Papers by Matheus Conrado

Introdução Com a descoberta de Pasteur, no final do século passado, de que as doenças são causada... more Introdução Com a descoberta de Pasteur, no final do século passado, de que as doenças são causadas por germes, uma série de microrganismos com potencial patogênico foi catalogada. Entretanto, sabemos que um microrganismo patogênico não causa doença em todos os organismos que infecta, pois existem variações individuais quanto a suscetibilidade. Por exemplo, em uma epidemia de gripe, considerando a população que entrou em contato com o vírus, somente uma parcela fica doente. A maior parte da população, embora tenha entrado em contato com o vírus, não desenvolve a doença. Tais indivíduos são, portanto, resistentes a essa infeção. O que determina a resistência ou suscetibilidade às infeccões é a eficiência da resposta imune para um determinado microorganismo em particular. Assim, o mesmo indivíduo pode ser resistente a certas infecções e suscetível a outras. A resposta imune pode ser determinada por mecanismos da imunidade inata ou natural, ou por mecanismos da imunidade adquirida ou adaptativa (Quadro 2-1). Quadro 2-1. Imunidade inata versus imunidade adquirida Os fagócitos Os macrófagos e neutrófilos são as células centrais da imunidade inata. Os neutrófilos são leucócitos polimorfonucleares presentes em grande quantidade no sangue e ausentes em tecidos normais. Eles têm vida média muito curta, sobrevivendo apenas algumas horas após deixar a medula óssea onde são formados. Eles migram rapidamente para os tecidos inflamados ou infectados e são considerados a primeira linha de defesa do organismo contra infecções. Dispõem de mecanismos microbicidas extremamente eficientes, porém morrem depois de terem fagocitado, ao contrário dos macrófagos. Algumas bactérias (piogênicas) induzem uma migração massiva de neutrófilos, e a morte de um grande número dessas células no tecido é responsável pela formação do pus. É tão importante o papel dos neutrófilos no controle das infecções que indivíduos cujos neutrófilos apresentam defeitos na atividade fagocitária ou microbicida ou, ainda, não expressam certas moléculas de adesão têm infecções recorrentes, septicemia e morrem precocemente. Os macrófagos estão presentes no tecido conjuntivo de vários órgãos, como baço, linfonodos, fígado (células de Kupffer), e em cavidades corporais, como a peritoneal e pleural. Estão presentes, também, nas vias aéreas (macrófagos alveolares), no cérebro
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