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Locus: Revista de História
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O sentimento de rechaço ao islã tornou-se algo como um lugar-comum junto à emergência da nova direita populista em vários países e regiões do planeta. Sobretudo após os atentados de 11 de setembro de 2001, o islã ganhou um papel de protagonismo dentro daquilo que essa direita propõe combater. Todavia, os motivos do sentimento anti-islâmico tornam-se turvos, uma vez que antes do 11 de setembro vários setores da direita na Europa e nos EUA já enquadravam o imigrante não europeu, ou de países do chamado terceiro mundo como um grande problema. Quando o sentimento anti-islâmico surge nos discursos da direita em países que não se defrontam com a questão da imigração de forma tão incisiva, como no Brasil, este tema fica ainda mais problemático, tornando-se necessária uma averiguação mais detalhada da questão. Neste artigo analisa-se a abordagem do islã no contexto da nova direita no pensamento de Olavo de Carvalho, um influente formador de opinião da direita brasileira atual. Busca-se comp...
O Ocidente hoje está envolto num conflito violento e dilatado contra as forças do radicalismo islâmico. Esta luta é sumamente difícil, tanto pela dedicação do nosso inimigo à sua causa, como -talvez principalmente -pela enorme desconjunção cultural por que passaram Europa e América desde o fim da guerra do Vietnã. Em termos simples, os cidadãos do Ocidente perderam o seu apetite por guerras estrangeiras; perderam a esperança de conquistar qualquer vitória que não fosse temporária; perderam a confiança no seu modo de vida. De fato, não têm mais certeza sobre as exigências que esse modo de vida lhes faz.
Revista Sísifo, 2015
Pensar o "Ocidente" que se forja como imaginário em contraponto ao "Oriente" (ou aos orientes) e a relação de espelhamento que se produz nestas relações.
Camões. Revista de Letras e Culturas Lusófonas, 9-10 , 2000
Teoria & Cultura, 2018
Os resultados das últimas eleições são a manifestação mais aparente de amplas transformações na sociedade brasileira. Após anos de hegemonia da esquerda, há forte sensação de expansão da direita em diversos cenários sociais. O fenômeno não é apenas eleitoral, mas encontra repercussão nos mais diversos espaços, em amplo movimento de disputa da hegemonia que envolve dimensões estéticas, concepções religiosas e organizações da sociedade civil. A dificuldade de abarcar o fenômeno passa, justamente, por suas múltiplas expressões, resultado de diversas linguagens, espaços e temporalidades. O encontro de longevas práticas políticas brasileiras com heranças das escolhas da nossa redemocratização e recentes transformações na construção de atores políticos, para o que as novas tecnologias contribuem de modo central, delineia um mundo ainda em formação. Não é possível conhecer essas novas práticas recorrendo às tradicionais divisões disciplinares ou de forma restrita às fronteiras nacionais, já que se há, por certo, marcas nacionais em cada um dos grupos que, pela direita, ganharam destaque político em todo o mundo, são evidentes os vínculos globais do fenômeno. Alguns trabalhos individuais e esforços coletivos tem buscado enfrentar tal questão (CRUZ, KAYSEL, CODAS, 2015; CHALOUB, PERLATTO, 2016; MESSENBERG, 2017; CEPEDA, 2018; FERNANDES; MESSSENBERG, 2018). Ainda resta, todavia, grande número de questões, tanto passadas quanto futuras, a serem enfrentadas e investigadas com maior afinco. É importante destacar que a presença social cada vez mais forte da direita na cena política brasileira tem se realizado paralelamente a uma maior difusão, no plano cultural, das ideias conservadoras, mobilizadas e difundidas por diferentes intelectuais. E não se trata aqui apenas de uma intervenção mais destacada de intelectuais no debate público portando argumentos em defesa de uma agenda centrada na sustentação do liberalismo econômico, a exemplo de Gustavo Franco, Marcos Lisboa, Armínio Fraga e Samuel Pessoa, que ocupam lugar de destaque nos jornais e revistas de maior circulação do país com críticas duras às políticas desenvolvimentistas levadas à frente pelos governos do PT, críticas estas, ressalte-se, reverberadas em publicações recentes como Anatomia de um desastre, de Claudia Safatle, João Borges e Ribamar Oliveira (2016) e Como matar a borboleta azul, de Monica Baumgarten de Bolle (2016). O que se tem verificado ao longo dos últimos anos é um fenômeno ainda mais amplo, com características particulares, que se vincula a uma presença cada vez mais visível na esfera pública de intelectuais portadores de uma retórica mais virulenta, combativa e militante, e que se assumem abertamente de direita, a exemplo de Olavo
2019
Resumo: Este texto tem por objeto a visão de Ocidente presente no pensamento do general Golbery do Couto e Silva, explicitado em suas obras Geopolítica do Brasil e Planejamento estratégico. Para analisá-la, aborda-se sua visão de homem, de história, de estado e de civilização; traz-se à luz a sua inspiração teórica para o debate sobre civilização ocidental e encerra-se com a relação de dependência mútua que percebe entre Brasil e Ocidente, além das proposições que faz a partir desse diagnóstico, da opção pelo Ocidente e da criação do Brasil-potência. Palavras-chave: Golbery do Couto e Silva; civilização ocidental; pensamento conservador. The West and History in Golbery do Couto e Silva Abstract: This text has as its object the vision of the West present in the thinking of General Golbery do Couto e Silva, explained in his works Geopolitics of Brazil and Strategic planning. To analyze it, it approaches his vision of man, history, state and civilization; and its theoretical inspiration is brought to light for the debate on civilization, ending with the relationship of mutual dependence that he perceives between Brazil and the Western civilization, besides the propositions that he makes from this diagnosis, the option for the West and the creation of Brazil-power.
2013
O presente estudo apresenta uma análise das representações do Extremo Oriente nas obras do escritor português Eça de Queirós (1845-1900). Através de um estudo amplo de obras de diversos momentos da carreira do escritor português, procuramos demonstrar que o Extremo Oriente queirosiano estabelece uma representação complexa das relações Ocidente-Oriente, não se limitando às imagens cristalizadas do Oriente na literatura portuguesa, em que se destacam o exotismo e o caráter imaginário. Como principais pilares teóricos, nos apoiamos nas teorias orientalistas, principalmente as de Raymond Schwab (1950) e Edward Said (1978), e da fortuna crítica queirosiana. Realizamos uma análise comparativa de textos ficcionais e não ficcionais do autor que, nomeadamente, compreende os romances O Mistério da Estrada de Sintra (1870), escrito juntamente com Ramalho Ortigão, O Mandarim (1880) e A Correspondência de Fradique Mendes (1900); os textos de imprensa “A Marinha e as Colônias” (1871), “A Pitoresca História da Revolta da Índia” (1871), “A França e o Sião” (1893), “Chineses e Japoneses” (1894), “A Propósito da Doutrina Monroe e do Nativismo” (1896), “França e Sião” (1897); e o relatório consular A Emigração como Força Civilizadora (1979).
Portugal-China: 500 Anos, 2014
No tempo de Eça de Queirós, o Oriente estava na moda. E também na ordem do dia, do ponto de vista político, pois que por lá se decidiam questões relevantes de que dependiam poderes imperiais e interesses económicos. Mas nesse mesmo tempo, o Oriente era vastíssimo e incluía muitas terras, muitas gentes e muitas culturas. Do chamado Próximo Oriente ao Japão, dito do Sol Nascente para quem o considerava a partir de um lugar de observação eurocêntrico, iam distâncias consideráveis. Entre a Europa e o Japão estava o Império do Meio (entenda -se: no centro do planeta), ou seja, a China que resistia aos ventos da Revolução Industrial e que só pela força militar usada nas chamadas Guerras do Ópio se foi abrindo ao comércio com o Ocidente. A pouco e pouco, os estrangeiros deixaram de ser, como até então, bárbaros. Arrastam -se estas tensões e os derivados conflitos bélicos por várias décadas, ao longo do século , com consequências que o Eça da segunda metade de Oitocentos conhecia bem, sendo, como era, leitor atento da melhor imprensa de então.
Locus, 2012
Neste artigo o autor analisa a importância que a "questão islâmica" adquiriu no imaginário, e na prática, da extrema-direita europeia. Depois de discutir a validade da palavra "islamofobia", o autor documenta, por meio de uma análise extensa de fontes primárias e secundárias, as várias formas através das quais o anti-islamismo está a redefinir o universo ideológico clássico da extrema-direita, assim como as suas consequências para o sistema partidário e cultura política em geral.
2017
Resumo: Nesse artigo, propomo-nos a realizar um exercício antropológico sobre a constituição da diferença entre "Ocidente" e "Oriente" a partir da privação da liberdade feminina em espaços públicos retratada no filme de animação Persépolis. A linguagem cinematográfica é entendida como sendo a mais eficiente na disseminação global de símbolos que promovem atualizações da oposição entre "Oriente" e "Ocidente". A opção por esse filme deve-se ao fato de ser uma autobiografia escrita e dirigida por uma mulher criada no Irã durante regime islâmico iraniano (Marjore Satrapi) cuja trajetória legitima o filme como sendo a expressão de um ponto de vista "oriental". Considerando o cerne do filme a oposição entre os seguintes pares de correspondência "Ocidente = laicidade vs Oriente = Estado islâmico", perguntamos: é possível dizer que o filme Persépolis seja uma produção imagética acerca da divisão simbólica entre "Oriente" e "Ocidente" elaborada a partir de uma perspetiva "não-ocidental"? Concluímos que o filme Persépolis expressa uma crítica política ao espaço restrito da mulher no "Oriente" pautada por um ponto de vista do "Ocidente", uma vez que há, subjacente a essa crítica, a noção de "laicidade" do regime francês.
"Lusa - a matriz portuguesa", vol. 2, São Paulo, Mag Mais Rede Cultural, 2007, pp. 28-37 e 58-85, 2007
o p o r t u g a l d o s r o m a n o s Ma r i a C o n ce i ça o L o p e s | I n st i t u to d e A rq ueologia, Universidade de Coimbra A cidade era, naturalmente, cenário de representação do poder, simbolicamente celebrado pelos edifícios públicos, religiosos e civis e outros monumentos de maior prestígio construídos no fórum e nos lugares mais destacados da cidades.
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Uwa’kürü - dicionário analítico, vol. 2, 2017
Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto, 2010
Direito e Democracia: Revista de Ciências Jurídicas, 2005
História de Roma Antiga volume I: das origens à morte de César, 2015
Instituto de História Económica e Social, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 2008
Meritum Revista De Direito Da Universidade Fumec, 2008