Papers by Lucas Bulgarelli

Relatório Violência Contra LGBT+ nos contextos eleitoral e pós-eleitoral no Brasil (2018), 2019
Os dados sobre violência de pessoas LGBT+ no Brasil, quando não inexistem, ainda padecem de agu... more Os dados sobre violência de pessoas LGBT+ no Brasil, quando não inexistem, ainda padecem de aguda subnotificação em razão das situações de violência que são registradas e noticiadas sem indicar sua natureza LGBTfóbica e/ ou em função da grande quantidade de casos que sequer chegam a público. A ausência de dados censitários oficiais sobre a população LGBT+ e de informações atualizadas sobre a variabilidade das experiências de violência faz com que grupos e coletivos empenhem seus próprios levantamentos. Em sua maioria, estas pesquisas se baseiam na análise de mídia e em coleta de informações realizadas sobretudo por meio de redes de apoio e contato. Além dos relatórios anuais produzidos pelo Grupo Gay da Bahia, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) e o Instituto Brasileiro Trans de Educação (IBTE) têm elaborado desde 2017 documentos direcionados a mapear o assassinato de pessoas trans no território nacional (ANTRA; IBTE, 2018).
A necessidade de compreender de forma mais aprofundada a violência contra pessoas LGBT+ durante e após as eleições de 2018, assim como a escassez de dados a este respeito motivaram a Gênero e Número a realizar a pesquisa “Violência contra LGBTs+ nos contextos eleitoral e pós-eleitoral”. Com a apoio da Fundação Ford, o objetivo deste estudo consiste em identificar e qualificar incidências ou ameaças de violência contra pessoas LGBT+ ocorridas durante e após as eleições no segundo semestre de 2018.
A crise tem sido um bom negócio para os representantes políticos da intolerância e do ódio.
A marginalização das vidas trans produz-se a cada comentário discriminatório, a cada projeto de l... more A marginalização das vidas trans produz-se a cada comentário discriminatório, a cada projeto de lei que outorga um padrão excludente de união familiar.
Pretensamente protegido pelo "Brexit", o bem-estar social se traduz, no Brasil, como manutenção d... more Pretensamente protegido pelo "Brexit", o bem-estar social se traduz, no Brasil, como manutenção de privilégios.

The term “revenge porn” has become popular internationally for describing a virtual form of viole... more The term “revenge porn” has become popular internationally for describing a virtual form of violence: the act of an ex-partner making private sexual images or videos public online. Strictly speaking, so-called revenge porn could victimise anyone, but it most involves the violation of women. The impact on the lives of victims of revenge porn can be devastating: some are forced to leave school, or a place of employment, or to withdraw from social life; others face depression and even commit suicide. While this form of violence existed previously – the act of circulating private information from a previous intimate relationship in order to harm the other person is not new – information and communications technologies (ICTs) allow the impact to be felt more widely. Because many women are affected by revenge porn online, it is now at the centre of feminist advocacy. Across the world, all stakeholders – government, business and civil society – have been coming up with initiatives to discuss and propose alternatives to eradicate or minimise the effects of revenge porn. There are bills and laws that punish those who upload private images and videos,1 campaigns aimed at building awareness and offering support to victims,2 and initiatives by internet companies that aim to block this kind of content.3 It is no different in Brazil. While monitoring this problem here, however, we were faced with a peculiar situation: a case where teenagers aged 12 to 15 years and living on the outskirts of São Paulo were exposed online, in a phenomenon that became known as the “Top 10”. However, this phenomenon did not fit the strict definition of “revenge porn”.4 The analysis of this problem, combined with a more general look at what the government can do, offers insight into how to design public policies for violence against women on the internet in Brazil and, we suspect, elsewhere in the world.

O termo revenge porn popularizou-se internacionalmente por comunicar uma modalidade virtual de vi... more O termo revenge porn popularizou-se internacionalmente por comunicar uma modalidade virtual de violência: o ato de um ex-parceiro tornar online imagens ou vídeos íntimos com teor sexual públicos online. A rigor, o chamado revenge porn poderia vitimizar qualquer pessoa, mas em geral envolve a violação de mulheres. O impacto sobre a vida das vítimas de revenge porn pode ser devastador: algumas são forçadas a abandonar a escola, o local de trabalho, ou a retirar-se do convívio social; outras enfrentam depressão e até mesmo cometem suicídio. Embora essa forma de violência existisse anteriormente - o ato de circular informações privadas de um relacionamento íntimo anterior a fim de prejudicar a outra pessoa não é novidade – as tecnologias de informação e comunicação (TICs) fazem com que o impacto seja sentido de forma mais ampla. Em razão das várias mulheres afetadas pelo revenge porn on-line, o tema está agora no centro do debate feminista. Ao redor do mundo, todos os atores sociais - governo, setor privado e sociedade civil - têm desenvolvido iniciativas para discutir e propor alternativas para a erradicação ou minimização dos efeitos do revenge porn. Existem projetos de lei e legislações que responsabilizam autores da divulgação de imagens/vídeos, campanhas de conscientização da população e para oferecer apoio às vítimas, ou iniciativas de empresas de Internet para remover essa espécie de conteúdos. Não tem sido diferente no Brasil. No entanto, quando acompanhamos aqui este problema, deparamo-nos com uma situação peculiar: um caso em que adolescentes com idades entre 12 a 15 anos, moradoras da periferia de São Paulo, foram expostas on-line, em um fenômeno que ficou conhecido como o "Top 10". Entretanto, esse fenômeno não se encaixava na definição estrita de "revenge porn". A análise desse problema, combinada com um olhar mais geral para o que o governo pode fazer, oferece possíveis ideias sobre como criar políticas públicas para a violência contra as mulheres na Internet no Brasil e, nós suspeitamos, no resto do mundo.
Em abril de 2015, fotos da modelo travesti Veronica Bolina seminua, sem peruca e gravemente ferid... more Em abril de 2015, fotos da modelo travesti Veronica Bolina seminua, sem peruca e gravemente ferida, numa delegacia em São Paulo, levaram a uma mobilização nas redes. O caso levanta questões sobre violência simbólica, perversão, privacidade e o valor da militância virtual.
Feminist Studies, 2016
This article is a compilation of nine brief first-person accounts of spontaneously organized obse... more This article is a compilation of nine brief first-person accounts of spontaneously organized observances in and outside the United States after the massacre at Pulse nightclub in Orlando, Florida. Comparing two events held on the same evening in Tucson, Arizona—one, which resembled a rally, and the other, which was more of a vigil—I illustrate the emotional tenor and political discourse produced at each.
Books by Lucas Bulgarelli
Uploads
Papers by Lucas Bulgarelli
A necessidade de compreender de forma mais aprofundada a violência contra pessoas LGBT+ durante e após as eleições de 2018, assim como a escassez de dados a este respeito motivaram a Gênero e Número a realizar a pesquisa “Violência contra LGBTs+ nos contextos eleitoral e pós-eleitoral”. Com a apoio da Fundação Ford, o objetivo deste estudo consiste em identificar e qualificar incidências ou ameaças de violência contra pessoas LGBT+ ocorridas durante e após as eleições no segundo semestre de 2018.
Books by Lucas Bulgarelli
A necessidade de compreender de forma mais aprofundada a violência contra pessoas LGBT+ durante e após as eleições de 2018, assim como a escassez de dados a este respeito motivaram a Gênero e Número a realizar a pesquisa “Violência contra LGBTs+ nos contextos eleitoral e pós-eleitoral”. Com a apoio da Fundação Ford, o objetivo deste estudo consiste em identificar e qualificar incidências ou ameaças de violência contra pessoas LGBT+ ocorridas durante e após as eleições no segundo semestre de 2018.