Drafts by Giliad de Souza

RESUMO Este texto objetiva trazer à luz algumas hipóteses sobre ação e funções econômicas do Esta... more RESUMO Este texto objetiva trazer à luz algumas hipóteses sobre ação e funções econômicas do Estado Capitalista. Partir-se-á do entendimento de que o Estado é uma complexa e contraditória relação social, possuidor de uma autonomia relativa em relação ao próprio processo de acumulação de capital. Vinculado à sua natureza classista, o Estado tem por função primaz atuar na estabilização da instável economia capitalista, estimulando a criação de condições favoráveis ao aumento da taxa de acumulação de capital. No que se refere ao comportamento tendencial da taxa de lucro, ele tem capacidade limitada de ação. Isto porque crises estruturas são oriundas de baixa rentabilidade do capital e só sua destruição, juntamente com inovações de grandes magnitudes (poupadora de recursos), podem restaurar o movimento acendente da taxa de lucro. Trabalhar-se-á com duas hipóteses: 1) o Estado, enquanto um agente endógeno de economias capitalistas, tem uma capacidade limitada de ação, derivado de sua natureza e da natureza do próprio capital, e; 2) a ação do Estado se dá no intuito de aproximar a taxa de investimento e a de lucro, tendo em vista que há um hiato estrutural entre tais variáveis no capitalismo.

The inflationary phenomenon becomes relevant in the economic literature after the 1960s, from the... more The inflationary phenomenon becomes relevant in the economic literature after the 1960s, from the moment when inflation turn into a problem of greater magnitude and with a deep rooting in the advanced capitalist countries. Marxism has built his explanations of the inflation based principally on the following approaches: i) conflicts over the distribution of income are, in short, the most significant cause of inflation; ii) inflation is linked to the growing power of monopolies, being reinforced by the interventionist policies of the State; and iii) the phenomenon is explained by the discrepancy between endogenous generated increases in supply and demand for cre dit money. The aim of this paper is to revisit these Marxist approaches, as found in Saad-Filho (2000), but emphasizing the methodological critique. More specifically, our goal is to perform a methodological critique showing the continued validity of Marx's method to understand the inflation phenomenon of post World War II. Keywords: theory of distributive conflict; theory of monopoly capital; theory of extra money; method of Marx.

The monetary theme is central to the economic theory initiated by Marx. After a situation of almo... more The monetary theme is central to the economic theory initiated by Marx. After a situation of almost complete ostracism, Marx's theory of money, from the 1970s onwards, became the main research goal of various Marxist authors, although the construction of consensus on the most elementary notion about the category of money has been minimal. Addressing one of the issues that most produced disagreements is the central objective of this article, namely forms of money and the place of gold. The basic hypothesis elaborated in this paper is that money (gold) constitutes the economic base of any monetary structure, since the social relation in which money stands. It is concluded that the pattern of price has to manifest itself in money (gold) and that the Astarita (2003) hypothesis, that the quotation of gold is in fact the mystified expression of the pattern of price, is consistent with the Marx's theory and with the empirical evidence.

Este texto objetiva trazer à luz algumas hipóteses sobre como o Estado age e quais suas funções e... more Este texto objetiva trazer à luz algumas hipóteses sobre como o Estado age e quais suas funções econômicas em economias capitalistas. Para tanto, necessário se faz precisar a noção de natureza e forma do Estado, à luz do materialismo histórico-dialético. Serão revisitados textos que tratam do tema de autores como Karl Marx, Nicos Poulantzas, Hal Draper, Bob Jessop, dentre outros. Partir-se-á do entendimento de que o Estado é uma complexa e contraditória relação social, possuidor de uma autonomia relativa notocante ao próprio processo de acumulação de capital. Vinculado à sua natureza classista, o Estado tem por função primaz atuar na estabilização da instável economia capitalista, estimulando a criação de condições favoráveis ao aumento da taxa global de lucro, tanto na promoção de infraestrutura adequada ao processo de acumulação quanto na formulação de uma base jurídica que lastrei as relações salariais, esta que é fundante na relação capital X trabalho. No que concerne a promoção de infraestrutura, diz respeito tanto a elementos logísticos (portos, aeroportos, rodovias, etc) quanto a elementos ambientais (estabilidade monetária e dos preços relativos, estímulo a promoção de progresso técnico, etc).
Sob tal ponto de vista, o Estado não é um agente exógeno ou um interventor, mas um agente econômico endógeno visceral aos interesses da reprodução sistêmica. Por isto, sua atuação é imprescindível aos interesses do capital nos ciclos de negócios, ou seja, no período de depreciação física (capital fixo consumido durante a rotação do capital) e moral (obsolescência tecnológica) da maquinaria. Entretanto, no que se refere ao comportamento tendencial da taxa de lucro, da forma como é exposta teoricamente por Marx e ilustrado nos dados empíricos expostos por autores como o Andrew Kliman, Alan Freeman, Anwar Shaikh, dentre outros, provocador de crises estruturais, o Estado Moderno tem capacidade limitada de ação. Isto porque tais crises são oriundas de baixa rentabilidade do capital e só sua destruição, juntamente com inovações de grandes magnitudes (poupadora de recursos), podem restaurar o movimento ascendente da taxa de lucro. Nas crises de ciclo de negócios, o Estado atua como regulador (transformador ou apenas mediador) de acordo com a correlação de forças políticas internas no momento histórico.
Trabalhar-se-á com duas hipóteses: 1) o Estado, enquanto um agente endógeno de economias capitalistas, tem uma capacidade limitada de ação, derivado de sua natureza e da natureza do próprio capital, e; 2) a ação do Estado se dá no intuito de aproximar a taxa de investimento e a de lucro, tendo em vista que há um lag estrutural entre tais variáveis no capitalismo, como é notável nos dados expostos por Kliman. Sua ação econômica visa suavizar o ciclo de negócios, porém o Estado é incapaz de atuar no movimento da taxa de lucro.
Papers by Giliad de Souza

O fenômeno inflacionário passa a assumir lugar de destaque na literatura econômica após a dé... more O fenômeno inflacionário passa a assumir lugar de destaque na literatura econômica após a década de 1960, exatamente no momento em que tal fenômeno se torna um problema de maior amplitude e com um profundo enraizamento nos países capitalistas avançados. O marxismo construiu suas explicações sobre a inflação baseado sobretudo nas seguintes abordagens: i) que os conflitos sobre a distribuição da renda são, em suma, a causa mais significativa da inflação; ii) que a inflação está vinculada ao crescente poder dos monopólios, sendo reforçado pelas políticas intervencionistas do Estado; e iii) que o fenômeno é explicado pela discrepância gerada endogenamente entre os aumentos da oferta e da demanda do dinheiro de crédito. O objetivo deste texto é revisitar estas abordagens marxistas, assim como fez Saad-Filho (2000), porém avançando na crítica metodológica. Mais especificamente, nosso objetivo é o de, revisitando essas abordagens teóricas, realizar uma crítica metodológica mostrando a continuidade da validade do método de Marx para compreender o fenômeno da inflação do pós- -segunda guerra mundial.

A categoria dinheiro tem um lugar primordial dentro da abordagem econômica de Marx. Ele é o nexus... more A categoria dinheiro tem um lugar primordial dentro da abordagem econômica de Marx. Ele é o nexus rerum entre agentes econômicos e a materialização do trabalho social. No entanto, há ainda pouco consenso sobre a teoria monetária de Marx, sobretudo em função das mudanças ocorridas desencadeadas pelas formas monetárias mais contemporâneas. Os objetivos do texto são: i) apresentar a teoria do dinheiro do Marx, partindo do entendimento de que a natureza do dinheiro está diretamente ligado à sua capacidade de possuir valor intrínseco e ser produto do trabalho humano (na sociedade capitalista); e ii) discutir as funções do dinheiro, indicando uma necessária separação analítica entre atributos e funções do dinheiro, dentro da teoria monetária de Marx. Conclui-se que, com a completa retirada do ouro enquanto meio de compra, ele mantém a exclusividade de expressar a medida dos valores das mercadorias.
Conference Presentations by Giliad de Souza

IX Jornadas de Economía Crítica & XI Coloquio de la SEPLA, 2016
Este texto objetiva trazer à luz algumas hipóteses sobre ação e funções econômicas do Estado Capi... more Este texto objetiva trazer à luz algumas hipóteses sobre ação e funções econômicas do Estado Capitalista. Partir-se-á do entendimento de que o Estado é uma complexa e contraditória relação social, possuidor de uma autonomia relativa em relação ao próprio processo de acumulação de capital. Vinculado à sua natureza classista, o Estado tem por função primaz atuar na estabilização da instável economia capitalista, estimulando a criação de condições favoráveis ao aumento da taxa de acumulação de capital. No que se refere ao comportamento tendencial da taxa de lucro, ele tem capacidade limitada de ação. Isto porque crises estruturais são oriundas de baixa rentabilidade do capital e só sua destruição, juntamente com inovações de grandes magnitudes (poupadora de recursos), podem restaurar o movimento ascendente da taxa de lucro. Trabalhar-se-á com duas hipóteses: 1) o Estado, enquanto um agente endógeno de economias capitalistas, tem uma capacidade limitada de ação, derivado de sua natureza e da natureza do próprio capital, e; 2) a ação do Estado se dá no intuito de aproximar a taxa de investimento e a de lucro, tendo em vista que há um hiato estrutural entre tais variáveis no capitalismo.
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Drafts by Giliad de Souza
Sob tal ponto de vista, o Estado não é um agente exógeno ou um interventor, mas um agente econômico endógeno visceral aos interesses da reprodução sistêmica. Por isto, sua atuação é imprescindível aos interesses do capital nos ciclos de negócios, ou seja, no período de depreciação física (capital fixo consumido durante a rotação do capital) e moral (obsolescência tecnológica) da maquinaria. Entretanto, no que se refere ao comportamento tendencial da taxa de lucro, da forma como é exposta teoricamente por Marx e ilustrado nos dados empíricos expostos por autores como o Andrew Kliman, Alan Freeman, Anwar Shaikh, dentre outros, provocador de crises estruturais, o Estado Moderno tem capacidade limitada de ação. Isto porque tais crises são oriundas de baixa rentabilidade do capital e só sua destruição, juntamente com inovações de grandes magnitudes (poupadora de recursos), podem restaurar o movimento ascendente da taxa de lucro. Nas crises de ciclo de negócios, o Estado atua como regulador (transformador ou apenas mediador) de acordo com a correlação de forças políticas internas no momento histórico.
Trabalhar-se-á com duas hipóteses: 1) o Estado, enquanto um agente endógeno de economias capitalistas, tem uma capacidade limitada de ação, derivado de sua natureza e da natureza do próprio capital, e; 2) a ação do Estado se dá no intuito de aproximar a taxa de investimento e a de lucro, tendo em vista que há um lag estrutural entre tais variáveis no capitalismo, como é notável nos dados expostos por Kliman. Sua ação econômica visa suavizar o ciclo de negócios, porém o Estado é incapaz de atuar no movimento da taxa de lucro.
Papers by Giliad de Souza
Conference Presentations by Giliad de Souza
Sob tal ponto de vista, o Estado não é um agente exógeno ou um interventor, mas um agente econômico endógeno visceral aos interesses da reprodução sistêmica. Por isto, sua atuação é imprescindível aos interesses do capital nos ciclos de negócios, ou seja, no período de depreciação física (capital fixo consumido durante a rotação do capital) e moral (obsolescência tecnológica) da maquinaria. Entretanto, no que se refere ao comportamento tendencial da taxa de lucro, da forma como é exposta teoricamente por Marx e ilustrado nos dados empíricos expostos por autores como o Andrew Kliman, Alan Freeman, Anwar Shaikh, dentre outros, provocador de crises estruturais, o Estado Moderno tem capacidade limitada de ação. Isto porque tais crises são oriundas de baixa rentabilidade do capital e só sua destruição, juntamente com inovações de grandes magnitudes (poupadora de recursos), podem restaurar o movimento ascendente da taxa de lucro. Nas crises de ciclo de negócios, o Estado atua como regulador (transformador ou apenas mediador) de acordo com a correlação de forças políticas internas no momento histórico.
Trabalhar-se-á com duas hipóteses: 1) o Estado, enquanto um agente endógeno de economias capitalistas, tem uma capacidade limitada de ação, derivado de sua natureza e da natureza do próprio capital, e; 2) a ação do Estado se dá no intuito de aproximar a taxa de investimento e a de lucro, tendo em vista que há um lag estrutural entre tais variáveis no capitalismo, como é notável nos dados expostos por Kliman. Sua ação econômica visa suavizar o ciclo de negócios, porém o Estado é incapaz de atuar no movimento da taxa de lucro.