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2006, Tempo Social
Que o número de nossos membros seja ilimitado", rezava uma das diretrizes da Sociedade Londrina de Correspondência. Ao citar essa conhecida passagem da Formação da classe operária inglesa, destacamos como importantes estudiosos-S. Chalhoub e J. S. Leite Lopes-a ela recorreram para se pronunciar a respeito da influência de E. P. Thompson na historiografia brasileira. Ao lado de outros como Castoriadis (1985), Genovese (1976), Perrot (1988) e Williams (1969; 1979), também Hill e Hobsbawm têm sido fonte de inspiração e referência. A despeito disso, um desafio ainda persiste. Qual? Um inexistente diálogo entre os estudos de escravidão e pósemancipação-as experiências urbanas e rurais de milhares de africanos e crioulos-e as investigações que analisaram a imigração européia, ou as experiências do trabalho livre: os mundos dos trabalhadores no fim do século XIX e no início do XX. Questionado e apontado desde a década de 1990, esse quase-hiato de reflexão historiográfica e o escasso investimento em pesquisa empírica vêm sendo superados por avanços que seguem seu curso. Utilizada para assaltar as massudas bibliografias que separavam o século XVIII do XIX (cf. Thompson, 1987, pp. 15, 111), a remissão à Sociedade Londrina de Correspondência tem servido, por aqui, para frisar a necessidade de uma escrita da história do trabalho não apenas pautada numa classe trabalhadora exclusivamente branca, fabril, de ascendência européia, masculina e urbana (cf. Leite Lopes, 1993; Chalhoub 2001) 1. R e s u m o Além de senzalas e fábricas: uma história social do trabalho Convencidos do parentesco entre os estudos da escravidão e do trabalho livre, o propósito dos autores é apontar para a necessidade de uma perspectiva que permita a consideração da complexidade e da diversidade da experiência do trabalho na História, para além de rígidas noções de classe social e acima das fronteiras das abordagens de pesquisa.
Revista Mundos do Trabalho, 2024
Como o título deste editorial indica, a revista completa, em 2024, seus 15 anos de atividade. Tempos atrás, antes de ganhar materialidade, este periódico existiu como um “velho sonho” coletivo, nas palavras de Beatriz Loner, que escreveu a apresentação do volume inaugural.1 Do sonho criador e de muitas outras coisas mais vieram ao mundo 26 volumes em 17 edições. Milhares de páginas publicadas difundiram mais de 500 submissões que, tomadas em conjunto, conformam um extraordinário repositório de debates sobre História Social o Trabalho que desempenha papel fundamental para a vitalidade do campo, com impacto na América Latina e no cenário global.
Mundos do Trabalho
* Editor-Chefe da Revista Mundos do Trabalho. Doutor em História Social pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Professor Titular Pleno da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). * * Editor da Revista Mundos do Trabalho.
Educação & Sociedade, 2012
O artigo anuncia as questões que guiam a pesquisa em desenvolvimento e que podem ser assim resumidas: as relações individuais dos primeiros sociólogos do trabalho com os grupos hegemônicos dentro da sociologia universitária; sua integração nos outros institutos ou departamentos aos quais a sociologia oferecia seus quadros; a incidência de sanções políticas que tiveram o efeito de interromper ou de desviar suas carreiras; as probabilidades de exposição à circulação internacional das ideias, através dos deslocamentos pessoais ao exterior ou por seu pertencimento a redes internacionais; assim como também sua exposição diferencial à circulação das ideias entre as classes sociais, em particular com relação ao seu próprio objeto de estudo: a classe trabalhadora.
https://periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho/issue/view/1669/showToc
Durante a realização da I Jornada de História do Trabalho na Amazônia, o GT Mundos do Trabalho Amazonas, em parceria com o GT Mundos do Trabalho Amapá, entrevistou o historiador Alexandre Fortes, professor na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, e um dos precursores da renovação nos estudos sobre história do trabalho no Brasil nos últimos anos. Fortes é autor de livros e artigos que versam sobre organizações de trabalhadores, sindicalismo, trabalhismo, além de diversas publicações e análises sobre política, cidadania e democracia na atualidade.
Organizações & Sociedade, 2020
Resumo A construção das identidades negras no Brasil é marcada por uma série de lutas que influenciaram diretamente os avanços institucionais recentes em relação à temática, além de contribuírem para a desconstrução do mito da democracia racial. O objetivo deste artigo é compreender e analisar como se apresentam elementos relacionados às relações raciais nas histórias de vida de trabalhadores industriais negros. Para isso, é empreendido um debate sobre elementos que marcam a construção das identidades negras no Brasil, bem como sobre a ideia de democracia racial. A partir do método indutivo, os dados foram produzidos com base em histórias de vida, material trabalhado mediante a análise estruturalista do discurso, em especial no que diz respeito aos elementos sócio-históricos que permeiam os discursos. Os dados apresentam as relações raciais nas histórias de Leila e Clóvis, sujeitos da pesquisa, sendo a primeira marcada por uma posição política quanto à miscigenação, e o segundo por ...
2009
história social do trabalho, história pública 1 sidney chalhoub 2 e Paulo Fontes 3 acervo csbh-FPa.
Trabalhadores e trabalhadoras - capítulos de história social, 2022
Este livro apresenta alguns dos principais debates desenvolvidos no campo da história social do trabalho e constitui-se no diálogo entre a historiografia nacional e internacional. Os artigos aqui apresentados são resultados de pesquisas em conexão com temas centrais para o campo, em sua abrangência e diversidade, e a partir do engajamento politico e do dialogo de pesquisadores da academia em relação aos movimentos sociais e às trajetórias individuais e coletivas de trabalhadores e trabalhadoras, do século XIX ao XXI.
Revista Uniabeu, 2012
Este artigo tem por objetivo refletir sobre o trabalho enquanto realidade histórica socialmente construída, assumido como provedor de sustento e caminho para a provável aceitação do homem por parte da sociedade. Resgata-se a evolução histórica da ideia de trabalho, desde as primeiras atividades laborais caracterizadas pelo improviso e pelas rústicas atividades artesanais, perpassando pela Revolução Industrial, até o contexto do século XXI, permeado tanto pelo desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias do trabalho como também por uma paradoxal falta de oportunidades. Conflitos e incongruências como jornada de trabalho, feedback, ideias divergentes são apresentadas na reflexão. Outro aspecto abordado é a necessidade de busca por equilíbrio na dedicação de tempo entre o trabalho e a vida fora dele, talvez um dos maiores desafios no mundo contemporâneo. Como possíveis saídas para superação de tal dilema, são propostas investigações que viabilizem a busca pelo prazer na atividade laboral, a caracterização do trabalho enquanto meio de desenvolvimento do indivíduo, de tal forma que o trabalhador esteja apto a identificar seu desempenho, ajustando-se à realidade como algo que lhe faça sentido.
Memórias sociais na pandemia (covid-19): uma experiência de curricularização da extensão universitária – narrativas da comunidade acadêmica da Univille (Campus Joinville), 2022
Capítulo de livro publicado na obra "Memórias sociais na pandemia (covid-19): uma experiência de curricularização da extensão universitária – narrativas da comunidade acadêmica da Univille (Campus Joinville)", organizada pela Professora Doutora Sirlei de Souza.
Revista Mundos do Trabalho, 2021
Editorial da Revista Mundos do Trabalho, volume 13 (2021).
Revista Almanack, 2024
Este texto se propõe a rastrear alguns fios da trajetória da história social das mulheres no Brasil, discutindo tensões, interações e possíveis interrupções em torno da importância da história social do trabalho para a construção de uma perspectiva de gênero. Para isso abordaremos alguns eixos de debates atuais sobre gênero, raça e classe, argumentando que reconhecer a historicidade e os contextos das pesquisas históricas que contemplaram a construção social da diferença sexual é um passo útil para a avaliação da produção historiográfica e para delinear agendas de pesquisa em torno de gênero e trabalho.
Cadernos de Saúde Pública
Mana, 2011
O artigo, apresentado anteriormente como conferência proferida em concurso, trata dos usos da antropologia social do trabalho no momento em que grande número de grupos de trabalhadores, numa escala internacional, é atravessado por transformações atingindo identidades coletivas anteriormente construídas. Argumenta-se que, se a memória coletiva é um instrumento para a transformação social, certas grandes transformações também estimulam a demanda premente por uma memória objetivada e transmissível. Além disso, a memória, ela própria, transforma-se ao longo do tempo de acordo com as necessidades e as disputas do presente, podendo tornar-se, em certas circunstâncias, um elemento de coesão ou, inversamente, um campo de novos conflitos sociais. Procura-se mostrar que as especificidades históricas dos grupos de trabalhadores como os apresentados no texto podem ser estratégicas para o avanço do conhecimento, ao se chamar a atenção para certas configurações de vontades coletivas e de imponder...
Revista Brasileira de Enfermagem, 2006
Trata-se de um estudo histórico-social que teve como objetivo contribuir para a compreensão da contínua evolução do processo de trabalho e sua íntima relação com o trabalhador. Foram utilizadas para a elaboração deste ensaio fontes bibliográficas diversas, com fundamento em dados históricos, conceituais, filosóficos e científicos. Os achados nos levaram à conclusão que, embora profundas transformações tenham ocorrido no mundo do trabalho, em sua essência, a atividade laboriosa marcou a vida dos indivíduos e das coletividades em diferentes épocas e lugares.
Coleção história do tempo presente : volume 1, 2019
Se os balanços sobre a História Social do Trabalho no Brasil e no mun- do, na década de 1990, eram unânimes em afirmar o declínio na produção sobre o tema, aqueles que trataram da década seguinte afirmaram uma re- novação, inclusive nas questões abordadas. No caso do Brasil, os anos 2000 foram marcados pela criação do GT-Mundos do Trabalho (GT-MT), ligado a ANPUH, e que reúne historiadoras e historiadores ligados ao tema. O obje- tivo do presente capítulo é justamente analisar algumas características da pro- dução recente da História Social do Trabalho no país, mais especificamente no período de 2000 a 2018. Um esclarecimento se faz necessário: não se trata de fazer um levantamento extensivo de toda a produção nacional, mas sim apontar alguns caminhos e também possíveis perspectivas futuras, focando principalmente a produção apresentada no âmbito do GT-MT.
Revista Mundos do Trabalho, 2018
2012
Coleção: Debater o Social – 10Este livro aborda as alterações introduzidas pelas novas representações do conceito de trabalho e emprego e as mudanças produzidas nas vidas das pessoas residentes no Vale do Ave, área de forte implementação fabril, orientada em grande escala para a ocupação na indústria têxtil. Identifica -se na sociogénese da região uma geografia humana urdida a partir do campo agrícola responsável por determinadas representações sobre o trabalho, geradas na perspetiva do saber prático elevado a uma condição superlativa, evitando -se e negando-se a utilidade do conhecimento a partir da frequência escolar. Desta configuração aproveitou a indústria sobrepondo-se à agricultura e estendendo à região um extenso lençol de relações, urdidas numa teia de substituição dos saberes práticos agrícolas em troca da especialização fabril, traduzida em tarefas repetidas e mecanizadas, num processo de desapropriação e embrutecimento, perpetuadores de um baixo capital social da região....
Ao final deste capítulo, espera-se que o leitor seja capaz de:
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