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É ainda difícil achar palavras para o 8 de janeiro de 2023. Contudo, golpe não é uma das opções que se oferecem a quem queira pensar aquele dia nefando. Este texto propõe-se pensar o 08/01, revelador de algumas das pulsões que moveram, e movem, o chamado bolsonarismo, como um exercício de ressentimento e crueldade.
FARIAS, E. e ZENAIDE, M. de N. T. A fraternidade em foco. Um ponto de vista político. João Pessoa: Editora Ideia, 2014, p. 23-48., 2014
A fraternidade é um princípio exclusivamente ético e religioso ou pode também ocupar um papel relevante na teoria e na prática política? Esta é a interrogação e o desafio que Antonio Maria Baggio lançou no livro coletivo: O principio esquecido. A fraternidade na reflexão atual das ciências políticas 2. Neste breve ensaio, aceitando este desafio, propomos algumas reflexões iniciais sobre o tema como parte de um debate mais amplo que o professor Baggio e os seus interlocutores estão realizando 3. A hipótese central é definir os conceitos de fraternidade a partir da capacidade de promover uma maior solidariedade social, como anéis concêntricos que tendem a se propagar até à ideia de uma fraternidade tendencialmente universal. Desenvolveremos o nosso tema propondo um diálogo entre duas fontes bastante heterogêneas: a leitura evangélica da fraternidade e a leitura sociológica de Max Weber.
IV Simpósio do Grupo de Pesquisa Cristianismo e Interpretações - UNICAP, 2018
Resumo Este estudo, baseado em pesquisa bibliográfica e exegese de textos neotestamentários, tem por objetivo mostrar as críticas do cristianismo primitivo contra o poder político greco-romano, e justifica-se pela necessidade de contestar as leituras bíblicas que promovem o quietismo político atual. Tomando como ponto de partida breves insights da Tanakh, analisaremos a critica política de Jesus, Pedro, Paulo e João, conforme registradas em alguns textos do Novo Testamento. Palavras-Chave: Cristianismo Nascente. Crítica Política. Império Romano. Introdução As raízes da crítica e da restrição ao poder político têm suas origens na Torá. A concessão da possibilidade de haver um rei em Israel ressalta importantes princípios de ética em Israel (Dt 17.14-20). Craigie (1976, p. 253-257) afirma que a possibilidade de um rei em Israel não era uma determinação, mas uma permissão divina com quatro requisitos restritivos e orientadores para que o rei tivesse seu poder submisso a Deus e à Lei: seria um homem entre seus irmãos e não acima deles; seria apontado por Deus; não acumularia cavalos, mulheres e riquezas; teria uma cópia da lei para sua orientação. A primeira tentativa malsucedida de monarquia em Israel, foi criticada com a alegoria das árvores na floresta (Jz 9.7-21) proferida por Jotão, que sobreviveu ao massacre contra os filhos de Gideão. A tese dessa fábula era que o poder régio atraía imprestáveis e ineptos, enquanto os que tinham valor e serviço não almejavam o poder político (MOORE, 1958, p. 244). O profeta Samuel "desaprovou de todo" (BALDWIN, 1996, p. 94) o pedido da unção de um rei (1Sm 8.1-22; 10.17-25). Mesmo previsto no Deuteronômio, a escolha de um rei representava a rejeição ao rei Yahweh, e a instalação de um sistema opressivo (BALDWIN, 1996, p. 95-97). Desde Davi, a monarquia israelita transgrediu todas as leis de Deuteronômio (Dt 17) e oprimiu a nação, a ponto de muitos profetas criticarem os reis e a
Seminário Teológico Batista do Nordeste Resumo: Este artigo bibliográfico tem o objetivo mostrar a importância do cristão na política contemporânea. Partindo de um pressuposto democrático onde todos os cidadãos têm como direito o voto e de um pressuposto religioso onde cada cristão deve ter a principio nesse processo, seus princípios sagrados inerentes na sociedade, e desta forma, fortalecer uma ideia de continuidade nesse processo de votação, fazendo com que nossa influencia seja em todos os momentos políticos para um bem comum geral, e principalmente para a Igreja. Palavras-Chave: cristão, política, igreja. Introdução Os processos políticos 2 sempre tiveram um papel fundamental e decisivo na história mundial. Essa importância nasce desde os gregos e se estendem até os dias de hoje. Os papeis entre cidadão e estado nunca ficaram muito bem definidos, ora pela despreocupação do cidadão, e ora pela maledicência do estado, que aproveitando-se dessa atitude errônea do povo, manipulam a sociedade e a faz como uma "marionete ambulante" na história. Nessa relação, nasce várias extensões negativas bem como: barganha entre dinheiro e voto, promessas de oportunidades de trabalhos, pequenos serviços em comunidades carentes afim 1 Rilton Santos da Silva Filho, estudante de Teologia na instituição Seminário Teológico Batista do Nordeste. 2 Segundo o novo Dicionário Aurélio, o significado da palavra política é: "³Arte de bem governar os povos."
O objetivo do presente artigo é discutir a questão da violência, especialmente o fenômeno da reincidência criminal, tendo por base a análise do comportamento. A partir dessa discussão, duas hipóteses foram levantadas: a ausência de agentes punidores ou a privação social imposta. Ambos os fatores contribuem para a ação da reincidência, pois atualmente o sistema prisional não prevê o ensino de respostas que visem à reinserção do indivíduo na sociedade após o cumprimento de sua pena. Tal sistema visa apenas excluir temporariamente o indivíduo da sociedade, deixando-o à mercê desta quando estiver solto.
Theology Research, 2024
Este artigo examina a narrativa de Juízes 19:1-30, com foco no tema da crueldade como consequência da apostasia. A passagem descreve os eventos terríveis em torno do esquartejamento de uma concubina e a guerra civil que se segue, os quais são retratados como resultado direto do abandono de Israel ao pacto com Deus. Através de uma análise aprofundada do texto, o estudo explora como a decadência moral e a desintegração social são retratadas na narrativa bíblica como consequências inevitáveis da rebelião espiritual. O artigo também considera as implicações éticas dessa história para os leitores contemporâneos, especialmente em relação à violência, ao colapso comunitário e à justiça no contexto da fidelidade ao pacto.
RESUMO: Em um levantamento realizado nos arquivos de teses e dissertações da Coordenação de Pessoal de Ensino Superior (CAPES), constatei que a maioria das pesquisas que abordam a polidez linguística no Brasil segue os mesmos referenciais teóricos estrangeiros. Também foi possível observar que as pesquisas brasileiras que usam as teorias elaboradas em outras culturas e práticas sociais não conseguem descrever ou explicar de um modo satisfatório qual é o entorno moral e político que a polidez tem em nosso país; particularmente, nos usos linguísticos das pessoas que pertencem às camadas sociais menos privilegiadas economicamente e colocadas " à margem " do consumo. Nesta perspectiva, pretendo usar as ideias de " cordialidade " , " jeitinho brasileiro " e " mestiçagem " para demonstrar que a polidez e a violência são características políticas relevantes para a polidez tupiniquim, especialmente nas " vozes " das pessoas excluídas socialmente no Brasil. ABSTRACT: In a survey conducted in the archives of dissertations and theses in the Department of Personnel of Higher Education of Brazil (CAPES) I noticed that most of the researches on linguistic politeness in Brazil follows the same theoretical foreigners. I also noticed that the Brazilian research using the theories developed in other cultures and social practices can not describe or explain satisfactorily what is around the moral and political politeness have in our country, particularly in the use of language of the people belonging to less privileged social layers and economically placed "outside" of consumption. With this in mind, I plan to use the ideas of "friendliness", "Brazilian way" and "miscegenation" to demonstrate that politeness and violence are characteristic policies relevant to tupiniquim politeness, especially in the "voices" of the socially excluded in Brazil.
in Adauto Novaes (org.) O Esquecimento da Política, Ed. Agir, Rio de Janeiro, 2007, pp.321-334, 2007
Como lidar com a memória e o esquecimento na política? Desde a Antiguidade, tal tema foi discutido entre filósofos e historiadores. É fato que grandes tragédias, quando atingem comunidade ou países, podem provocar um bloqueio traumático da memória coletiva. Na história colonial e nacional brasileira, três dramas geraram processos de esquecimentos e lembranças: o Sebastianismo, a escravidão e a ditadura militar.
REVISTA QUAESTIO IURIS, 2018
Este trabalho pretende demonstrar que a guerra faz parte da sociedade internacional, da sua natureza mesmo, ou, nas palavras de Carl von Clausewitz, a guerra é a "continuação da política por outros meios". Se essa afirmação for aceita, não se pode conceber a guerra como algo alheio e, até mesmo, avesso à Política e ao Direito. Antes, ela integra o quotidiano das relações entre os Estados: uma medida que políticos e chefes de Estado utilizam com tanta naturalidade como outra qualquer; não raro, nem mesmo constitui a última ratio. Aqui, intenta provar-se duas teses: a da "naturalização" da guerra e a da sua instrumentalização. Os conflitos armados não são uma "doença" que acometem os Estados, nem o resultado de uma mente insana, mas um dos instrumentos postos à disposição dos homens de governo, uma das formas pela qual se manifesta a Política. Sem dúvida que não se trata de uma forma qualquer, mas daquela que se vale de um meio bastante singular: a violência. Ainda assim, esta medida, por mais cruel que possa parecer, não significa a falência da Política e do Direito. Clausewitz apresenta dois conceitos de guerra, o absoluto e o real, os quais demonstram o funcionamento da lógica e da tensão presente na essência da sociedade internacional. A seguir, o trabalho procurará mostrar que Clausewitz era um homem do contexto do equilíbrio europeu e que, portanto, não poderia advogar a tese da "guerra total", como releituras posteriores-sobretudo a de Ludendorff-fizeram crer. O conceito de guerra absoluta de Clausewitz é distinto daquele de guerra total; este foi uma derivação imprópria. Por fim, buscar-se-á traçar uma genealogia do pensamento do autor até O Príncipe de Maquiavel. Esse percurso tem por objetivos demonstrar a relação estreita entre guerra e Política; no caso, entre a formulação clausewitziana de guerra e a teoria política de Maquiavel. Empregou-se uma metodologia indutiva. O autor foi estudado a partir de três fontes primárias: A campanha de 1812 na Rússia, Princípios da Guerra e a magna opus inacabada o Da Guerra. A referência a alguns comentadores, sobretudo Raymond Aron, foi também necessária. 1 Professor de Direito Internacional da UERJ, vice coordenador do PPGD/UERJ.
2024_A CATEGORIA DE FRATERNIDADE NOS CONTEXTOS POLITICO JURÍDICO E SOCIAL, 2024
INTRODUÇÃO QUE DEBATE SOBRE FRATERNIDADE? Marco Luppi Estudar a fraternidade é um desafio ao mesmo tempo simples e complexo. Sua simplicidade e imediatismo derivam da história do conceito, que tem suas raízes nas culturas originais de muitos povos, em uma união entre as dimensões do sagrado, do religioso e dos espaços que compõem a sociedade. Desde a antiguidade, essas realidades construíram um caminho original e gerador, partindo dos arquétipos e englobando os costumes e as tradições de uma porção considerável do ecúmeno. Nas sociedades tribais ou de clãs, a fraternidade está intimamente ligada aos laços de sangue e parentesco, mas com uma aplicação extensiva do vínculo: as pessoas da mesma comunidade são consideradas membros de uma grande família, e há um forte senso de responsabilidade mútua. As culturas ancestrais preveem formas de compartilhamento de recursos (terra, alimentos, etc.), que são manifestações concretas da fraternidade existente, pois garantem que nenhum membro da comunidade seja excluído ou deixado para trás. A liderança e a autoridade são vistas como um serviço à comunidade, e não como uma forma de dominação sobre ela: os líderes geralmente são escolhidos com base em sua capacidade de manter a harmonia e promover um espírito de cooperação dentro do grupo. A questão certamente se tornou mais complexa nos últimos cinco ou seis séculos, e ainda mais a partir da Revolução Francesa, quando o famoso tríptico, liberté, égalité e fraternité, foi colocado como um ícone do processo de reivindicação das batalhas civis que ocorreram no ápice da era moderna. 1Professor e pesquisador em História contemporânea pelo Instituto Universitário Sophia de Loppiano (Florença-Itália); coordenador da Escola de pós-doutorado na mesma instituição; pesquisador no Eixo de Ciências Humanas do grupo internacional de pesquisa do IEA (Instituto de Estudos Avançados) “Consensos sócio-econômicos e políticos globais” do Centro Universitário Tabosa de Almeida, ASCES-UNITA, Caruaru-PE, Brasil. Foram questionadas as raízes estabelecidas da organização social, começando a introduzir, em uma forma renovada, o conceito de povo e seu papel como sujeito na afirmação de uma soberania política correspondente, com os reconhecimentos legais necessários (a partir das constituições nacionais). Foi desenvolvida uma luta para afirmar o direito das massas de participar na construção de uma convivência organizada, chocando-se, desde cedo, com a rede de privilégios e desigualdades (políticas e econômicas) que, por muitos séculos, garantiu uma estrutura piramidal e uma “unção sagrada" para as elites ou para as figuras únicas (monarcas, soberanos etc.) que eram chamadas a representar o povo, constantemente mantido em uma posição subordinada. Os séculos XIX e XX confirmaram a natureza gradual dos processos de mudança social, bem como a inevitável alteração ou remodelação que até mesmo as revoluções mais robustas são forçadas a sofrer para operacionalizar os principais resultados a elas relacionados. A história do tríptico, nesse sentido, não é exceção, se é verdade que nos últimos tempos a fraternidade foi definida como um conceito a ser recuperado em seu uso público, uma categoria filosófica, política e jurídica negligenciada em relação à liberdade e à igualdade. Com o passar do tempo, de fato, enquanto as duas primeiras se tornaram os lemas fundamentais das propostas multidimensionais ligadas ao pensamento liberal e progressista, a fraternidade foi confinada em círculos elitistas (segundo a linguagem e o ritualismo maçônico) ou em recintos confessionais, apresentando uma interpretação cristã redutora do conceito de fraternidade, necessitando de alternativas e sinônimos (como a solidariedade) para ser aceita e operacionalizada em ambientes seculares. Isso levou o filósofo italiano Antonio Baggio a definir a fraternidade como um “princípio esquecido”, que, quando separado dos outros dois fatores, para os quais serve como elemento de equilíbrio e explicação, esgota o conteúdo revolucionário de todo o tríptico
Revista Brasileira de Ciências Sociais - RBCS
A relação entre violência e política tem sido deixada de lado pela maior parte da teoria política, como um fato desagradável sobre o qual é melhor não pensar. O artigo discute essa relação, tomando três pontos de partida. (1) A questão do uso da violência amplifica o drama maquiaveliano da política: a busca de efetividade na ação em tensão com a observância de princípios normativos. (2) É possível dizer, como Girard, que a ordem política se constitui tendo por objetivo esconjurar a violência. O fato de que a política busca prevenir a irrupção daquilo que está em seu substrato reforça a tensão referida antes. (3) Em toda essa discussão, porém, o foco está na violência aberta. A violência estrutural ou sistêmica, vinculada às formas de dominação e opressão vigentes, é deixada de lado e não é marcada como um desvio em relação ao fazer político aceitável. Mas seus efeitos materiais são tão claros quanto os da violência aberta. Assim, não há como discutir a relação entre violência e política sem introduzir a violência estrutural, que muitas vezes está incorporada nas próprias instituições que devem prevenir a violência aberta. Palavras-chave : Violência; Política; Conflito; Dominação; Resistência.
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Revista Café com Sociologia, 2016
[SYN]THESIS, 2022
CRIME, VIOLÊNCIA E SEGURANÇA PÚBLICA: APONTAMENTOS PARA UMA POLÍTICA DE ESTADO, 2020
Censive, 2011
Veredictum, 2020
Revista Ágora Filosófica
Incitatus : reflexões sobre humor e política , 2023
Revista Humanidades e Inovação, 2020
Anais do IX Seminário Internacional de Políticas Culturais da Fundação Casa de Rui Barbosa, 2018
Psicologia & Sociedade, 2020