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Tradicionalmente o problema da predicação consiste em explicar como é possível dizer algo de algo, ou atribuir algo a outro algo, sendo que há vários modos de atribuição. Ao admitir a possibilidade de dizer algo sobre algo, está-se a pressupor duas categorias logico-linguísticas fundamentais: uma que serve para designar, nomear esse algo, outra para dizer alguma coisa sobre esse algo. Esta estrutura binária, tendo por base dois termos - o sujeito e o predicado, o nome e o predicado, no sentido linguístico - será examinada na clássica teoria de Aristóteles. Frege subsitui o binómio sujeito/predicado pelo argumento/função. Segundo este modelo, revela-se com nitidez uma estrutura essencialmente dual, na qual os dois termos heterogéneos se podem relacional visto que, pela sua própria "forma", um desses termos (a função) tem um espaço vazio que lhe permite a abertura para aí "receber" o outro termo.Sendo assim, a cópula (...é...) dilui-se no próprio predicado. Esta dualidade reflecte melhor o mundo real, constituído por dois domínios - o dos objectos actuais, completos, "fechados", e o das propriedades e relações. Ao primeiro correspondem no domínio semântico os nomes próprios, ao segundo, os predicados ou expressões funcionais. A conclusão a tirar de todo o percurso sobre o problema da predicação, é a de que esta apresenta, como condição, a necessidade de uma diferença, de uma discontinuidade, que permita o movimento de passagem de um termo a outro. No entanto, se a diferença é condição essencial da predicação, a identidade do objecto da predicação consigo mesmo revela-se como fundamento da ligação entre os dois termos. Em termos ontológicos, poder-se-ia dizer que é a unidade do objecto que permite a predicação. Daí que o exame das formas predicativas desemboque na questão central da identidade da forma individual, da mesmidade de cada coisa singular.
The aim is to present and discuss some proposed explanation of predicative structure by making explicit the structure of thematic roles and primitive semantic concepts. The suggestion will be to retake the theory of thematic roles to justify the predicative structure, and thus recover the notion of structured semantic content, basing it on the pragmatic level. This will require to refuse two general commonly accepted assumptions: that the meaningfulness of linguistic expressions is based on prior conceptualization of the world, and that the only source of semantic content is perception. The alternative will be to design thematic roles as primitives discursive functions, in which is reflected not a early conceptualization of the world, but rather the structure of the situation of cooperative interaction of agents engaged in common activities.
2015
Dedicatória Dedico esta Tese... ...a minha esposa, Celia, e a meus filhos, Djohana, Eduarda e Felipe, pelo amor, apoio e paciência. ...a minha mãe, Isabel, a meu pai, Daniel, e a meus irmãos, Israel, Paulo e Lucas.
Alfa Revista De Linguistica, 1994
• RESUMO: O texto relata o desenvolvimento do Projeto de Gramática do Português Falado, discute a predicação no quadro da gramática funcional e apresenta alguns resultados da análise de advérbios e adjetivos predicativos no português culto falado no Brasil, com base nos materiais do Projeto NURC.
2020
Decat (1999; 2009; 2011) postulates the detachment phenomenon and states that the use of “untied” structures works as a focalization strategy to comply with communicative and discursive objectives, being comparable to topicalization and clefting. Based on this, this paper aims to investigate whether detached structures have prosodic clues that resemble those already described for topics and clefting in Brazilian Portuguese, providing phonological evidence to the syntactic strategy. For this, the theoretical assumptions of Prosodic Phonology (NESPOR; VOGEL, 1986) and of Intonational Phonology (PIERREHUMBERT, 1980; LADD, 2008) are used and recordings based on examples taken from Decat (2011) are analyzed. The analysis was performed in the computer program PRAAT (BOESMA; WEENICK, 2015) and were verified the acoustic parameters of fundamental frequency (F0), pause and duration in detached structures and structures formally attached to the matrix clause, in order to proceed with the comp...
Uma História de Investigações sobre a Língua Portuguesa: Homenagem a Silvia Brandão
Trata-se, neste texto, da construção com verbo suporte como um padrão gramatical do conhecimento linguístico que gera predicadores complexos, os quais exibem diversas configurações no Português e se prestam à explicitação de estados de coisas (dinâmicos ou não). Descrevem-se (i) os atributos de forma e função minimamente pareados nessa construção, (ii) potenciais relações entre predicadores complexos oriundos dessa construção, bem como destes e de predi-1 A partir da escolha do tema, faço minha homenagem e meu agradecimento à querida Professora Silvia Brandão. Uma amostra de sua generosidade vem do dom de se entregar ao escrutínio de um assunto: ler até obras francesas sobre verbos suportes em reuniões de orientação. Sua forte presença no meu ofício está, entre vários aspectos, no prazer em fazer pesquisa, na preocupação com o significado social dos usos da Língua Portuguesa, fundamental no Projeto PREDICAR -Formação e expressão de predicados complexos (consequência natural das proveitosas conversas sobre predicações e verbos gramaticalizados), e na história de investigações sobre a temática fomentadas nesse projeto.
Signótica, 2012
Este trabalho fundamenta-se em preceitos da análise de discurso crítica magalhães, 2010) e no conceito de cultura da mídia de Kellner (2001). Nele objetiva-se investigar a constituição da qualidade mítica da apresentadora Xuxa, na edição especial da revista Contigo, em homenagem aos seus trinta anos de carreira. A análise demonstra que a construção discursiva da sua predestinação torna-se crucial para compreender tanto o mito Xuxa, uma vez que é tida como o fator decisivo de seu sucesso profissional, quanto a reprodução e a manutenção de discursos que buscam explicações (sobre) naturais para o sucesso. PalavRas-chave: mito, discurso hegemônico, predestinação. A trajetória profissional de Maria da Graça Xuxa Meneghel, como modelo, apresentadora de programas infantis, cantora e atriz, constitui--se em uma das mais bem-sucedidas da história da indústria brasileira do entretenimento. Desde que o foco de seu trabalho passou a ser o universo infantil, em meados da década de 1980, Xuxa transformou-se em um dos maiores ícones da televisão, da indústria fonográfica e do a constituição discuRsiva da PRedestinação de XuXa FeRnando Zolin-vesZ* dánie maRcelo de Jesus**
CASA: Cadernos de Semiótica Aplicada, 2015
O presente artigo tem como objetivo realizar uma reflexão a respeito da estrutura profunda do signo poético por meio de uma investigação de cunho semiótico. A fim de que os resultados pretendidos sejam alcançados, faz-se necessário regressar aos princípios de base da semiótica francesa, cujos fundamentos principais encontram-se presentes no Curso de Linguística Geral, de Ferdinand de Saussure, e nos Prolegômenos a uma Teoria da Linguagem, de Louis Hjelmslev, até alcançar a obra de Algirdas Greimas, Jean-Marie Floch e Roman Jakobson, que serão fundamentais para o desenvolvimento da reflexão a respeito da natureza da função poética da linguagem. Do conjunto da obra desses autores, serão exploradas, principalmente, as noções de paralelismo entre os planos da linguagem, a de signo linguístico e a de semissimbolismo, que sugerem ser um caminho possível para compreender o funcionamento do signo poético e, consequentemente, para fornecer subsídio à análise de textos em que a função poética...
Title: Structure of hesitation: an analysis of the short story “Eveline”, by James Joyce, according to concepts of Anthony Giddens. Abstract James Joyce’s short story, “Eveline”, present in his work Dubliners (1914), develops the conflict of a young woman facing a decision that can dictate her destiny. Structered mainly through stream of consciousness, the narrative centers around the interior space of the protagonist and exposes elements of her past and the present condition of her life, at the same time that it reveals her insecurity and hesitation. The condition in which Eveline finds herself resembles the conflicts studied by the sociologist Anthony Giddens in his work Modernity and Self-Identity (2002). By applying key concepts from Giddens work this essay intends to analyze the protagonist, understanding her situation as an example of the challenge of how the “reflexive project of the self” (the name given by Giddens to the constant elaboration of self-identity) promotes in the modern individuals “fear”, “anxiety”, “insecurity”. Keywords: Joyce; Modernity; self-identity;Giddens.
A propósito da crítica kantiana ao argumento ontológico cartesiano Raul Landim Filho UFRJ/CNPq/Pronex Introdução De uma maneira esquemática, a prova cartesiana a priori da existência de Deus, denominada por Kant de argumento ontológico, contém duas etapas principais: [a] a primeira deriva o conhecimento da realidade da essência de Deus da idéia inata, clara e distinta de Deus; [b] a segunda deriva o conhecimento da existência de Deus do conhecimento de sua essência. Na segunda etapa da prova, da proposição Deus é perfeito e da suposição de que a existência é uma perfeição (suposição explicitamente admitida por Descartes nas Respostas às Quintas Objeções) 2 , é deduzida a proposição predicativa Deus é existente. Mas como existência é uma perfeição ou um predicado real, a proposição Deus é existente equivaleria à proposição Deus existe. A conclusão do argumento ontológico seria, então, uma proposição existencial.
RESUMO: Neste artigo, revisamos as principais teorias contemporâneas sobre a comparação. Em particular, alguns problemas encontrados para dar conta da semântica das sentenças comparativas em Português Brasileiro. Restringimos o escopo do trabalho, mostrando que certas estruturas com a presença de predicados verbais são indeterminadas quanto ao seu significado. Além disso, tentamos apresentar algumas diferenças entre as comparativas com predicados verbais e com predicados adjetivais. Particularmente, olhamos para a monotonicidade e a conservatividade do operador comparativo, visto como um quantificador generalizado. A distinção mostra-se obscura, e a principal diferença levantada entre os dois tipos de comparação é a indeterminação, que não pode ser acomodada sem custo dentro das abordagens criadas para tratar as comparativas canônicas. PALAVRAS-CHAVE: Semântica da comparação; Indeterminação; Monotonicidade; Conservatividade. INTRODUÇÃO O estudo da semântica da comparação, particular...
2008
Dedico essa dissertação... A minha esposa Celia e a minha filha Djohana, pelo amor e paciência, pelo tempo tomado ao convívio e pelo apoio que sempre significaram para mim! A minha mãe, Isabel, e ao meu pai, Daniel, bem como a meus irmãos, Israel, Paulo e Lucas.
2017
Analisa-se o problema das chamadas oracoes sem sujeito que afrontam a definicao classica da proposicao a qual preve a estrutura sujeito-predicado. Comentamos os pressupostos e as implicacoes da analise tradicional de Said Ali (1950) bem como a analise gerativista sobre esse tema. De acordo com este quadro teorico, uma condicao formal, a saber, a categoria T ( tense ), nucleo da sentenca, que dispoe de um traco-D ( D-feature ), por meio do qual e tratado o principio de projecao estendido (EPP), exige que a posicao do sujeito seja, invariavelmente, ocupada por um constituinte, o qual podera ser ou nao realizado fonologicamente e interpretado ou nao tematicamente (Chomsky, 1995; Shim, 2001). Entretanto, a solucao gerativista e exclusivamente formal e nao resolve o problema da ocorrencia de um constituinte funcionando como predicado, mas que nao e, nos termos de Frege, saturado, ou seja, nao predica, de fato, nenhum constituinte. Considerando que, nas oracoes sem sujeito que se referem ...
Em PE, a Deslocação à Esquerda Clítica (DEC) não é admitida em interrogativas encaixadas (cf. (1b), (2b)), orações relativas (cf. (3b)) ou interrogativas não encaixadas com um constituinte interrogativo com restrição lexical (cf. (4b)):
Introdução O objetivo central desta reflexão é apresentar os principais fundamentos lógico-onto-lógicos que nos permitem compreender melhor as bases do pensamento oriental e, de forma indireta, vislumbrar as principais referências orientais da filosofia da Escola de Kyoto. Como contraposto metodológico, recorro à comparação destas bases com alguns elementos da metafísica de Aristóteles, principalmente à demonstração do caráter axio-mático do princípio de não-contradição e seus pressupostos linguísticos e lógico-on-tológicos, que são as bases do que designo de forma geral como lógica predicativa. Esse recurso tem como finalidade básica o esclarecimento dos mais importantes pontos daquilo que denomino de lógica relacional, presente nos principais textos do Budismo Māhāyana e no Taoísmo, textos bases das duas principais correntes formadoras do Zen-budismo que, por sua vez, é uma das principais referências filosóficas da Escola de Kyoto. Emprego aqui, de forma pouco ortodoxa, os termos lógica predicativa e lógica relacional como sinônimos das bases que fundamentam tanto as tradições ocidentais como as orientais, sem entrar no debate internos das diversas escolas e das diversas definições de lógica, presentes, tanto nas tradições ocidentais quanto orientais. Para o que proponho, tomarei como referência algumas passagens do texto de Nagarjuna in-titulado Versos fundamentais do Caminho do Meio, o capítulo 11 do Dao De jing e o livro IV da Metafísica de Aristóteles. Faço uso do recurso da oposição entre lógica relacional e lógica predicativa em vista da pressuposição do caráter substancial lógico-ontológico dos fundamentos da metafísica de Aristóteles e do caráter não substancial lógico-ontológico da metafísica de Nāgārjuna e de Laozi. Dessa forma, vinculo inexoravelmente a fundamentação da lógica predicativa ao caráter substancial do mundo, como pressupõe a lógica aristotélica, e a fundamentação da lógica relacional ao caráter não substancial do mundo, como pressupõem as lógicas daoísta e nagarjuniana. Nesta perspectiva, vislumbro ainda a possibilidade de retirar a ontologia do jugo da metafísica a partir da estruturação de uma lógica desvinculada de qualquer pressuposição substancialista e predicativa.
Este artigo visa uma leitura da Nova Dilucidatio de Kant, destacando o trabalho filosófico do período pré-crítico como um labor de análise sintático e semântico de proposições.
A função da estrutura é transmitir para o solo a carga da edificação. Esta carga compõe-se de: peso próprio da estrutura, cobertura, paredes, esquadrias, revestimentos, etc. Os elementos da estrutura são: lajes, vigas e pilares. Podem ser executados em concreto, aço, madeira ou misto. No Brasil o concreto é usado em larga escala.
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