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Explorando a sexualidade masculina

A abordagem da sexualidade masculina tem sido tratada tangencialmente pela atividade acadêmica, e somente se for destacada como oposta ou simétrica ao comportamento social esperado. As masculinidades, enquanto sujeito, são um objeto de estudo mais atrativo, uma vez que libertam o investigador de aprofundar – ou admitir – postulados íntimos masculinos, desconfortáveis com o raciocínio. Estes podem ser de pouca estimulação para a opinião pública, como os efeitos colaterais da testosterona, ou podem abalar as fundações de papéis tradicionalmente atribuídos e exigidos dos homens. No início do século 21, o desenvolvimento da sexualidade masculina continua a afundar em baixo interesse social, e também na ignorância individual. Faltam mais espaços para a manifestação sexual, educação livre e responsável, aberta e tolerante. A maioria dos autores selecionados confessou, em seu raciocínio, que ainda existem preconceitos e estereótipos profundamente enraizados sobre o objeto de estudo. Destes autores são poucos, e dispersos. Além disso, não há moda ou corrente que dê energia para criar um desejo renovado. A expressão sexual masculina não se limita a um ato de consumo, que discrimina emoções e sentimentos. Homens e mulheres sustentam uma carga hormonal, que os predispõe a certos comportamentos, mas também podem oferecer oportunidades para configurar climas de compreensão sexual. As experiências sexuais são uma manifestação de estar vivo, permitindo-nos explorar o potencial pessoal, intrapessoal e interpessoal e conectar-se com os outros.