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O Público e o Privado
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Propõe-se a investigação das relações entre espaço, racismo e violência enquanto problemática da cidade contemporânea, através da análise de obras ficcionais tomadas como discursos com potência instauradora da realidade. Analisam-se as obras Marrom e amarelo, de Paulo Scott (2019), O avesso da pele, de Jeferson Tenório (2020) e Os supridores, de José Falero (2020). Como método, descreve-se as condições sócio-demográficas, posição cartográfica e as paisagens dos lugares acionados nas obras, demonstrando a capacidade heurística da análise da ficção no campo dos estudos sócio-espaciais. Tem-se implicações epistemológicas, desde o reconhecimento da arte como constituinte da problemática sócio-espacial, superando a posição subordinada à legitimidade científica e paradigma representacional. Porto Alegre como lócus se torna relevante porque os estudos espaciais sobre a cidade historicamente ignoram a racialidade de sua segregação socioespacial. Também se analisa a relação direta entre segr...
Sul-Sul - Revista de Ciências Humanas e Sociais, 2021
Este artigo analisa aspectos literários pós-coloniais e afro-brasileiros no conto Maria de Conceição Evaristo e propõe uma análise de questões como raça, racismo, trabalho doméstico e violência a partir do diálogo entre o texto literário e situações vivenciadas na contemporaneidade brasileira. Nesse sentido, com fundamento em uma interlocução literária e sociológica, é possível compreender que Maria é uma produção pós-colonial e os elementos do universo africano são parte de sua criação. Além disso, alicerçados na “vivência na escrita” proposta por Conceição Evaristo, é possível compreender que pautas como raça, trabalho doméstico e violência perpassam o conto, posto que a literatura é, em grande parte, expressão artística da vida. Tendo isso em vista, Maria é o ponto de partida para se refletir como essas pautas se tornaram ainda mais acentuadas devido à pandemia da Covid-19.
Violência e o racismo são duas questões que merecem atenção pelos estudiosos de ciência sociais. Em outros países se é estudados as duas questões relacionadas e
Caderno Espaço Feminino
Este texto resulta de uma pesquisa qualitativa com suporte na análise de depoimentos de mulheres brasileiras, na faixa etária de 15 a 29 anos, atletas de alto rendimento, nas modalidades de atletismo e natação, acerca de violências por elas vivenciadas em suas carreiras, nas relações com os seus técnicos. PALAVRAS-CHAVE: Gênero. Violência. Mulheres Atletas.
A autora delineia a sua trajetória de convivência íntima com as violências e com as consequências infligidas na mente e no corpo de todas as pessoas que estão envolvidas nelas. Com exemplo de Moçambique, África do Sul e Ruanda e violências ligadas a guerra, a fome, ao HIV/AIDS e ao gênero ela articula, percorrendo fragmentos de suas experiências, as diferentes camadas e formas de violência que afligem os/as mais desemparados/as. A aproximação da violência física, da violência estrutural, da violência simbólica e das suas várias combinações destroem os seres humanas e, sobretudo, os/as que têm de conviver com a multiplicidade das suas formas. A proposta é de encontrar formas de desenvolver uma nova ética de cidadania, de empatia e solidariedade que procura desarmar estas violências.
Psicologia clínica, 2006
Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto
Dentre os vários fatores que contribuem para a existência e manutenção da violência em nossa sociedade, a desigualdade social é um dos mais facilmente identificáveis. O racismo contribui de forma decisiva para a existência da desigualdade social porque hierarquiza os indivíduos com base em sua cor/raça. Desta forma, quem é identificado/a como branco/a é considerado melhor do que quem é negro/a. A diferença, que nos torna únicos e é comum a todos os seres humanos, numa sociedade racista torna-se justificativa para a desigualdade. Para que possamos superar o racismo e a desigualdade por ele mantida é necessário entender como se constituiu a noção de raça. Devemos também apontar alguns caminhos para a superação do racismo e da idéia de raça, o que contribuirá significativamente no combate à violência, que está intimamente ligada ao racismo. Quando falamos de "raça" estamos nos referindo a uma idéia bastante utilizada no século XIX e que ainda hoje fundamenta o racismo, ou seja, a idéia de que somos membros de grupos distintos, o que faz com que tenhamos características inatas, imutáveis e peculiares ao grupo do qual fazemos parte. Assim, parte-se da suposição de que somos tão diferentes que merecemos ocupar diferenciados espaços que variam em graus de importância na sociedade. A idéia de raça, como já mencionado, predominou num momento histórico específico e teve sua legitimidade garantida * Mestra em Ciências Sociais e Pesquisadora Associada do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM-UFBA)
Não existe raça. 99,5% do nosso DNA é idêntico ao de qualquer outro ser humano, os outros 0,5% são suficientes para garantir que, a menos que tenhamos um gêmeo idêntico, nós sejamos únicos e diferentes de qualquer outro ser humano no mundo inteiro. O mito de que existem raças serviu para historicamente dividir os seres humanos em categorias diferentes, o que levou a discriminação, explorações, e até atrocidades, como o exemplo do holocausto nazista. A razão do nosso genoma ser tão parecido é que somos uma espécie relativamente jovem. Apenas há 200 mil anos a humanidade moderna surgiu na África, e há 60 mil anos, começou a se espalhar pelos outros continentes. Por isso, podemos falar em cor, em etnia, mas a palavra raça perde sentido, mesmo que não perca o uso.
Este trabalho apresenta um balanço da produção acadêmica nacional e internacional dos últimos dez anos sobre a relação entre raça e violência. Um dos nossos objetivos é atualizar o debate sobre o tema, tendo em vista as recentes mobilizações sociais em torno das denúncias de violência e dos homicídios cometidos contra jovens negros, as quais indicam o racismo como uma das principais causas da vitimização. Trata-se de um estudo comparado da literatura para verificar conexões e localizar possíveis contribuições teóricas e empíricas a fim de enriquecer o debate que vem sendo feito no Brasil sobre o tema.
InSURgência, 2024
The debate on democracy focuses on the model of society formatted from socioeconomic and cultural processes that mirror the various sociopolitical elements that constitute it. In this context, race and racism must be considered essential categories for understanding national societies and modern democracies. The objective of the research is to establish the relationship between racism and democracy, given the premise that, without considering that, it is not possible to build solid democracy, structures that do not articulate the collective demands in an egalitarian way in the decision-making instances of society and the State. It focuses on the institutionalization of racism by whiteness in the judiciary and the proposal for democratic reinvention antiracist.
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