Thesis Chapters by Patricia F dos Santos
Dissertação, 2015
Dissertação de mestrado sobre o trabalho teatral de Augusto Boal desenvolvido durante os anos de ... more Dissertação de mestrado sobre o trabalho teatral de Augusto Boal desenvolvido durante os anos de exílio na América Latina.

Tese, 2024
A Primeira Feira Paulista de Opinião (São Paulo, 1968) e a Feira Latino-americana de Opinião (Nov... more A Primeira Feira Paulista de Opinião (São Paulo, 1968) e a Feira Latino-americana de Opinião (Nova Iorque, 1972) foram espetáculos dirigidos e idealizados por Augusto Boal que deram impulso a uma forma radical de fazer teatral. Inseridas em um contexto de repressão ditatorial, as obras estabeleceram uma tentativa de recuperação do processo de investigação estética coletiva, iniciado nas primeiras experiências artísticas de Boal e ceifado com o golpe de 1964. Reunindo dezenas de artistas-colaboradores, ambas as feiras marcam uma perspectiva de trabalho teatral dialógico e aberto à intervenção de demais artistas e do próprio público, dentro e fora do Brasil. Embora sua fortuna crítica se reduza a um número inexpressivo de trabalhos, a força político-estética das feiras é materializada pelo seu caráter programático, que se inseria em um projeto cultural transnacional encabeçado por Augusto Boal desde 1967. Dividida basicamente em três eixos de análise, este percurso de estudos lança luz à formação das feiras dentro do trabalho teatral de Boal; à forma estética das feiras de opinião, que propunha um questionamento acerca das categorias estéticas hegemônicas; e à ação política dos espetáculos, ambos impulsionados por práticas de resistência ao regime militar no Brasil.
Papers by Patricia F dos Santos
Teatro Situado, 2023
In d i c e Editorial Editorial El territorio autónomo de las bestias del octavo sentido por Santi... more In d i c e Editorial Editorial El territorio autónomo de las bestias del octavo sentido por Santiago San Paulo O território autônomo das feras do oitavo sentido por

Teatro Situado, 2023
Convertir una certeza individual en pregunta colectiva por Luisa Pardo Urías Converter uma certez... more Convertir una certeza individual en pregunta colectiva por Luisa Pardo Urías Converter uma certeza individual em uma questão coletiva por Luisa Pardo Urías-Tradução de Beatriz Bittencourt Mujer-arte acción: Prácticas escénicas transeúntes que visibilizan a la mujer en la lucha libertaria por Ana Correa Mulher-arte ação: Práticas cênicas transeuntes que visibilizam a mulher na luta libertária por Ana Correa-Tradução Ana Julia Marco Situarse: El espacio teatral como escenario de liberación afro-cuir. por Alejandra Rosa Situar-se: o espaço teatral como palco de liberação afro-queer por Alejandra Rosa-radução Patricia Freitas Créditos In d i c e /4 teatros y militancias ii Ed i t o ri a l Para este nuevo número de Teatro Situado reunimos artículos y reflexiones sobre el tema Teatros y Militancias en América Latina y el Caribe, ahora incluyendo textos de países como México,
Revista Aspas, 2018
Patricia Freitas dos Santos Mestra em Artes pela ECA-USP (2015) e doutoranda, com pesquisa inicia... more Patricia Freitas dos Santos Mestra em Artes pela ECA-USP (2015) e doutoranda, com pesquisa iniciada em 2017 e financiada pela Capes, do Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos e Literários em Língua Inglesa (DLM) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciência Humanas da USP (FFLCH-USP), sob orientação da Profª Dra. Mayumi Denise Senoi Ilari.

Colección La Fuente, 2016
Crear nuestra propia cultura, sin rendir pleitesía a las que nos son impuestas, ¡es un acto polít... more Crear nuestra propia cultura, sin rendir pleitesía a las que nos son impuestas, ¡es un acto político y no solo estético; un acto estético, y no solo político! Augusto Boal, La Estética del Oprimido El 2 de mayo de 2009 fallecía, a los 78 años de edad, el destacado dramaturgo brasileño Augusto Boal, creador del Teatro del Oprimido y de todo su arsenal metodológico (teatro foro, teatro imagen, teatro periodístico, teatro invisible, teatro legislativo, juegos del oprimido, arcoíris del deseo), autor de varios textos fundamentales, particularmente de una Estética del Oprimido que buscaría dar sustento teórico no solo a su teatro correspondiente, sino también a cualquier manifestación artística comprometida políticamente con las víctimas de la opresión. Esas víctimas, en opinión de Boal, debían encontrar precisamente en el arte un recurso pedagógico para la lucha. "Nosotros-decía él-, con la Estética del oprimido, buscamos nuestra verdad: un Arte Pedagógico imbricado en la realidad política y social, ¡y parte de ella!". 3 Así, con una biografía personal cargada de compromiso social con la causa de los más desfavorecidos, Augusto Boal produjo una obra de inestimable valor teórico y práctico. En este último caso, nos referimos tanto a la práctica teatral-ámbito intraartístico-como a la esfera más abarcadora (y muy importante para él) de la práctica transforma
Revista Aspas, 2018
Escrita no período de maior isolamento profissional de Augusto Boal, A tempestade, a um... more Escrita no período de maior isolamento profissional de Augusto Boal, A tempestade, a um só tempo, traz um balanço histórico das reiteradas derrotas políticas e artísticas da esquerda latino-americana, bem como uma resposta à paralisia largamente propagada pelos regimes ditato-riais a partir da década de 1960. A leitura que se pretende apresentar possui como principal ponto de partida a relação dialética que a obra estabelece com seu momento histórico e com o trabalho teatral produ-zido por Boal até então
PTO Journal, 2022
This essay aims to bring a historical perspective to the theatrical work carried out by Augusto B... more This essay aims to bring a historical perspective to the theatrical work carried out by Augusto Boal after the establishment of the military dictatorship in Brazil in 1964. The historical trauma generated by the coup re-dimensioned the socially engaged theatrical practice in the country. In Boal's case, it created important contradictions between his theory
and practice. Along these lines, this study verified that the reflection proposed by Boal on the Brazilian scene had a broader background and was embedded in a movement of cultural criticism, with the aim of creating an aesthetic and political program of action.

Teatro Situado, 2022
Este es nuestro quinto número, en él los artículos se expresan desde diferentes territorios y per... more Este es nuestro quinto número, en él los artículos se expresan desde diferentes territorios y perspectivas que giran sobre las militancias. Militancias que son necesarias y urgentes, militancias que consideramos imprescindibles en nuestra memoria, que trazan caminos para la acción, escénica, poética y política. Acciones que juegan, mezclan y construyen junto con los públicos, los de antes, los de ahora. Acciones y actos que hoy leemos y llamamos militancias confluyen en Teatro Situado para ser mirados desde la distancia, o bien de cerca, tanto que permiten espejarse, compartir en diferentes realidades, las mismas experiencias. O si se quiere, viceversa. Artículos que interpretan y se nombran militancias de las artes escénicas y dialogan, contemporáneos, con quienes realizamos este soporte, la revista, también en forma militante, intentando que la fortaleza de las palabras nos agrupe, que los actos y escenarios se multipliquen y confluyen en nuevas preguntas que sorteen las distancias, que acerquen las poesías y las poéticas teatrales, que abran nuevos sentidos y posibilidades en los mundos infinitos de Nuestra América. /6 Este é o nosso quinto número. Nos artigos há expressões de diferentes territórios e perspectivas sobre as militâncias. Militâncias que são necessárias e urgentes, militâncias que consideramos imprescindíveis para nossa memória, que traçam caminhos para a ação cênica, poética e política. Ações que jogam, mesclam e constroem junto com o público, o de antes, o de agora. Ações e atos que hoje lemos e chamamos militâncias em Teatro Situado para serem observados à distância, ou bem de perto, tanto que permita serem espelhados, compartilhados em diferentes realidades. Ou vice-versa. Artigos que interpretam e que se nomeiam militâncias das artes cênicas e dialogam, contemporâneos, com quem realizamos essa revista, também de forma militante, tentando fazer com que a fortaleza das palavras nos agrupe, que os atos e palcos se multipliquem e confluam em novas perguntas que ultrapassem as distâncias, que aproximem as poesias e poéticas teatrais, que abram novos sentidos e possibilidades nos mundo infinitos de Nuestra América.
O exílio de Augusto Boal, 2015
Texto elaborado por ocasião da mostra Atos de um Percurso, realizada pelo CCBB, em homenagem a Au... more Texto elaborado por ocasião da mostra Atos de um Percurso, realizada pelo CCBB, em homenagem a Augusto Boal.
PTO Journal, 2023
Este artigo empreende um olhar histórico sobre o trabalho teatral
realizado por Augusto Boal após... more Este artigo empreende um olhar histórico sobre o trabalho teatral
realizado por Augusto Boal após a instauração da ditadura militar no Brasil, em 1964. Em primeiro lugar, buscaremos compreender como o trauma histórico gerado com o golpe redimensionou a prática artística socialmente engajada no país e colocou em tensão a teoria e a prática produzidas por Augusto Boal. Nessa esteira, este estudo verificou que a reflexão proposta por Boal sobre a cena brasileira possuía um fundo mais amplo e estava embebida em um movimento de crítica cultural, com vistas à criação de um programa de ação estético-política.
Conference Presentations by Patricia F dos Santos

Colóquio Marx e Engels, 2018
A presente comunicação busca analisar o filme documental "Brazil, a report on torture", filmado e... more A presente comunicação busca analisar o filme documental "Brazil, a report on torture", filmado em janeiro de 1971, em Santiago do Chile. Dirigido pelos norteamericanos Saul Landau e Haskell Wexler, a obra investiga sobretudo a experiência da tortura como “único recurso distribuído igualitariamente pelo Estado durante o regime militar brasileiro” (LANDAU, WEXLER, 1971). Para tanto, Landau e Wexler
entrevistam alguns dos ex-presos políticos que haviam sido trocados pelo embaixador suíço e enviados ao Chile. De forma sintomática, os relatos são intercalados por diversas representações de torturas perpetradas pelos oficiais da ditadura. Os ex-presos, então, revezam-se no papel de vítima e algoz e operam um significativo distanciamento, no sentido brechtiano do termo, em relação à experiência, a um só tempo, individual e coletiva. Nossa hipótese é que, ao dilatar a experiência da tortura por meio de relatos e representações, a obra problematiza a própria categoria de violência, procurando oferecer poder de voz àqueles que buscavam não só o reconhecimento social, mas também a transformação do sistema econômico-político então vigente.
Anais da Jornada de Investigação em Música Latino-Americana da UNILA, 2018
Este trabalho busca apresentar um panorama histórico acerca da
fundação e do processo de trabalho... more Este trabalho busca apresentar um panorama histórico acerca da
fundação e do processo de trabalho do grupo musical Caldo de Cana, formado por Augusto Boal. Exilados em Buenos Aires na década de 1970, os componentes do grupo decidiram congregar-se em fevereiro de 1974 a fim de denunciar as ilegalidades perpetradas pelos regimes militares na América Latina. Com a intensificação das atividades paramilitares de extrema direita na Argentina e da vulnerabilidade dos refugiados brasileiros que lá estavam, o grupo encerra compulsoriamente suas atividades no país pouco tempo depois, em maio de 1974. Nosso objetivo é salientar o percurso, frequentemente elipsado, de artistas que buscaram participar ativamente do movimento histórico, mesmo em condições produtivas mínimas de atuação.

Anais do II JITOU, 2014
A peça “A Tempestade” de Augusto Boal insere-se em um contexto de
produção tanto brasileiro, quan... more A peça “A Tempestade” de Augusto Boal insere-se em um contexto de
produção tanto brasileiro, quanto latino-americano bastante conturbado. Escrita em 1974 e nunca encenada até 1981, a adaptação feita por Boal da obra-prima de Shakespeare dialoga com as intensas ditaduras que naquela época já assolavam o Cone Sul e também com perspectivas de alcance popular e de eficácia política que a arte engajada poderia, aos olhos do autor, oferecer. É neste mesmo período que Boal diagnostica a urgência da prática teatral disseminada através das técnicas do teatro do oprimido. Não por acaso, a data de publicação de Teatro do Oprimido e outras Poéticas Políticas converge com o ano em que o autor finaliza a escrita da peça. Centrando-se em tais aspectos, o artigo irá propor a análise de uma peça comumente tão esquecida em consonância com seu momento histórico e com o “descobrimento” das técnicas de teatro do oprimido.
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Thesis Chapters by Patricia F dos Santos
Papers by Patricia F dos Santos
and practice. Along these lines, this study verified that the reflection proposed by Boal on the Brazilian scene had a broader background and was embedded in a movement of cultural criticism, with the aim of creating an aesthetic and political program of action.
realizado por Augusto Boal após a instauração da ditadura militar no Brasil, em 1964. Em primeiro lugar, buscaremos compreender como o trauma histórico gerado com o golpe redimensionou a prática artística socialmente engajada no país e colocou em tensão a teoria e a prática produzidas por Augusto Boal. Nessa esteira, este estudo verificou que a reflexão proposta por Boal sobre a cena brasileira possuía um fundo mais amplo e estava embebida em um movimento de crítica cultural, com vistas à criação de um programa de ação estético-política.
Conference Presentations by Patricia F dos Santos
entrevistam alguns dos ex-presos políticos que haviam sido trocados pelo embaixador suíço e enviados ao Chile. De forma sintomática, os relatos são intercalados por diversas representações de torturas perpetradas pelos oficiais da ditadura. Os ex-presos, então, revezam-se no papel de vítima e algoz e operam um significativo distanciamento, no sentido brechtiano do termo, em relação à experiência, a um só tempo, individual e coletiva. Nossa hipótese é que, ao dilatar a experiência da tortura por meio de relatos e representações, a obra problematiza a própria categoria de violência, procurando oferecer poder de voz àqueles que buscavam não só o reconhecimento social, mas também a transformação do sistema econômico-político então vigente.
fundação e do processo de trabalho do grupo musical Caldo de Cana, formado por Augusto Boal. Exilados em Buenos Aires na década de 1970, os componentes do grupo decidiram congregar-se em fevereiro de 1974 a fim de denunciar as ilegalidades perpetradas pelos regimes militares na América Latina. Com a intensificação das atividades paramilitares de extrema direita na Argentina e da vulnerabilidade dos refugiados brasileiros que lá estavam, o grupo encerra compulsoriamente suas atividades no país pouco tempo depois, em maio de 1974. Nosso objetivo é salientar o percurso, frequentemente elipsado, de artistas que buscaram participar ativamente do movimento histórico, mesmo em condições produtivas mínimas de atuação.
produção tanto brasileiro, quanto latino-americano bastante conturbado. Escrita em 1974 e nunca encenada até 1981, a adaptação feita por Boal da obra-prima de Shakespeare dialoga com as intensas ditaduras que naquela época já assolavam o Cone Sul e também com perspectivas de alcance popular e de eficácia política que a arte engajada poderia, aos olhos do autor, oferecer. É neste mesmo período que Boal diagnostica a urgência da prática teatral disseminada através das técnicas do teatro do oprimido. Não por acaso, a data de publicação de Teatro do Oprimido e outras Poéticas Políticas converge com o ano em que o autor finaliza a escrita da peça. Centrando-se em tais aspectos, o artigo irá propor a análise de uma peça comumente tão esquecida em consonância com seu momento histórico e com o “descobrimento” das técnicas de teatro do oprimido.
and practice. Along these lines, this study verified that the reflection proposed by Boal on the Brazilian scene had a broader background and was embedded in a movement of cultural criticism, with the aim of creating an aesthetic and political program of action.
realizado por Augusto Boal após a instauração da ditadura militar no Brasil, em 1964. Em primeiro lugar, buscaremos compreender como o trauma histórico gerado com o golpe redimensionou a prática artística socialmente engajada no país e colocou em tensão a teoria e a prática produzidas por Augusto Boal. Nessa esteira, este estudo verificou que a reflexão proposta por Boal sobre a cena brasileira possuía um fundo mais amplo e estava embebida em um movimento de crítica cultural, com vistas à criação de um programa de ação estético-política.
entrevistam alguns dos ex-presos políticos que haviam sido trocados pelo embaixador suíço e enviados ao Chile. De forma sintomática, os relatos são intercalados por diversas representações de torturas perpetradas pelos oficiais da ditadura. Os ex-presos, então, revezam-se no papel de vítima e algoz e operam um significativo distanciamento, no sentido brechtiano do termo, em relação à experiência, a um só tempo, individual e coletiva. Nossa hipótese é que, ao dilatar a experiência da tortura por meio de relatos e representações, a obra problematiza a própria categoria de violência, procurando oferecer poder de voz àqueles que buscavam não só o reconhecimento social, mas também a transformação do sistema econômico-político então vigente.
fundação e do processo de trabalho do grupo musical Caldo de Cana, formado por Augusto Boal. Exilados em Buenos Aires na década de 1970, os componentes do grupo decidiram congregar-se em fevereiro de 1974 a fim de denunciar as ilegalidades perpetradas pelos regimes militares na América Latina. Com a intensificação das atividades paramilitares de extrema direita na Argentina e da vulnerabilidade dos refugiados brasileiros que lá estavam, o grupo encerra compulsoriamente suas atividades no país pouco tempo depois, em maio de 1974. Nosso objetivo é salientar o percurso, frequentemente elipsado, de artistas que buscaram participar ativamente do movimento histórico, mesmo em condições produtivas mínimas de atuação.
produção tanto brasileiro, quanto latino-americano bastante conturbado. Escrita em 1974 e nunca encenada até 1981, a adaptação feita por Boal da obra-prima de Shakespeare dialoga com as intensas ditaduras que naquela época já assolavam o Cone Sul e também com perspectivas de alcance popular e de eficácia política que a arte engajada poderia, aos olhos do autor, oferecer. É neste mesmo período que Boal diagnostica a urgência da prática teatral disseminada através das técnicas do teatro do oprimido. Não por acaso, a data de publicação de Teatro do Oprimido e outras Poéticas Políticas converge com o ano em que o autor finaliza a escrita da peça. Centrando-se em tais aspectos, o artigo irá propor a análise de uma peça comumente tão esquecida em consonância com seu momento histórico e com o “descobrimento” das técnicas de teatro do oprimido.