Papers by Ettore Finazzi-Agrò
Massimo Canevacci, La città polifonica. Saggio sull 'antropologia della comunicazione urbana, Roma, Edizioni SEAM, 1993, pp. 235 (trad. port.: A cidade polifònica, trad. por Cecilia Prada, Sâo Paulo, Studio Nobel, 1993, pp. 238) Rassegna iberistica, 1994
Literatura e Autoritarismo, Aug 31, 2012
Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, Feb 1, 2007
No romance Grande sertão: veredas, o encontro com os catrumanos provoca, em Riobaldo, pensamentos... more No romance Grande sertão: veredas, o encontro com os catrumanos provoca, em Riobaldo, pensamentos em que se misturam piedade e medo. As suas considerações e o tratamento que ele vai reservar a eles enquanto Urutu-Branco chegam a delinear, para esses "homens de estranhoso aspecto", um quadro complexo e ambivalente de relações de força e de poder, ligando, num aparente paradoxo, aquela "raça diverseada distante" com o personagem de Zé Bebelo. O fio unindo esses dois extremos pode ser identificado num "estado de exceção" que, de forma especular, coloca na mesma situação de anomia, de exterioridade em relação à lei sertaneja, tanto o emblema da lógica política quanto as vítimas-algozes de uma biopolítica que o Poder inclui no seu discurso com o mesmo gesto com que as exclui.

Attraverso l'analisi dell'introduzione ai tre volumi che compongono la serie degli Intérp... more Attraverso l'analisi dell'introduzione ai tre volumi che compongono la serie degli Intérpretes do Brasil (2000), l'articolo intende studiare la metodologia con la quale Silviano Santiago cerca di leggere i modi e le forme in cui gli intellettuali brasiliani, a partire dal periodo finale dell'Ottocento, hanno tentato di decifrare la formazione della società nazionale, indicando le mancanze e i guasti di un percorso storico segnato dall'adozione di costumi, istituzioni e ideologie "fuori luogo".Through the analysis of the introduction to the three volumes composing the series entitled Intérpretes do Brasil (2000), this essay studies the methodology underlying Silviano Santiago's reading of the modes and forms in which Brazilian intellectuals, since the end of the nineteenth century, have tried to interpret the formation of their national society. The author points out the failures of a historical course marked by the adoption of "out of place" customs, institutions and ideologies
Attraverso la figura del grande naturalista italiano Ermanno Stradelli, morto di lebbra in Brasil... more Attraverso la figura del grande naturalista italiano Ermanno Stradelli, morto di lebbra in Brasile nel 1926, si indagano i rapporti tra ricerca etnografica e esplorazione letteraria, tra viaggio reale e immaginario
Scripta, Oct 21, 2004
O surgimento dos catrumanos, em Grande sertão: veredas, desencadeia uma série de reflexões pessim... more O surgimento dos catrumanos, em Grande sertão: veredas, desencadeia uma série de reflexões pessimistas e de pressentimentos apocalípticos por parte de Riobaldo. A partir da análise deste episódio e dos outros em que está envolvida aquela gente de "estranhoso aspecto", é questionada a possibilidade de aplicar a figura jurídica do "estado de exceção" não só aos catrumanos mas também ao personagem de Zé Bebelo, que parece ter com eles uma relação peculiar, baseada, justamente, numa exclusão radical e fundadora. Palavras-chave: João Guimarães Rosa; Grande sertão: veredas; Catrumanos; Zé Bebelo; Estado de exceção.
Rassegna iberistica, 2001
Rassegna iberistica, 1988

Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, 2020
O corpo expropriado: Bernardo Kucinski-Diário de uma perda The Expropriated Body: Bernardo Kucins... more O corpo expropriado: Bernardo Kucinski-Diário de uma perda The Expropriated Body: Bernardo Kucinski-Diary of a Loss El cuerpo expropiado: Bernardo Kucinski-Diario de una perdida Ettore Finazzi-Agrò * Resumo A tarefa "impossível" que parte da literatura brasileira mais recente tem atribuído a si mesma pode ser resumida na vontade de testemunhar, através da escrita, as feridas e as marcas sangrentas que a ditadura militar deixou atrás de si e que o novo regime autoritário tenta novamente apagar, repetindo o gesto de rasura do passado aviado pela Lei da Anistia. Nesse contexto de "exceção", no qual o poder instituído tenta impor uma nova (e, todavia, já tragicamente experimentada) ordem discursiva, a literatura desenvolve um papel fundamental, colocando-se numa posição periférica, num espaço-tempo ainda "excepcional" que lhe permite dar voz e corpo às vítimas. Para exemplificar essa tentativa de recuperação da memória pessoal e coletiva, este artigo analisa as obras de Bernardo Kucinski, detendo-se, em particular, em Os visitantes.
Boletim de Pesquisa NELIC, Sep 5, 2018
Teresa, Feb 23, 2017
1972 e de nela atuar como professor-assistente até 1976, Ettore Finazzi-Agrò transferiu-se para a... more 1972 e de nela atuar como professor-assistente até 1976, Ettore Finazzi-Agrò transferiu-se para a Faculdade de Magistério da Universidade de Bologna, onde permaneceu por dez anos. Em 1986, Finazzi-Agrò retornou à Universidade de Roma La Sapienza, onde se tornou Professor Catedrático de Literaturas Portuguesa e Brasileira em 1990, depois de vencer concurso nacional. Ao longo de todo esse percurso, Ettore Finazzi-Agrò dedicou-se às literatura de língua portuguesa, seja em suas manifestações medievais, seja nas mais modernas e contemporâneas. Daí que sua atenção profissional volte-se tanto para a literatura trovadoresca como para autores mais recentes como Fernando Pessoa,

Remate de Males, Nov 12, 2012
Para começar, eu acharia necessário colocar uma questão ética-de ética da interpretação, se é que... more Para começar, eu acharia necessário colocar uma questão ética-de ética da interpretação, se é que podemos falar em éthos para uma atividade, como a hermenêutica literária, ligada, em boa medida, a certo grau de perversão, a uma forma de voyeurismo e de gozo na subalternidade e na dependência ao texto, sem estatuto estável e sem garantias. A questão seria, então, esta: como é que a palavra crítica pode justificar a sua intromissão no infindável diálogo de Clarice Lispector consigo mesma? A que altura, em que momento, e sobretudo, em nome e por conta de que tipo de autoridade o leitor poderia se sentir legitimado em intercalar a sua voz na polifonia de uma voz sola brotando dos vazios, das frestas de uma identidade fragmentada e cada vez única? Como e quando, enfim, se atrever a discriminar ou a classificar, cortando-o com a lâmina da razão crítica, um discurso tão integral e homogêneo ao ponto de se identificar, como uma lagartixa, com cada pedaço infernal de si mesmo? São estas as perguntas peremptórias que todos aqueles que se dão à tarefa de interpretar a obra clariceana deveriam, em minha opinião, se colocar. Eu, pelo menos, senti esta obrigação, este respeito (no duplo sentido etimológico de olhar e de ser olhado) pelo texto, tentando interrogar A paixão segundo G.H. e outros livros de Clarice do interior duma condição, por assim dizer, ao mesmo tempo íntima e enviesada. E isso, repare-se, não pela minha perspicácia ou inteligência, e sim, talvez, pelo fato de eu chegar depois de várias interpretações que, justamente por serem ou demasiado próximas ou muito impessoais e normativas, correram, respectivamente, o risco (que eu mesmo, aliás, tenho sem dúvida corrido) ou de sobrepor, até confundir, a personalidade do leitor à da autora, ou de julgar a sua obra como excêntrica ou excessiva, fora de um presumido cânone individual, inscrito, por sua vez, dentro de um, também nebuloso, cânone brasileiro. De resto, a questão principal, em relação a essa grande escritora, é e sempre foi, a meu ver, a da justa distância da qual olhar aos (e, mais uma vez, ser olhado pelos) seus textos; da medida certa com que calcular a postura a ser assumida na leitura. Nesse sentido, uma parte da crítica fracassou justamente pelo fato de ter balançado entre a identificação e o afastamento, chegando, no primeiro caso, a se apropriar da palavra da autora, expropriando-a da sua mudez cheia de palavras, e, no segundo, ficando longe dela e não conseguindo, por isso, enxergar aquilo que se esconde entre ou atrás das palavrasisto é, confundindo Clarice com uma escritora qualquer, da qual reprovar a atitude mercenária ou a incoerência das escolhas narrativas. Sem ver, em resumo, que a escrita de Clarice é sempre investida de uma carga emocional que lhe permite atravessar e ultrapassar todo lugar comum, colocando-a fora de qualquer chão lógico tradicional, embora pisado e exibido na sua natureza normativa; sem entender, enfim, que as histórias malogradas que ela tenta contar acontecem sempre em estado de emergência e de calamidade públi
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Papers by Ettore Finazzi-Agrò
hanno portato tra XIX e XX secolo numerosissimi italiani nel Gigante sudamericano
sono solamente l’ultimo anello di una catena molto stretta, socialmente stratificata
e pluriforme di relazioni culturali e politiche che percorrono l’intera epoca moderna:
confluita in un reciproco contributo, seppure con modi e tempi diversi, alla definizione
della fisionomia identitaria di entrambi i paesi attraverso la frequentazione dei propri
immaginari. Questi vincoli di prossimità, che partendo dal dettato letterario si sono
rivestiti di una valenza fieramente civile, riemergono con sorprendente vivacità in
fenomeni migratori contemporanei dalle rotte inverse.
Nel contesto letterario italiano esse si giovano di un terreno particolarmente
favorevole, che ha fornito l’humus necessario alla frequentazione del Brasile da parte
di autori italiani all’inizio del Novecento e all’insediamento di autori brasiliani in Italia
a partire dagli anni Cinquanta. Ciò è potuto accadere grazie a un’opera massiccia
di traduzioni e alla mediazione di poeti, scrittori e intellettuali come Ungaretti, che
attraversò il lustro brasiliano in una duplice riflessione sulla propria poetica e sulle
tradizioni e specificità del paese ospite; o come Ruggero Jacobbi, che sin dagli anni
Quaranta lavorò per traslare gli aspetti a suo avviso più importanti e radicalmente
qualificanti della produzione letteraria brasiliana nel contesto italiano: contribuendo
a legare alla ricerca letteraria italiana impegnata nel recupero del valore democratico
della cultura dopo la dittatura fascista, lo sforzo di molti intellettuali esuli o fuoriusciti
che in quegli anni si allontanavano dal Sud America alla volta dell’Europa per condurre
le proprie battaglie e rivendicazioni democratiche.
Se in Italia il Brasile si è mantenuto luogo e archetipo di un immaginario non solo
letterario dal processo risorgimentale ad oggi, anche l’Italia ha finito per rappresentare
per il Brasile un topos, che dopo aver incarnato un modello culturale cui esemplarsi
nel periodo delle grandi Accademie, nel corso del Novecento e dei più recenti anni
Duemila è stato tanto luogo di accoglimento di molti intellettuali esuli o dissidenti,
quanto luogo letterario simbolo della civiltà occidentale per antonomasia: erede della
classicità, che oggi soffre esposta al pericolo del declino di quella modernità di cui è
emblema; o voce corale di una natura popolare di cui l’emigrazione storica è stata
altra e complementare testimonianza.
Tutto ciò ci consegna oggi una reciprocità operante nella più importante
comunità poetica translingue d’Italia, che innesta nella produzione italiana lo specifico
portato del proprio ingaggio fieramente civile, democratico e impegnato per la lotta
ecologista.
Indice del numero
Saggi
Un poeta italiano ai tropici: la San Paolo di Giuseppe Ungaretti
Ettore Finazzi-Agrò
L’Italia, la guerra e la forza in un romanzo di Boris Schnaiderman
Giorgio de Marchis
Immigranti di ieri e di oggi tra Italia e Brasile: un mosaico nel mosaico
Emilio Franzina
Un romanzo interrotto di Ruggero Jacobbi
Franzisca Marcetti
Un contadino in croce: Jacobbi, Dias Gomes e l’Istituto del Dramma Popolare di San Miniato
Rodolfo Sacchettini
Relazioni letterarie nella poesia translingue di autori di origine brasiliana ed
espressione italiana. Considerazioni preliminari.
Alessandra Mattei
Recensione
Lupa in fabula, di Manuela Lunati
A cura di Yuri Brunello e João Francisco de Lima Dantas