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2009, Arquivos Brasileiros De Psicologia
Endereço para correspondência RESUMO O tema do amor é percorrido e articulado às questões próprias de parcerias na psicose, tendo a Psicanálise lacaniana como principal referência. São abordadas algumas formalizações consideradas essenciais para ponderar a dificuldade de sua existência na psicose: amor como paixão do ser que acalma a falta-a-ser, portanto associado a dar o que não se tem; amor como sublimação do desejo, como afeto que para de escrever-se, contingencial; amor suplência da não relação sexual e diferenciador do parceiro de um puro sintoma. Considera-se a possibilidade de se dizer do amor na psicose, mas como amor morto, em função da própria constituição subjetiva desses sujeitos. Consequentemente se localiza a posição subjetiva do parceiro do psicótico que não é sintoma do inconsciente e a posição do sujeito psicótico na relação sexual que faz existir. Abordam-se, também, o uso do órgão e de certos indicadores que possibilitam parcerias duradouras, atestadas pela clínica e pela vida diária.
Introdução à psicanálise Sobre o Amor 9 [Fábio Belo e Lúcio Marzagão] Avareza e Perdularismo 35 [Fábio Belo e Lúcio Marzagão] O Umbigo e o Cogumelo: sobre a subjetividade em Freud 59 [Fábio Belo] O inconsciente como produtor de impossibilidades 68 [Fábio Belo] Psicanálise e Pragmatismo A clínica e a reflexão moral 78 [Fábio Belo] Ética e Clínica: apologia de um saber menor 87 [Fábio Belo e Lúcio Marzagão] A Metáfora Freudiana: Para uma Mudança Paradigmática na Psicanálise 103 [Fábio Belo e Lúcio Marzagão] Críticas ao mito do bebê solipsista de Freud 126 [Fábio Belo] Notas sobre Linguagem, Inconsciente e Pragmatismo 137 [Fábio Belo e Antonio Marcos Pereira] O Estilo de Wittgenstein e a Função Terapêutica de sua Filosofia: Escrever para Reconhecer a Própria Face 153 [Fábio Belo] História da Psicanálise Tragédia e Ironia na História da Psicanálise 168 [Fábio Belo]
Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 1950
Como é sabido, o campo inicial de investigação e tratamento psicanalítico restringiu-se às chamadas "neuroses de transferência", estendendo-se, depois, para as demais formas neuróticas. De início, as manifestações psicóticas não foram julgadas passíveis de influência pela técnica psicanalítica. Conhece-se, nesse particular, o pessimismo de Freud e de alguns dos seus mais eminentes discípulos, quando assinalaram a falta de capacidade de transferência de tais pacientes e, portanto, sua inacessibilidade aos influxos terapêuticos.
A partir do séc. XII, o amor surge na literatura ocidental vinculado à dor e ao sofrimento humano, à promessa de felicidade.
Trabalho apresentado no IV Congresso Internacional de Psicopatologia Fundamental e X Congresso Brasileiro de Psicopatologia Fundamental. 4 a 7 de setembro de 2010, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil.
Alfa Revista De Linguistica, 2009
Memórias de um olhar: algumas considerações psicanalíticas a partir da psicose, 2021
Esta pesquisa retorna a algumas memórias para, a partir da interrogação sobre os moldes que constroem a imagem do louco, questionar que direito tem, o psicótico, à sua subjetividade nos tratamentos (hegemônicos) para o seu sofrimento psíquico. Sendo assim, partimos de um foco alterado: não mirando o louco, mas percorrendo o processo que ele abre contra a normalidade. Resguardando o interesse pelas fraturas que a linguagem faz na escuta, no olhar, no enquadramento e no saber, esta pesquisa parte do campo da psicanálise freudo-lacaniana e conta com a contribuição de autores de outros campos do saber. A partir de alguns recortes em notícias atuais, na história do Hospital Colônia (MG) e nas lembranças da pesquisadora, um texto foi se construindo e, nele, deu-se a ver a insistência em refazer o caminho de algumas palavras que, com o advento da subjetividade moderna, se precipitaram em signos que forjam a suposição de uma ordem natural para o humano. Com o desenrolar do movimento da pesquisa apresentamos uma discussão teórica rumo aos fundamentos da prática clínica e às histórias que, mantidas sob esquecimento, dão a ver a face bárbara da cultura, o estado de exceção que a política moderna institui e a violência agenciada pelo capitalismo avançado naquilo que se dispõe a constituir uma prática de cuidado para o sofrimento psíquico. O problema geral do normal e do patológico percorre o que se discute a partir de um encontro e do que vai sendo encontrado ao longo da pesquisa, conduzindo-nos às inversões produzidas com inclusão da loucura no campo da linguagem. Assim, ao longo de toda a pesquisa, trabalha-se com a subversão freudiana e lacaniana de partir da psicose para referir as demais estruturas e dissolver a fronteira entre o normal e o patológico; reconhecendo nisso um ato político importante na medida em que questiona a conjuntura para tentar assegurar o direito à subjetividade nos tratamentos para o sofrimento psíquico do psicótico, mas não só, consequentemente.
Este artigo desenvolve uma compreensão original do amor erótico como modo de ser, experiência vivida distinta da paixão e do sexo. Através de citações literárias, explora as condições de possibilidade do amor manifesto por sua ênfase, em diálogo aberto com referências filosóficas da tradição fenomenológica, e por sua privação, à luz das patologias do amor como derivadas de paixão e sexo: o enamoramento e a perversão sexual. O amor e suas patologias são dialeticamente relacionados com os processos vividos do amadurecimento, dos pontos de vista da psicopatologia fenômeno-estrutural e da literatura. Na sequência, o orgasmo e a arte são apresentados como expressões do amor. Conjectura-se, ainda, a possibilidade de uma terapêutica às patologias do amor por meio da abertura intersubjetiva ao amor; e, por fim, assinala-se o amor vivido, enquanto experiência dual de aprofundamento intercorporal, como superação antropológica do dualismo.
Literatura em movimento: pesquisa e investigação 5, 2021
Os estudos críticos sobre a obra do escritor norte-americano H. P. Lovecraft costumam apontar, com razão, que o conceito de medo cósmico cunhado pelo autor para legitimar esteticamente a produção da literatura de horror tem as suas raízes na reflexão sobre o sublime, principalmente no modelo teórico proposto por Edmund Burke. Tal fato faz com que muitos pensadores enxerguem nas narrativas ficcionais lovecraftianas uma fonte para a produção do sublime enquanto efeito de recepção. Essa visão tem sido foco, nos últimos anos, de uma polêmica, na qual é debatido se de fato a ficção de Lovecraft é capaz de sustentar um efeito sublime ou se, embora sustentada formalmente no conceito, ela é marcada por um pessimismo tão profundo que acaba por proporcionar nos leitores um sentimento distinto daquele descrito pelo sublime. O que se sabe é que, intradiegeticamente, o sublime parece prejudicado pela ausência de uma virada positiva na experiência das personagens quando confrontadas pelos horrores criados pelo autor. Nas narrativas lovecraftianas, o destino dos protagonistas é marcado pela morte, pela loucura, ou por um regresso a um estado evolutivo pré-humano. A principal questão, portanto, é avaliar se essa característica da ficção de Lovecraft impossibilita ou não a produção do sentimento do sublime para os próprios leitores. O objetivo deste ensaio, então, é adentrar essa discussão e averiguar, com o máximo de precisão possível, que tipo de efeito de recepção a obra lovecraftiana engendra.
ONELLEY, Glória Braga
Atribui-se a Teógnis de Mégara, poeta que floresceu possivelmente em meados do século VI a. C., uma coletânea de elegias conhecida como Corpus Theognideum. É esse Corpus composto de, aproximadamente, 1400 versos, de temática e extensão bastante variadas, alguns dos quais imputados a outros elegíacos, como Tirteu, Mimnermo, Sólon e Eveno de Paros, e, ainda, a poetas anônimos. A despeito da controvertida questão acerca da autenticidade da coletânea teognídea, ressalte-se que ela representa um relevante testemunho literário, ainda que não autobiográfico, para o conhecimento de diferentes aspectos da sociedade grega aristocrática do período arcaico, em cujo seio se instituiu a prática da pederastia.
Revista do Departamento de Psicologia. UFF, 2006
Investigamos a condição do amor como ponto de inflexão entre a filosofia e a psicanálise. A referência escolhida no campo de possibilidades de relação entre a filosofia e a psicanálise baseia-se no pensamento de Lacan. A possibilidade de relação entre dois discursos distintos é abordada, no pensamento lacaniano, a partir de seu aforismo maior, segundo o qual "não há relação sexual". Mesmo para a relação que não existe, Lacan propõe uma suplência - o amor, o qual surge como uma das suplências possíveis para a "relação sexual impossível" que pode se apresentar como um campo possível para a relação entre a filosofia e a psicanálise.
2019
ROSSINI, V. C. (Des)atando nos; as amarracoes subjetivas na Psicose. 2019. 22f. Trabalho de Conclusao de Curso (Graduacao em Psicologia)- Universidade Estadual da Paraiba, Campina Grande, 2019.
Este trabalho busca analisar uma das definições que Lacan oferece da psicose (em 1975), atribuindo a uma falha do amor, em seu processo de constituição, a origem das psicoses de uma maneira geral. Após compreender o sentido dessa falha amorosa, buscaremos identificar o modo de operação do amor (e sua falha) no quadro clínico da melancolia.
O que é o amor na psicanálise? A demanda amorosa adquire uma importância fundamental na relação analítica. Ela é material básico para o tratamento, ao mesmo tempo que é resistência, obstáculo à análise. Aparece com essa "dupla função", ao mesmo tempo, antagônica e complementar. Afinal, que amor é esse? É o mesmo amor dos enamorados? É justa a distinção entre amor na transferência e amor fora da análise?
Mundi-o: Considerations on a case of psychosis. This article presents Raimundo’s case, highlighting his wide written production and his delusional construction involving the urologic evolution of the animal kingdom. That would start from the sponges, asexual beings, to reach Raimundo himself as the single element of a superior species that holds both genitals, male and female. The text also highlights a set of discussions that are raised as a consequence of the report. Among these discussions, the interest on the subjects of denial, of the body and sexuation in the treatment of psychosis are emphasized.
Revista Mosaico
O estudo objetivou discutir a experiência do amor em seus diferentes âmbitos, no sentido de melhor compreender os motivos que movem o ser humano na busca pelo relacionamento amoroso. Apresenta um breve relato das concepções do amor no Ocidente, demonstrando o quanto essas concepções mudaram no decorrer da história do mundo e, a partir de tais concepções, desenvolve uma breve análise sobre o motivo pelo qual as pessoas se engajam e investem em relações amorosas. Discorre a respeito das teorias psicológicas sobre o amor, mais precisamente a Teoria do Apego de John Bowlby e a Teoria Triangular do Amor de Robert Sternberg, examinando a crença de que o insucesso do relacionamento amoroso pode ocorrer pela decepção do indivíduo com aquilo que buscou, a partir do que entendeu como sendo o seu ideal de amor. E discute a ideia de construção da conjugalidade baseada no autoconhecimento do indivíduo, dado que, como consequência, a busca pelo relacionamento amoroso se entrelaça a todo momento c...
Psicologia: Ciência e Profissão, 2013
Resumo: Este é um ensaio teórico sobre o fenômeno amor em relacionamentos românticos no campo da Psicologia e no da Psicologia social. São apresentadas as primeiras teorias sobre o amor na Psicologia, e, posteriormente, são abordadas em maior profundidade três teorias da Psicologia social: os estilos de amor de John Alan Lee, a teoria de apego, de Phillip Shaver, Cindy Hazan e Donna Bradshaw, e a teoria triangular do amor, de Robert J. Sternberg. São apresentados os aspectos teóricos, empíricos e metodológicos de cada teoria, e sua análise permitiu observar que o amor é um fenômeno complexo e detectar a presença de divergências teóricas e metodológicas. A complexidade é observada na diversidade teórica e nos resultados de pesquisas encontrados. Teoricamente, foi registrada divergência na forma como o amor é concebido; metodologicamente, houve o predomínio de abordagens quantitativas, com a presença de diferentes escalas. Identifica-se que algumas questões precisam ser mais bem investigadas, assim como os instrumentos de medidas adotados. Nota-se, assim, que essa área de estudo ainda está em processo de evolução e que a realização de mais pesquisas pode contribuir para o desenvolvimento do campo. Ao final, sugere-se o estudo da interação da cultura via crenças e valores na vivência do amor e maior utilização de abordagens qualitativas. Palavras-chave: Amor. Relações interpessoais. Psicologia social. Estados emocionais.
Neste artigo analisa-se as relações entre o quadro clínico da ¿loucura histérica¿, surgido no século XIX, em contraste e comparação com a concepção psicanalítica da psicose. O objetivo é mostrar que se trata de uma variante pouco tematizada da estrutura histérica, tal qual foi investigada por Lacan. Para mostrar a utilidade clínica e diagnóstica representada por esse quadro, recupera-se a especificidade da noção de loucura em Lacan. Os resultados sugerem que a indistinção entre a apresentação clínica da ¿loucura histérica¿ e a psicose pode induzir a uma trajetória de internamento e a cronificação psiquiátrica indesejável e desnecessária.
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