
Ivan Estevão
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Papers by Ivan Estevão
do fenômeno. A partir de um estudo sobre o movimento desde o seu surgimento até os dias atuais, o estudo propõe uma apreciação psicanalítica, de Sigmund Freud e Jacques Lacan, com incursões históricas e filosóficas, sobre os processos atinentes aos fenômenos coletivos e à religiosidade – em suas intersecções e diferenças –, bem como a narrativa que fomenta a dúvida acerca da produção do conhecimento científico. A discussão proposta traz à luz as ofertas propostas pelo discurso terraplanista diante dos efeitos subjetivos e das indeterminações presentes na realidade atual. Sendo assim, o enunciado do movimento terraplanista oferta determinações, como as proposições de coordenadas comuns,
sustentação identificatória correspondente à lógica dos grupos, oferta de uma verdade e muitas certezas, e se apresentam como proteção às indeterminações, às manifestações do mal-estar, do desamparo, da inconsistência, da falta de garantias e das invasões do Real.
circunscrição e mesmo o delineamento dos elementos conceituais envolvidos nesta larga trama. Ou, mais sinteticamente, se este trabalho tiver sucesso, o leitor terá, ao cabo de sua leitura, uma noção ainda mais fértil de tão múltiplo sujeito.
na qual situa-se a fase genealógica do autor, e o contexto histórico de produção do texto “A direção do tratamento”, em Lacan, apontando para a problemática do poder no contexto político institucional da psicanálise na época. Tanto em Foucault quanto em Lacan, essa análise foi tangenciada pelo vocabulário de guerra em termos de tática e estratégia. Percebeu-se que o ponto de convergência entre eles, e como as noções de tática e estratégia, serve para descrever o poder, seja nas mais diversas formas de relação apresentadas por Foucault, seja na situação analítica descrita por Lacan. Demonstra-se, também, como as noções de tática, estratégia e política foram importantes para ressituar a problemática do poder no campo da psicanálise e como a genealogia, em Foucault, pode comparecer a esse debate, restituindo o estatuto político da crítica lacaniana, ao mesmo tempo em que coloca em perspectiva a ética da psicanálise.
da psicanálise a críticas externas a seu campo. Propomos que a consideração dos paradoxos que nos fundam e que nos põem em crise epistemológica e política permanente é uma disposição consoante com nossa própria especificidade discursiva.
lógica e da matemática nos seminários O saber do psicanalista e ... ou pior, entre 1971 e 1972, o artigo busca fundamentar a teoria da sexuação desenvolvida nesse período e esclarecer que tal conceituação retoma a subversão freudiana do polimorfismo pulsional.
Se a pulsão não tem qualquer determinação instintual quanto a seu objeto, constata-se que esse mesmo equívoco se deslinda como impossibilidade de proporção e relação sexual [rapport sexuel] para o ser falante, que se posiciona gramaticalmente na estrutura da linguagem a partir desse impasse. Nesse sentido, a bifididade do Um, entre conjunto e
elemento, mesmidade e diferença, particularidade e universalidade, ex-sistência e relatividade, real e simbólico, reescreve a diferença (sexual) conforme a psicanálise. O sexo, portanto, é a própria ausência de qualquer referência que não seja a opacidade de princípio do significante, é a evasão fundamental do ser à verdade.
do fenômeno. A partir de um estudo sobre o movimento desde o seu surgimento até os dias atuais, o estudo propõe uma apreciação psicanalítica, de Sigmund Freud e Jacques Lacan, com incursões históricas e filosóficas, sobre os processos atinentes aos fenômenos coletivos e à religiosidade – em suas intersecções e diferenças –, bem como a narrativa que fomenta a dúvida acerca da produção do conhecimento científico. A discussão proposta traz à luz as ofertas propostas pelo discurso terraplanista diante dos efeitos subjetivos e das indeterminações presentes na realidade atual. Sendo assim, o enunciado do movimento terraplanista oferta determinações, como as proposições de coordenadas comuns,
sustentação identificatória correspondente à lógica dos grupos, oferta de uma verdade e muitas certezas, e se apresentam como proteção às indeterminações, às manifestações do mal-estar, do desamparo, da inconsistência, da falta de garantias e das invasões do Real.
circunscrição e mesmo o delineamento dos elementos conceituais envolvidos nesta larga trama. Ou, mais sinteticamente, se este trabalho tiver sucesso, o leitor terá, ao cabo de sua leitura, uma noção ainda mais fértil de tão múltiplo sujeito.
na qual situa-se a fase genealógica do autor, e o contexto histórico de produção do texto “A direção do tratamento”, em Lacan, apontando para a problemática do poder no contexto político institucional da psicanálise na época. Tanto em Foucault quanto em Lacan, essa análise foi tangenciada pelo vocabulário de guerra em termos de tática e estratégia. Percebeu-se que o ponto de convergência entre eles, e como as noções de tática e estratégia, serve para descrever o poder, seja nas mais diversas formas de relação apresentadas por Foucault, seja na situação analítica descrita por Lacan. Demonstra-se, também, como as noções de tática, estratégia e política foram importantes para ressituar a problemática do poder no campo da psicanálise e como a genealogia, em Foucault, pode comparecer a esse debate, restituindo o estatuto político da crítica lacaniana, ao mesmo tempo em que coloca em perspectiva a ética da psicanálise.
da psicanálise a críticas externas a seu campo. Propomos que a consideração dos paradoxos que nos fundam e que nos põem em crise epistemológica e política permanente é uma disposição consoante com nossa própria especificidade discursiva.
lógica e da matemática nos seminários O saber do psicanalista e ... ou pior, entre 1971 e 1972, o artigo busca fundamentar a teoria da sexuação desenvolvida nesse período e esclarecer que tal conceituação retoma a subversão freudiana do polimorfismo pulsional.
Se a pulsão não tem qualquer determinação instintual quanto a seu objeto, constata-se que esse mesmo equívoco se deslinda como impossibilidade de proporção e relação sexual [rapport sexuel] para o ser falante, que se posiciona gramaticalmente na estrutura da linguagem a partir desse impasse. Nesse sentido, a bifididade do Um, entre conjunto e
elemento, mesmidade e diferença, particularidade e universalidade, ex-sistência e relatividade, real e simbólico, reescreve a diferença (sexual) conforme a psicanálise. O sexo, portanto, é a própria ausência de qualquer referência que não seja a opacidade de princípio do significante, é a evasão fundamental do ser à verdade.
Partindo do projeto do psicanalista Otto Gross com o escritor Franz Kafka, este livro coloca em debate, sob diferentes prismas – psicanálise, filosofia, sociologia antropologia e literatura –, essa paixão humana pela dominação e pela servidão e as possibilidades de combatê-la por meio desses giros que propiciem novas formas de laço.