Papers by Écio E . PISETTA
Síntese: Revista de Filosofia, Jan 3, 2003
O texto possui a forma de ensaio, enveredando e fracassando em assunto difícil. Assume os limites... more O texto possui a forma de ensaio, enveredando e fracassando em assunto difícil. Assume os limites e provocações de um caminho que se ofereceu. Ele tem como objetivo construir um olhar reflexivo acerca da tecnologia cultivando questões e chamando a atenção para alguns pontos em especial. Buscamos uma interpretação ontológica da tecnologia. Para tanto, exploramos os termos "meios" e "fins" como fios condutores rumo a uma compreensão unitária da realidade. Com isso queremos tornar nosso pensamento minimamente sensível à questão do ser. Buscamos, igualmente, ultrapassar qualquer interpretação otimista ou pessimista da tecnologia, pois não possuem lastro para suportar a gravidade de nosso tempo. No que se convencionou chamar de tecnologia experimentamos um modo possível de existência humana, onde o ser humano é convocado a viver a tarefa de se encontrar e o perigo de se perder.

Neste artigo tentaremos relacionar os temas da morte e da finitude a partir de algumas sugestoes ... more Neste artigo tentaremos relacionar os temas da morte e da finitude a partir de algumas sugestoes teoricas propostas por Ser e tempo de M. Heidegger. Este assunto nos e, por vezes, tao obvio, que obscurece toda experiencia existencial. Para alguns autores, a tematica da morte ocupa um lugar especial dentro desta obra, nao sendo uma mera introducao de algum tema existencial. A partir dela podemos tracar alguns pontos norteadores para uma interpretacao filosofica da finitude humana. Morte e finitude nao remetem simplesmente a experiencias extremas da vida humana, mas propiciam uma nova perspectiva para a compreensao do homem e de sua existencia. Para tanto, colocaremos em conflito nossa compreensao cotidiana, orientada pelo impessoal, e a compreensao que nasce a partir de uma interpretacao existencial da “essencia” humana. Abstract: In this paper we will try to connect themes such as death and finitude, following some of the theoretical suggestions proposed by Heidegger in Being and Ti...
EDUCAÇÃO E FILOSOFIA, 2008
O propósito deste trabalho é muito simples: localizar ou delimitar uma análise existencial da mor... more O propósito deste trabalho é muito simples: localizar ou delimitar uma análise existencial da morte em relação a algumas outras abordagens do mesmo fenômeno. Com isso pretende-se não apenas ampliar nossa compreensão acerca da morte, mas acessar filosoficamente o conceito existencial de ser-para-a-morte, desenvolvido na obra Ser e tempo de M. Heidegger. Para tanto, tomaremos por base o pensamento deste autor, principalmente o do §49 de Ser e tempo que se ocupa desta problemática.
EDUCAÇÃO E FILOSOFIA, 2009

Revista Teias, Aug 13, 2013
INTRODUÇÃO O texto intitulado "Funcionalidade e educação: uma abordagem filosófica" levanta quest... more INTRODUÇÃO O texto intitulado "Funcionalidade e educação: uma abordagem filosófica" levanta questionamentos sobre o modo como nos servimos das possibilidades tecnológicas em nossa prática de ensino e/ou pesquisa tanto na escola quanto na academia. De modo geral, temos em vista os aparelhos ou instrumentos tecnológicos (televisores, computadores em geral, celulares, internet, etc.), os indivíduos e instituições que deles se servem, mas também estas mesmas instituições à medida que funcionam como aparelhos. Os termos "aparelho" e "instrumento" (e até mesmo "ferramenta"), em nosso contexto, revestem-se de jogo semântico que logo se compreende: indicam, de acordo com seu uso intencional, ora um produto disponível no mercado, ora a serventia deste produto para outras aplicações. Tornam-se, então, ferramentas de trabalho típicas do âmbito técnico-científico, distintas de uma pá ou martelo. Assim, a máquina fotográfica é um aparelho que se pode comprar, mas é, ao mesmo tempo, um instrumento científico teoricamente projetado. Ela foi construída a partir de uma teoria científica, que já invade todos os setores da vida, e é também um instrumento ou ferramenta de trabalho que, nunca indiferentemente, orienta a existência de uma profissão, de um profissional, e de um conjunto de relações anteriormente desconhecidas. Deixamo-nos influenciar por algumas sugestões retiradas de filósofos como M. Heidegger, A. Koyré e V. Flusser. Na utilização genérica dos instrumentos tecnológicos e das instituições que deles se servem, comumente, não se leva em conta sua estrutura funcional, o que provoca um uso irreflexivo dos mesmos. No entanto, não será de nosso interesse fornecer algum manual de uso que nos ajude a utilizar melhor aqueles instrumentos ou de como devemos nos servir de determinada instituição (escola, universidade, governo, etc.). Tal propósito extrapolaria nossa competência e nosso interesse. O relevante, a nosso ver, é que a utilização e o comportamento genéricos em relação aos aparelhos/instrumentos tecnológicos, por exemplo, bloqueia e impede uma discussão frutífera com nosso tempo presente, determinado pela ciência e pela tecnologia. Em se tratando de um trabalho filosófico evitaremos tanto a afirmação quanto a negação desmedidas destes
Estudos de Filosofia e Ensino, 2020
RESUMO: O texto trata do medo da morte e de sua compreensão baseando-se em dois filósofos, Pascal... more RESUMO: O texto trata do medo da morte e de sua compreensão baseando-se em dois filósofos, Pascal e Heidegger. Por certo, a morte desafia o ser humano de muitas maneiras. A filosofia assume este desafio por meio do questionamento. Assim, a compreensão do que está em jogo no medo da morte é que deve ocupar o filósofo. Tanto o pensamento acerca da morte bem como a descoberta do que se pode entender pela essência humana pavimentam uma única via.
Revista Dissertatio de Filosofia, 2017
O texto oferece modesto estudo acerca da experiência da morte a partir da novela de Leon Tolstoi ... more O texto oferece modesto estudo acerca da experiência da morte a partir da novela de Leon Tolstoi (1828-1910), A morte de Ivan Ilitch (1886) e de alguns conceitos desenvolvidos pelo filósofo alemão Martin Heidegger. Tolstoi desnuda a vida, tal como ele a vê. E o faz através de uma crítica à sociedade. Esta, para manter o status, foge e oculta toda real experiência da morte bem como da vida. Tolstoi não poupa descrições da vida pública como aquela que cultiva uma vida e uma morte indiferente ou impessoal. Neste contexto, o personagem representa o dramático nascimento do ser humano para sua singularidade. Desta forma, consideraremos o percurso apresentado pelo próprio livro, servindo-nos de descrições onde a sociedade e a ciência, a vida cotidiana e seus raciocínios e a experiência de uma morte própria possam ser visualizados.
Revista Dissertatio de Filosofia, 2014
O texto tem como propósito levantar algumas reflexões acerca do ser humano e de sua compreensão p... more O texto tem como propósito levantar algumas reflexões acerca do ser humano e de sua compreensão predominante de “atividade” em nossa época contemporânea sob o predomínio da ciência e da tecnologia. Também prepararemos modestamente, o ambiente a partir de onde esta questão possa adquirir sentido filosófico. Para isso nos perguntaremos pelas condições históricas e/ou metafísicas responsáveis por este predomínio. E, na base disso tudo, explicitaremos certa compreensão primária e exemplar de ser humano, a partir da qual algo como a ciência se torne visível ontologicamente sem se confundir com esclarecimentos de ordem meramente técnica e metodológica próprios destas pesquisas.
Revista Teias, 2019
O texto pensa a educação e alguns aspectos de sua abordagem pragmatista a partir de uma compreens... more O texto pensa a educação e alguns aspectos de sua abordagem pragmatista a partir de uma compreensão do fenômeno da natalidade. No interesse de deixarmo-nos atingir pelas propostas de H. Arendt organizamos o texto da seguinte maneira: iniciaremos dando uma resposta mínima (a) para o que a autora compreende por essência da educação, o fenômeno da natalidade; a partir destas ideias (b) faremos pequena incursão sobre a influência da filosofia pragmatista na educação que, no Brasil, tem em Anísio Teixeira seu maior expoente; por fim, teceremos (c) análise filosófica sobre o alcance desta compreensão para a educação. Com isso frisaremos a atualidade das observações da autora para nosso tempo.

Reflexão, 2018
O propósito deste artigo é o de ensaiar diálogo filosófico mínimo com as Ciências Naturais e, ao ... more O propósito deste artigo é o de ensaiar diálogo filosófico mínimo com as Ciências Naturais e, ao mesmo tempo, surpreender-se com nosso próprio modo de investigação. A situação dominante de nosso tempo nos convida à reflexão quando perguntamos: o que permanece impensado na relação fundamental que a ciência moderna mantém com a natureza? A elucidação deste elemento impensado não cabe a nenhuma ciência em sentido moderno em consonância com autores como Heidegger, Ortega y Gasset e Nicolescu. O desafio aqui é tornar razoavelmente visível, por meio de uma problematização filosófica, esta situação. Ora, na problematização filosófica acontece algo que não se esgota em nenhuma espécie de solução. Almeja-se, então, recuperar o caráter problemático, criativo, complexo, aberto, singular e maravilhoso da Filosofia enquanto experiência de pensamento e nunca enquanto alguma especialidade de pesquisa ao lado de tantas outras. Abordar-se-á a relação científica com a natureza, a positividade das ciê...

Revista Dissertatio de Filosofia, Jul 2, 2016
A inquietude vem de ti. É nada aquilo que te move: tu mesmo és a roda / Que por si mesma gira e n... more A inquietude vem de ti. É nada aquilo que te move: tu mesmo és a roda / Que por si mesma gira e nenhum repouso encontra" 2 Resumo: Neste artigo desejamos explorar algumas relações entre morte e possibilidade. Ao chamarmos a atenção para o tema da morte, convocamos também nosso pensamento a dar um pequeno recuo, a fim de examinar os diversos preconceitos que sempre nos afetam. Assim, de uma compreensão corriqueira da experiência da morte buscaremos uma existencial, uma compreensão que esteja de acordo com o ser-no-mundo que cada ser humano é. Pertence a esta compreensão existencial o desenvolvimento dos caracteres de possibilidade e de privilégio da morte, diretamente ligados ao conceito existencial de ser-para-a-morte. Ocupa, para nós, um lugar norteador a obra Ser e tempo de M. Heidegger. Nosso propósito filosófico consistirá, então, num modesto exercício de elaboração de uma compreensão do fenômeno da morte.
Aoristo - International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics
O trabalho investiga a essência da experiência em oposição à sua compreensão comum ou mesmo erudi... more O trabalho investiga a essência da experiência em oposição à sua compreensão comum ou mesmo erudita. Deseja, com isso, dar-lhe atenção como questão filosófica e aprumar nosso entendimento acerca do pensamento. A experiência mostra a vida humana a partir do ponto de vista de seu exercício irremissível e finito. Esta perspectiva diverge dos aspectos universais com os quais nos acostumamos. Por fim, depois de apresentar a experiência como exercício e perigo de ser, indagamos brevemente pela teoria que lhe compete e pela possibilidade de seu aprendizado e ensino. O ponto de vista da experiência artesanal orientará nossa empreitada.
Estudos de Filosofia e Ensino., 2020
RESUMO: O texto trata do medo da morte e de sua compreensão baseando-se em dois filósofos, Pascal... more RESUMO: O texto trata do medo da morte e de sua compreensão baseando-se em dois filósofos, Pascal e Heidegger. Por certo, a morte desafia o ser humano de muitas maneiras. A filosofia assume este desafio por meio do questionamento. Assim, a compreensão do que está em jogo no medo da morte é que deve ocupar o filósofo. Tanto o pensamento acerca da morte bem como a descoberta do que se pode entender pela essência humana pavimentam uma única via.
Aoristo. International Journal of Phenomenology, Hermeneutics and Metaphysics , 2021
RESUMO O trabalho investiga a essência da experiência em oposição à sua compreensão comum ou mesm... more RESUMO O trabalho investiga a essência da experiência em oposição à sua compreensão comum ou mesmo erudita. Deseja, com isso, dar-lhe atenção como questão filosófica e aprumar nosso entendimento acerca do pensamento. A experiência mostra a vida humana a partir do ponto de vista de seu exercício irremissível e finito. Esta perspectiva diverge dos aspectos universais com os quais nos acostumamos. Por fim, depois de apresentar a experiência como exercício e perigo de ser, indagamos brevemente pela teoria que lhe compete e pela possibilidade de seu aprendizado e ensino. O ponto de vista da experiência artesanal orientará nossa empreitada.

Écio Elvis Pisetta, 2019
"'Para que houvesse um início, o homem foi criado, sem que antes dele ninguém o fosse', diz Agost... more "'Para que houvesse um início, o homem foi criado, sem que antes dele ninguém o fosse', diz Agostinho em sua filosofia política. Trata-se de um início que difere do início do mundo, pois não é o início de algo, mas de alguém que é, ele próprio, um iniciador" (ARENDT, 2014, p.222). INTRODUÇÃO: A QUESTÃO PELA EDUCAÇÃO. De que maneira investigamos a cada vez a educação? Quando a questionamos, qual o alcance de nossa corriqueira crítica? Assim, como compreendemos em geral a educação? E ainda podemos perguntar: para quem a educação é de fato uma questão, isto é, algo que mereça ser investigado e conhecido a partir e devido à sua essência? Esta última pergunta possui sentido radicalmente diferente das anteriores. Todas demonstram interesse pela educação. A última demanda atitude intelectual de acolhimento das vicissitudes próprias de tudo que é essencial. Será que a educação pode fazer alguma coisa conosco? É evidente. Mas de que maneira? Essa pergunta assume relevância se desejamos distinguir o interesse que a suscita daquele mais especializado e extremamente útil que, em geral, domina legitimamente as discussões. A educação é tema amplo, envolvendo diversos pontos de vista. O que segue toma como ponto de partida algumas ideias retiradas do texto A crise na educação da pensadora política e filósofa H. Arendt, A autora nos fornece certas provocações que acatamos em alguma medida, sem sermos fiéis em demasia à organização interna do texto base. Almejamos, assim, um olhar que problematize o fenômeno educacional de modo distinto daquele realizado no interior das especialidades da ciência da educação. A autora reivindica um olhar acerca da educação que não pode e não deve ser propriedade exclusiva dos profissionais especializados. Do mesmo modo, o pensamento acerca da educação não se confunde com a dedicação a um tema isolado em meio a tantos outros e restrito a algum país. Ali repercute fenômeno de totalidade: a vida humana no mundo, marcadamente, a existência política. "Pode-se admitir como uma regra geral neste século que qualquer coisa que seja possível em um país pode, em futuro previsível, ser igualmente possível em praticamente qualquer outro país" (ARENDT, 2007, p.222). No interesse de deixarmo-nos atingir pelas propostas de H. Arendt organizamos nossa reflexão na ordem seguinte: iniciaremos dando uma resposta mínima (a) para o que a autora

O propósito deste artigo é o de ensaiar diálogo filosófico mínimo com as Ciências Naturais e, ao ... more O propósito deste artigo é o de ensaiar diálogo filosófico mínimo com as Ciências Naturais e, ao mesmo tempo, surpreender-se com nosso próprio modo de investigação. A situação dominante de nosso tempo nos convida à reflexão quando perguntamos: o que permanece impensado na relação fundamental que a ciência moderna mantém com a natureza? A elucidação deste elemento impensado não cabe a nenhuma ciência em sentido moderno em consonância com autores como Heidegger, Ortega y Gasset e Nicolescu. O desafio aqui é tornar razoavelmente visível, por meio de uma problematização filosófica, esta situação. Ora, na problematização filosófica acontece algo que não se esgota em nenhuma espécie de solução. Almeja-se, então, recuperar o caráter problemático, criativo, complexo, aberto, singular e maravilhoso da Filosofia enquanto experiência de pensamento e nunca enquanto alguma especialidade de pesquisa ao lado de tantas outras. Abordar-se-á a relação científica com a natureza, a positividade das ciências, a problematização científica e filosófica e, por fim, alguns limites da problematização científica.
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