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2023, Crítica Urbana
As Cozinhas Solidárias são um ativo das ocupações do MTST que oferecem alimentação gratuita. Essas atuam contra a invisibilização do trabalho reprodutivo promovida pelo capitalismo e são exemplo de estratégia coletiva de autogestão que desassocia a reprodução social da acumulação de capital.
Le Monde Diplomatique Brasil, 2022
As Cozinhas Solidárias apresentam um dos caminhos para as políticas sociais que serão necessárias para a saída da fome, para a reconstrução de nosso tecido social e indicam o que precisaremos olhar ao pensar a reconstrução de nossas referências políticas e sociais As mobilizações políticas populares estão vivas. Não foram completamente desmanteladas, desmobilizadas, despolitizadas. Para a maioria de nós, não há tempo para a apatia, para o desânimo, para a indisposição, para não ouvir o próprio estômago, o alheio, ou para não pensar no futuro, seja ele imediato ou aquele que aparece mais lentamente. Aos poucos, pelas mãos daqueles que estão servindo café e comida, e que decidiram se organizar em uma das dezenas de Cozinhas Solidárias espalhadas pelo país, as portas de entrada para esse futuro, que é também quase um agora individual e coletivo, são construídas. Esta construção está sendo feita pelas mãos da juventude, idosos, homens, mulheres, pessoas em situação de rua, trabalhadores informais, precarizados, aposentados, famílias que são o público alvo dos programas sociais que seguem existindo por um fio, famílias recém despejadas para a rua, universitários e pelos pequenos agricultores. Todos se encontram neste presente-futuro oferecido pelas cozinhas que se muitas vezes foram-e continuam a ser-espaços de opressão, aos poucos, vão sendo Buscar Artigos Edição do mês Edição Julho 2022 Comprar Home Edições Online Especiais TV Diplomatique Podcast Produtos Acessar conta ASSINE 0 Denise De Sordi é historiadora, pesquisadora dos programas de pósdoutorado do Departamento de Sociologia da FFLCH/USP e da Casa de Oswaldo Cruz (COC), Fiocruz.
ARANTES, P.F., OLIVEIRA, Sandro B.. Diálogos entre a produção autogestionária do espaço urbano e a economia solidária. Paper, 2012., 2012
ambos da Unicamp. Acreditamos que o interesse dos militantes e pesquisadores da Economia Solidária e da Tecnologia Social pela produção autogerida na habitação devese ao fato desta trazer novidades e, talvez, indicar caminhos para superar algumas barreiras que as experiências solidárias não estavam, em geral, conseguindo ultrapassar. Com o objetivo de contribuir para o debate, o Coletivo Usina apresenta aqui alguns aspectos das práticas em que está envolvido, na tentativa de sistematizar em texto a interlocução que mantemos, de formas várias e por vezes dispersas, com os companheiros da Economia Solidária. Assim, este artigo pretende levantar elementos para uma análise crítica dessas experiências, explicar porque elegemos as causas da moradia, arquitetura e cidade como lugares de reflexão e ação e, por fim, traçar possíveis alianças teóricas, práticas e políticas com a Economia Solidária.
O incentivo à constituição de redes sociais sólidas para redução da pobreza e desigualdade é um dos objetivos implícitos no contexto do Programa Cozinhas Comunitárias, entretanto, as bases para fundamentação de tais redes sociais deveriam encontrar maiores incentivos no âmbito da própria estrutura instituída ao programa. Alguns elementos previstos nos alicerces do programa sugerem o significativo potencial de transformação da realidade vigente a partir da sinergia entre diferentes organizações, entidades e indivíduos; mas, aparentemente, há uma lacuna em termos de apoio institucional para concretização de alianças de longo prazo pautadas em esforço contínuo dos agentes envolvidos na busca pela mudança social.
Sul 21, 2024
As cozinhas não apenas demandam reconhecimento. Elas também buscam governar o próprio Estado do qual solicitam garantias.
Le Monde Diplomatique - Brasil, 2022
Le Monde Diplomatique - Brasil, Entre o consignado e a fome: tumultos e cozinhas solidárias. Disponível em: <https://diplomatique.org.br/entre-o-consignado-e-a-fome-tumultos-e-cozinhas-solidarias/>
Brazilian Journal of Development, 2020
This work paper presents a self-management experience in the Association of Rural Women Frutos de Vale (AMFRUVALE) and its interaction with the State University of Mato Grosso (UNEMAT) through the Extension Program of the Incubator of Self-managed, Solidary and Sustainable Collective Organizations (IOCASS). The work seeks to examine the relations between the University and the Community in order to highlight the possibilities of developing a culture of solidarity through the practice of self-management. It is a qualitative research, based on action research, in the development phase, therefore, an unfinished process. At first, a theoretical framework was used about the development of culture and self-management, in order to support the analysis regarding the practical experience of its use by AMFRUVALE. All of this intertwined with the support offered by the UNEMAT incubator for the association to consolidate new practices taking into account its needs, culture, local environment and potential. The support that the University offers via the Incubation of Solidary Economic Enterprises (SEE) process makes both associations and cooperatives, as well as UNEMAT itself, strengthen in favor of the common good, the resistance in relation to hegemonic patterns of relationship, learning , advice, production, marketing and sustainability, both economic, educational and social, which seek local development through the promotion of a culture of solidarity. The results also show that Women, members of AMFRUVALE have appropriated knowledge that strengthens this culture of solidarity.
e-cadernos CES, 2008
Revista Mundi Engenharia, Tecnologia e Gestão (ISSN: 2525-4782), 2018
A Associação das Colônias fornece produtos processados-panificação para a Secretaria Municipal de Educação na cidade de Castro – PR, atendendo aos requisitos da Nutricionista para que esse produto seja servido na merenda escolar das escolas tanto da zona urbana quanto da zona rural. O presente estudo objetiva discutir a contribuição das organizações solidárias da agricultura familiar para autonomia feminina na agricultura familiar. A coleta de dados deu-se por meio da análise das planilhas de produção, onde se teve acessibilidade aos dados referentes ao ano de 2012 e 2013. Como resultado verificou-se que, a partir do trabalho na Associação das Colônias as mulheres estabeleceram relações importantes entre elas, levando à sua visibilidade e identidade, por meio da profissionalização e consequentes melhoria da qualidade de vida por meio de conquistas materiais. Isso promoveu sua inserção no espaço público, extrapolando o espaço privado. Ressalta-se também a importância do incentivo e p...
Revista de Administração de Empresas, 2005
Cadernos EBAPE.BR, 2017
Resumo O rigor conceitual é um elemento fundamental na atividade científica. O conceito é uma representação abstrata da realidade, permitindo, pelo seu rigor, a identificação de fenômenos iguais ou semelhantes, tanto quanto a distinção entre fenômenos similares ou diferentes. Este ensaio pretende, ao tomar por base o conceito já estabelecido de autogestão, especialmente em sua dimensão social, distingui-lo de experiências de gestão que contêm características autogestionárias, abrigando-as sob o conceito de organizações coletivistas de produção associada (OCPA). Em outras palavras, sob o capitalismo, os empreendimentos chamados de autogestionários não constituem uma autogestão, mas OCPA, as quais têm características autogestionárias e apresentam-se enquanto formas de resistência ou modelos alternativos aos do sistema de capital. A autogestão social ou as OCPA não são uma nova economia nem uma economia solidária. A autogestão tem uma dimensão social e somente pode existir uma autogest...
em Sociologia pela UFPR Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar a organização autogestionário da Incubadora de Empreendimentos Solidário da Universidade Estadual de Ponta Grossa-IESol/UEPG. Desde sua fundação, em 2005, a IESol experimenta esta forma de gestão, buscando uma coerência entre os princípios que difunde e sua vivência prática. Por suposto, os desafios impostos pela prática autogestionária tem suas especificidades quando se trata de uma incubadora universitária, o que implica em novas configurações nas relações entre seus participantesprofessores, técnicos, alunos, voluntários-e de seus membros com a estrutura da universidade. O trabalho promove uma análise preliminar dos resultados de pesquisa qualitativa envolvendo a equipe da IESOL, na qual se utilizou a aplicação de questionário estruturado com perguntas abertas. A análise dos resultados permitiu identificar que as dificuldades relacionadas ao processo de autogestão são diferenciadas porque relacionadas à inserção institucional da IESOL e a dinâmica interna que se surge com a prática autogestionária.
Cadernos PROARQ, 2018
RevistaEstudos de Administração e Sociedade, 2018
Grande RESUMO O crescimento do desemprego e a necessidade de pensar em uma outra economia possível faz da Economia Solidária uma opção para a reflexão em torno das relações sociais de produção na atualidade e de qual o papel da Administração enquanto ciência nesse contexto. Com isso, o presente artigo tem como objetivo apresentar uma reflexão sobre as relações entre a Administração Política e a Economia Solidária a partir do estudo de uma ação prática desenvolvida em uma comunidade carente do município de Campina Grande, Paraíba. Trata-se do relato de uma experiência de atividades realizadas que apresentaram como principais resultados a identificação da necessidade de maior envolvimento da academia nas comunidades e em especial o papel da Administração enquanto ciência que tem como objeto de estudo realizar reflexões a respeito da necessidade de adotar uma perspectiva mais humana no provimento das condições de existência material da sociedade. Concluiu-se que a partir das atividades realizadas se faz imprescindível a atuação do Estado por meio de parcerias com a academia brasileira para um maior aproveitamento do potencial das comunidades carentes para o próprio provimento das condições materiais.
Vigilância Sanitária em Debate, 2014
RESUMO o objetivo desse trabalho é analisar os limites e possibilidades do arranjo em rede como alternativa para o gerenciamento do risco relacionado à comida de rua. Discute-se a pertinência da organização de redes solidárias em vigilância sanitária (Visa), com base em um estudo de caso da rede de gerenciamento da comida de rua, em Salvador/BA, entre 2008 a 2011. A metodologia incluiu entrevistas semi-estruturadas com membros da rede e utilização de imagens que revelam aspectos da situação da comida de rua em Salvador como estímulo à identificação dos problemas enfrentados no cotidiano. Os resultados contemplam a descrição da percepção de agentes envolvidos na organização e funcionamento da rede e as dificuldades enfrentadas para sua manutenção e consolidação. Conclui-se que o arranjo em rede é uma alternativa responsável e solidária para gerenciar riscos inerentes à comida de rua e sugere-se a realização de outros estudos dessa forma de organização das ações de Visa.
Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, 2018
Resumo: Propósito justificado do tema: Estudos podem demonstrar o papel do espaço para a hospitalidade; sobretudo para a hospitalidade urbana. No entanto, a associação do espaço citadino enquanto imagem e paisagem urbanas dos meios de hospedagem como atributo de hospitalidade urbana, ainda não está devidamente contemplada por bibliografia do referido tema. Objetivo: O objetivo dessa pesquisa é sistematizar a hospitalidade em meios de hospedagem, a qual foi construída potencialmente a partir de espaços internos dos meios de hospedagem, mas que pode ser observada também à escala da cidade, portanto o meio de hospedagem como fator de hospitalidade urbana-ideia pouco efetivada por bibliografia especializada. Metodologia/Design: Para tanto, a pesquisa se caracterizou como exploratória, respaldada pelo levantamento e leitura bibliográficos, bem como estudos de caso e análises empíricas feitas à luz do ideal de representação (semiótica peirceana). Na seleção do que se pretende representar, é possível identificar uma intelecção, por parte do sujeito emissor (arquitetura de meios de hospedagem), em propor ideologias; e como tal, a arquitetura de meios de hospedagem também pode ser signo de hospitalidade urbana. O método interpretativo de avaliação dos resultados esteve amparado pelas teorias de hospitalidade urbana, essencialmente com o trabalho de Lucio Grinover (2007), que se ampara nas teorias de urbanização acerca de imagem e paisagem urbanas nos trabalhos de Kevin Lynch (2010). Resultados e originalidade do documento: Os resultados inferem sobre a possibilidade da hospitalidade urbana ou da cidade, construída através de meios de hospedagem.
2020
O crescimento do desemprego e a necessidade de pensar em uma outra economia possivel faz da Economia Solidaria uma opcao para a reflexao em torno das relacoes sociais de producao na atualidade e qual o papel da Administracao enquanto ciencia nesse contexto. Com isso, o presente artigo apresenta como objetivo realizar uma reflexao entre a Administracao Politica e a Economia Solidaria por meio de uma acao pratica desenvolvida em uma comunidade carente do municipio de Campina Grande, Paraiba. Trata-se de um relato de experiencia das atividades desenvolvidas que apresentou como principais resultados a identificacao da necessidade de maior envolvimento da academia nas proprias comunidades e em especial o papel da Administracao enquanto ciencia que possui a gestao como objeto de estudo em realizar reflexoes a respeito da necessidade de adotar uma perspectiva mais humana no provimento das condicoes de existencia material da sociedade. Concluiu-se que a partir das atividades realizadas se f...
The Coronavirus pandemic has generated an unprecedented health crisis that reverberated into other spheres beyond healthcare, causing a reduction in employment and income, as well as an increase in hunger in Brazil. Faced with this scenario and the lack of public policies to address the crisis, the Landless Workers' Movement (MTST) created Solidarity Kitchens, spaces managed by activists and volunteers where free meals are offered to people in vulnerable situations, and which have units throughout the country. In the city of Rio de Janeiro, MTST, supported by other social movements, started operating the Solidarity Kitchen in the Lapa neighborhood. aiming to mitigate the hunger of the homeless population and informal workers. Based on this case study, this paper seeks to relate the strategies of these organized collectives to the capitalist context and the legal phenomenon, based on a broad concept of the right to the city. The analysis does not only focus on access to food, understanding Solidarity Kitchens as places capable of resignifying space and relationships in the city, crossing stories and people who would hardly meet if not for this action. Therefore, the research objective is to reflect on the process of transforming autonomous practices of social movements into state norms, as well as to investigate their possible limits and contradictions, both from a legal and categorical point of view. Considering it is a recent project, the study seeks clues about this relationship by rescuing other social mobilizations that resulted in urban laws, such as the National Movement for Urban Reform, and verifying how the normative conquest was implemented. Furthermore, the same objective is achieved through a critical reflection on concepts historically used by movements. The methodology adopted is the critique of political economy, articulated with techniques of participant observation, interviews, documentary research, and bibliographic research. The results point to a repetition of strategies surrounding urban policy, ranging from the dispute over a concept of the right to the city, passing through the appropriation of the norm by capitalist interests, and culminating in the execution below the desired level, while suggesting potentialities in independent actions.
Revista Confluências, 2019
In the “Solidarity Canteens”, a project of the Incubator of Popular and Solidarity Economy (Universidade Estadual de Feira de Santana, State of Bahia, Brazil), groups of workers experience the production and commercialization of food in canteens of the University, transformed into pedagogical spaces of that extension and research program. The aim of this paper is to present the experience of monitoring the self-management lawmaking process of collective work, that involves reflection on the rules produced by the workers, its perception as a non-state legal phenomenon and its importance for the construction of the common from the associated work. Based on the participant research principles, the proposal, although not without theoretical reflections on the characterization of such normative phenomenon as juridical, focuses mainly on the concern to identify, from the praxis, the characteristics and the senses that assume, in the self-managed collective work, the spontaneous rules produced by the coexistence, as well as the role they can play in the challenging popular struggles for counter-hegemonic forms of life reproduction. No projeto Cantinas Solidárias, da Incubadora de Iniciativas da Economia Popular e Solidária da Universidade Estadual de Feira de Santana (Bahia, Brasil), grupos de trabalhadoras(es) vivenciam a experiência de produzir e comercializar alimentos em cantinas da Universidade, transformadas em espaços pedagógicos daquele programa de extensão e pesquisa. Pretende-se apresentar, neste texto, a experiência de acompanhamento do processo de normatização autogestionária do trabalho coletivo, que envolve a reflexão sobre as regras produzidas pelas(os) trabalhadores(as), a sua percepção como um fenômeno de caráter jurídico não estatal e sua importância para a construção do comum a partir do trabalho associado. Configurada a partir dos princípios da pesquisa participante, a proposta, muito embora não prescinda de reflexões teóricas sobre a caracterização de tal fenômeno normativo como jurídico, centra-se sobretudo na preocupação de identificar, a partir da práxis, as características e os sentidos que assumem, no trabalho coletivo autogestionário, as regras produzidas espontaneamente pela convivência, assim como o papel que podem representar nas desafiadoras lutas populares por formas contra-hegemônicas de reprodução da vida.
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