Papers by Lucas M de Oliveira

LICERE - Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer, 2024
RESUMO: A pesquisa investigou o processo de criação e gestão do Parque dos Ferroviários, localiza... more RESUMO: A pesquisa investigou o processo de criação e gestão do Parque dos Ferroviários, localizado na cidade de Araguari-MG, analisando tal objeto sob olhar interrelacional do lazer e turismo, paisagismo, arquitetura e urbanismo. Analisou-se as transformações vivenciadas pelo espaço, bem como o processo de projeto para a reabilitação como parque urbano contemporâneo em área histórica protegida, esclarecendo o transcurso de elaboração do projeto da paisagem e de planejamento da gestão visando a plena adequação do espaço ao uso público cotidiano e turístico. Assentou-se no pressuposto de que o olhar sobre o restauro arquitetônico e ao reuso das edificações, apenas, não promoverá uma adequada aproprição social do lugar, sendo necessário uma análise da contribuição crítica dos estudos de lazer para que o Parque dos Ferroviários aflore sua potencialidade de significados.

PosFAUUSP
O trabalho analisa Araguari, cidade média localizada na região do Triângulo Mineiro, Minas Gerais... more O trabalho analisa Araguari, cidade média localizada na região do Triângulo Mineiro, Minas Gerais, a partir do estudo do seu sistema de espaços livres de edificação. Avalia-se a urbanidade do sistema de espaços livres na escala da mancha urbana, orientada por três aspectos: centralidade, densidade e conectividade. Entende-se como urbanidade a condição socioespacial em que o espaço livre público é capaz de se oferecer enquanto elemento fundamental do meio físico-social adequado ao uso e à interação das pessoas. Observou-se que a qualidade dos espaços livres em muito se difere nos diferentes contextos da cidade, seja nos aspectos qualitativos, seja na distribuição, evidenciando uma clara disparidade Centro-periferia. No entanto, é possível conferir à cidade um incremento de sua urbanidade a partir do reconhecimento e valorização de seu sistema de espaços livres, tanto na cidade consolidada, quanto nas novas áreas de urbanização.
Page 1. URBAN FORM AND OPEN SPACES: THE CASE OF BRAZILIAN MEDIUM-SIZED CITIES COCOZZA,Glauco de P... more Page 1. URBAN FORM AND OPEN SPACES: THE CASE OF BRAZILIAN MEDIUM-SIZED CITIES COCOZZA,Glauco de Paula (1) OLIVEIRA, Lucas Martins de (2) (1) Adjunct Professor of Federal University of Uberlandia - UFU, UBERLÂNDIA, MG, BRAZIL: Av. ...

Ensaios de Geografia
As fotografias que se apresenta compõem trabalhos de campo realizados com o objetivo de entender ... more As fotografias que se apresenta compõem trabalhos de campo realizados com o objetivo de entender a dinâmica de apropriação social das faixas de domínio ferroviário nas cidades de Uberaba, Uberlândia e Araguari, localizadas na região do Triângulo Mineiro, Minas Gerais, Brasil. Se para muitos habitantes tais espaços são excludentes, “sem dono”, sujeitas à deposição de lixo e entulho e à prática de ilicitudes, para outros é espaço acolhedor, onde é possível se divertir, onde cabe um pomar ou um quintal.Não ignorar a vida cotidiana é o ponto de partida para decifrar as possibilidades de sociabilidade neste espaço público pouco compreendido, as faixas de domínio. Entender os modos de apropriação existentes e possíveis passa por entender as raízes e autenticidades dos habitantes. Interessa a categoria da interação social, conceito fundamental das ciências sociais.São diversas as formas de interação, que aparecem em casos insignificantes, mas que, inseridos de forma abrangente, sustentam a...
Ao orientador, que, ao mesmo tempo em que direcionou caminhos, soube amparar minhas fragilidades ... more Ao orientador, que, ao mesmo tempo em que direcionou caminhos, soube amparar minhas fragilidades com extremo respeito. Citando o colega Guilherme Borba: "uma salva de palmas retumbante ao Professor Doutor Eugenio Fernandes Queiroga".
Brazilian Geographical Journal Geosciences and Humanities Research Medium, Nov 15, 2014
O trabalho apresenta as origens e as primeiras transformações históricas do município de Araguari... more O trabalho apresenta as origens e as primeiras transformações históricas do município de Araguari no processo de ocupação territorial da região do Triângulo Mineiro. Para isso, analisa-se trabalhos relevantes realizados no campo da geografia histórica produzidos sobre os objetos de estudo, Araguari e Triângulo Mineiro, objetivando a construção de um diálogo entre os autores. Considera-se fundamental o estudo da gênese das configurações espaciais locais e regionais para o aprofundamento teórico-conceitual da história da paisagem brasileira. O trabalho sintetiza os principais processos históricos transformadores da paisagem da cidade e região, entre os anos de 1815 e 1913.

Paisagem e Ambiente, 2013
Glauco de Paula Cocoz za* Luc a s Mar t ins de Oliveira* * RESUMO Este trabalho apresenta parte d... more Glauco de Paula Cocoz za* Luc a s Mar t ins de Oliveira* * RESUMO Este trabalho apresenta parte da pesquisa Forma urbana e espaços livres na cidade de Uberlândia, MG, que visa à compreensão de como os espaços livres se caracterizam na cidade e como são estruturantes da sua forma urbana. Para isto, fez-se necessário um resgate histórico da evolução da forma urbana, através de fontes secundárias e primárias, desde sua aglomeração inicial, relativamente recente, em meados de 1850, até os dias atuais. Sendo assim, foi possível entender os determinantes econômicos, políticos, sociais, físicos e legais que a moldaram, os conflitos sociais e ambientais enfrentados, as influências urbanísticas vigentes em cada período, bem como perceber os desafios e as potencialidades urbanas atualmente existentes. Pretende-se contribuir e aprofundar os conhecimentos sobre como os espaços livres estruturam a forma urbana das cidades médias brasileiras, tendo como objeto de estudo a cidade de Uberlândia, ampliando a discussão do seu papel na conformação de cidades com maior qualidade urbana e ambiental. Palavras-chave: Forma urbana. Espaços livres. Espaços públicos. Cidade média. Transformação urbana.

Revista LABVERDE, 2013
O artigo apresenta a experiência na elaboração do projeto urbano para o Campus Glória da Universi... more O artigo apresenta a experiência na elaboração do projeto urbano para o Campus Glória da Universidade Federal de Uberlândia, situado na cidade de Uberlândia-MG. Com o Campus Glória, a universidade deu início a implantação de uma universidade sustentável, em um processo que se inicia desde sua implantação, estabelecendo diretrizes que irão repercutir em ações planejadas a favor da sustentabilidade. O projeto visou debater as propostas e ações desenvolvidas por diversas universidades voltadas à sustentabilidade ambiental, problematizando alguns desafios postos, tanto no Brasil quanto em outros países. Para isso foram utilizados os conceitos de reconstituição da paisagem associados à incorporação de infraestruturas, por alguns autores denominados de "verdes", que são conectadas com espaços livres, nos quais são agregados corredores verdes urbanos, alagados construídos, parques, reflorestamentos de encostas e ruas verdes. Além disso, foram definidos índices e parâmetros sustentáveis. nas áreas urbanizadas, entre outras intervenções de baixo impacto, incorporando melhores práticas de Revista LABVERDE n°7-Artigo n°08 Dezembro de 2013 manejo das águas, com a intenção de fornecer importantes contribuições para um desenho ecologicamente mais eficiente nas cidades.

This work investigates the structuring character of the rail system in the urban configuration pr... more This work investigates the structuring character of the rail system in the urban configuration process of the cities of Uberaba, Uberlândia and Araguari and its potential for landscape qualification and restructuring. The implantation of the railway companies in the region of the Triângulo Mineiro in the nineteenthtwentieth century has designed the new urban landscape in the indicated cities. In the 1970s, the deactivation of the old systems and the construction of new equipment on the urban borders triggered intense reconfigurations of the landscape, both centrally, with the opening of new free spaces, as well as in the periphery, with the presence of new infrastructures that connect and, at the same time, they break the territory. The systems, both deactivated and in use, are surrounded by urbanization, but have little relation to other urbanized spaces. They are managed in an uncoordinated manner and without an intervention plan. The thesis is presented that the rail systems of the three cities have important latent potential for restructuring the urban landscape and that their qualification is an element for the valorization of the public life sphere. These systems must be urbanized as they are hybrid spaces, since besides their logistic function, they enhance the appropriation when properly qualified. The thesis is based on the assumption that in proportion to the problematic character of rail areas in urban areas, their potentialities lie. From the characterization of these areas through the analysis of Landscape Units applied to the railways, it was possible, in addition to raising the needs and conflicts of urbanization that surround them, to recognize their potentialities as places capable of increasing the daily open space systems, thinking not only of what is possible but also necessary for democratic living.

Ensaios de Geografia, 2020
As fotografias que se apresenta compõem trabalhos de campo realizados com o objetivo de entender ... more As fotografias que se apresenta compõem trabalhos de campo realizados com o objetivo de entender a dinâmica de apropriação social das faixas de domínio ferroviário nas cidades de Uberaba, Uberlândia e Araguari, localizadas na região do Triângulo Mineiro, Minas Gerais, Brasil. Se para muitos habitantes tais espaços são excludentes, “sem dono”, sujeitas à deposição de lixo e entulho e à prática de ilicitudes, para outros é espaço acolhedor, onde é possível se divertir, onde cabe um pomar ou um quintal.
Não ignorar a vida cotidiana é o ponto de partida para decifrar as possibilidades de sociabilidade neste espaço público pouco compreendido, as faixas de domínio. Entender os modos de apropriação existentes e possíveis passa por entender as raízes e autenticidades dos habitantes. Interessa a categoria da interação social, conceito fundamental das ciências sociais.
São diversas as formas de interação, que aparecem em casos insignificantes, mas que, inseridos de forma abrangente, sustentam a sociedade. Os laços de tais interações são feitos e desfeitos, as heranças e tradições trazidas do campo se misturam com práticas tipicamente urbanas. O que fazem no tempo livre aqueles que habitam os espaços da borda da ferrovia? A análise de campo mostrou moradores com tempo e disposição para desfrutar de uma conversa, produzir alimento, descansar, brincar, interações densas de sociabilidade. Evidentemente, modalidades simples, sem o brilho e a sofisticação das últimas novidades da indústria do lazer.

XI COLÓQUIO QUAPÁ-SEL, 2016
O trabalho apresenta parte dos resultados da pesquisa sobre o sistema de espaços livres na forma ... more O trabalho apresenta parte dos resultados da pesquisa sobre o sistema de espaços livres na forma urbana da cidade mineira de Patrocínio, em desenvolvimento pelo Grupo de Estudos da Paisagem Urbana (Gepurb) do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário do Cerrado-Patrocínio (UNICERP). Discutem-se características do processo de configuração urbana sob o olhar do sistema de espaços livres (MACEDO; QUEIROGA, 2015), visando entender o papel dos principais elementos deste sistema no desenvolvimento da mancha urbana, de acordo com cada contexto socioeconômico vivido pelo município e região. Foram consultadas fontes relevantes da historiografia local e repartições públicas responsáveis por arquivos históricos e planejamento urbano. Assim, melhor se entenderam os determinantes históricos da conformação espacial da cidade que resultaram na sua configuração atual no ano 2016, bem como foram identificados potenciais de qualificação da paisagem.
Apresenta-se as origens e as primeiras transformações da paisagem da cidade de Araguari-MG. Para ... more Apresenta-se as origens e as primeiras transformações da paisagem da cidade de Araguari-MG. Para isso, analisam-se pesquisas relevantes produzidas sobre a cidade e região, bem como consultas ao Arquivo Histórico Municipal, objetivando melhor compreender o contexto socioeconômico impulsionado pela inserção da cidade à malha ferroviária nacional e as decisões tomadas sobre o planejamento e a gestão da paisagem urbana. Foca-se na qualificação dos primeiros espaços livres públicos, contribuindo para o enriquecimento da história do Paisagismo da cidade e da região do Triângulo Mineiro.

This article presents part of the urban form studies in Uberlândia, Brazil, with the morphologica... more This article presents part of the urban form studies in Uberlândia, Brazil, with the morphological characteristics of the Fundinho neighborhood. The city's founding place is now a valued place due to the space set up over the last century, where squares, historic and modern buildings create a unique landscape in the city. Due to this scenario, the neighborhood offers urbanity due to its scale, location and local urban context, and especially by the number of free spaces (or open spaces) formed by the old squares that gave origin to the urban nucleus. These spaces were transformed, old wide turned modernist squares, the cemetery was reconfigured as a square, and the Matriz Square lost its meaning when the place of the church gave space to the bus station and later, library. The objective of this work is to discuss how this urbanity is the fruit of a generous urban fabric in small free spaces distributed by the neighborhood and to verify how the system of free spaces remaining of the initial occupation established a qualitative condition to the urban space. This study was carried out by morphological analysis of the urban space in two scales. The first is the scale of the city, with the purpose of understanding the evolution of free spaces in the urban form of Uberlândia; The other is the scale of the neighborhood, in order to analyze the role of free spacein its architectural and urban planning, analyzing the main morphological elements and different modes of appropriation by the population.

Paisagem e Ambiente, 2013
Este trabalho apresenta parte da pesquisa Forma urbana e espaços livres na cidade de Uberlândia, ... more Este trabalho apresenta parte da pesquisa Forma urbana e espaços livres na cidade de Uberlândia, MG, que visa à compreensão de como os espaços livres se caracterizam na cidade e como são estruturantes da sua forma urbana. Para isto, fez-se necessário um resgate histórico da evolução da forma urbana, através de fontes secundárias e primárias, desde sua aglomeração inicial, relativamente recente, em meados de 1850, até os dias atuais. Sendo assim, foi possível entender os determinantes econômicos, políticos, sociais, físicos e legais que a moldaram, os conflitos sociais e ambientais enfrentados, as influências urbanísticas vigentes em cada período, bem como perceber os desafios e as potencialidades urbanas atualmente existentes. Pretende-se contribuir e aprofundar os conhecimentos sobre como os espaços livres estruturam a forma urbana das cidades médias brasileiras, tendo como objeto de estudo a cidade de Uberlândia, ampliando a discussão do seu papel na conformação de cidades com maior qualidade urbana e ambiental. Palavras-chave: Forma urbana. Espaços livres. Espaços públicos. Cidade média. Transformação urbana.
The paper presents the origins and the first historical transformations of Araguari in the Triâng... more The paper presents the origins and the first historical transformations of Araguari in the Triângulo Mineiro process of territorial occupation. For this, we analyze relevant works produced on the objects of study (Araguari and the Triângulo Mineiro region), made in the field of historical geography, aiming to build a dialogue between the authors. It is essential the study of local and regional spatial configurations genesis for the Brazilian landscape theoretical and conceptual depth. The paper summarizes the main transformers landscapes historical processes, between the years 1815 and 1913.

O artigo apresenta a experiência na elaboração do projeto urbano para o Campus Glória da Universi... more O artigo apresenta a experiência na elaboração do projeto urbano para o Campus Glória da Universidade Federal de Uberlândia, situado na cidade de Uberlândia-MG. Com o Campus Glória, a universidade deu início a implantação de uma universidade sustentável, em um processo que se inicia desde sua implantação, estabelecendo diretrizes que irão repercutir em ações planejadas a favor da sustentabilidade. O projeto visou debater as propostas e ações desenvolvidas por diversas universidades voltadas à sustentabilidade ambiental, problematizando alguns desafios postos, tanto no Brasil quanto em outros países. Para isso foram utilizados os conceitos de reconstituição da paisagem associados à incorporação de infraestruturas, por alguns autores denominados de “verdes”, que são conectadas com espaços livres, nos quais são agregados corredores verdes urbanos, alagados construídos, parques, reflorestamentos de encostas e ruas verdes. Além disso, foram definidos índices e parâmetros sustentáveis. nas áreas urbanizadas, entre outras intervenções de baixo impacto, incorporando melhores práticas de manejo das águas, com a intenção de fornecer importantes contribuições para um desenho ecologicamente mais eficiente nas cidades.

Este trabalho apresenta parte da pesquisa Forma urbana e espaços livres na cidade de Uberlândia, ... more Este trabalho apresenta parte da pesquisa Forma urbana e espaços livres na cidade de Uberlândia, MG, que visa à compreensão de como os espaços livres se caracterizam na cidade e como são estruturantes da sua forma urbana. Para isto, fez-se necessário um resgate histórico da evolução da forma urbana, através de fontes secundárias e primárias, desde sua aglomeração inicial, relativamente recente, em meados de 1850, até os dias atuais. Sendo assim, foi possível entender os determinantes econômicos, políticos, sociais, físicos e legais que a moldaram, os conflitos sociais e ambientais enfrentados, as influências urbanísticas vigentes em cada período, bem como perceber os desafios e as potencialidades urbanas atualmente existentes. Pretende-se contribuir e aprofundar os conhecimentos sobre como os espaços livres estruturam a forma urbana das cidades médias brasileiras, tendo como objeto de estudo a cidade de Uberlândia, ampliando a discussão do seu papel na conformação de cidades com maior qualidade urbana e ambiental. Palavras-chave: Forma urbana. Espaços livres. Espaços públicos. Cidade média. Transformação urbana. ABSTRACT This paper presents part of the research project Urban form and open spaces in the city of Uberlândia, MG. The research aims to understand how open spaces are characterized in the city and how they are structuring their urban form. For this, it was necessary a historical evolution of urban form through secondary and primary sources, since it's relatively recent start crowding in mid-1850 to the present day. Therefore, it was possible to understand the economic, political, social, physical and legal determinants that shaped the urban form, the social and environmental conflicts, the urban influences prevailing in each period, as well as understand the challenges and potential urban areas that currently exist. It is intended to contribute and deepen the knowledge about how the open space structure the urban form of medium-sized Brazilian cities, with the object of study Uberlândia, extending the discussion of their role in shaping cities with urban and environmental greatest quality.
Conference Presentations by Lucas M de Oliveira
5 Congresso Brasileiro de Estudos e Lazer, 2022
Avalia-se o processo de elaboração e aplicação do programa “Adote uma
praça” da cidade de Araguar... more Avalia-se o processo de elaboração e aplicação do programa “Adote uma
praça” da cidade de Araguari (MG) no ano de 2021. Busca-se identificar os
interesses dos gestores envolvidos a partir do contexto da desigualdade
sociespacial das cidades brasileiras. Embora seja uma política que se venda como alternativa à promoção de espaços de lazer, sua condução foi direcionada à promoção capitalista e, especialmente, reforçando a segregação urbana. Observou-se que a experiencia não trouxe resultados esperados, conjecturando os fatores que levaram ao insucesso do programa.

O trabalho investiga possibilidades de inter-relações paisagísticas e ambientais entre os sistema... more O trabalho investiga possibilidades de inter-relações paisagísticas e ambientais entre os sistemas ferroviários e os sistemas de espaços livres nas cidades mineiras de Araguari, Uberlândia e Uberaba, buscando esclarecer oportunidades de qualificação e reestruturação da paisagem urbana. Assenta-se no pressuposto de que proporcionalmente ao caráter
problemático das áreas ferroviárias em cidades médias interioranas, como barreiras físicas e sociais, estão suas potencialidades. Acredita-se na ideia de que o futuro da cidade deve ser pensado a partir de suas estruturas existentes (SOUZA, 2002, p. 13), como tais estruturas. Compartilha-se do entendimento que os espaços livres ferroviários são
espaços livres-corredores (MAGNOLI, 2006, p. 181) que podem ser o fio condutor (MAGALHÃES, 2001 p. 23) de reestruturações urbanas norteadas pela qualificação paisagística e ambiental. Partindo dessa compreensão, formulam-se questionamentos sobre como os sistemas ferroviários em uso inserem-se e inter-relacionam-se com os demais
elementos dos sistemas de espaços livres urbanos, como ruas, avenidas, rodovias, praças, parques, entre outros. Como urbanizá-los com um novo olhar voltado para a qualificação paisagística e ambiental? Como melhor relacionarem-se com os demais elementos estruturantes? Como melhor aproveitá-los para a reestruturação da paisagem e ambiente urbanos? Para isso, a pesquisa identificou e caracterizou os sistemas ferroviários nas três cidades indicadas, sendo possível reconhecer suas potencialidades enquanto espaços capazes de incrementar os sistemas de espaços livres, pensando, não somente no que é possível, mas, também, necessário para o viver democrático. Evidentemente compreende-se a especificidade que condiciona proposições para os sistemas ferroviários ativos. Queiroga (2012, p.116) esclarece que estes são originalmente “bens públicos de uso especial”, que “não se prestam ao acesso irrestrito”. Entende-se que, bem delimitadas as áreas de segurança operacional nas ferrovias ativas, é possível a reconversão de
suas margens restantes em “bens de uso comum do povo”. Baseando-se no método de Unidade de Paisagem aplicado às linhas férreas, proposto por (SILVA; MANETTI; TÂNGARI, 2013), focou-se, nesta etapa, na análise da delimitação da faixa de domínio, na situação topográfica destas em relação ao seu entorno (em nível, talude ou trincheira) e, por fim, se sua margem está urbanizada ou não (urbanização entendida como microparcelamento do solo) e de qual tipo (residencial ou logístico/industrial). Ao final, é possível refletir sobre critérios e argumentos para a construção de diretrizes que visam atuar propositivamente na costura dos sistemas ferroviários com as cidades.
Uploads
Papers by Lucas M de Oliveira
Não ignorar a vida cotidiana é o ponto de partida para decifrar as possibilidades de sociabilidade neste espaço público pouco compreendido, as faixas de domínio. Entender os modos de apropriação existentes e possíveis passa por entender as raízes e autenticidades dos habitantes. Interessa a categoria da interação social, conceito fundamental das ciências sociais.
São diversas as formas de interação, que aparecem em casos insignificantes, mas que, inseridos de forma abrangente, sustentam a sociedade. Os laços de tais interações são feitos e desfeitos, as heranças e tradições trazidas do campo se misturam com práticas tipicamente urbanas. O que fazem no tempo livre aqueles que habitam os espaços da borda da ferrovia? A análise de campo mostrou moradores com tempo e disposição para desfrutar de uma conversa, produzir alimento, descansar, brincar, interações densas de sociabilidade. Evidentemente, modalidades simples, sem o brilho e a sofisticação das últimas novidades da indústria do lazer.
Conference Presentations by Lucas M de Oliveira
praça” da cidade de Araguari (MG) no ano de 2021. Busca-se identificar os
interesses dos gestores envolvidos a partir do contexto da desigualdade
sociespacial das cidades brasileiras. Embora seja uma política que se venda como alternativa à promoção de espaços de lazer, sua condução foi direcionada à promoção capitalista e, especialmente, reforçando a segregação urbana. Observou-se que a experiencia não trouxe resultados esperados, conjecturando os fatores que levaram ao insucesso do programa.
problemático das áreas ferroviárias em cidades médias interioranas, como barreiras físicas e sociais, estão suas potencialidades. Acredita-se na ideia de que o futuro da cidade deve ser pensado a partir de suas estruturas existentes (SOUZA, 2002, p. 13), como tais estruturas. Compartilha-se do entendimento que os espaços livres ferroviários são
espaços livres-corredores (MAGNOLI, 2006, p. 181) que podem ser o fio condutor (MAGALHÃES, 2001 p. 23) de reestruturações urbanas norteadas pela qualificação paisagística e ambiental. Partindo dessa compreensão, formulam-se questionamentos sobre como os sistemas ferroviários em uso inserem-se e inter-relacionam-se com os demais
elementos dos sistemas de espaços livres urbanos, como ruas, avenidas, rodovias, praças, parques, entre outros. Como urbanizá-los com um novo olhar voltado para a qualificação paisagística e ambiental? Como melhor relacionarem-se com os demais elementos estruturantes? Como melhor aproveitá-los para a reestruturação da paisagem e ambiente urbanos? Para isso, a pesquisa identificou e caracterizou os sistemas ferroviários nas três cidades indicadas, sendo possível reconhecer suas potencialidades enquanto espaços capazes de incrementar os sistemas de espaços livres, pensando, não somente no que é possível, mas, também, necessário para o viver democrático. Evidentemente compreende-se a especificidade que condiciona proposições para os sistemas ferroviários ativos. Queiroga (2012, p.116) esclarece que estes são originalmente “bens públicos de uso especial”, que “não se prestam ao acesso irrestrito”. Entende-se que, bem delimitadas as áreas de segurança operacional nas ferrovias ativas, é possível a reconversão de
suas margens restantes em “bens de uso comum do povo”. Baseando-se no método de Unidade de Paisagem aplicado às linhas férreas, proposto por (SILVA; MANETTI; TÂNGARI, 2013), focou-se, nesta etapa, na análise da delimitação da faixa de domínio, na situação topográfica destas em relação ao seu entorno (em nível, talude ou trincheira) e, por fim, se sua margem está urbanizada ou não (urbanização entendida como microparcelamento do solo) e de qual tipo (residencial ou logístico/industrial). Ao final, é possível refletir sobre critérios e argumentos para a construção de diretrizes que visam atuar propositivamente na costura dos sistemas ferroviários com as cidades.
Não ignorar a vida cotidiana é o ponto de partida para decifrar as possibilidades de sociabilidade neste espaço público pouco compreendido, as faixas de domínio. Entender os modos de apropriação existentes e possíveis passa por entender as raízes e autenticidades dos habitantes. Interessa a categoria da interação social, conceito fundamental das ciências sociais.
São diversas as formas de interação, que aparecem em casos insignificantes, mas que, inseridos de forma abrangente, sustentam a sociedade. Os laços de tais interações são feitos e desfeitos, as heranças e tradições trazidas do campo se misturam com práticas tipicamente urbanas. O que fazem no tempo livre aqueles que habitam os espaços da borda da ferrovia? A análise de campo mostrou moradores com tempo e disposição para desfrutar de uma conversa, produzir alimento, descansar, brincar, interações densas de sociabilidade. Evidentemente, modalidades simples, sem o brilho e a sofisticação das últimas novidades da indústria do lazer.
praça” da cidade de Araguari (MG) no ano de 2021. Busca-se identificar os
interesses dos gestores envolvidos a partir do contexto da desigualdade
sociespacial das cidades brasileiras. Embora seja uma política que se venda como alternativa à promoção de espaços de lazer, sua condução foi direcionada à promoção capitalista e, especialmente, reforçando a segregação urbana. Observou-se que a experiencia não trouxe resultados esperados, conjecturando os fatores que levaram ao insucesso do programa.
problemático das áreas ferroviárias em cidades médias interioranas, como barreiras físicas e sociais, estão suas potencialidades. Acredita-se na ideia de que o futuro da cidade deve ser pensado a partir de suas estruturas existentes (SOUZA, 2002, p. 13), como tais estruturas. Compartilha-se do entendimento que os espaços livres ferroviários são
espaços livres-corredores (MAGNOLI, 2006, p. 181) que podem ser o fio condutor (MAGALHÃES, 2001 p. 23) de reestruturações urbanas norteadas pela qualificação paisagística e ambiental. Partindo dessa compreensão, formulam-se questionamentos sobre como os sistemas ferroviários em uso inserem-se e inter-relacionam-se com os demais
elementos dos sistemas de espaços livres urbanos, como ruas, avenidas, rodovias, praças, parques, entre outros. Como urbanizá-los com um novo olhar voltado para a qualificação paisagística e ambiental? Como melhor relacionarem-se com os demais elementos estruturantes? Como melhor aproveitá-los para a reestruturação da paisagem e ambiente urbanos? Para isso, a pesquisa identificou e caracterizou os sistemas ferroviários nas três cidades indicadas, sendo possível reconhecer suas potencialidades enquanto espaços capazes de incrementar os sistemas de espaços livres, pensando, não somente no que é possível, mas, também, necessário para o viver democrático. Evidentemente compreende-se a especificidade que condiciona proposições para os sistemas ferroviários ativos. Queiroga (2012, p.116) esclarece que estes são originalmente “bens públicos de uso especial”, que “não se prestam ao acesso irrestrito”. Entende-se que, bem delimitadas as áreas de segurança operacional nas ferrovias ativas, é possível a reconversão de
suas margens restantes em “bens de uso comum do povo”. Baseando-se no método de Unidade de Paisagem aplicado às linhas férreas, proposto por (SILVA; MANETTI; TÂNGARI, 2013), focou-se, nesta etapa, na análise da delimitação da faixa de domínio, na situação topográfica destas em relação ao seu entorno (em nível, talude ou trincheira) e, por fim, se sua margem está urbanizada ou não (urbanização entendida como microparcelamento do solo) e de qual tipo (residencial ou logístico/industrial). Ao final, é possível refletir sobre critérios e argumentos para a construção de diretrizes que visam atuar propositivamente na costura dos sistemas ferroviários com as cidades.