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O presente trabalho ambiciona localizar os conceitos de terapia (θεραπεία) e fármaco (φάρμακον, remédio/cura) na filosofia antiga. O estudo proposto percorrerá, brevemente, os escritos da tradição médica grega, dedicando-se mais, porém, ao estoicismo e ao epicurismo. Nessas escolas filosóficas, houve uma profunda elaboração teórica dos conceitos médicos, trazendo-os para o cerne da prática filosófica. Ao termo desse trabalho, nossos esforços estarão concentrados em questionar os sentidos e usos atuais do fármaco e da terapia à luz de suas concepções antigas, com o intuito último de ressaltar o depauperamento do sentido atribuído às práticas terapêuticas e ao fármaco na modernidade.
Esse artigo pretende abordar as relações entre Psicanálise e as filosofias helenísticas, em especial a estoica e a epicurista. O artigo inicia com um estudo das mais importantes características da filosofia helenística para compará--la, ao fim, à prática psicanalítica. Tal como as filosofias antigas, a Psicanálise é uma prática que deseja alcançar um tipo específico de verdade. No entanto, as condições e o método para o acesso à verdade e a própria qualidade dessa verdade são diferentes no caso da Psicanálise e da filosofia helenística, e serão aqui explicitadas. Estudaremos também nesse trabalho o declínio da filosofia prática na história da filosofia com o objetivo de situar a Psicanálise frente ao desenvolvimento da filosofia moderna.
Livro | PDF | 129 páginas | 1 MB
“Quando falamos de homeopatia, algumas pessoas acham que é algo místico. Mas estamos falando aqui de ciência, de campos eletromagnéticos. Não estamos falando da bioquímica, que é o que a medicina tradicional opera, mas da biofísica, que é para onde a medicina deve caminhar. A bioquímica não está dando conta, porque ela está olhando apenas para o efeito das doenças, quando a questão está na desordem desse campo. Os centros endócrinos, hoje chamados de centros consensuais de consciência – que as tradições antigas chamam de Chakras – são vórtices de energia e inteligência que, quando apaga, o indivíduo perde potencial, nervoso, inseguro, perde a força do guerreiro… Os filósofos hoje dizem que estamos vivendo num mundo de esgotamento. E se o ser humano está esgotado, ele vai acabar esgotando o mundo. Esse é o fluxo que precisa tomar outro caminho. Um ciclo virtuoso e não vicioso. Precisamos olhar e nutrir esse campo. Ao se organizar esse campo, as sincronicidades começam a entrar, alinhadas ao seu coração, trazendo mais coerência entre o pensamento e a emoção. E assim a pessoa vai para essa fonte de luz que está na coluna vertebral, que eu chamo de via láctea interior”. (Trecho de uma entrevista, com Dra. Míria de Amorim – concedida ao Círculo Escola em https://www.circuloescola.com/a-cura-pelo-biocampo-com-dra-miria-de-amorim/ ) * * * DRA. MÍRIA DE AMORIM é médica homeopata, presidente do Instituto BioFAO, Mestre em saúde coletiva pelo Instituto de Estudos e Saúde Coletiva da UFRJ, pesquisadora voluntária do Ambulatório de Saúde Ambiental e Ocupacional (Toxicologia Clinica) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além de Autora dos livros BioFAO: uma medicina para um novo tempo e Holismo, Homeopatia e Alquimia – uma sincronicidade para a cura (2000) e coautora do livro BioFAO na Agricultura – recuperação da defesa natural das plantas (2017). * * * A cura pelo Biocampo — aula com a Dra. Míria de Amorim (BioFAO): https://www.youtube.com/watch?v=EN_5G_fTk9M
REVISTA ANALÓGOS – ANO 2020, N. 1, 2022
Os Ensaios de Montaigne revelam um profundo fascínio do autor pela filosofia helenística. Escrita no limiar do Renascimento, época de intenso predomínio da teologia escolástica, a obra promove um resgate das grandes correntes filosóficas do helenismo e expressa uma ruptura com a tradição cristã, amplamente resguardada em Aristóteles. O encanto de Montaigne com o helenismo ocasiona uma mudança na maneira de enxergar a herança histórica da filosofia. A filosofia antiga passa a ser vista como um mundo mais amplo e frutífero, onde Platão e Aristóteles não são mais os únicos protagonistas. A finalidade desta apresentação é espreitar um certo caminho percorrido pelos Ensaios, um movimento que parte do estoicismo, passa pelo ceticismo e se perfaz no epicurismo.
Revista de Ciências Humanas Caeté, 2020
Este artigo visa, inicialmente, tanto uma reconstrução analítico-sistemática do conceito preliminar de fenomenologia presente em Ser e Tempo quanto das etapas do método de acordo com Problemas Fundamentais da Fenomenologia. Por fim, pretendemos mostrar, a partir de passagens sobre a interpretação fenomenológica realizada por Heidegger, sobre a questão do ser em Kant em Problemas Fundamentais da Fenomenologia, que a questão do ser, na tradição, toma um ente (ente diferenciado dos demais) como ser e como não finito. Deste modo, visamos apontar para a questão da finitude presente neste período do pensamento de Martin Heidegger.
Phainomenon
The aim of this paper is to reflect the contribution of Philosophical Hermeneutics to Psychotherapy. We first start by clarifying the meaning of Philosophical Hermeneutics and by analyzing its object. Second, finding a support in the two most important names of contemporary Hermeneutics, both H.G. Gadamer and Paul Ricœur, we reject the naturalism to which Psychotherapy reduces itself insofar as it does not take into account the close connection between man ‘s world-of-life and its temporal, linguistic and narrative dimension. Indeed, the very center of the contribution of Hermeneutics lies in the constitution of identity through ethical, linguistic and institutional mediation.
2022
O volume que ora se apresenta é uma coletânea de ensaios de destacados pesquisadores brasileiros na área de filosofia antiga, tratando de relevantes temas filosóficos tanto do período clássico quanto do helenístico. As autoras e autores dos ensaios são de importantes instituições de pesquisa do Norte, Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil. As reflexões presentes aqui estão comprometidas com as causas filosóficas de outrora e de agora, transpassando extemporaneamente camadas históricas que constituem nosso modo humano de ser. Pensar acerca e desde as questões postas pelo pensamento clássico não é se fixar historicamente onde estes se erigiram, mas saltar, com a reflexão, para qualquer tempo histórico, uma vez que os critérios analíticos estão à disposição da alma que perscruta.
Professor titular Universidade Estadual de Campinas Rua Cora Coralina, s/n -Cidade Universitária Zeferino Vaz 13083-970 -Campinas -SP Brasil
Revista ETHIC@ UFSC, 2017
A epoché pede para nos desalojar de nossos hábitos e rotinas diárias de modo a refletir sobre elas Medicina é uma arte no sentido de que vai além de uma aplicação do método da ciência RESUMO Neste artigo eu propus explicitar e justificar as relações entre Fenomenologia, Hermenêutica e Medicina do ponto de vista ético. Levando em conta os temas da enfermidade e da doença, apresento uma análise da relação entre o médico e o paciente a partir da filosofia com o escopo de justificar a postura ética do profissional da saúde. Isso será realizado, num primeiro momento, pela retomada da fascinante e pertinente reflexão de Havi Carel sobre sua leitura fenomenológica da doença à qual acrescento minha proposta de aplicação da noção de epoché husserliana à prática da medicina. A seguir, desenvolvo e sustento a leitura hermenêutico-filosófica, à esteira de Hans-Georg-Gadamer, sobre a causa da enfermidade, isto é, a doença. Defenderei, a seguir, que uma olhar interpretativo da enfermidade, perpassa, explícita ou implicitamente, a prática da epoché dos profissionais de saúde. Levando em conta a hipótese de William Stempsey para quem a Medicina é uma arte, no terceiro momento, proponho a justificar que a postura do médico e a do filósofo, em suas práticas profissionais-fenomenológicas e hermenêutico-filosóficas-efetivam e instituem uma arte dialógica que é, portanto, de natureza essencialmente ética. ABSTRACT In this paper, I will explain and justify the relations between Phenomenology, Hermeneutics and Medicine by an ethical point-of-view. Taking in mind the issues of illness and disease, I will present a philosophical analysis of the patient-physician relationship in order to justify the ethical stance of health professionals. This will be done firstly through a review of Havi Carel's fascinating and pertinent reflection on the phenomenology of illness, to which I will add my own proposal of applying to the medical practice the Husserlian notion of epoché. Then, I will claim that an interpretative gaze of illness runs, explicitly or implicitly, through the epoché practice of health professionals. In the third part of this paper, bearing in mind William Stempsey's argument that medicine is an art, I will claim that both the physician's stance and the philosopher's stance, in their own particular professional practices-in phenomenology and philosophical-hermeneutics-actualize and set up a dialogical art that is, hence, of ethical nature in essence.
Resumo: Neste artigo, partindo de uma análise dos conceitos de corpo e potência presentes nas filosofias de Nietzsche e Espinosa, objetivamos mostrar que ambos os filósofos, além de fazerem uma crítica aos valores transcendentes, afirmam a necessidade de criação de novos valores e mostram que para que uma ética afirmativa da vida seja possível há, antes de tudo, a necessidade do aumento de potência da totalidade corpo/ mente, obtido através de uma terapêutica fundada na dinâmica afetiva. Considerando que tanto Nietzsche quanto Espinosa recorrem ao mesmo afeto, o da alegria, para a cura da impotência e apresentam uma terapêutica de caráter estritamente pessoal, recusando a criação de uma ética normativa, concluímos que uma terapêutica que objetiva realmente promover saúde deve ser um processo essencialmente afetivo, pautado em escolhas e ações salutares próprias, e não uma moralização dos atos da vida cotidiana, operada pelos manuais de psicologia do comportamento e de higiene coletiva.
Ciência & Saúde Coletiva, 2002
Terapia gênica é um procedimento médico que envolve a modificação genética de células como forma de tratar doenças. Os genes influenciam praticamente todas as doenças humanas, seja pela codificação de proteínas anormais diretamente responsáveis pela doença, seja por determinar suscetibilidade a agentes ambientais que a induzem. A terapia gênica é ainda experimental, e está sendo estudada em protocolos clínicos para diferentes tipos de doenças. O desenvolvimento de métodos seguros e eficientes de transferência gênica para células humanas é um dos pontos mais importantes na terapia gênica. Apesar do grande esforço dirigido na última década para o aperfeiçoamento dos protocolos de terapia gênica humana, e dos avanços importantes na pesquisa básica, as aplicações terapêuticas da tecnologia de transferência gênica continuam ainda em grande parte teóricas. O potencial da terapia gênica é muito grande, devendo ainda causar grande impacto em todos os aspectos da medicina.
Caminhando, 2020
O presente artigo é uma investigação do tema da magia e religião popular nas obras de Hildegard von Bingen, teóloga, mística visionária e monja beneditina do século 12. O objetivo é demonstrar como a magia articula a interação entre Hildegard e a religião popular de sua época, borrando as fronteiras ortodoxas de sua reflexão teológica, que ora condena a prática da magia, ora se imiscui em rituais que em nada diferem daqueles praticados por magos, bruxas ou feiticeiros.
Bassi, F., Tavares, F., & Sá, S. M. M. de. (2021). Terapeutas populares no Recôncavo da Bahia, Brasil: configurações agentivas em ontologias híbridas. Revista De Antropologia, 64(3). https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.2020.189651, 2021
Este artigo investiga as terapêuticas de cunho popular no Recôncavo Baiano, compreendidas como ontologias híbridas. Durante a observação em campo e na interlocução com os terapeutas percebemos como os gestos e posturas, procedimentos e enunciados envolvidos nos cuidados de tipo devocional e religioso (rezas, benzeduras, oferendas, possessões) se estendem ao ambiente (ervas, plantas, animais, marés, mato, quintais, movimentos do sol e da lua etc.) numa relação de continuidade. Seguindo essas conexões, ponderamos a relevância da perspectiva pragmática para analisar a conexão entre artefatos terapêuticos (fabricações) e processos vitais (crescimentos), no intuito de mapear algumas configurações agentivas em ontologias híbridas. Consideramos, ainda, o poder transformativo do ritual na produção dessas ontologias.
2015
A pesquisa em questao surgiu a partir da observacao que o perfil dos protagonistas de series televisivas de grande sucesso na ultima decada e, a primeira vista, bastante distinto daquele que comumente associamos aos mocinhos da TV. Sao personagens contemporâneos descritos com frequencia como complicados, infelizes e moralmente incorretos. Descricao que os distancia fortemente dos atributos comumente associados a palavra heroi: grandeza, honra, forca, carater, sabedoria, destreza, valor, lideranca. Com o intuito de compreender a possibilidade de emergencia e de popularizacao desse novo perfil, alem de averiguar se realmente ha algo que distingue o dos herois anteriores buscou-se tracar a trajetoria do heroi na historia da humanidade, desde seu nascimento com o mito ate sua atual consolidacao. A fim de ilustrar o perfil de heroi em questao, o trabalho apresenta analises de dois personagens contemporâneos que o materializam, a saber, Tony Soprano de Familia Soprano e Walter White de Br...
O presente capítulo analisa um momento anterior ao estabelecimento de uma confiança irrestrita no poder da ciência em mudar o mundo e aprimorar a saúde humana. Momento no qual diversas terapias que empregavam os recursos mais simples da natureza, como a água, a luz solar e o ar de altitude, foram criadas para a cura de enfermidades e conquistaram grande repercussão social. Momento anterior ao predomínio dos medicamentos alopáticos no tratamento das doenças. Uma época que se inicia ainda na aurora do século XIX, quando as causas dos diversas males que poderiam tomar o corpo humano ainda não eram totalmente conhecidos, mas que, no entanto, não impediu a inauguração dos primeiros estabelecimentos terapêuticos especializados na cura por meio dos elementos da natureza. Banhos de imersão em águas de diferentes temperaturas, em banheiras, riachos ou no mar, banhos parciais, nos quais porções do corpo eram gradativamente expostas à ação do meio líquido, fricções de panos úmidos, compressas, banhos de sol que tornavam indispensável a permanência dos pacientes em ambiente exterior, alimentação vegetariana e de preparo rudimentar, com larga utilização de chás e infusões, e a realização de exercícios físicos ao ar livre, entre tantas outras práticas corporais que compuseram as principais técnicas de cura da denominada medicina natural. Para a sistematização dos tratamentos indicados nestes estabelecimentos, conhecimentos populares que circulavam na região de língua alemã da Europa Central, notadamente a Austro-Hungria e os estados germânicos, foram de grande importância para os terapeutas da medicina natural, sendo sua fácil aplicação um dos motivos da rápida assimilação de suas prescrições entre as famílias camponesas ou com poucos recursos financeiros (BAUBÉROT, 2004). No que diz respeito a parcela mais rica da população, os estabelecimentos privados criados pelos terapeutas em vilarejos distantes dos maiores centros urbanos, situados em sua maioria nas montanhas ou no campo, obtiveram grande repercussão e, em pouco tempo, consolidaram famosas estâncias balneárias procuradas por curistas e vilegiadores de diversos países (BOYER, 2008, RAUCH, 2001). Estas mesmas práticas corporais preconizadas pela medicina natural serviriam também de inspiração para os tratamentos propostos pelos sanatórios, instituição especializada na cura da doença que mais afligia a população durante os séculos XIX e XX – a tuberculose (BUCHWALD, 2004; GUILLAUME, 1989). O período abordado por este capítulo encerra-se na década de 1950, momento no qual estas terapias seriam deslocadas da medicina oficial para ramos da medicina alternativa, uma vez que não obtiveram completo respaldo científico, sendo sobrepostas definitivamente pelos tratamentos que se utilizam de quimioterápicos. Criados ao longo de todo o século XIX, os medicamentos alopáticos seriam defendidos por muitos como o recurso mais confiável no tratamento das doenças, no entanto, conviveriam, ainda por bastante tempo, com as terapias naturais até alcançarem a supremacia na medicina oficial. Tal convivência não se faria sempre harmoniosa, conformando disputas que arregimentariam diversos profissionais e colocariam em questão os rumos a serem tomados pelas politicas de saúde pública de muitos países. Por meio de uma revisão bibliográfica, procurou-se estabelecer quais eram os maiores embates e discussões a respeito do emprego de quimioterápicos na cura de enfermidades durante o século XIX e primeira metade do século XX. Sem a intenção de avaliar a real eficácia dos tratamentos propostos ao longo deste período, procurou-se compreender as linhas de tensão e de poder que possibilitaram o estabelecimento de duas formas distintas de cuidados com a saúde, uma baseada em experimentos laboratoriais e medicamentos alopáticos e outra sustentada pela experiência individual e por saberes populares.
v. 14 n. 2, 2022
Este artigo busca estabelecer as relações entre a díade Medicina/Filosofia na antiga Jônia e na contemporaneidade. Para a consecução do trabalho, que contempla relações conceituais entre os dois períodos, teve-se como eixo propulsor a Teoria piagetiana do conhecimento. A metodologia da pesquisa foi de caráter crítico, reflexivo e propositivo, onde se demonstra que na antiga Jônia tanto se vivenciava a phýsis quanto se refletia sobre princípios universais, dando-se início à Filosofia da natureza, portanto no conhecer e entender o mundo. Concluiu-se que a Teoria Piagetiana do conhecimento pode de forma adequada e suficiente fazer o elo entre a ciência da antiguidade clássica e a dos dias atuais, porque se aprofundou na interpretação de um ser humano biopsicossocial como seu sujeito epistêmico.
Fernando Fontoura, 2020
uma das finalidades da fenomenologia enquanto método epistemológico é realizar as devidas distinções essenciais. Em suas Investigações Lógicas no segundo volume, ele escreve, A fenomenologia, porém, não fala de nenhum estado de seres animais (nem mesmo dos de uma Natureza possível em geral), ela fala de percepções, juízos, sentimentos, etc, enquanto tais, acerca do que lhes pertence a priori, numa generalidade incondicionada, precisamente como singularidades puras, do que se pode ver exclusivamente como base na captação puramente intuitiva da "essência" (gêneros e espécies de essência) (HUSSERL, 2012, p. 16). Neste sentido, é necessário, como um dos princípios básicos de uma atitude fenomenológica 2 , renunciar aos pressupostos "pessoais" do investigador. Essa atitude fenomenológica, aponta Husserl, adentra-se até o ponto "[...] em que esta entrada se faz necessária para a fixação das primeiras distinções essenciais (HUSSERL, 2012, p. 35)". Neste ponto, que será o qual me delimitarei neste trabalho, pretendo dar uma visão epistemológica das tessituras daquilo que estamos investigando, no caso aqui, a metodologia terapêutica da
Interface - Comunicação, Saúde, Educação
A despeito dos trânsitos oficiosos entre terapêuticas científicas e não científicas, identifica-se de forma empírica um desconhecimento científico e acadêmico de terapêuticas e curas que, de modo geral, respondem pelo epíteto de “espiritual”. Supõe-se que haja no Brasil uma abundância de eventos deste tipo, dos quais provavelmente há registros. O objetivo deste estudo é apresentar uma revisão integrativa de relatos acadêmicos de curas espirituais publicados por autores brasileiros. Identificaram-se 22 estudos, a maioria pesquisas etnográficas em contextos religiosos, realizadas por pesquisadores da área das Ciências Sociais, seguida das Ciências das Religiões, da área da Saúde (Saúde Coletiva, Enfermagem, Medicina e Psicologia), que utilizaram o conceito de eficácia simbólica para a compreensão desses fenômenos. Tais achados ressaltam a urgência de abordagens transdisciplinares que possam superar a dicotomia expressiva do recorte ideológico entre natureza e cultura.
Revista de Medicina, 2015
RESUMO: O conceito de terapia gênica é simples: introduzir material genético na célula com o objetivo de interceder na progressão de uma doença. Mesmo com uma definição de fácil entendimento, na verdade o campo de estudo da terapia gênica é rico em tecnologias inovadoras, conhecimentos e práticas interdisciplinares. O desenvolvimento e aplicação de terapia gênica encontram desafios significativos iguais como qualquer tratamento ainda em fase experimental, mas também enfrentam dificuldades próprias devidas ao uso de material biológico como agente farmacológico. Esta pequena revisão apresenta alguns conceitos básicos sobre a tecnologia e aplicação de terapia gênica e serve como base para uma discussão sobre o importante papel da associação entre pesquisa básica e clínica no desenvolvimento desta nova abordagem terapêutica. A contribuição dos conhecimentos dos especialistas em aspectos básicos e clínicos permite que tanto a tecnologia quanto a aplicação de terapia gênica em pacientes rapidamente recebam os benefícios do progresso da ciência. No Brasil, a terapia gênica se encontra em fase precoce quando comparado com vários países ao redor do mundo, porém nossos avanços são significativos e existem excelentes perspectivas de crescimento.
2020
O presente artigo discute os aspectos teoricos ligados a formacao do ethos nova era e sua influencia nas concepcoes de saude, cura e doenca. Foi realizada pesquisa de campo entre 2018 e 2019 em Sao Paulo e em Florianopolis. O metodo de coleta foi o de entrevistas semiestruturadas com terapeutas holisticos. Foi observado que essa concepcao esta marcada pelo desenvolvimento pessoal e evolucao da consciencia como caminho para a salvacao espiritual. Alem disso, a busca da harmonia entre corpo, mente e espirito e um dos supostos requisitos para esse crescimento. Foi constatado que essa harmonia e uma das principais metas das terapias holisticas da Nova Era.
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