao espaço colonial, representado na narrativa pela presença dos tugas, soldados portugueses a serviço de Salazar em Angola. ABSTRACT Starting from the relations between literature and space, the purpose of this article is to analyze the representation of nature in the novel Mayombe, by Pepetela, written in the seventies of the twentieth century, when Angola was still a Portuguese colony. The work highlights the relationship between the forest as an insular space, trench and shield, as opposed to the colonial space, represented in the narrative by the presence of the " tugas " , portu-guese soldiers working for Salazar in Angola.
294 ASPECTOS ELUSIVOS EM CONTOS DE A CABEÇA, DE LUIZ VILELA, 2017
Artigo sobre contos do livro A cabeça, de Luiz Vilela, com destaque para análise e interpretação dos elementos constitutivos, e para a percepção de aspectos elusivos na criação da narrativa literária. Como objetivos principais da atividade situam-se o levantamento dos procedimentos recorrentes na produção desse livro, a percepção de camadas textuais que não se encontram evidentes na superfície de alguns contos e a associação dessa escrita a uma visão de mundo. O artigo foi realizado por meio da leitura de contos do autor, e de textos das teorias narrativas, da recepção crítica e dos estudos filosóficos. Derivam da pesquisa também o registro de temas, tensões e intertextos dispostos nas estruturas narrativas.
A quase totalidade do Brasil demora no hemisfério meridional, e entre o Equador e o trópico de Capricórnio alcança o país as maiores dimensões.
Revista Cerrados - v. 21 n. 34: Memória, arte e pensamento , 2012
Resumo / abstract Brasília e o Brasil em um conto de Luiz Vilela O conto "Você verá", de Luiz Vilela, encena episódio corriqueiro ocorrido em 1964 em Brasília. Narrado quarenta anos após o fato, o conto, através de uma mudança no tempo de um verbo no último parágrafo da narrativa, desvela a cosmovisão autoral sobre um país que não realizou as esperanças de que deixaria o "berço esplêndido" no qual repousava. Palavras-chave: ficção e história; literatura brasileira contemporânea; teoria literária. Brasilia and Brazil in a short-story by Luiz Vilela The short-story "Você verá" ["You will see"], by Luiz Vilela, performs a trivial episode occurred in 1964 at Brasilia city. It was narrated forty years after this fact through a change in the tense of the verb of the narrative last paragraph. The short-story reveals the author's worldview of a country that had no hopes to leave the "splendid cradle" in which it used to lay. http://periodicos.unb.br/index.php/cerrados/article/view/25831
A ditadura militar de 1964 impôs uma imagem singular do Brasil que correspondia ao ideal do regime militar. Assim, muitas vozes que se levantaram contra o regime foram silenciadas e só com a queda da ditadura, os setores sociais e intelectuais começaram a emergir. Foi nesse contexto que alguns escritores começaram a abordar a temática da imagem do Brasil e da nacionalidade. Os romances polifônicos foram se sobrepondo aos romances documentais e surge uma nova face do Brasil. Nélida Piñon estava entre esses escritores.
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X Colóquio Internacional A Imagética da Violência, 2023
COLETÂNEA TEMAS CONTEMPORÂNEOS DE DIREITO AMBIENTAL E URBANÍSTICO: DIREITO PROCESSUAL AMBIENTAL, 2021
Crítica Cultural, 2014
Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais (RBEUR), 2025
VERBUM (ISSN 2316-3267), v. 10, n. 2, p. 142-154, 2021
SUBLIME E CONTEMPORANEIDADE Final, 2016
Anais do XXIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Professores de Literatura Portuguesa (ABRAPLIP), 2011
Entheoria: Cadernos de Letras e Humanas, 2020
CARVALHO, Euzebio Fernandes de; FÉ, Nilton Pereira da, 2013
Sapere Aude: Revista de Filosofia, 2019
Miguel Ventura Terra. A arquitectura como projecto de vida, 2006