Essays by Luan Aiuá Vasconcelos Fernandes

Ariadna Tucma Revista Latinoamericana, 2014
Disidente, exiliado político, militante socialista y, desde el proceso de la redemocratización ch... more Disidente, exiliado político, militante socialista y, desde el proceso de la redemocratización chilena, integrante de todos los gobiernos de la Concertación de Partidos por la Democracia, Heraldo Muñoz diseca la influencia de Pinochet en Chile y en el mundo, desde su ascensión al poder engendrada por del Golpe de 1973 hasta su muerte en 2006 a través de una narrativa muy efectiva de memorias personales y políticas. El libro “La sombra del dictador: memorias políticas de Chile bajo el régimen de Pinochet” fue lanzado originalmente en inglés en los Estados Unidos en 2008, país en el que Muñoz obtuvo buena parte de su formación académica y profesional como diplomático y donde vive actualmente como subsecretario general de la ONU y director regional del Programa de las Naciones Unidas para el Desarrollo (PNUD) para América Latina y Caribe. Muñoz hace que el libro sea más interesante cuando elabora varios análisis de Chile bajo la influencia de Pinochet. Él examina la propia personalidad del dictador en varios momentos, siempre enlazada a sus decisiones políticas, económicas y represoras. Además, el autor se inserta en la obra, poniendo de relieve su propia trayectoria política y de lucha por la democracia, dentro y fuera de su país. Y logra hacerlo sin perder el hilo conductor del libro. La narrativa bien desarrollada transforma el libro en una lectura placentera, pese a que no evita la complejidad y exuberancia de detalles de un tema tan delicado.
Cadernos do NUPPOME, 2021
A resenha, sobre o documentário chileno “La cordillera de los sueños”, foi escrita pelo historiad... more A resenha, sobre o documentário chileno “La cordillera de los sueños”, foi escrita pelo historiador Luan Aiuá Vasconcelos Fernandes

O cientista político Arturo Valenzuela em seu relevante trabalho publicado já em 1976 tenta expli... more O cientista político Arturo Valenzuela em seu relevante trabalho publicado já em 1976 tenta explicar como ocorreu o fim do regime democrático no Chile a partir da estrutura política-institucional chilena e das disputas de poder. O principal motivo para Valenzuela teria sido o enfraquecimento, a polarização e fragmentação do partido de centro, a Democracia Cristã, que mantinha um equilíbrio político no jogo de poder chileno. VALENZUELA, Arturo. El quiebre de la democracia en Chile. Ediciones Universidad Diego Portales, 2013. 4 Como já mencionado, Luiz Moniz Bandeira disseca todo o envolvimento da CIA no golpe de Estado Chileno, inclusive evidenciando a participação de empresas particulares, como a International Telephone & Telegraph Corporation (ITT), que controlava as comunicações telefônicas no Chile. A ITT foi uma das empresas que mais investiram dinheiro e outros tipos de recurso no intuito de desestabilizar o Chile e facilitar o Golpe de Estado.
Le Monde Diplomatique, 2020
Em outubro de 2019, depois de uma semana de recrudescimento dos protestos e da morte de dezoito p... more Em outubro de 2019, depois de uma semana de recrudescimento dos protestos e da morte de dezoito pessoas, o governo chileno suspendeu o toque de recolher, mas a extensão das reivindicações já deixava claro o que grande parte da população desejava: o fim da Constituição autoritária e neoliberal de Pinochet
Le Monde Diplomatique, 2021
Com Joana Salém Vasconcelos, para o Le Monde Diplomatique: https://diplomatique.org.br/as-ruas-fo... more Com Joana Salém Vasconcelos, para o Le Monde Diplomatique: https://diplomatique.org.br/as-ruas-foram-eleitas-agora/
Análise do resultado eleitoral para a Convenção Constitucional chilena ocorrida em maio de 2021 e as possibilidades políticas da derrota do pinochetismo pela força popular.
Para enterrar o legado de Pinochet, a maioria dos 6 milhões de votantes chilenos escolheu deputados constituintes alternativos ao sistema e conectados com as agendas por direitos sociais. Mas ainda restam armadilhas
Papers by Luan Aiuá Vasconcelos Fernandes
A repressão contra os docentes da UFMG (Brasil, 1964-1969) e da UTE (Chile, 1973-1981) no context... more A repressão contra os docentes da UFMG (Brasil, 1964-1969) e da UTE (Chile, 1973-1981) no contexto das reformas do ensino superior BELO HORIZONTE 2016 LUAN AIUÁ VASCONCELOS FERNANDES Professores universitários na mira das ditaduras: A repressão contra os docentes da UFMG (Brasil, 1964-1969) e da UTE (Chile, 1973-1981) no contexto das reformas do ensino superior

Temporalidades, Sep 30, 2016
RESUMO: O presente artigo objetiva realizar uma análise comparativa entre os governos Jango e All... more RESUMO: O presente artigo objetiva realizar uma análise comparativa entre os governos Jango e Allende a partir de alguns pontos gerais dos dois governos. O artigo foi escrito baseado em bibliografia sobre o tema e trata de aspectos mais amplos, como reformas pretendidas e efetuadas pelos dois governos, disputas políticas, participação estadunidense na derrubada dos regimes, apoios e confrontos da sociedade civil à Allende e Jango e a ação dos militares nas duas conjunturas. Por se tratar de um trabalho comparativo, foram utilizadas reflexões de historiadores que teorizaram sobre história comparada, como Marc Bloch, Raymond Grew, Maria Ligia Prado e William Sewell. Semelhanças e diferenças entre os dois governos foram apontadas, ajudando a explicar a reação da sociedade civil, o nível de polarização alcançada e os tipos de golpes efetuados no Brasil e no Chile.

Revista Brasileira de História
A ditadura quis ser a primeira a formalizar o reconhecimento e, assim, marcar uma posição clara a... more A ditadura quis ser a primeira a formalizar o reconhecimento e, assim, marcar uma posição clara a chilenos, brasileiros e a quem pudesse interessar, mesmo que isso baixasse a guarda do Brasil contra críticas e ataques. (Simon, 2021, p. 214) No dia quatro de setembro de 2019, o presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro atacou Alberto Bachelet, pai da ex-presidenta Michelle Bachelet, ao afirmar que, se o regime de Augusto Pinochet não tivesse matado pessoas como ele, um general legalista de brigada da Força Aérea, o Chile hoje seria uma espécie de Cuba da América do Sul. Não era a primeira vez que Bolsonaro mobilizava em seu discurso uma memória positiva da ditadura chilena. Em outras ocasiões, Bolsonaro já havia afirmado que Pinochet "fez o que tinha que ser feito", e que ele precisou "agir de forma violenta para recuperar o país." (Carneiro, 2019). Não é de se estranhar que Bolsonaro e os militares que apoiam o seu governo de extrema-direita tenham, em relação às ditaduras do Cone Sul, o que Steve Stern chama de memória de salvação (Stern, 2009, pp. 43-72). Há um saudosismo escancarado em relação a esse período sombrio da história do nosso continente, quando os regimes autoritários em vigor inclusive se apoiavam em suas práticas repressivas, como indicam diversos estudos 1. Porém, alguns atores cúmplices do modus operandi das ditaduras tiveram-nas disputas

O governo da Unidad Popular (UP) chegou ao poder através da via democrática, mas com um plano de ... more O governo da Unidad Popular (UP) chegou ao poder através da via democrática, mas com um plano de governo que propunha amplas reformas que visavam uma revolução geral, mudando as estruturas da sociedade burguesa capitalista e instaurando um novo tipo de socialismo. A novidade era fazer isso sem confrontos violentos, pelos meios institucionais. Independente do caminho revolucionário divulgado por Allende, a UP assustava os setores mais conservadores da sociedade chilena e internacional, principalmente os Estados Unidos, que não queriam outra Cuba na América Latina, considerada sua área de influência. 1 Essa oposição era estimulada ainda mais com a atuação de grupos mais radicais dentro da própria UP, que desacreditavam na via democrática liderada por Allende e que estimulavam a população a reivindicar que o processo de mudanças estruturais, como a reforma agrária e a estatização das empresas, se aprofundasse mais rapidamente. “Nas manifestações de rua, gritavam ‘Luchar, crear, poder p...

CUADERNOS CHILENOS DE HISTORIA DE LA EDUCACIÓN, 2015
Based on a comparative analysis of Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) and Universidad Té... more Based on a comparative analysis of Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) and Universidad Técnica del Estado (UTE), this article aims to understand how repression against teachers in both institutions occurred and what their similarities and differences were. The following sources were consulted for this study: the files from the extinct Department of Political and Social Order (DOPS / MG); the Brazilian and Chilean Official Gazette; internal files of from UFMG and UTE; Chilean files of from the Ministry of Public Educación; commissions' reports from both countries; Vicaría de la Solidaridad's files; and interviews conducted by the author and other researchers with former teachers persecuted at the time. The survey reveals that political repression in UTE was more intense than in the UFMG, which relates to the polarization experienced by the society in each country, but also shows that there are some details not often found in the collective memory about the dictartorship.

O presente artigo objetiva realizar uma analise comparativa entre os governos Jango e Allende a p... more O presente artigo objetiva realizar uma analise comparativa entre os governos Jango e Allende a partir de alguns pontos gerais dos dois governos. O artigo foi escrito baseado em bibliografia sobre o tema e trata de aspectos mais amplos, como reformas pretendidas e efetuadas pelos dois governos, disputas politicas, participacao estadunidense na derrubada dos regimes, apoios e confrontos da sociedade civil a Allende e Jango e a acao dos militares nas duas conjunturas. Por se tratar de um trabalho comparativo, foram utilizadas reflexoes de historiadores que teorizaram sobre historia comparada, como Marc Bloch, Raymond Grew, Maria Ligia Prado e William Sewell. Semelhancas e diferencas entre os dois governos foram apontadas, ajudando a explicar a reacao da sociedade civil, o nivel de polarizacao alcancada e os tipos de golpes efetuados no Brasil e no Chile. ABSTRACT: This article consists of a comparative analysis between the Jango and Allende governments from some general points of both...
books by Luan Aiuá Vasconcelos Fernandes
Book Chapters by Luan Aiuá Vasconcelos Fernandes
Editora ASOEC – UNIVERSO, 2019
O presente artigo faz parte do desenvolvimento da pesquisa de doutorado
do autor, que visa analis... more O presente artigo faz parte do desenvolvimento da pesquisa de doutorado
do autor, que visa analisar a relação entre a ditadura militar chilena (1973-
1990) e as universidades, principalmente no que tange ao aspecto da
construção de um novo imaginário de sociedade ou, segundo os novos donos do poder, de “refundação da nação chilena”. As medidas adotadas nas universidades foram influenciadas por duas principais correntes de
pensamento: a dos monetaristas, que viriam a ser conhecidos como neoliberais e, especificamente no Chile, como Chicago Boys; e a dos gremialistas, liderados por Jaime Guzmán. Tanto o neoliberalismo como o gremialismo foram respaldados por medidas autoritárias no momento de aplicação de suas ideias. Tal afirmação é percebida pela análise dos documentos oficiais, dos documentos de resistência e das memórias dos indivíduos da época.
PROLAM EDITORA, 2019
O artigo Modernização autoritária X neoliberalismo autoritário: as reformas universitárias no Bra... more O artigo Modernização autoritária X neoliberalismo autoritário: as reformas universitárias no Brasil e no Chile durante suas ditaduras, de Luan Aiuá Vasconcelos Fernandes analisa comparativamente as reformas do ensino superior no Brasil e no Chile, desde os golpes civil-militares sofridos por esses países.
Interview by Luan Aiuá Vasconcelos Fernandes

Agência Pública, 2019
Entrevista realizada por Bruno Fonseca para a Agência Pública: https://apublica.org/2019/10/tudo-... more Entrevista realizada por Bruno Fonseca para a Agência Pública: https://apublica.org/2019/10/tudo-no-chile-e-mercadoria-ate-a-agua-explica-historiador/
No Chile, foram os estudantes, uma vez mais, que deram a partida para as manifestações de rua. Após o aumento das passagens de metrô e ônibus no início de outubro, foram eles que começaram a pular as catracas para não pagar as tarifas, as chamadas evasiones masivas. A resposta do presidente Sebastián Piñera foi uma: repressão. Com cada vez
mais policiais nas estações de metrô reprimindo os jovens, o “pulão de catraca” cresceu até explodir para manifestações que pararam Santiago e se espalharam o o resto do país.
Na avaliação do historiador Luan Vasconcelos Fernandes, da Universidade de São Paulo (USP), que pesquisa em seu doutorado a relação entre a ditadura militar e as universidades chilenas, a repressão comandada por Piñera, sobretudo na imposição de um toque de recolher, fez soar nos ouvidos chilenos o autoritarismo da ditadura de Pinochet, mas encontrou a resistência de uma geração de jovens “que não possui o
trauma de seus pais e avós em relação ao autoritário toque de recolher da ditadura”.
Apesar de semelhante às manifestações do Brasil de 2013 — inclusive pelo estopim ser o aumento das passagens de transporte público — o pesquisador acredita que os protestos chilenos são mais direcionados e críticos ao modelo neoliberal. Por outro lado, ele reforça que assim como no Brasil, no Chile há também um discurso de negação da política, “bastante perigoso e pode dar margem para que figuras ainda mais autoritárias cheguem ao poder”.
Conference Presentations by Luan Aiuá Vasconcelos Fernandes

I Encontro de Pesquisa em História da UFMG –EPHIS, 2012
Texto apresentado para o I Encontro de Pesquisa em História da UFMG –EPHIS: https://www.ephisufmg... more Texto apresentado para o I Encontro de Pesquisa em História da UFMG –EPHIS: https://www.ephisufmg.com.br/evento/#edicoes-anteriores
The Costa e Silva government has a wide relevance in the understanding of the consolidation of an authoritarian state in Brazil during Military Dictatorship. The disenfranchisement and persecutions of the officials
and suspensions of political rights had already been initiated in 1964. From the Costa e Silva government the manifestations and strikes against dictatorship become more intense and start gaining a new dimension which alarms the recent military government. In response to that, the government starts to crack down on population until reaching the maximum level of repression with the enactment of the AI-5 in December of 1968. This paper, under development, aims to analyze and understand the academic environment and the professors’ conducts who
later were repealed and compulsory retired, attempting to the fact that the persecution was not always the result of ideological differences, and that many times the persecution happened due to professors’ attitudes and behaviours in the academic environment.
O governo Costa e Silva possui uma profunda relevância para se compreender a consolidação de um estado autoritário no Brasil durante a Ditadura Militar. As cassações e perseguições nos cargos públicos e as
suspensões dos direitos políticos já haviam sido iniciados em 1964. A partir do governo Costa e Silva as manifestações contra a ditadura se tornam mais intensas e começam a ganhar uma dimensão que alarma o recente governo militar. Em resposta a isso, o governo passa a tomar medidas cada vez mais autoritárias até culminar com a imposição do AI-5 em dezembro de 1968. Este trabalho, em desenvolvimento, visa analisar e compreender o ambiente acadêmico e as atuações dos professores que posteriormente foram cassados e aposentados obrigatoriamente, atentando ao fato que a perseguição nem sempre era resultado de diferenças ideológicas, e que muitas vezes se dava de acordo com as ações e comportamentos dos professores no meio acadêmico.
XXVII Simpósio Nacional de História: conhecimento histórico e diálogo social - ANPUH Brasil, 2013

II Jornadas de trabajo Exilios Políticos del Cono Sur en el siglo XX, 2014
Texto apresentado para a II Jornadas de trabajo Exilios Políticos del Cono Sur en el siglo XX: ht... more Texto apresentado para a II Jornadas de trabajo Exilios Políticos del Cono Sur en el siglo XX: http://jornadasexilios.fahce.unlp.edu.ar/ii-jornadas-2014/actas/ponencia-220926154240002912
University in exile: the exile of professors and directors of Universidad Técnica del Estado (UTE) during the Pinochet’s dictatorship
The dictatorship that was established in 1973 in Chile impacted all the Chilean society. However, some areas draw more attention from the military and agencies of surveillance and repression. The universities were one of the main focuses of the Chilean military regime, which aimed to eliminate who were considered dictatorship’s enemies, mainly those who claimed to be openly from the left. Besides the students, many professors were arrested, tortured and murdered. Many of those who were arrested and tortured were exiled, some of them forced by the dictatorship, others by their own will. This paper aims to analyze the professors and directors path from the Universidad Técnica del Estado (UTE) who were exiled after the 1973 Military Coup in Chile. The UTE had at the moment an advanced university reform and a strong connection with the government of Unidad Popular, including a communist dean, Enrique Kirberg. Kirberg and others important members of UTE, like Carlos Orellana, Ricardo Ñuñez y Luis Cifuentes were exiled in the first years of Chilean dictatorship, and from the exile they denounced Pinochet government’s crimes, being part of a solidarity international network against the dictatorship.
La Universidad se vacía: el exilio de los profesores y dirigentes de la Universidad Técnica del Estado (UTE) durante la dictadura de Pinochet
La dictadura que se estableció en 1973 en Chile afectó a todos los sectores de la sociedad chilena. Sin embargo, algunas áreas atrajeron más la atención de los militares y de los órganos de vigilancia y represión. Las universidades fueron uno de los principales focos del régimen militar chileno, que buscaba alejar a quienes eran considerados enemigos de la dictadura, principalmente los que profesaban abiertamente ser de izquierda. Además de los estudiantes, varios profesores fueron presos, torturados y asesinados. Muchos de los que fueron detenidos y torturados sufrieron el exilio, algunos por exigencia del gobierno militar, otros por opción propia. El trabajo a ser presentado busca analizar la trayectoria de los profesores y dirigentes de la Universidad Técnica del Estado (UTE) que fueron exiliados, forzados o no, tras el Golpe de 1973 en Chile. La UTE era una de la universidades que había avanzado de manera más intensa en la reforma universitaria y la que tenía la conexión más grande con el gobierno de la Unidad Popular, poseyendo, en ese momento, un rector declaradamente comunista, Enrique Kirberg. Él y otros importantes nombres de la universidad, como Carlos Orellana, Ricardo Ñuñez y Luis Cifuentes fueron exiliados en los primeros años de la dictadura y a partir de distintos lugares denunciaron los crímenes del gobierno Pinochet, conectándose a una red de solidaridad internacional formada tras el golpe.
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Essays by Luan Aiuá Vasconcelos Fernandes
mercadoria no Chile motivam os maiores protestos da história
desde a ditadura.
Para o Nexo Jornal: https://www.nexojornal.com.br/ensaio/2019/10/26/Como-%C3%A9-o-clima-das-ruas-de-Santiago-em-meio-aos-protestos
Para o Nexo Jornal: https://www.nexojornal.com.br/ensaio/debate/2020/A-necropol%C3%ADtica-na-decis%C3%A3o-de-reabrir-as-escolas-de-S%C3%A3o-Paulo
Análise do resultado eleitoral para a Convenção Constitucional chilena ocorrida em maio de 2021 e as possibilidades políticas da derrota do pinochetismo pela força popular.
Para enterrar o legado de Pinochet, a maioria dos 6 milhões de votantes chilenos escolheu deputados constituintes alternativos ao sistema e conectados com as agendas por direitos sociais. Mas ainda restam armadilhas
Boric conviverá com Parlamento dividido e alianças com a centro-esquerda podem evitar sabotagens à nova Constituição e retorno da ameaça fascista. Mas o essencial será a mobilização social – para enterrar décadas de neoliberalismo.
Papers by Luan Aiuá Vasconcelos Fernandes
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Book Chapters by Luan Aiuá Vasconcelos Fernandes
do autor, que visa analisar a relação entre a ditadura militar chilena (1973-
1990) e as universidades, principalmente no que tange ao aspecto da
construção de um novo imaginário de sociedade ou, segundo os novos donos do poder, de “refundação da nação chilena”. As medidas adotadas nas universidades foram influenciadas por duas principais correntes de
pensamento: a dos monetaristas, que viriam a ser conhecidos como neoliberais e, especificamente no Chile, como Chicago Boys; e a dos gremialistas, liderados por Jaime Guzmán. Tanto o neoliberalismo como o gremialismo foram respaldados por medidas autoritárias no momento de aplicação de suas ideias. Tal afirmação é percebida pela análise dos documentos oficiais, dos documentos de resistência e das memórias dos indivíduos da época.
Interview by Luan Aiuá Vasconcelos Fernandes
No Chile, foram os estudantes, uma vez mais, que deram a partida para as manifestações de rua. Após o aumento das passagens de metrô e ônibus no início de outubro, foram eles que começaram a pular as catracas para não pagar as tarifas, as chamadas evasiones masivas. A resposta do presidente Sebastián Piñera foi uma: repressão. Com cada vez
mais policiais nas estações de metrô reprimindo os jovens, o “pulão de catraca” cresceu até explodir para manifestações que pararam Santiago e se espalharam o o resto do país.
Na avaliação do historiador Luan Vasconcelos Fernandes, da Universidade de São Paulo (USP), que pesquisa em seu doutorado a relação entre a ditadura militar e as universidades chilenas, a repressão comandada por Piñera, sobretudo na imposição de um toque de recolher, fez soar nos ouvidos chilenos o autoritarismo da ditadura de Pinochet, mas encontrou a resistência de uma geração de jovens “que não possui o
trauma de seus pais e avós em relação ao autoritário toque de recolher da ditadura”.
Apesar de semelhante às manifestações do Brasil de 2013 — inclusive pelo estopim ser o aumento das passagens de transporte público — o pesquisador acredita que os protestos chilenos são mais direcionados e críticos ao modelo neoliberal. Por outro lado, ele reforça que assim como no Brasil, no Chile há também um discurso de negação da política, “bastante perigoso e pode dar margem para que figuras ainda mais autoritárias cheguem ao poder”.
Conference Presentations by Luan Aiuá Vasconcelos Fernandes
The Costa e Silva government has a wide relevance in the understanding of the consolidation of an authoritarian state in Brazil during Military Dictatorship. The disenfranchisement and persecutions of the officials
and suspensions of political rights had already been initiated in 1964. From the Costa e Silva government the manifestations and strikes against dictatorship become more intense and start gaining a new dimension which alarms the recent military government. In response to that, the government starts to crack down on population until reaching the maximum level of repression with the enactment of the AI-5 in December of 1968. This paper, under development, aims to analyze and understand the academic environment and the professors’ conducts who
later were repealed and compulsory retired, attempting to the fact that the persecution was not always the result of ideological differences, and that many times the persecution happened due to professors’ attitudes and behaviours in the academic environment.
O governo Costa e Silva possui uma profunda relevância para se compreender a consolidação de um estado autoritário no Brasil durante a Ditadura Militar. As cassações e perseguições nos cargos públicos e as
suspensões dos direitos políticos já haviam sido iniciados em 1964. A partir do governo Costa e Silva as manifestações contra a ditadura se tornam mais intensas e começam a ganhar uma dimensão que alarma o recente governo militar. Em resposta a isso, o governo passa a tomar medidas cada vez mais autoritárias até culminar com a imposição do AI-5 em dezembro de 1968. Este trabalho, em desenvolvimento, visa analisar e compreender o ambiente acadêmico e as atuações dos professores que posteriormente foram cassados e aposentados obrigatoriamente, atentando ao fato que a perseguição nem sempre era resultado de diferenças ideológicas, e que muitas vezes se dava de acordo com as ações e comportamentos dos professores no meio acadêmico.
A proposta deste trabalho se insere em um contexto mais amplo de estudo e compreensão dos regimes políticos autoritários na América Latina durante a segunda metade do século XX. A partir desta grande temática, pretende-se analisar e interpretar, por meio de um viés
comparativo, a atuação e repressão sofrida pelos professores universitários perseguidos nos regimes militares do Brasil e do Chile, mais especificamente através do estudo de dois casos: a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), entre 1964 e 1974, e a Universidad Técnica del Estado (UTE), atual Universidad de Santiago de Chile (USACH), entre 1973 e 1981.
University in exile: the exile of professors and directors of Universidad Técnica del Estado (UTE) during the Pinochet’s dictatorship
The dictatorship that was established in 1973 in Chile impacted all the Chilean society. However, some areas draw more attention from the military and agencies of surveillance and repression. The universities were one of the main focuses of the Chilean military regime, which aimed to eliminate who were considered dictatorship’s enemies, mainly those who claimed to be openly from the left. Besides the students, many professors were arrested, tortured and murdered. Many of those who were arrested and tortured were exiled, some of them forced by the dictatorship, others by their own will. This paper aims to analyze the professors and directors path from the Universidad Técnica del Estado (UTE) who were exiled after the 1973 Military Coup in Chile. The UTE had at the moment an advanced university reform and a strong connection with the government of Unidad Popular, including a communist dean, Enrique Kirberg. Kirberg and others important members of UTE, like Carlos Orellana, Ricardo Ñuñez y Luis Cifuentes were exiled in the first years of Chilean dictatorship, and from the exile they denounced Pinochet government’s crimes, being part of a solidarity international network against the dictatorship.
La Universidad se vacía: el exilio de los profesores y dirigentes de la Universidad Técnica del Estado (UTE) durante la dictadura de Pinochet
La dictadura que se estableció en 1973 en Chile afectó a todos los sectores de la sociedad chilena. Sin embargo, algunas áreas atrajeron más la atención de los militares y de los órganos de vigilancia y represión. Las universidades fueron uno de los principales focos del régimen militar chileno, que buscaba alejar a quienes eran considerados enemigos de la dictadura, principalmente los que profesaban abiertamente ser de izquierda. Además de los estudiantes, varios profesores fueron presos, torturados y asesinados. Muchos de los que fueron detenidos y torturados sufrieron el exilio, algunos por exigencia del gobierno militar, otros por opción propia. El trabajo a ser presentado busca analizar la trayectoria de los profesores y dirigentes de la Universidad Técnica del Estado (UTE) que fueron exiliados, forzados o no, tras el Golpe de 1973 en Chile. La UTE era una de la universidades que había avanzado de manera más intensa en la reforma universitaria y la que tenía la conexión más grande con el gobierno de la Unidad Popular, poseyendo, en ese momento, un rector declaradamente comunista, Enrique Kirberg. Él y otros importantes nombres de la universidad, como Carlos Orellana, Ricardo Ñuñez y Luis Cifuentes fueron exiliados en los primeros años de la dictadura y a partir de distintos lugares denunciaron los crímenes del gobierno Pinochet, conectándose a una red de solidaridad internacional formada tras el golpe.
mercadoria no Chile motivam os maiores protestos da história
desde a ditadura.
Para o Nexo Jornal: https://www.nexojornal.com.br/ensaio/2019/10/26/Como-%C3%A9-o-clima-das-ruas-de-Santiago-em-meio-aos-protestos
Para o Nexo Jornal: https://www.nexojornal.com.br/ensaio/debate/2020/A-necropol%C3%ADtica-na-decis%C3%A3o-de-reabrir-as-escolas-de-S%C3%A3o-Paulo
Análise do resultado eleitoral para a Convenção Constitucional chilena ocorrida em maio de 2021 e as possibilidades políticas da derrota do pinochetismo pela força popular.
Para enterrar o legado de Pinochet, a maioria dos 6 milhões de votantes chilenos escolheu deputados constituintes alternativos ao sistema e conectados com as agendas por direitos sociais. Mas ainda restam armadilhas
Boric conviverá com Parlamento dividido e alianças com a centro-esquerda podem evitar sabotagens à nova Constituição e retorno da ameaça fascista. Mas o essencial será a mobilização social – para enterrar décadas de neoliberalismo.
do autor, que visa analisar a relação entre a ditadura militar chilena (1973-
1990) e as universidades, principalmente no que tange ao aspecto da
construção de um novo imaginário de sociedade ou, segundo os novos donos do poder, de “refundação da nação chilena”. As medidas adotadas nas universidades foram influenciadas por duas principais correntes de
pensamento: a dos monetaristas, que viriam a ser conhecidos como neoliberais e, especificamente no Chile, como Chicago Boys; e a dos gremialistas, liderados por Jaime Guzmán. Tanto o neoliberalismo como o gremialismo foram respaldados por medidas autoritárias no momento de aplicação de suas ideias. Tal afirmação é percebida pela análise dos documentos oficiais, dos documentos de resistência e das memórias dos indivíduos da época.
No Chile, foram os estudantes, uma vez mais, que deram a partida para as manifestações de rua. Após o aumento das passagens de metrô e ônibus no início de outubro, foram eles que começaram a pular as catracas para não pagar as tarifas, as chamadas evasiones masivas. A resposta do presidente Sebastián Piñera foi uma: repressão. Com cada vez
mais policiais nas estações de metrô reprimindo os jovens, o “pulão de catraca” cresceu até explodir para manifestações que pararam Santiago e se espalharam o o resto do país.
Na avaliação do historiador Luan Vasconcelos Fernandes, da Universidade de São Paulo (USP), que pesquisa em seu doutorado a relação entre a ditadura militar e as universidades chilenas, a repressão comandada por Piñera, sobretudo na imposição de um toque de recolher, fez soar nos ouvidos chilenos o autoritarismo da ditadura de Pinochet, mas encontrou a resistência de uma geração de jovens “que não possui o
trauma de seus pais e avós em relação ao autoritário toque de recolher da ditadura”.
Apesar de semelhante às manifestações do Brasil de 2013 — inclusive pelo estopim ser o aumento das passagens de transporte público — o pesquisador acredita que os protestos chilenos são mais direcionados e críticos ao modelo neoliberal. Por outro lado, ele reforça que assim como no Brasil, no Chile há também um discurso de negação da política, “bastante perigoso e pode dar margem para que figuras ainda mais autoritárias cheguem ao poder”.
The Costa e Silva government has a wide relevance in the understanding of the consolidation of an authoritarian state in Brazil during Military Dictatorship. The disenfranchisement and persecutions of the officials
and suspensions of political rights had already been initiated in 1964. From the Costa e Silva government the manifestations and strikes against dictatorship become more intense and start gaining a new dimension which alarms the recent military government. In response to that, the government starts to crack down on population until reaching the maximum level of repression with the enactment of the AI-5 in December of 1968. This paper, under development, aims to analyze and understand the academic environment and the professors’ conducts who
later were repealed and compulsory retired, attempting to the fact that the persecution was not always the result of ideological differences, and that many times the persecution happened due to professors’ attitudes and behaviours in the academic environment.
O governo Costa e Silva possui uma profunda relevância para se compreender a consolidação de um estado autoritário no Brasil durante a Ditadura Militar. As cassações e perseguições nos cargos públicos e as
suspensões dos direitos políticos já haviam sido iniciados em 1964. A partir do governo Costa e Silva as manifestações contra a ditadura se tornam mais intensas e começam a ganhar uma dimensão que alarma o recente governo militar. Em resposta a isso, o governo passa a tomar medidas cada vez mais autoritárias até culminar com a imposição do AI-5 em dezembro de 1968. Este trabalho, em desenvolvimento, visa analisar e compreender o ambiente acadêmico e as atuações dos professores que posteriormente foram cassados e aposentados obrigatoriamente, atentando ao fato que a perseguição nem sempre era resultado de diferenças ideológicas, e que muitas vezes se dava de acordo com as ações e comportamentos dos professores no meio acadêmico.
A proposta deste trabalho se insere em um contexto mais amplo de estudo e compreensão dos regimes políticos autoritários na América Latina durante a segunda metade do século XX. A partir desta grande temática, pretende-se analisar e interpretar, por meio de um viés
comparativo, a atuação e repressão sofrida pelos professores universitários perseguidos nos regimes militares do Brasil e do Chile, mais especificamente através do estudo de dois casos: a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), entre 1964 e 1974, e a Universidad Técnica del Estado (UTE), atual Universidad de Santiago de Chile (USACH), entre 1973 e 1981.
University in exile: the exile of professors and directors of Universidad Técnica del Estado (UTE) during the Pinochet’s dictatorship
The dictatorship that was established in 1973 in Chile impacted all the Chilean society. However, some areas draw more attention from the military and agencies of surveillance and repression. The universities were one of the main focuses of the Chilean military regime, which aimed to eliminate who were considered dictatorship’s enemies, mainly those who claimed to be openly from the left. Besides the students, many professors were arrested, tortured and murdered. Many of those who were arrested and tortured were exiled, some of them forced by the dictatorship, others by their own will. This paper aims to analyze the professors and directors path from the Universidad Técnica del Estado (UTE) who were exiled after the 1973 Military Coup in Chile. The UTE had at the moment an advanced university reform and a strong connection with the government of Unidad Popular, including a communist dean, Enrique Kirberg. Kirberg and others important members of UTE, like Carlos Orellana, Ricardo Ñuñez y Luis Cifuentes were exiled in the first years of Chilean dictatorship, and from the exile they denounced Pinochet government’s crimes, being part of a solidarity international network against the dictatorship.
La Universidad se vacía: el exilio de los profesores y dirigentes de la Universidad Técnica del Estado (UTE) durante la dictadura de Pinochet
La dictadura que se estableció en 1973 en Chile afectó a todos los sectores de la sociedad chilena. Sin embargo, algunas áreas atrajeron más la atención de los militares y de los órganos de vigilancia y represión. Las universidades fueron uno de los principales focos del régimen militar chileno, que buscaba alejar a quienes eran considerados enemigos de la dictadura, principalmente los que profesaban abiertamente ser de izquierda. Además de los estudiantes, varios profesores fueron presos, torturados y asesinados. Muchos de los que fueron detenidos y torturados sufrieron el exilio, algunos por exigencia del gobierno militar, otros por opción propia. El trabajo a ser presentado busca analizar la trayectoria de los profesores y dirigentes de la Universidad Técnica del Estado (UTE) que fueron exiliados, forzados o no, tras el Golpe de 1973 en Chile. La UTE era una de la universidades que había avanzado de manera más intensa en la reforma universitaria y la que tenía la conexión más grande con el gobierno de la Unidad Popular, poseyendo, en ese momento, un rector declaradamente comunista, Enrique Kirberg. Él y otros importantes nombres de la universidad, como Carlos Orellana, Ricardo Ñuñez y Luis Cifuentes fueron exiliados en los primeros años de la dictadura y a partir de distintos lugares denunciaron los crímenes del gobierno Pinochet, conectándose a una red de solidaridad internacional formada tras el golpe.
O presente trabalho é parte da pesquisa de mestrado do autor e busca analisar as possibilidades de pesquisa sobre a repressão da ditadura militar brasileira nas universidades a partir da documentação das extintas Assessorias Especiais de Segurança e Informações (AESI) criadas pelo governo Médici em 1971. Especificamente o enfoque se debruça sobre a AESI da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e na repressão sofrida contra os professores da referida instituição. A documentação da AESI da UFMG é uma das mais bem preservadas do país, juntamente com a da Universidade de Brasília (UNB) 1 , o que facilitou a pesquisa. Apesar do objeto principal do trabalho ser a repressão do regime militar brasileiro, em todos os seus ambitos, contra os professores, a análise dos documentos da AESI da UFMG permitiu se ter uma consciência geral das possibilidades de pesquisa do arquivo, o que também irá ser tratado neste trabalho.