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2013
Revista Eptic, 2013
O que, finalmente, significam essas grandes mudanças no país, quando a situação do audiovisual deixa de ser apenas descrito enquanto implantação ou inovação tecnológica? O que são essas mudanças, quando se passa a uma análise de sua existência dentro de grupos monopólicos? De que forma o projeto de televisão digital do país conseguirá romper a barreira da concentração horizontal, vertical e em cruz da mídia, resultado de concessões feitas em períodos autoritários anteriores aos anos 1990 e que repercutem, hoje, na existência ou não de uma pluralidade política e cultural? Estrutura do Sistema Televisivo O sistema de televisão brasileiro é formado por emissoras públicas e privadas. O sistema público existe há mais de 40 anos. Nos anos 1990, os 27 canais públicos, cuja administração dependia diretamente do governo federal ou estadual, começaram a criar conselhos administrativos com parte dos membros independentes do Governo. No entanto, impedidas de veicular publicidade, a força do Estado continuou forte, pois essas emissoras, ao procurarem maior independência, podiam ser asfixiadas economicamente pelo Estado. É o que vem acontecendo ciclicamente com o mais dinâmico desses canais, o da TV Cultura, administrado pela Fundação Padre Anchieta, de São Paulo, reconhecida internacionalmente pela qualidade de seus programas infantis. Por que começar a análise do sistema brasileiro de televisão pela rede pública? Para explicar que apesar do modelo nacional ser privado e público, ele não pode ser considerado dual. Em países como a França, Inglaterra, Canadá, Alemanha ou Espanha, os canais públicos competem com os canais particulares. No Brasil, apenas a TV Cultura consegue, em pouquíssimos horários exibe share de 3% ou 4% da audiência. Na maior parte dos horários não chega a 1%. Por isso, no quadro atual da televisão brasileira, pode-se dizer que essa televisão é privada, com financiamento indireto de seus programas através da publicidade e, no caso da televisão por assinatura (por cabo ou por satélite) pelas mensalidades e pela publicidade. Os canais particulares, organizados em rede, têm uma história que começa em 1951 com a TV Tupi Difusora, dos Diários de Emissoras Associados cujo proprietário, Assis Chateaubriand, foi dono nos anos 1950 e 1960 de boa parte do mercado brasileiro de comunicação, chegando, na sua fase áurea, a 36 emissoras de rádio, 34 jornais e 18 canais de televisão. Esse grupo entra em declínio depois de um golpe militar em 1964, quando a Rede Globo torna-se o grupo de comunicação mais importante do país. A hegemonia da Rede
Revista Zanzalá: Dossiê Cinema e Feminismos - (Des)construindo gêneros no cinema e no audiovisual, 2022
A partir da elaboração de uma base de dados de longas-metragens brasileiros contemporâneos e de uma pesquisa sobre docentes de cursos de audiovisual no país, este artigo apresenta a distribuição por gênero e cor/ raça de diretores, roteiristas e protagonistas dos longas-metragens brasileiros de maior público e bilheteria em salas comerciais entre 1995 e 2016, e a distribuição de gênero, cor/raça e deficiência de docentes e técnicos de cursos de audiovisual. Os resultados demonstram que as desigualdades de gênero e cor/raça estão presentes tanto na produção quanto na docência no audiovisual brasileiro.
2010
O objetivo deste artigo – que resume e atualiza a analise feita em Qual a logica das politicas de comunicacao no Brasil? (BOLANO, 2007) – e discutir o modelo de regulacao do setor audiovisual no pais, analisando a evolucao historica da legislacao sobre o tema, para detectar, na literatura especializada, as principais tendencias atraves das quais os atores relevantes influenciam os processos legislativos. Em outros termos, pretende-se entender a politica audiovisual brasileira, tal como aparece, plasmada na legislacao, que retrata a estrutura hegemonica do setor numa determinada situacao historica, e tal como foi constituida pela dinâmica das lutas entre os atores relevantes.
Nova Economia
Resumo: Esta pesquisa objetivou identificar o modelo atual da produção do setor audiovisual, considerando as atividades de TV, vídeo e cinema, no estado do Rio Grande do Sul, aplicando o modelo da Hélice Tripla, em função dos declínios de investimentos públicos e privados, que deslocaram o estado para 11ª posição no setor na indústria criativa. Com abordagem qualitativa, o estudo exploratório utilizou entrevistas em profundidade com roteiro semiestruturado aplicado a atores do setor da produção do audiovisual entre as esferas da indústria, governo e universidade, sob a perspectiva da inovação. Os resultados finais indicaram que o setor audiovisual, no estado do Rio Grande do Sul, não pode ser considerado um sistema de inovação, mas seu modelo de setor se encontra em processo de evolução, partindo de uma combinação de modelos anteriores, parte estadista e parte laissez-faire se direcionando ao modelo da teoria da Hélice Tripla. Apontam-se, oportunidades de trabalhos futuros.
2020
A indústria audiovisual brasileira atravessa uma fase de transformação, que envolve não só as inovações tecnológicas e o marco regulatório nacional, mas, também, as transformações que estas trazem aos profissionais. Neste contexto, diante da vasta difusão, em território nacional, da prática das rodadas de negócios, este estudo investiga os sujeitos envolvidos neste jogo enunciativo. Para tal, faz uso da teoria de Charaudeau, discorrendo sobre as prerrogativas de criadores e compradores. Nesse jogo enunciativo, o criador tem o desafio de explicar o projeto na sua concretude, mas ao mesmo tempo, trabalhar o enunciado para que este gere impacto no comprador. Nesse movimento, incide, ainda, um agravante: o criador apresenta o mesmo projeto, consequentemente, o mesmo enunciado, e envia para até cinco diferentes compradores, o que resulta, na abordagem da análise do discurso, em um ato comunicacional que envolve, pelo menos 12 sujeitos, mas que o enunciado e o sujeito enunciador (EUe/EUc) são os mesmos. Diante do quadro teórico apresentado, este estudo discorre sobre as rodadas de negócios das feiras da indústria audiovisual, desmembrando os sujeitos que ali se embatem. A 1 Mestra, pesquisadora CNPq e doutoranda em Processos e Manifestações Culturais na Universidade Feevale, tem especialização em Gestão Cultural, graduação em Realização Audiovisual e atua no setor audiovisual há mais de 15 anos. É sócia da produtora Bactéria Filmes, foi presidente do Sindicato da Indústria Audiovisual do Rio Grande do Sul/Brasil e, como professora universitária, recebeu o prêmio Laureate Recognition Program-LATAM (2017), e, como produtora, no Festival Internacional de Cinema de Gramado, o prêmio de "Melhor Produção Executiva" (2019). 2 Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Doutor em Literatura Brasileira, Portuguesa e Luso-africana pela UFRGS. Professor e pesquisador do PPG-PMC da Universidade Feevale. 3 Doutor em Comunicação Social com graduação em Publicidade e Propaganda. É professor do Mestrado de Indústria Criativa da Universidade FEEVALE em Novo Hamburgo/RS e Coordenador do Laboratório de Criatividade. É sócio-diretor da desenvolvedora de jogos, Ludema Game Studio. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Novas Tecnologias, atuando principalmente nos seguintes temas: games, audiovisual, música, ludologia, narrativa e cibercultura.
Revista Mídia e Cotidiano
Em entrevista sobre os novos fluxos do audiovisual e as audiências na América Latina, o Prof. Joseph Straubhaar (Universidade do Texas em Austin) aborda suas reflexões a respeito da movimentação dos principais atores do mercado global do audiovisual a partir de sua percepção sobre novas tendências de consumo e a recomposição de novas produções. Trata de seu mais recente livro From Telenovelas to Netflix: Transnational, Transverse Television in Latin America, de 2021 (ainda não publicado no Brasil) e aborda as políticas para o setor audiovisual na América Latina em torno de uma melhor compreensão sobre o cotidiano dos processos de produção, distribuição e consumo do audiovisual.
Rebeca - Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual, 2016
Resenha de: PARANAGUÁ, Paulo. A Invenção do Cinema Brasileiro - Modernismo em Três Tempos. Casa da Palavra Produção Editorial/Editora PUC-Rio. RJ, 2014.
Nota Técnica, 2021
Este estudo sobre a cadeia produtiva do audiovisual no estado do Rio Grande do Sul busca analisar esta cadeia à luz do impacto conjuntural da pandemia e do desmonte das políticas publicas nacionais do setor. Mas além destes impactos conjunturais são analisadas também as características estruturais da cadeia audiovisual em nível nacional e internacional, assim como o impacto das mudanças tecnológicas recentes sobre o conjunto do setor audiovisual.
The history of Brazilian cinema is marked by many moments of euphoria and production crisis. Since the 1990s (a period that became known as the Resumption of the Brazilian Cinema), the film market in Brazil has been stable and film production has increased each year, according to the National Agency of Brazilian Cinema (ANCINE). Thanks to new digital equipment, there is the " prosumer " , who not only consume what is produced, but also produces, even in an amateur way. However, the increase in production does not mean reach an audience without restriction, either through cinema, whether in home video distribution or internet. From the difficulties of distribution and exhibition in commercial theaters, the digital format has created favorable conditions for democratization of the access to the movies, facilitating them from reaching the public and in various formats. This communication is intended as an argument: a look at the brazilian film production in the first decade of this century, some of the strategies used in the context of new media, distribution and exhibition of produced works. Digital Cinema as a key guiding concept alludes to the multiplicity of aspects and highlights how the effects of new media led to the change in cinema.
2010
Diante da implantação de novos sistemas tecnológicos de distribuição dos sinais de sons e imagens, o Brasil aproxima-se de uma oportunidade para promover um rearranjo na sua área de audiovisual. Todavia essa perspectiva demanda uma abordagem de economia em cadeia de complementaridade e harmonia que, por sua vez, desafiam os setores públicos e privados no alinhamento conjunto com vistas à formulação de políticas que incluam a televisão na dimensão das políticas sociais e culturais do país.
Stelet, Andrea Gomes; Fernandes, Luis Manuel Rebelo. (Advisor) Internationalization policy of the Brazilian audivisual in question. Rio de Janeiro, 2019. 60p.
Este trabalho tem o objetivo de apresentar uma revisão de alguns momentos do cinema novo brasileiro, nos quais foram perceptíveis as influências das vanguardas cinematográficas da Europa, a saber: o experimentalismo soviético, o surrealismo francês, o neorrealismo italiano e a nouvelle vague francesa – estes dois últimos com mais ênfase que os primeiros. O trabalho continua ainda, de modo reflexivo, apontando as características estéticas do movimento artístico e a sua derrocada.
2012
Resumo: No presente artigo, o olhar é direcionado para a configuração contemporânea da economia do audiovisual no cenário brasileiro. Para tanto, são observadas as relações entre cinema e televisão, delineadas ora por afastamentos, ora por reaproximações, e que, por sua vez, tecem esse contexto. Por fim, considerado o novo consórcio entre esses meios, alçado o audiovisual a setor da economia criativa, são analisados os contornos do surgimento do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e da promulgação da Lei 12.485/11 (Lei da TV por Assinatura).
Intexto
Teorias em dispersão dos cineastas brasileiros sobre o audiovisual: arqueologia, semiótica e desconstrução investiga em diferentes registros – verbais e não-verbais – os procedimentos semióticos que indiciam teorias de cineastas sobre o audiovisual. Tais teorias, em devir, encontram-se dispersas entre artigos, entrevistas e filmes realizados por Glauber Rocha, Júlio Bressane e Rogério Sganzerla, cineastas cujas produções constituem o corpus desta pesquisa. As resenhas, dissertações e teses sobre o tema, escritas por outros autores – acadêmicos ou jornalistas – foram utilizadas como materiais de apoio criticamente revisados em função dos vestígios e vetores das teorias em dispersão, a serem sistematizadas teoricamente a partir de três eixos: a arqueologia, a semiótica e a desconstrução. À arqueologia, coube a identificação de traços teóricos em dispersão e de suas regras de visibilidade; à semiótica, a sistematização da lógica das semioses identificadas, e à desconstrução, a transfor...
Galaxia Revista Do Programa De Pos Graduacao Em Comunicacao E Semiotica Issn 1982 2553, 2007
Resumo O livro organizado por Lúcia Nagib é uma das primeiras obras a apresentar um pensamento crítico a respeito do cinema brasileiro produzido a partir de meados dos anos 90, período conhecido como da retomada. Os diversos colaboradores brasileiros e estrangeiros, alguns deles entre os mais importantes teóricos e críticos da atualidade, traçam uma radiografia profunda desse cinema, analisando tanto sua conexão com o presente quanto suas raízes estéticas e culturais.
Intexto, 2024
Este estudo investiga o impacto da Netflix na indústria audiovisual brasileira, com ênfase na suposta diversificação introduzida pela plataforma no Brasil. Objetivamos analisar a dualidade inerente a esse fenômeno, reconhecendo o papel desempenhado pela empresa na ampliação das narrativas brasileiras.Argumentamos que, embora a Netflix proporcione uma plataforma global para essas obras, há o potencial de perdermos a soberania sobre a representação do Brasil e da brasilidade no cenário internacional. Por meio de uma metodologia que incorpora uma análise crítica das estratégias de localização da Netflix no mercado brasileiro, investigamos como estas acabam por diversificar representações nacionais, em um cenário historicamente monopolizado pelo Grupo Globo. Contudo, apontamos, que a Netflix reduz alguns imaginários a estereótipos ou a obras esvaziadas de autenticidade cultural. Este estudo, assim, contribui para umacompreensão das complexas interações entre a produção audiovisual local e os serviços de streamingde vídeo estrangeiros em um mercado do Mundo Majoritário ainda não regulamentado.
Revista Contracampo, V. 41, N. 2, 2022
Este artigo examina as estratégias formais e políticas de curtas-metragens nacionais dos anos 2010 implicadas numa apropriação imaginativa do trauma colonial no Brasil, especificamente da escravidão e das diásporas africanas. A partir da análise de Experimentando o vermelho em dilúvio (Michelle Mattiuzzi, 2016), A morte branca do feiticeiro negro (Rodrigo Ribeiro, 2020) e Novo mundo (Natara Ney e Gilvan Barreto, 2020), demonstra-se a proeminência conferida ao corpo entre os elementos de fabulação do passado e de resistência contra as estruturas do potentado colonial. Especial atenção é dedicada ao modo como as obras enfatizam a agência política de sujeitos negros e, igualmente, fi guram experiências individuais e coletivas a partir da relação entre imagem, som e palavra.
Comunicação e cidadania:questões contemporâneas, 2011
Book Chapter
Neste trabalho sobre os centros de mídia e inovação do entretenimento audiovisual brasileiro, pretende-se problematizar o termo 'capital de mídia' como referência para elaboração de uma cartografia do centro midiático de São Paulo.
O artigo descreve e analisa a participação do audiovisual brasileiro e, ou, independente por meio da Lei 12.485/2011. A Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais (2005) é o parâmetro para avaliar a inserção da Lei num contexto de disputas internacionais e adoção de políticas locais. A modernidade e globalização são as chaves conceituais para conectar historicamente a seletividade presente na Lei, que por sua vez, está no reconhecimento restrito às Organizações Globo e percentual pequeno de produtoras e canais independentes. Ambos, formam uma rede conectada à persistente predominância das majos estadunidenses.
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