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200 anos da Independência para quem?, volume 1

2023, 200 anos da Independência para quem?

Abstract

A história brasileira é marcada por muitos golpes, contragolpes e metagolpes, sendo que na maioria das vezes a população foi excluída de qualquer participação política. O processo da independência seguiu esse roteiro, ou seja, autoritário, de cima para baixo, feito pelas elites em conluio com o império, o que revela muito o caráter autoritário dos brasileiros. Como apontam os historiadores, nossa independência não foi revolucionária ou romântica. Foi um golpe das elites em torno do imperador que afiançaria não só o não desmembramento do território, mas, principalmente, o sistema escravocrata. Ela criou um Estado, mas não criou a nação, em um processo sem povo, ou seja, sem reação. Considerando a importância do bicentenário no campo da memória e das disputas de narrativas, entendemos que esta efeméride é um momento ímpar de reflexão sobre a história. Para tanto, propomos como tema do XIV Encontro Estadual de História da ANPUH-ES a pergunta: 200 anos da Independência para quem? O objetivo é analisar o lugar dos grupos subalternos, invisibilizados e esquecidos ao longo da história brasileira. Interessa-nos refletir sobre as políticas públicas voltadas à inclusão de tais grupos (pretos, pardos, indígenas, mulheres, LGBTQIA+, etc.) e à ampliação da cidadania efetiva em um país que se constituiu na desigualdade. Afinal, o direito à memória é fundamental para todos nós que queremos viver em um Brasil mais republicano e democrático. O resultado das discussões é apresentado agora com a publicação dos textos completos.

Key takeaways

  • Afinal, o direito à memória é fundamental para todos nós que queremos viver em um Brasil mais republicano e democrático.
  • Até mesmo a ideia de que a beleza não se destina a algo ou a alguém é uma ilusão que serve à manutenção do status vigente.
  • 17 É oportuno esclarecer que os trabalhos citados foram produzidos por pesquisadores argentinos, o que destaca nosso intento de escrever, desde o Brasil, um capítulo não apenas da história argentina, mas de uma figura de suma importância no campo das relações exteriores.
  • Embora a identidade do autor seja incerta, o que se supõe é que "Aristeas" não era um gentio, mas transparentemente um judeu, visto que as reminescências à Septuaginta, que aparecem frequentemente na obra, só poderia vir de um deles.
  • Também há o problema da falta de recursos, pois para um grupo de pessoas, que não conta com verba dos órgãos públicos, é muito difícil e custoso manter uma festa de tamanhas proporções.