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2020
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35 pages
1 file
2012
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Anais Eletrônicos - Semana de História UFJF, 2018
A Semana de História da Universidade Federal de Juiz de Fora é um evento anual realizado por estudantes da graduação juntamente com o Centro Acadêmico de História Galba Di Mambro. Na sua trigésima quarta edição, o evento ocorreu entre os dias 15 e 19 de outubro, trazendo a temática "Gênero, raça, sexualidade e classe: potencialidades interseccionais sob a ótica do saber histórico", proposta pelas alunas Samara Souza Silveira e Cristiane de Paula Ribeiro e escolhida através de votação entre estudantes do curso. O tema do evento teve como intuito abordar um tema pungente para o saber histórico, sobretudo em tempos mais recentes em que temos visto um avanço conservador cada vez maior, conjuntamente com constantes retiradas de direitos e ataques a grupos minoritários. Indubitavelmente, sabemos que tal saber não se desvincula do nosso lugar de sujeito no tempo, como grandes nomes da historiografia já nos esclareceram, no qual o historiador, ao se colocar diante das fontes, levanta inquietações a partir de demandas apresentadas pelo presente. Diante disso, acreditamos que o diálogo da História com o presente significa compreender o próprio fazer histórico, assim como acarreta uma forma de dar significação ao que é produzido, de forma que o passado não seja simplesmente algo dado e encerrado – que nada diz ao presente. Desde a década de 1980, com o fim do predomínio de teorias totalizantes, os historiadores vêm complexificando o saber histórico, desenvolvendo novos paradigmas, voltando o olhar para fontes históricas que antes não eram consideradas legítimas e para novos questionamentos que podem ser feitos a partir delas. Ao longo desse processo, estruturas foram revisadas, e os lugares de “certeza” de certas práticas metodológicas foram abandonados. Do mesmo modo, o sujeito histórico, no singular, deixou de ser suficiente. Assim, tanto a historiografia quanto outros campos das humanidades passaram a interpretar a realidade como uma enorme colcha de retalhos, na qual se interpõem múltiplas teias de significações. Os sujeitos, agora no plural e muito mais diversos, começam a ser vistos sob outra perspectiva, considerando a multiplicidade de demandas e sentidos de suas atuações na História e na sociedade. Tais mudanças dialogam tanto com os desafios decorrentes de um mundo globalizado e fragmentado, quanto com o fortalecimento dos movimentos sociais e das lutas por direitos civis, sobretudo a partir da segunda metade do século XX. Nesse novo cenário, denunciar ou teorizar sobre as opressões que atingem cada categoria social isoladamente deixa de ser suficiente. Assim, surge o desafio de compreender e operar a interseccionalidade. Esse conceito, introduzido pela jurista norte-america Kimberlé Crenshaw, em 1989, foi amplamente discutido em contraposição a outros, como o de consubstancialidade, de Danièle Kergoat. No Brasil, a contribuição de Mary Castro, sugerindo o uso da “alquimia das categorias sociais”, também nos ajuda a compreender a relevância histórica desse debate. Interseccionalidade, consubstancialidade ou alquimia, a despeito das diferenças epistemológicas, versam sobre a importância de analisar o modo como as opressões e as identidades se cruzam, se potencializam e se interpelam. Pensar em interseccionalidade nos remete a nomes como, por exemplo, Angela Davis e Audre Lorde. Angela Davis, em suas obras, sobretudo em “Mulheres, raça e classe”, de 1981, analisa os componentes econômicos, políticos e ideológicos do modo de produção escravista e capitalista, nos permitindo vislumbrar como as diversas opressões e identidades se combinam e se entrecruzam na sustentação de projetos de dominação. Do mesmo modo, Audre Lorde, ao se posicionar como mulher, negra, lésbica, feminista e socialista, denunciava as dificuldades de operar essas múltiplas identidades no interior do movimento e no combate às opressões, sinalizando que considerá-las individualmente não era o caminho para superá-las. A temática do evento configurou-se, assim, numa espécie de “tema guarda-chuva” que, por não delimitar nenhuma temporalidade extremamente específica, visou agrupar em seu âmago os mais variados recortes temporais e metodológicos, expandindo o debate e a geração de saberes. Tratou-se de um tema que pretende o diálogo entre Presente e Passado – a partir da compreensão das múltiplas redes que se estabelecem no fazer do historiador e no próprio exercício de dar sentido à História – e que está conectado às múltiplas frentes de lutas que cada vez mais se estabelecem como um recorte dos trabalhos em História. Partindo da mesma ideia de que passado e presente se interpenetram numa gama complexa de significações, defendemos as categorias de gênero, raça, sexualidade e classe como recortes mais do que necessários dentro da construção de uma História que faça frente às ondas reacionárias e que se estabeleça, de fato, como representativa para as chamadas minorias sociais. Ademais, debater gênero, raça, sexualidade e classe em um curso que forma, majoritariamente, docentes é trazer à tona temáticas que abrem caminho para a construção de uma educação mais emancipadora e representativa, que não busque fazer uma escrita da História sob um olhar homogêneo. Reconhecendo a importância e a complexidade de produzir um saber histórico sob a ótica da interseccionalidade, o tema da XXXIV Semana de História da UFJF veio como uma demanda de graduandos e pós-graduandos do curso, sendo útil a toda a comunidade, acadêmica ou não.
Nesta comunicação pretendo discutir a narrativa de viagem Life in Brazil or a journal of a visit to the land of the cocoa and the palm (Vida no Brasil ou um diário de visita à terra do cacau e da palmeira), escrita pelo inglês radicado nos Estados Unidos Thomas Ewbank (1792-1870) em 1846, período em que esteve no Brasil. Publicado nos Estados Unidos e respectivamente na Inglaterra em 1856, o livro e os textos publicados sobre sua viagem em revistas importantes do período, alcançaram um público amplo e foram lidos por viajantes e estudiosos das ciências humanas. No Brasil, este relato de viagem foi publicado pela primeira vez somente em 1973, 117 anos após sua primeira publicação no exterior. Por ser esta narrativa de viagem muito utilizada como fonte documental por historiadores brasileiros e norte-americanos, pretendo analisar as imagens e representações que o autor construiu sobre o Rio de Janeiro, bem como a forma como este documento vem sendo utilizado e interpretado por historiadores brasileiros e norte-americanos no final do século XIX e durante o século XX.
A relação fundamental de um transformador é a relação de transformação α, que especifica em quantas vezes foi alterada a tesão do secundário em relação à do
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