Papers by Silvana de Souza Nascimento
O texto integra a secao Depoimentos do Dossie Nos intersticios do (in)visivel. Homenagem a Jose d... more O texto integra a secao Depoimentos do Dossie Nos intersticios do (in)visivel. Homenagem a Jose de Souza Martins. Os textos foram escritos por ex-alunos e ex-orientandos do autor homenageado.
Estudos Históricos, Dec 1, 2022
Resumo Este artigo pretendeu debater epistemologias trans negras com base numa produção brasileir... more Resumo Este artigo pretendeu debater epistemologias trans negras com base numa produção brasileira elaborada por intelectuais transfeministas. A proposta é refletir sobre um campo de conhecimento emergente e apontar seus aspectos transversais: a desnaturalização da categoria mulheres e feminilidades, a autodefinição, a perspectiva interseccional, a despatologização, a luta contra o cissexismo e o racismo, e a multiplicidade identitária. Com destaque para ativistas, pesquisadoras e docentes, o texto apresenta convergências e tensões entre esta produção de conhecimento e certas correntes da teoria feminista e do pensamento feminista negro.
Revista Mundaú, 2018
Entrevista com Silvana Nascimento, professora de Antropologia da Universidade de São Paulo, reali... more Entrevista com Silvana Nascimento, professora de Antropologia da Universidade de São Paulo, realizada por Soraya Fleischer, professora de Antropologia da Universidade de Brasília, e transcrita por Gabriela Crespo, graduanda em Ciências Sociais na UnB.

Este artigo oferece uma reflexão sobre a centralidade do corpo da antropóloga nas pesquisas de ca... more Este artigo oferece uma reflexão sobre a centralidade do corpo da antropóloga nas pesquisas de campo e sobre como esta centralidade afeta e produz a escrita etnográfica. Busca-se problematizar os sentidos e os efeitos da corporeidade para o fazer etnográfico e mostrar que a presença corporal e material das pesquisadoras em campo produzem lugares de fala específicos, que afetam os modos de ver, fazer, pensar e escrever antropologia. Por meio de uma certa perspectiva feminista, a intenção é refletir sobre o estado de corpo etnográfico, que se deixa marcar pela sua biografia, pelos contextos históricos, pelas escolhas teóricas e pelas interações nas experiências de campo, produzindo deslocamentos, diferenciações, exclusões, justaposições dos sentidos corpóreos da antropóloga, constantemente localizados na fronteira, entre-mundos.This article intends to reflect on the centrality of the body of the anthropologist in the field and how this centrality affects and produces ethnographic writ...

O Público e o Privado
Este artigo pretende fazer uma reflexão antropológica sobre a relação entre gênero, cisheteronorm... more Este artigo pretende fazer uma reflexão antropológica sobre a relação entre gênero, cisheteronormatividade, socialidade e mobilidade a partir de pesquisas etnográficas no interior de Goiás em contextos de festividades católicas cujo movimento entre campos e cidades faz parte constitutiva de suas dinâmicas. A ideia é trazer atualizações de experiências de pesquisas realizadas para o doutorado em Antropologia, defendido em 2006 e, ao mesmo tempo, considerações recentes a partir de um breve trabalho de campo realizado dez anos depois, na mesma região, buscando compreender transformações e permanências nos modos de fazer festa e produzir diferença por meio de uma permanente mobilidade entre campo e cidade, o extraordinário e o cotidiano. Nessa mobilidade, como se configuram as relações cisheteronormativas? Como compreender relações homossociais que, ao mesmo tempo, reproduzem as normatividades ditas hegemônicas?
Perifèria. Revista d'investigació i formació en Antropologia, 2022
Esta sección especial es el resultado de un fructífero encuentro entre antropólogos y antropóloga... more Esta sección especial es el resultado de un fructífero encuentro entre antropólogos y antropólogas vinculadas a dos universidades, la Universidad de São Paulo (USP) y la Universitat Autònoma de Barcelona (UAB) que tuvo lugar en junio de 2021 en un seminario en línea: “Política y diferencia: Nuevas Perspectivas Antropológicas para el Siglo XXI”. Dichas publicaciones demuestran que las perspectivas antropológicas aportan comprensión a los problemas sociales y políticos que atraviesan muchas de las realidades locales y globales. Es decir, la relación fundamental entre la política, la diferencia y la antropología es fundamental para analizar el tiempo presente y sobrevivir a las crisis, las contradicciones y los conservadurismos del mundo actual.
TRAVESSIA - revista do migrante, 1998
Das passarelas das escolas de samba aos terreiros de candomblé, das festas de santo às comemoraçõ... more Das passarelas das escolas de samba aos terreiros de candomblé, das festas de santo às comemorações do Dia da Independência, das pequenas comunidades às grandes cidades, no Brasil festejam-se todos os dias, todos os meses. Por algum motivo vai-se à festa, seja para dançar, desfilar, cantar; seja para louvar ao santo padroeiro, cumprir promessas, comemorar datas importantes. [...]

Transgender Health: Advances and New Perspectives [Working Title]
This article aims to provide the results of anthropological research in Brazil regarding how tran... more This article aims to provide the results of anthropological research in Brazil regarding how trans and transvestites have survived in a country that is world-ranked in transfeminicide and how they find ways of resistance and resilience through support and care from networks to public health policies. The methodology used in the research was based on a multisited ethnography, through fieldwork and qualitative interviews, in two different regions: the metropolitan area of João Pessoa, in the state of Paraíba, in the Northeast, and the metropolis of São Paulo, in the Southeast. Using an intersectional perspective, the results show an increase in risks and vulnerabilities by black transfeminine people, mostly those who work in prostitution, because they do not have access to public health systems and have informally produced their care strategies based on local knowledge about the body, health, hormonal therapy, and so forth.
Revista De Antropologia, 2019
Este artigo oferece uma reflexao sobre a centralidade do corpo da antropologa nas pesquisas de ca... more Este artigo oferece uma reflexao sobre a centralidade do corpo da antropologa nas pesquisas de campo e sobre como esta centralidade afeta e produz a escrita etnografica. Busca-se problematizar os sentidos e os efeitos da corporeidade para o fazer etnografico e mostrar que a presenca corporal e material das pesquisadoras em campo produzem lugares de fala especificos, que afetam os modos de ver, fazer, pensar e escrever antropologia. Por meio de uma certa perspectiva feminista, a intencao e refletir sobre o estado de corpo etnografico, que se deixa marcar pela sua biografia, pelos contextos historicos, pelas escolhas teoricas e pelas interacoes nas experiencias de campo, produzindo deslocamentos, diferenciacoes, exclusoes, justaposicoes dos sentidos corporeos da antropologa, constantemente localizados na fronteira, entre-mundos.
Revista De Antropologia, 2017
La antropologa Verena Stolcke fue la primera mujer profesora del Instituto de Filosofia y Ciencia... more La antropologa Verena Stolcke fue la primera mujer profesora del Instituto de Filosofia y Ciencias Humanas (IFCH) de la Universidad Estadual de Campinas (Unicamp), en 1971. En plena dictadura militar en Brasil, junto a Antonio Augusto Arantes y Peter Fry, fue responsable por fundar el area de antropologia de la Unicamp. Durante los ocho anos que vivio en el pais, tuvo bajo su direccion antropologas y antropologos de renombre, como Mariza Correa, que infelizmente murio a finales de 2016, y Luiz Mott, uno de los fundadores del Grupo Gay de Bahia (GGB), en Salvador...

The school curriculum is the most important feature to understand what types of values are desire... more The school curriculum is the most important feature to understand what types of values are desired to a community. No matter in what level it is being proposed, from the country's government policies to the closed door classroom, specific curriculum strategies and contents are planned and executed in order to teach the students one's view. The main aim of this paper is to unveil how the social markers of difference such as race, gender, class, profession, etc are interconnected and are experienced by children at school. This anthropological study has been carried out since 2018 in a kindergarten school on the outskirts of the city of São Paulo, in Brazil. It is based on the ethnographic method with a participant observation technique. This institution has been chosen because its curriculum proposal is very singular considering others schools in the country. It focuses on the diversity, which includes concerns about race, ethnicity, gender, social class, religion, among others social markers. The selected teachers have been working, since 2014, to clarify how power relations were constructed in Brazil in order to classify people, hierarchizing relationships. At the same time, they conduct teaching how to identify, understand and face inequalities in the interest of overcoming them. This paper discusses that kids are involved by multiple discourses and, in a way, they understand how they face stereotypes in society and the political issues proposed by the school pedagogical practice. Primarily observations indicate that confrontations take place on daily basis when conservative children, families and educators face the new progressive ideas proposed by the school curriculum, they are normally related to stagnated hierarchies (and consequently inequalities) on gender, race, ethnicity, profession, etc.
Revista Colombiana de Antropología
Mediante pesquisas etnográficas realizadas en dos regiones de Brasil —São Paulo y Paraíba—, este ... more Mediante pesquisas etnográficas realizadas en dos regiones de Brasil —São Paulo y Paraíba—, este artículo reflexiona sobre las maneras en que travestis y mujeres transexuales se hacen presentes en distintos espacios urbanos y cómo construyen formas de resistencia ante las adversidades de los modelosde la ciudad moderna y las múltiples formas de violencias de las que son víctimas. Su presencia en calles, avenidas, aceras y plazas de los medios urbanos no solo desafía reglas heteronormativas, sino ideas de espacio público, prácticas sexuales, corporeidades y géneros. A partir de experiencias urbanas diversas, hay un proyecto de transformación corporal y de movilidad social común que se inscribe en una imbricación intensiva entre cuerpo trans y ciudad, produciendo procesos de desterritorialización y reterritorialización.
Amazônica - Revista de Antropologia
O ensaio apresenta notas etnográficas iniciais sobre experiências homoeróticas masculinas frente ... more O ensaio apresenta notas etnográficas iniciais sobre experiências homoeróticas masculinas frente os processos de urbanização de cidades pequenas e médias na Amazônia contemporânea; o eixo empírico e analítico é o modo como agentes que se reconhecem enquanto homossexuais ou que estabelecem trocas homoeróticas se relacionam com taisespaços. O lócus etnográfico foi a tríplice fronteira norte, na região do Alto Solimões. Buscou-se investir na potencialidade de se investigar de maneira mutuamente imbrincada experiências de gênero e sexualidades e modos de percepção e produção das cidades e do urbano, evidenciando relações e tensões desde escalas pequenas e médias.

Ponto Urbe
Ser, eu diria, não é estar em um lugar, mas estar ao longo de caminhos. O caminho, e não o lugar,... more Ser, eu diria, não é estar em um lugar, mas estar ao longo de caminhos. O caminho, e não o lugar, é a condição primordial do ser, ou melhor, do tornar-se. Tim Ingold, Estar Vivo. 2015. Prelúdio Nos dias de hoje, o corpo se tornou símbolo de lutas políticas, sociais e simbólicas, que pode ser exaltado, agredido, intoxicado por bombas de gás lacrimogênio, encarcerado, e até mesmo vaiado e alvo de "memes". Corpos estão em evidência nos espaços públicos e estão marcados por posições políticas que devem ser visíveis na paisagem urbana e serem reconhecidas socialmente por meio de práticas corporais, além de diferenças de cor, geração, classe, gênero e orientação sexual. Esta visibilidade espalha-se pelas redes sociais, cujos selfies propagam-se compulsivamente nas passeatas e nos passeios. Ao longo dos últimos anos, muitas manifestações ocuparam as ruas das principais cidades brasileiras, em movimentos mais pendentes para a esquerda outros mais para a direita e mostraram, por meio dos corpos dos(as) manifestantes, quais eram as suas reivindicações. Uma camiseta vermelha pode significar o apoio ao Partido dos Trabalhadores e à (ex)presidenta Dilma, o que acarreta, certas vezes, agressões verbais e físicas em determinados contextos. Uma camiseta verde-amarela [da Confederação Brasileira de Futebol-CBF], que simbolizaria simplesmente torcer para a Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo, hoje pode representar uma posição política e de classe, ainda que algumas vezes com imprecisões e indeterminações.
Uploads
Papers by Silvana de Souza Nascimento