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2011, InCID: Revista de Ciência da Informação e Documentação
Tidas, durante muito tempo, como disciplinas opostas, as que estudam a criatividade científica e a literária, neste ensaio tentamos demonstrar como procedimentos importantes para os estudos literários são procedimentos característicos das chamadas 'ciências duras', em geral tidas por mais rigorosas, racionais, experimentais e, portanto, mais próximas de uma verdade segura.
Resumo: Parece haver consenso quanto ao fato de que o tipo de produção escrita a que chamamos literatura é intelectualmente benéfico: ler literatura é intelectual ou cognitivamente vantajoso. Mais que isso, é difundida a opinião de que, ao lermos literatura, aprendemos algo. Mesmo que essas asserções contem com nossa anuência, restariam ainda inúmeras incertezas acerca do modo como a literatura poderia ser intelectualmente benéfica, bem como da importância que isso teria para a leitura e o estudo literários. Em vista disso, realiza-se aqui um apanha- do introdutório da relação entre literatura e conhecimento. São abordadas as seguintes questões: a literatura é uma forma de conhecimento? Pode gerar conhecimento semelhante ao científico-filosófico? Pode ensiná-lo? É possível afirmar que há conteúdos exclusivos à literatura, que não poderiam ser comunicados ou desenvolvidos de outra forma? Abstract: It seems to be of general agreement that the type of written production which we call Literature is intellectually beneficial: reading literature brings intellectual and cognitive advantages. It is also widespread the opinion that, when we read Literature, we learn something. Even if we assent to these claims, there lingers a wealth of uncertainties concerning how this may be, and why it would matter to literary studies. The present article undertakes an introductory discussion of the relation between literature and knowledge. The following issues are addressed: is literature knowledge? Can it produce knowledge akin to that of Science and Philosophy? Can it teach it? Is it possible to claim that there are contents exclusive to literary formulation, which would be neither conveyed nor developed otherwise?
Resumo: O presente artigo analisa o impacto das novas tecnologias no campo dos estudos literários, enfocando as mudanças na leitura, a questão da interatividade e os novos paradigmas para a crítica literária.
Múltiplos Olhares em Ciência da Informação
Discute os conceitos de colonialidade e decolonialidade no contexto epistemológico da Biblioteconomia e Ciência da Informação. É questionado em que se corporifica a colonialidade presente na epistemologia da Biblioteconomia e da Ciência da Informação, bem como é procurado meios de ruptura de tal discurso, na direção de uma perspectiva decolonial. Para tanto, o conceito de epistemologia é explorado. Então, é recuperado o histórico da Biblioteconomia e da Ciência da Informação, de modo a enfocar as evidências as condições coloniais que formaram ambas as áreas. Em seguida, discute o conceito de colonialidade e decolonialidade. Finalmente, o caráter dual da Biblioteconomia e da Ciência da Informação é constatado por ser um espaço de saber e poder que tanto pode reforçar como resistir ao poder da colonialidade.
2017
Editorial ao dossiê temático "Literatura e outros conhecimentos", da Revista Jangada, nr. 10, jul-dez, 2017.
Revista Anpoll, 2010
This analysis purports to develop some basic notions concerning the issues brought about by the relationship between literature and technological transformations. It also addresses the changes effected by technological advancement in the field of aesthetics and aesthetic sensibility, as evinced by a series of problems which, as of the end of last century, pose questions relating to the future of art and, particularly, the fate of literature. As we cross into the virtual world, a.k.a. "cyberspace, " traditional forms of representation are shattered by unpredictables mutations. Even though aesthetic changes and techniques have been experienced before, nothing that happened earlier can approach ever so gently the radical transformations that took place along the second half of the 20 th century.
“A imaginação é mais importante que o conhecimento”, pois não tem fronteiras, é ilimitada, argumentava Albert Einstein. Esse poder imaginativo o físico alemão certamente usou para elaborar teorias que o alçaram para a história. Sua teoria da relatividade, grande avanço para a ciência, inspirou obras ficcionais que povoaram a mente de diretores de cinema, roteiristas e escritores.
O mercado de produção e geração de softwares para automação de bibliotecas apresentou grande impulso nos últimos dez anos. Escolher um software representa, hoje, mais que escolher uma ferramenta tecnológica para implementar serviços prestados pelas bibliotecas. Representa introduzir nova filosofia de trabalho, novos comportamentos e valores informacionais. Este trabalho apresenta o resultado dos estudos realizados para a escolha de um software para a automação das bibliotecas da Presidência da República. Pretende contribuir com a revisão de literatura e com os profissionais e estudiosos da área, oferecendo uma análise de cada produto, bem como a identificação dos requisitos indispensáveis e desejáveis que o software deve possuir para o processo de automação de bibliotecas e centros de documentação. Palavras-chave Automação de bibliotecas; Softwares para bibliotecas; Informática aplicada a bibliotecas.
Tendências da Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação, 2014
Resumo A pesquisa nasce no bojo do presente debate, ainda incipiente, acerca do livro no campo acadêmico-científico. Busca apresentar o forte papel do livro, enquanto produção (producere), para o desenvolvimento da ciência, dando especial relevo aos saberes humanísticos, onde se encontra classificatoriamente a Ciência da Informação. Num campo científico como o da Ciência da Informação, o livro desempenha o papel central na estabilização dos discursos, na incorporação de habitus, na exposição de similitudes (análogon, paradeigma), isto é, na produção do saber, pois é artefato de gosto constituído pelos agentes do campo científico. Outro documento de forte conotação simbólica para um campo científico são as teses, tipo documental que reproduz o saber do campo para então constituir seus próprios traços. A reprodução do saber nesta pesquisa foi simbolizada mimeticamente pelas citações aos livros feitas pelas teses, tendo nesta interrelação o foco central do estudo. As estratégias metodológicas foram traçadas da seguinte maneira: a técnica documental foi adotada junto aos cadernos de indicadores da Capes para identificar as teses defendidas, no triênio 2007-2009, pelos PPGCIs. Para o acesso aos documentos completos das teses foram efetuadas buscas nas BDTDs das respectivas instituições, nos próprios sítios dos programas, nos mecanismos de busca na web e, em última instância, por contato via email com os autores das teses; aliada à técnica documental foi feita a análise das citações das teses, tendo como referência os livros citados. Foram identificadas 91 teses entre os 5 PPGCIs analisados (2007-2009), encontrando-se 16.253 citações, sendo 6.316 a livros, fonte mais citada entre as teses. Palavras-chave: Livros. Teses. Caderno de Indicadores. Ciência da Informação. Citação.
Estudo Geral (Universidade de Coimbra), 2020
Informação. O Congresso contou com a participação de convidados brasileiros e de outras instituições portuguesas, bem como com a presença de docentes, investigadores, doutorandos e profissionais, nomeadamente jornalistas e bibliotecários, nacionais e estrangeiros, que refletem e atuam, num espectro alargado da conceção atual de Literacia. Num contexto mundial incerto, e em crescente mutação, ler o mundo, compreender os fenómenos e o ambiente mediatizado onde cada indivíduo, e a sociedade, estão mergulhados, constitui um desafio individual e coletivo, contemplado pelo conceito de Literacia(s). Convém salientar que este conceito não é mais sinónimo de alfabetização, capacidade de utilização de competências como a leitura, escrita e cálculo, bem como de outras competências tais como a descodificação dos media e a utilização des dispositivos mediáticos e digitais. O conceito de Literacia, associado essencialmente ao domínio e compreensão de códigos e linguagens intermediadores da realidade, tornou-se evolutivo, adaptável a novas realidades, nomeadamente às exigências de utilização, descodificação e empoderamento, face às tecnologias de informação, à massificação da
Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia
Neste ensaio, pretende-se conceber o conceito de informação-happening à filosofia da ciência da informação. A introdução já nos apresenta o conceito destacando sua potência em relação à perspectiva representacional. Questiona-se o debate em torno da interdisciplinaridade, que toma como ponto central as identidades, e não os efeitos resultantes dos contados entre os diferentes planos, os artísticos, os científicos e os filosóficos, que são as produções do pensamento. Afirma-se a existência de uma ciência da informação nômade, aberta ao acontecimento e ao universo não-bibliográfico, pela qual propõe-se o conceito de informação-happening.Palavras-Chave: Informação-Happening. Informação. Filosofia da Ciência da Informação. Acontecimento. Link: https://revista.acbsc.org.br/racb/article/view/1348
Anuário de Literatura, 2008
Resumo: Este artigo tem como objetivo trazer à tona algumas discussões relacionadas a conceitos ou juízos de valor do que seja "literatura". Partindo de uma visão pós-moderna de críticos literários e filósofos como Terry Eagleton e Jacques Derrida, este trabalho não pretende chegar a uma definição precisa ou a um "suposto" conceito, mas sim problematizar e levantar questões que sejam pertinentes e importantes para a reflexão daqueles que trabalham com literatura, seja ela brasileira ou estrangeira, bem como para os teóricos e críticos literários, que através de suas práticas e visões, contribuem, por um lado, para o continuísmo das idéias prescritivas e pré-concebidas e, impedem, por outro, o lugar de um pensar diferenciado e mais crítico de valores institucionalizados ou estabelecidos.
Literacia da Informação em Contexto Universitário
O conhecimento científico que circula em Portugal sobre literacia da informação é, ainda que meritório, bastante inicial e insuficiente para fomentar ações transversais, intervenções globais e, porque não referi-lo, criar políticas públicas que coloquem este tema na agenda educativa, particularmente na do ensino superior. Este facto deve-se em parte à reduzida investigação e problematização realizada, no nosso país, em torno do tema. Ainda assim, é notório o crescente interesse social que, conjugado com fatores ligados ao desenvolvimento económico e interesses de outros quadrantes contíguos, tem conseguido levar a bom porto a inscrição na agenda política de alguns tópicos que tocam a literacia da informação: aprendizagem ao longo da vida, tecnologias na educação, literacias digital e, para os média, divulgação científica, entre outros.
O conhecimento científico que circula em Portugal sobre literacia da informação é, ainda que meritório, bastante inicial e insuficiente para fomentar ações transversais, intervenções globais e, porque não referi-lo, criar políticas públicas que coloquem este tema na agenda educativa, particularmente na do ensino superior. Este facto deve-se em parte à reduzida investigação e problematização realizada, no nosso país, em torno do tema. Ainda assim, é notório o crescente interesse social que, conjugado com fatores ligados ao desenvolvimento económico e interesses de outros quadrantes contíguos, tem conseguido levar a bom porto a inscrição na agenda política de alguns tópicos que tocam a literacia da informação: aprendizagem ao longo da vida, tecnologias na educação, literacias digital e para os média, divulgação científica, entre outros. Não podemos ficar indiferentes ao contexto atual que exige, no seio do processo de Bolonha, mas também à luz do que são as alterações tecnológicas e comunicacionais, uma reconfiguração da forma como se aprende. O estudante, impelido que é a lidar com novas ecologias de aprendizagem, terá de lidar com informação, saber selecioná-la, avaliá-la, interpretá-la e comunicá-la. Possuir estas competências, usando-as de uma forma ética e legal é também compreender que a possibilidade de autoria se faz a partir de informação que se reconstrói. Torna-se, por isso, necessário valorizar a informação (por ela mesma e pelo que representa em termos de direitos e exercício de cidadania), compreendendo que o seu domínio, isto é, a sua literacia, é um investimento imprescindível no contexto do ensino superior.
Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, 2012
(1988-1935), além de escrever "por ele mesmo", foi eternizado pelos heterônimos de Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro Campos. Ao fazer a história de seus heterônimos, em uma carta a Adolfo Casais Monteiro (1935), Fernando Pessoa conta que no dia 8 de março de 1914, tomado de um êxtase inexplicável, escreveu em torno de trinta poemas. Nesse dia tinha nascido Alberto Caeiro, chamado por ele mesmo de "mestre". Em seguida, uma vez tendo o mestre, tentou achar uns discípulos. "Surgiu-me impetuosamente um novo indivíduo. Num jacto, e à máquina de escrever, sem interrupção nem emenda, surgiu a Ode Triunfal de Álvaro de Campos". Na mesma carta, Pessoa faz a biografia do heterônimo, e nos conta que Álvaro de Campos nasceu em 15 de outubro de 1890 em Tavira, na região de Algarve (Portugal), sendo mandado para a Escócia onde estudou engenharia Mecânica e posteriormente Naval. É poeta, futurista e sensacionista, um expoente do Modernismo Português, movimento que apresentou um caráter destruidor, trazendo a necessidade
Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia, 2017
Trata do processo histórico-evolutivo ocorrido entre Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação e, principalmente, sobre os efeitos desse processo na biblioteca especializada. Apresenta e detalha as características e os objetivos das bibliotecas especializadas atuais. Palavras-chave: Biblioteca especializada; Biblioteconomia; Ciência da Informação.Link: https://www.seer.furg.br/biblos/article/view/6182
Em Questão, 2018
Experimentação sobre o deslizamento de planos entre filosofia, Ciência da Informação e Artes por meio da trilogia da incomunicabilidade formada pelos filmes dirigidos por Michelangelo Antonioni, com o objetivo de delinear e experimentar maneiras de indexar fora dos quadros do estruturalismo da Ciência da Informação. Faz-se uso do conceito filosófico de Linguagem Documentária Menor, ao apresentar novos termos para a indexação dos filmes mencionados, baseados na filosofia do cinema de Gilles Deleuze, especificando o estruturalismo da Ciência da Informação. Palavras-chave: Linguagem documentária. Indexação. Representação descritiva. Gilles Deleuze. Michelangelo Antonioni. 1 Introdução A ciência aponta para o futuro com a leveza necessária a se desprender das forças gravitacionais. A ciência levou o homem à lua e, mesmo quando erra, volta e se refaz, se corrige. Contudo, a ciência, sempre articulada com o futuro, tem seu contraponto nos sentimentos e na moral, herança advinda do tempo de Homero, da qual ainda não nos desvencilhamos. Orgulhosa herança que não admite o erro. Onde se chega com esses caducos sentimentos? Chega-se à piedade recíproca (LA NOTTE, 1961). Os personagens desse cineasta, cuja Eros e a Ciência da Informação
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