Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
2019, Revista Arqueologia Pública
…
20 pages
1 file
A ideia de desenvolver este artigo surgiu após muitas reflexões em torno da temática de gênero e da teoria Queer, especialmente após a realização do simpósio Aproximações da Arqueologia Brasileira com a Teoria Queer no IX Encontro de Teoria Arqueológica da América do Sul, ocorrido em Ibarra, Equador, em 2017. Dando continuidade a estes diálogos, proponho apresentar um breve panorama sobre a teoria Queer e os estudos daí derivados, tomando como base as principais referências que vêm contribuindo para a consolidação deste campo de atuação teórica, metodológica e ativista. Apesar de tratar-se de artigo bibliográfico, construirei algumas problematizações acerca de se perceber criticamente a pertinência da teoria Queer no estudo das temáticas subalternizadas e ignoradas pela academia.
Academia de Direito
No ano de 2019 o Supremo Tribunal Federal, em decisão inovadora, decidiu transformar a homofobia e a transfobia em tipo penal definido na Lei de Racismo, contudo, tal qualificação ocorreu por meio de decisão judicial e não pela via comum, a normativa. Sendo assim, o presente artigo objetiva analisar se a criminalização da transfobia no Brasil promovida pela decisão proferida pela Suprema Corte (Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão - ADO - nº 26) traz a proteção necessária buscada pelo crescente movimento social, em defesa das pessoas na condição de transgêneros, chamado movimento queer. A metodologia adotada para o presente trabalho é qualitativa e o método de abordagem é dedutivo, tendo em vista que se parte da premissa que a decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal teve influência da teoria queer e atendeu os anseios do referido movimento, antecipando-se a qualquer previsão legislativa. Conclui-se, através dos estudos realizados, que o movimento queer influencio...
Este artigo busca acompanhar viagens de teorias para delinear os contornos principais do encontro entre teoria queer e pensamento decolonial. A tentativa é, de forma inicial e provisória e sem qualquer pretensão de responder definitivamente às questões, formular perguntas como: o encontro entre pensamento decolonial e teoria queer poderia produzir algo mais para que se pudesse falar, como enunciado no título deste artigo, em um “queer decolonial”? Ou seriam teorias incompatíveis, já que o próprio fato de o termo queer estar em inglês sinalizaria uma geopolítica a que o pensamento decolonial buscaria exatamente se contrapor? Haveria algo em comum nessas propostas? Qual é a potência desse encontro e o que poderia produzir? E que movimentos uma leitura queer decolonial desenharia?
Via Atlântica
No presente trabalho, faz-se uma leitura da obra Ara, de Ana Luísa Amaral à luz da teoria queer, que se aplica à questão das entidades de género que emergiu dos trabalhos desenvolvidos pelos estudos gay e lésbicos e que não pode ser dissociada da teoria feminista, uma vez que ambas surgiram a partir de reflexões sobre a dificuldade dos grupos minoritários terem voz e se representarem dentro de uma linguagem e de uma sociedade falogocêntrica.
A teoria queer surgiu na década de 90 do século XX e teve como referencial teórico os estudos de Focault e Derrida, além da contemporânea Judith Butler. Ela foi originada do encontro dos estudos culturais norte americano com o pósestruturalismo francês. A palavra queer é traduzida por estranho, excêntrico, raro e extraordinário. Os estudos queer adquire todo seu poder com a invocação que o relaciona com patologias e insultos e representam a transgressão quanto a uma sociedade heteronormativa, destacando a realidade social e cultural de uma minoria excluída -os homossexuais. Vale ressaltar, que esta minoria luta contra a condição de marginal de forma radical, exagerada e excêntrica. Dessa forma, ser queer é pensar na ambiguidade, na multiplicidade e na fluidez das identidades sexuais e de gênero, mas, além disso, também sugere novas formas de pensar a cultura. PALAVRAS-CHAVES: Teoria Queer. Minoria. Cultura. A Teoria Queer surgiu nos Estados Unidos na década de 90 do século XX com a relação entre os Estudos Culturais e o Pós-estruturalismo francês, no intuito de questionar, problematizar, transformar, radicalizar e ativar uma minoria excluída da sociedade centralizadora e heteronormativa. Portanto, representa as minorias sexuais em sua diversidade e multiplicidade, levando em consideração todos os tipos e concepções de sexualidade. _________________________ Mattelart e Neveu (2004) declaram que na relação com os Estudos Culturais, a Teoria Queer é parte de um conjunto que podemos chamar de teorias subalternas, * Mestrando em Critica Cultural pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), especialista em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e Literaturas, Graduado em letras com inglês pela UNEB e professor do projeto EMITec da Secretária da Educação do Estado da Bahia. ** Orientador do Mestrado em Critica Cultural, Doutor em literatura, mestre em e professor da Universidade do estado da Bahia.
Revista Gênero
Proposta de síntese histórica desde o pós-estruturalismo e os estudos de gênero até a emergência da teoria Queer. O contexto cultural da língua portuguesa e a tradução da Teoria Queer.Palavras-chave: Homossexualidades; Teoria Literária; Teoria Social
Fênix - Revista de História e Estudos Culturais, 2020
História & Teoria Queer, publicado em 2018 pela editora Devires, é uma das primeiras obras publicadas no Brasil que busca apresentar a potencialidade, os usos e as apropriações da Teoria Queer
This is my under-graduation monography on the emergence of Queer Studies in Brasil. It is an extended version which encompasses an essay on the emergence of the dual conception of sex and sexualities between 17th and 20th centuries CE. This monograph has been acclaimed as the “most complete survey of Queer Studies in Brazil” (Denilson Lopes. “In Search of a New Invisibility”. In: Carvalho, V. M., Gavioli, N. (ed.). Literature and Ethics in Contemporary Brazil. (London: Routledge, 2017.) p. 167).
Revista Ártemis, 2014
O objetivo é examinar as principais contribuições da teoria queer à área de Relações Internacionais. O argumento central aponta que a teoria queer permite observar que: 1) Estados e nações são construções históricas que regulam as atividades sexuais a fim de garantir a sua reprodução biológica e social; 2) a (in)visibilidade de certos corpos em estratégias de segurança é uma forma de violência discursiva que tem a função de reforçar as ortodoxias e as hierarquias de gênero, sexo e sexualidade; 3) a globalização permitiu o surgimento de "sexualidades fluidas" apolíticas, marcando a comoditização do corpo e da identidade no nível internacional e a domesticação da sexualidade sob a lógica do consumo; 4) a sexualidade está na interseção com a etnicidade e outras categorias, desempenhando um papel constitutivo de hierarquias nos processos de militarização, nacionalização e redefinição de identidades estatais no nível internacional.
Da teoria às práticas «Queer», hoje, é uma miríade de entendimentos, com diferentes contextos e usos. Pode ser um termo guarda-chuva reivindicando orientações sexuais não-heteronormativas, identidades de género e características sexuais não-conformes ao binarismo; é um termo guarda-chuva de diversas e distintas correntes de pensamento académico sobre a sexualidade, o género, o sexo (biológico) e as identidades; é o nome escolhido para expressões recentes e actuais de recomposição de movimentos radicais em muitas sociedades ocidentais, por oposição à institucionalização das últimas décadas e à apropriação e fixação ideológica e comercial de identidades LBT e sobretudo Gay (masculinas, «naturalmente»). Os primeiros movimentos políticos queer são fundados nos EUA num período de recuos sociais e políticos (Reagan, Bush) e no contexto da crise do surgimento da Sida, final dos anos 80. São portadores de uma démarche política que rompe com as concepções essencialistas de alguns movimentos gays e feministas. É com o crescimento do movimento e a sua consequente visibilização, que a estratégia de guerrilha sexual subversiva dá lugar a muitas e variadas formas de luta. É com o aparecimento de um movimento cada vez mais influente e aproximado às instituições de decisão política (e também próximo, cada vez mais, de uma abordagem académica), que estas identidades de luta se começam a apagar (politicamente e na realidade cultural gay) em prol de um movimento mais intrinsecamente ligado ao binarismo e à normalidade dos comportamentos. Parte das minorias sexuais pode ser integrada, enquanto uma outra parte passa a ser encarada como cópias defeituosas do modelo heterossexual ou mesmo do homossexual «integrado» (obviamente integrado num contexto que permanece ferozmente heteronormativo). Gays e Lésbicas tornam-se modelos legitimados pela proximidade à norma comportamental patriarcal, com a recusa de uma boa parte do movimento em afirmar travestis, drag-kings, drag-queens, butch-femmes, etc., como entidades de luta. Curioso é que os actuais movimentos radicais, ou queer, são acusados frequentemente de condenar as opções pessoais das pessoas LGBT «integradas» ou com modos de vida relativamente «normalizados», quando na verdade estão a fazer uma crítica cultural, e não a dirigir um julgamento sobre vidas particulares.
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.
Gênero, Sexualidade e Direito: uma introdução, 2016
Mural Internacional, 2018
Plural (São Paulo. Online), 2008
Peri - Revista de Filosofia , 2019
Ensaios Filosóficos, 2015
Revista Periódicus
Revista Pesquisa Qualitativa, 2018
INTERAÇÕES, 2021
Revista Inter-Ação, 2018
Diversidade e Educação
A história escrita: teoria e história da historiografia, 2023