Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
2013
What is the purpose of the self-criticism that Merleau-Ponty addresses to his texts from the 1940s? How we can understand the alleged dualism present in Phenomenology of perception (1945)? What kind of consciousness Merleau-Ponty calls "mythology" in 1964? In which sense can we understand the term not-being in 1945, which appears to be the main point to which Merleau-Ponty‘s self-criticism is directed? In contrast with some scholars who try to show that there is an exteriority between being and not-being in Phenomenology of perception , I try to show that in 1945 being and not-being are two names for the same notion: temporality or expressiveness. Thus, the criticism of The visible and the invisible (1964) is directed to another point and Phenomenology of perception cannot be read as a simple "psychology" text anymore.
Ficha Catalográfica
Resumo: Neste texto, retomamos a avaliação de Michel Haar segundo a qual o projeto ontológico de Merleau-Ponty redundaria em uma metafísica. A fim de tornar tal avaliação mais severa, propomos um outro critério, de inspiração kantiana, conforme o qual a obra de Merleau-Ponty também poderia ser classificada como metafísica. Em seguida, expomos as estratégias filosóficas de Merleau-Ponty com base nas quais julgamos que conforme nenhum desses dois critérios Merleau-Ponty constitui um discurso metafísico. Palavras-chave: ontologia, metafísica, Merleau-Ponty, Michel Haar, Heidegger.
Trans/Form/Ação (UNESP), 2014
O livro Maurice Merleau-Ponty et la psychanalyse: la consonance imparfaite, pela Editora Le Bord de L'Eau constitui, seguramente, um marco na literatura filosófica francesa atual. Trata-se da obra de Thamy Ayouch, psicanalista, professor de psicopatologia clínica da Universidade de Lille 3 e pesquisador na Universidade Paris 7 - Denis Diderot. Como o título sugere, o trabalho explora um dos temas candentes ao longo de toda a reflexão do filósofo francês Maurice Merleau-Ponty (1908-1961), que parece ter concedido, cada vez mais, um certo lugar de honra da psicanálise naquilo que ela permite redimensionar questões teóricas decisivas. Em tal contexto, que alcance maior o livro de Ayouch projeta, em meio à fortuna crítica literária em torno da obra fenomenológica de Merleau-Ponty?
Phainomenon, 2000
Maria Teresa Castanheira 0 que ea fenomenologia? Pode parecer estranho que ainda se coloque esta questao, meio seculo depois dos primeiros trabalhos de Husserl. No entanto, ela esta longe de ser resolvida. A fenomenologia e o estudo das essencias e todos os problemas, segundo ela, consistem em definir as essencias: a essencia da per cepc;:ao, a essencia da consciencia, por exemplo. Mas a fenomenologia e tam bem uma filosofia que coloca as essencias na existencia e nao pensa que se pode compreender o homem e o mundo de um outro modo que nao a sua "factici dade". E uma filosofia transcendental que suspende, para as compreender, as afinnac;:6es da atitude natural, mas e tambem uma filosofia para a qual o mundo esta sempre " j a af', antes da reflexao, coma uma presenc;:a inalienavel e, por tanto, todo o esforc;:o consiste em reencontrar este contacto ingenuo com o mundo, para lhe dar finalmente um estatuto filos6fico. E a ambic;:ao de uma filo sofia que se j a uma "ciencia exacta", mas tambem uma apreciac;:ao critica do espac;:o, do tempo e do mundo "vividos". Ea tentativa de uma descric;:ao directa da nossa experiencia tal qual e, sem considerar a sua genese psico16gica e as explicar.;6es causais que o sabio, o historiador ou o soci6logo dela pretendem dar, e, no entanto Husserl, nos seus ultimas trabalhos, menciona uma "fenome nolo g ia g enetica" 2 e mesmo urna "fenomenolo g ia construtiva" 3. Q uerer-sea sus p ender estas contradi c;: 6es, distin g uindo entre a fenomenolo g ia de Husserl e a de Heide gg er? Mas todo o Sein und Zeit saiu de uma indica r.; ao de Husserl e consiste a p enas numa explicita c;: ao da "nattirlichen Weltbe g riff' ou da "Lebenswelt" q ue Husserl, no firn da sua vida, <lava coma tema primeiro para a
Trans/Form/Ação, 2012
O trabalho de definir o que é a fenomenologia, desde a Fenomenologia da Percepção, suscitou uma tomada de partido em relação ao pai da fenomenologia. A crítica ao idealismo de Husserl, o papel da ambiguidade, a impossibilidade de redução completa, entre outros grandes temas, personalizam a fenomenologia de Merleau-Ponty em relação ao mestre. O objetivo do ensaio é mostrar como, na descrição do "método" fenomenológico, Merleau-Ponty se afasta dos conceitos fundamentais de Husserl, sem deixar de retornar continuamente a ele.
Revista de Filosofia Aurora, 2010
Procuramos discutir a ontologia indireta de Merleau-Ponty a partir do estatuto conferido por ele às artes. De início, vinculando o logos do mundo estético de que fala a ontologia ao tema da pintura, o que confere a esta uma signifi cação metafísica. Depois, vinculando aquele mesmo logos ao sentido do trabalho do artista. Por fi m, uma aproximação entre Sartre e Merleau- Ponty a propósito da pintura e da literatura: de um lado, a ontologia merleaupontiana interdita conferir ao objeto estético o estatuto de irreal, como o faz Sartre; de outro, ela interdita ainda, por meio de uma distinção entre parole parlante e parole parlée, o papel proeminente conferido por Sartre ao prosador.
Revista de Filosofia Aurora, 2009
In this article, we leave of the hypothesis who to affirm what the pathologic is defined within a philosophy of the expression in sense wide. We have by aim to conceive a phenomenology from that show itself or from that reveal us the incapacity of the expression. All this was, as a matter of fact, a great endeavor for to validate our hermeneutic criterion. The conclusion, in hers aspect provisory, to affirm the accessibility of the pathologic at the thought, the necessity and the difficult by say him, and the contribution of the literature for this difficult. We are firm which that discussion about the pathologic retake and resolve the preoccupation of the Merleau-Ponty about the way for to bring near again the science and the life.
Tempo Brasileiro, 2008
Em 1929, Claude Levi-Strauss obtém a agrégation em filosofia, o título necessário para poder exercer o ensino, e tem como colegas de estágio pedagógico os seus coetâneos Simone de Beauvoir e Maurice Merleau-Ponty (os três nasceram em 1908). Após este primeiro encontro, Merleau-Ponty e Levi-Strauss não voltariam a encontrar-se por muito tempo. Passados poucos anos no ensino superior, Lévi-Strauss ocupa a cadeira de Sociologia na recém-nascida Universidade de São Paulo. Vive no Brasil de 1935 a 1938, anos em que, para além de lecionar, efetua as duas expedições etnográficas que constituem aquela "experiência de campo" que foi decisiva para a sua fomiação.' Retorna à França na altura em que eclode a Segunda Guerra Mundial. Pouco tempo depois da instalação do regime de Vichy e da entrada em vigor das suas leis anti-semitas, Levi-Strauss vai para Nova Iorque, onde ocupa a cadeira de Etnologia na École Libre des Haules Éíudes entre 1941 e 1945.2 Em 1945, logo após a libertação da ocupação nazista, Levi-Strauss regressa a Paris por alguns meses desempenhando o cargo de secretário-geral da École Libre. A sua tarefa principal era a de receber professores e investigadores franceses que estivessem interessados em visitar os Estados Unidos e Merleau-Ponty foi uma das pessoas que se apresentou no seu gabinete com esta intenção. Mas foram as vicissitudes ligadas às suas candidaturas ao College de France que deram uma Revista TB. Rio de Janeiro. 175: (13/78. out-del.. 201 i8 (v3
DoisPontos, 2012
É sempre um desafio comentar a trajetória filosófica de um autor-no fundo, dar sentido para a colocação em série cronológica de seus textos-sem acabar assumindo um fim (em geral, mas não necessariamente, as obras ditas "maduras") a servir de medida para avaliar todo o percurso. É exatamente esse risco de ilusão retrospectiva que Marcus Sacrini Ferraz trata de evitar em Fenomenologia e ontologia em Merleau-Ponty, sua tese de doutoramento agora publicada. Numa es-crita clara e o mais livre de pressupostos possível, o livro procura analisar "como a problemática ontológica se desenvolve no decorrer da obra de Merleau-Ponty" (p. 11), comentando as diferen-tes "concepções de ser" assumidas pelo filósofo ao longo de sua obra. Com esse recorte ontológi-co, Sacrini passa a ler o percurso da obra merleau-pontiana, não para encontrar no "jovem" Merleau-Ponty uma ontologia "incipiente", mero "esboço" da ontologia madura que só se encontraria plenamente desenvolvida no Visível e o invisível (na opinião de R. Barbaras, segundo Sacrini), nem para considerar que todo o desenvolvimento da obra posterior já estaria subentendido, sem muitas novidades, na Fenomenologia da percepção (como pensaria M. C. Dillon). Nem retrospecção da última ontologia sobre a primeira, nem projeção da primeira sobre a última, para Marcus Sacrini há, entre a Fenomenologia e o Visível, duas concepções distintas de ser, cabendo então ao comentador descrevê-las por 321 Recebido em 20 de dezembro de 2011.Aceito em 19 de fevereiro de 2012. brought to you by CORE View metadata, citation and similar papers at core.ac.uk provided by Biblioteca Digital de Periódicos da UFPR (Universidade Federal do...
2006
Resumo: Sob certos aspectos, a sombra expressa os limites cognoscíveis humanos e, sob outros, ela os fundamenta. Esta é a ambigüidade da sombra, da qual decorre o mistério desta. Todavia, esse duplo sentido é superado quando, num e noutro caso, convergimos para uma ontologia primordial de um Ser Bruto aquém de qualquer distinção epistemológica, e que se revela na ausência da linguagem, quando esta se cala para deixar falar o Logos.
This work aims at elucidating the problems underlying Merleau-Ponty's transition from a phenomenology of perception to an ontology of sensible being. By means of an analysis of his first books, we try to apprehend the sense of the philosophical task he will pursue throughout his career, namely to reconcile the inherence of subjectivity in the world and its intentional ability to make it appear in its transcendence. We show that Merleau-Ponty's critique of Husserl's transcendental idealism leads him to interpret intentional correlation not as one established between consciousness and object, but as one established between lived body and perceived world. This correlation no longer sustains exclusively the thesis of the object's dependence on transcendental subjectivity, but also implicates a dimension of subjectivity's belonging to the sensible world and hence to some form of objectivity. We then analyze the conceptual tools, widely taken from Husserl's phenomenology of passivity, that come into play to account for this project: the world as horizon structure, the sensations as bearing an original form of intentionality, temporality as the instance in which being's phenomenalisation and subjectivity's rooting in it should be reconciled. However, we try to demonstrate that Merleau-Ponty's project is not fully achieved in his first works. This is mainly due to the phenomenological principle according to which there must be some sort of difference between consciousness and appearance in order for the thing that appears to maintain its intentional transcendence in relation to phenomena. In his first books, Merleau-Ponty is incapable of accounting for this difference between consciousness and appearance as being also some sort of identity between them. This renders the notions of lived boy and incarnation conceptually instable, and ultimately implies an antinomy between inherence and transcendence. In that sense, we show that the doctrine of temporality only lessens the difficulty without actually solving it. In conclusion, we sketch how the concept of reversibility in Meleau-Ponty's later works only becomes fully understandable as a response to the difficulties revealed in his earlier books.
Structure and ontology in the work of Merleau-Ponty Abstract This paper discusses the renewal and the centrality at the concept of structure on Merleau- Ponty’s ontological project. It establishes, initially, the idea that in Merleau-Ponty’s work there is no univocal sense on structural notion, but a polysemy of uses and meanings that follow the development of his thought. Merleau-Ponty, especially in the elaboration of The visible and the invisible, did not aim only to appropriate the notion of structure – gestalt – already in use in psychology, linguistics and ethnology, but to go further in its philosophical roots, explore it as a new system of thought. Therefore, our working hypothesis is that in The visible and the invisible the structure is no longer considered only as the original meaning of perception and became to be considered a condition of being in the world, an essential element to a new notion of the cogito – be brute – without losing the notion of tacit cogito recognized by Merleau-Ponty within the Phenomenology of perception.[#] Keywords: Structure. Cogito. Passivity. Perceptive faith. Sensitive.
Sapere Aude, 2018
O presente artigo analisa a noção de alteridade nos últimos textos de Merleau-Ponty. Mostra, ainda, como o filósofo supera o problema do espírito, que sempre impediu a relação intersubjetiva, por meio da reabilitação ontológica da noção de estrutura, pensada como carne (La chair). A relação com o outro não recai mais na consciência da subjetividade, visto que ambos estão presos num mesmo tecido gestáltico, como quiasmas, de tal modo que toda realidade sensível é feita desse mesmo estofo primordial. A diferenciação, portanto, ocorre no próprio mundo enquanto figura sobre fundo.
O presente artigo constitui o primeiro capítulo de um projeto de TCC 2 intitulado: A subjetividade aberta ao acolhimento do Outro em Lévinas que tem como objetivo perseguir o caminho percorrido pelo filósofo lituano-francês Emmanuel Lévinas em sua busca por fundamentar uma nova abordagem da subjetividade, descobrindo uma dimensão no Eu egoísta que permite a Hospitalidade e o consequente ser-para-o-Outro.
Tese Doutorado, 2023
Trata-se aqui de apresentar a ontologia indireta de Maurice Merleau-Ponty de modo a ressaltar a influência de Friedrich Schelling, Ferdinand de Saussure e Alfred North Whitehead, ou seja, a tese examina a ontologia do Être Brut a partir da leitura que o filósofo francês faz da Naturphilosophie de Schelling, do estruturalismo de Saussure e da metafísica de Whitehead. A partir disso, então, a tese busca fundamentar seu objetivo fulcral, a saber, evidenciar a discrepância que há entre a ontologia de seus últimos anos e a ontologia formulada na década de 1940. Em suma, ao examinar o pensamento elaborado nos Cursos do Collège de France e em O Visível e o Invisível, demonstrar-se-á a incompatibilidade da ontologia tardia de MerleauPonty com aquela presente nas obras A Estrutura do Comportamento e Fenomenologia da Percepção.
Editora Fi, 2024
Para uma defesa da constância ontológica no decorrer do projeto filosófico de Merleau-Ponty, cf. Moutinho. Merleau-Ponty e a "filosofia da consciência" (2012); Muller. The Logic of the Chiasm in Merleau-Ponty's Early Philosophy (2017) e Morris. The Enigma of Reversibility and The Genesis of Sense in Merleau-Ponty (2010). Há, devemos dizer, uma outra passagem que nos parece ainda mais favorável quanto à compatibilidade entre as ontologias de Merleau-Ponty. Trataremos dela ao final do capítulo 4 da presente tese.
Revista Griot, 2018
RESUMO: No final da década de 1950, Merleau-Ponty desloca seu foco de investigação da fenomenologia à ontologia. Tal transição envolve a articulação de seus estudos prévios acerca da percepção e da corporeidade com os desdobramentos filosóficos dos postulados da física e da biologia da primeira metade do século. A partir de uma reformulação do conceito de natureza, fomentada não só pelas ciências supracitadas como pela metafísica de Whitehead, Merleau-Ponty propõe a admissão da natureza como um fluxo de expressividade temporal autoprodutora de sentido, incorporando ao âmago do ser a temporalidade e a negatividade antes exclusivas ao para-si. A carne de Merleau-Ponty, como veremos, está em harmonia com a noção de processo de Whitehead, apontando assim um certo hilozoísmo pré-socrático na ontologia de ambos. Dito isso, o objetivo do artigo consiste em examinar a ontologia indireta de Merleau-Ponty, indicando sua convergência com a filosofia de Whitehead para, finalmente, introduzirmos uma crítica incipiente a partir da obra de Francisco Varela. Defende-se aqui que o conceito de autopoiesis pode indicar uma alternativa à noção merleau-pontiana de natureza. ABSTRACT: In the late 1950's, Merleau-Ponty shifted his research focus from phenomenology to ontology. Such a transition involves the articulation of his previous studies of perception and corporeity with the philosophical unfolding of the postulates of physics and biology from the first half of the century. By reformulating the concept of nature, fostered not only by the sciences mentioned above but also by Whitehead's metaphysics, Merleau-Ponty proposes the admission of nature as a temporal flux of self-producing meaningful expressiveness, incorporating temporality and negativity into the core of being, something that before was exclusive of the being-for-itself. Merleau-Ponty's flesh, as we shall see, is in harmony with Whitehead's notion of process, pointing to a certain pre-socratic hylozoism in the ontology of both. That being said, the purpose of the paper is to examine Merleau-Ponty's indirect ontology, indicating its convergence with Whitehead's philosophy, so we can finally introduce an incipient critique based on the work of Francisco Varela. It is argued here that the concept of autopoiesis may indicate an alternative to Merleau-Ponty's notion of nature.
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.