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O presente trabalho busca avaliar de que forma a obra do filósofo e antropólogo francês, Bruno Latour, contribuiu para o campo do Direito dos Animais, ou ainda de forma mais simples, as suas colaborações para uma argumentação em prol dos direitos animais ("the case for animal rights"). A hipótese do presente estudo é a de que as propostas do autor são algumas das mais capacitadas para compreensão e consideração pelo coletivo dos direitos dos animais, visto que permitem encarar os não humanos para além de meros objetos, como atores que promovem transformações sobre a realidade, sobre o estado das coisas e sobre o curso de ação de outros agentes. O objetivo consiste em demonstrar de que forma o procedimento da ecologia política, postulado por Latour, pode garantir que a questão controversa do Direito dos Animais seja efetiva e propriamente considerada no âmbito democrático. Para isso, utiliza-se o método analético, pensado por Enrique Dussel, tendo como paradigma uma análise em que o "Outro", como oprimido, é o ponto de partida.
Mana, 2005
Esta é uma seção dedicada ao comentário de textos publicados em números anteriores de Mana. Estudos de Antropologia Social. O texto a seguir referese-mais diretamente-ao artigo de Bruno Latour, "'Não congelarás a imagem', ou: como não desentender o debate ciência-religião", publicado em Mana, 10(2), 2004. Em livro de entrevistas que Bruno Latour realizou com Michel Serres (Serres 1999 [1992]), este autor faz a defesa da solidão no trabalho filosófico. Latour, por seu lado, contrapõe-se e pergunta por que Serres não se reconhece como integrante de um conjunto de discussões e sequer cita os colegas (1999 [1992]:109-110). Serres, então, declara seu repúdio à era da tese, do jornal e da gagueira: "A honestidade, pelo contrário, consiste em só escrever o que se pensa e que se acredita ter inventado" (1999[1992]:110). Curiosamente, alguns anos mais tarde, em Jubiler ou les tourments de la parole religieuse (2002a), Latour dá a impressão (não totalmente exata, como veremos) de aderir ao mestre, até mesmo antecipando-se a este para realizar a obra de síntese que exige a abdicação de tudo o que se sabe para que se possa, enfim, inventar, e que Serres apresentava nas entrevistas como um ideal, ainda posto no futuro. Futuro que ele tinha pressa em alcançar. A (des)organização de Jubiler é sintomática: nenhuma citação, nenhuma nota, nem ao menos capítulos, mas um estilo bem afinado para servir à argumentação. A ponto de por vezes parecerem simples, assuntos que são altamente complexos, que na verdade desafiam e fazem duvidar se de fato nossa leitura é capaz de alcançar todas as nuances. Há uma série de intuições pontuais de Serres, que certamente inspiraram Latour a dialogar com ele implicitamente e, assim, desenvolver seu próprio pensamento (como no caso do fetiche, do interesse pelos tribunais, da relação entre Sócrates e Górgias e do contraste entre a multiplicidade
Revista da Faculdade de Direito UFPR, 2019
O objetivo deste artigo reside em trazer para o âmbito da filosofia política de Jacques Rancière as dificuldades associadas com a animalidade no direito, normalmente concebidas por meio das discussões referentes aos direitos dos animais. Em vez de se deter nas implicações especificamente jurídicas desses direitos, da extensão que possuem ou mesmo de sua fundamentação, o artigo, ao recorrer a uma leitura muito particular da filosofia de Rancière, pretende apontar as condições que permitem ou obstruem a representatividade dos animais no campo jurídico. Para tanto, a pesquisa desenvolvida situa a maneira como os sujeitos jurídicos são construídos por meio da formulação de demandas em meio a um espaço social que não lhes reconhecem como vozes a serem ouvidas, ou seja, contestam as narrativas que impedem o reconhecimento institucional de suas vozes. Certas narrativas consensualmente estabelecidas dificultam, senão impedem, que os animais apareçam perante o direito como entes cujas vidas possuem valor e consideração. Uma das questões apontadas é que, apesar da existência e da produção cada vez mais ampla de normas jurídicas comprometidas com a proteção dos animais, estas podem estar vinculadas a imperativos econômicos, excluindo determinadas espécies do seu âmbito de proteção e incidência. O artigo, por fim, salienta a importância de se manter em aberto questionamentos referentes a novas formas de juridicidade que levem em consideração, para além do cálculo de benefícios/custos e dos pressupostos antropocêntricos, o sofrimento e a condição precária dos entes não humanos.
Revista DIAPHONÍA, 2020
O artigo aborda a universalização dos direitos dos animais, em relação à teoria da dignidade animal, apresentada por Peter Singer, e a condição moral de existência, analisada por Tom Regan. Assim, em Singer, constrói-se uma ética dos deveres humanos em relação aos animais, vez que defende a existência digna dos animais que, para o douto autor, se assemelha à existência da dignidade do homem. Mas, Singer não é desleixado com sua teoria, de maneira que fomenta, com base em Kant, uma distinção entre animal como ser senciente e homem como ser consciente. Regan sustenta a condição do sofrimento animal em analogia ao sofrimento humano, criando uma teoria do ‘status moral do sofrimento’, como ponto de partida para sua ética animal, já que o animal, bem como o homem, tem os mesmos níveis de empatia, sofrimentos e dignidade moral. Tais enfoques sobre a ética animal são contrapostos ao longo deste artigo; considera-se a condição animal, defendida na Declaração Universal dos Direitos dos Anima...
Tradução do artigo escrito por Graham Harman, 2019
Poucos pensadores contemporâneos tem se deparado com um destino tão estranho quanto Bruno Latour. Em certas partes do mundo acadêmico, ele é um reconhecido popstar. Sua teoria do ator-rede tem inspirado centenas de trabalhos realizados por animados seguidores na sociologia, antropologia, estudos da ciência, e mesmo as belas artes (fine arts). Ele atrai grandes multidões durante suas visitas nas mais prestigiosas universidades do mundo e permanece com plena energia em seu auge, produzindo livros inovadores e ensaios a cada passar de ano. Contudo, Latour descreve a si mesmo primeiramente como um filósofo, até mesmo um metafísico [...]
Anuário antropológico, 2005
Problemata, 2019
Poucos pensadores contemporâneos tem se deparado com um destino tão estranho quanto Bruno Latour. Em certas partes do mundo acadêmico, ele é um reconhecido popstar. Sua teoria do ator-rede tem inspirado centenas de trabalhos realizados por animados seguidores na sociologia, antropologia, estudos da ciência, e mesmo as belas artes c (fine arts). Ele atrai grandes multidões durante suas visitas nas mais prestigiosas universidades do mundo e permanece com plena energia em seu auge, produzindo livros inovadores e ensaios a cada passar de ano. Contudo, Latour descreve a si mesmo primeiramente como um filósofo, até mesmo um metafísico. E aqui está o grande paradoxo, pois seu impacto entre filósofos tem sido até agora mínimo. Nos círculos "continentais" em que eu viajo, Latour é raramente lidoao invés disso, eu frequentemente me descubro na estranha posição de introduzir seu nome pela primeira vez aos filósofos que, diferente de Latour, são mais amplamente lidos no pensamento francês contemporâneo. A recente mudança de paradigma de Derrida e Foucault para Deleuze e Badiou tem feito pouco para alterar essa situação, já que o arsenal conceitual de Latour é tão estranho para o primeiro par de autores quanto é para o segundo. Mesmo jovens e ambiciosos filósofos que desejam a marca "ontologia relacional", criado por Latour, frequentemente precisam de um incentivo reforçado para ler seus livros com mais seriedade, já que falham em encontrar esses livros por conta própria. Inicialmente eu estava na mesma posição, descobrindo a HARMAM, Graham. The importance of Bruno Latour for Philosophy! Cultural Studies Review, March 2007, vol. 13, no. 1. Pages 31-49. Tradução e publicação autorizadas pelo autor. b Thiago de Araujo Pinho é doutorando do curso de ciências sociais e professor do curso de extensão em Teoria Social Alternativa (T.S.A) na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e UNEB e do curso "O poder da fala" na Universidade Católica de Salvador (UCSAL), além de ser autor do livro "descentrando a linguagem" (Editora Zarte
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Linguagens do desaprender : gestos intensivos e política dos afetos, 2022
Revista Prelúdios
Poucos pensadores contemporâneos tem se deparado com um destino tão estranho quanto Bruno Latour. Em certas partes do mundo acadêmico, ele é um reconhecido popstar. Sua teoria do ator-rede tem inspirado centenas de trabalhos realizados por animados seguidores na sociologia, antropologia, estudos da ciência, e mesmo as belas artes[1] (fine arts). Ele atrai grandes multidões durante suas visitas nas mais prestigiosas universidades do mundo e permanece com plena energia em seu auge, produzindo livros inovadores e ensaios a cada passar de ano. Contudo, Latour descreve a si mesmo primeiramente como um filósofo, até mesmo um metafísico. E aqui está o grande paradoxo, pois seu impacto entre filósofos tem sido até agora mínimo. Nos círculos “continentais” em que eu viajo, Latour é raramente lido- ao invés disso, eu frequentemente me descubro na estranha posição de introduzir seu nome pela primeira vez aos filósofos que, diferente de Latour, são mais amplamente lidos no pensamento francês co...
Nexo Políticas Públicas, 2023
Nunca foi simples legislar sobre a vida animal, devido à tensão entre sua condição de sujeito e objeto, e a partir das diferentes atividades em que estão inseridos. Conheça os principais marcos desta história no Brasil Em janeiro de 2023, o então eleito Presidente da República tomou posse, após quase uma década de um período conturbado da democracia brasileira. Esse tempo envolveu ataques incisivos e constantes a direitos fundamentais de diferentes grupos sociais e ao que chamamos de natureza. As eleições de 2022 significaram, portanto, para amplos setores da sociedade brasileira a retomada do Estado de Direito, e o evento da posse se tornou um momento de afirmação de tais expectativas. Em um futuro novo que se anunciava para o Brasil naquele momento, de esperança de melhores condições de vida e de defesa da diversidade, que é uma sociobiodiversidade, o presidente subiu a rampa do Planalto acompanhado de "representantes do povo brasileiro", como foi noticiado nos jornais. Subiram a rampa uma criança, moradora de uma área periférica, uma catadora de materiais recicláveis, o cacique Raoni, um metalúrgico, um professor, uma cozinheira e um ativista anticapacistista. No entanto, por que começo este texto, que trata dos animais, falando da posse presidencial? Porque o presidente, junto com a primeira-dama e as pessoas 10/11/2023 13'41 Animais no Direito: transformações morais e marcos regulatórios | Nexo Políticas Públicas Página 2 de 9 https://pp.nexojornal.com.br/linha-do-tempo/2023/Animais-no-Direito-transformações-morais-e-marcos-regulatórios 10/11/2023 13'41 Animais no Direito: transformações morais e marcos regulatórios | Nexo Políticas Públicas Página 6 de 9 https://pp.nexojornal.com.br/linha-do-tempo/2023/Animais-no-Direito-transformações-morais-e-marcos-regulatórios
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Direito Animal: a tutela ético-jurídica dos seres sencientes, Editora Thot., 2021
Revista de Direitos e Garantias Fundamentais
Revista de Antropologia, 2021
Revista Brasileira de Direito Animal
Jornal de Relações Internacionais, 2018
Revista Brasileira de Direito e Justica
Revista de Biodireito e Direito dos Animais, 2015
Estudos de Sociologia, 2024
Revista Jurídica Luso-Brasileira, 2022
Revista Brasileira de Direito Animal
In Como viver juntos? Sobre ética animal e do ambiente. Covilhã, Portugal: Ta Pragmata., 2022
É possível falar em direitos dos animais? (parte 1), 2015
Academia de Direito
Editora Tirant Lo Blanch, 2020
O direito animal no ordenamento jurídico brasileiro: Perspectivas e tendências, 2022