
André Dalben
Professor Adjunto da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP - Campus Baixada Santista). Realizou Pós-Doutorado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, no Departamento de História (2015). É doutor em Educação, na linha de Educação e História Cultural, pela Universidade Estadual de Campinas (2014), com estágio sanduíche realizado na Université de Montpellier III - Paul Valery (França). Possui Mestrado em Educação Física, na linha Educação Física e Sociedade, pela Universidade Estadual de Campinas (2009), e Licenciatura Plena em Educação Física (2006) pela mesma instituição. Possui experiência na área de História da Educação Física e História da Educação.
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Papers by André Dalben
Rio de Janeiro created the School Sanitary Inspection Service in 1910. From that moment, physicians and educators promoted a series of debates, recorded in reports, journals, books and press, about the best ways to prevent the spread of tuberculosis among scholars. The article aims to present and analyze some discussions and measures put into practice by physicians and educators in the city during the 1910s and 1920s to confront childhood tuberculosis. As a solution, solariums, preventoriums, children's summer camps (vacation colonies) and open-air schools were proposed and implemented.
Abstract: This historical research looks into the debate about sports practice promoted by doctors, educators and chroniclers in the cities of São Paulo and Rio de Janeiro between 1915 and 1929. Its historical source is the intellectual production of that period. This study analyzes the debates in the intellectual environment that reveal specific representations about youth sport practice and identifies stances taken by subjects on sport and their contribution to ongoing debates. We conclude that dissent about the role played by sports practice was partly related to eugenics control and rationalization of youth entertainment. Such conflicts and tensions evidenced different discourses circulating about sports, which share the desire to educate adolescents in order to eradicate habits seen as dangerous and immoral.
Resumen: La presente investigación histórica analiza el debate sobre la práctica deportiva promovido por médicos, educadores y cronistas en São Paulo y Rio de Janeiro entre 1915 y 1929. Las fuentes empleadas se constituyen en la producción intelectual del período. Los objetivos son: analizar los embates en el medio intelectual que revelan representaciones específicas sobre la práctica deportiva de los jóvenes; identificar las posiciones asumidas por los sujetos en relación al deporte y su contribución a los debates en curso. Concluimos que las divergencias sobre el papel ejercido por la práctica deportiva estaban, en parte, relacionados con un proyecto eugenista de control y racionalización de las diversiones de los jóvenes. Se trataba de conflictos y tensiones que evidenciaban diferentes discursos en circulación sobre los deportes, pero que tenían en común el deseo de tutelar la educación de las juventudes en el sentido de erradicar hábitos interpretados como peligrosos e inmorales.
Rio de Janeiro created the School Sanitary Inspection Service in 1910. From that moment, physicians and educators promoted a series of debates, recorded in reports, journals, books and press, about the best ways to prevent the spread of tuberculosis among scholars. The article aims to present and analyze some discussions and measures put into practice by physicians and educators in the city during the 1910s and 1920s to confront childhood tuberculosis. As a solution, solariums, preventoriums, children's summer camps (vacation colonies) and open-air schools were proposed and implemented.
Abstract: This historical research looks into the debate about sports practice promoted by doctors, educators and chroniclers in the cities of São Paulo and Rio de Janeiro between 1915 and 1929. Its historical source is the intellectual production of that period. This study analyzes the debates in the intellectual environment that reveal specific representations about youth sport practice and identifies stances taken by subjects on sport and their contribution to ongoing debates. We conclude that dissent about the role played by sports practice was partly related to eugenics control and rationalization of youth entertainment. Such conflicts and tensions evidenced different discourses circulating about sports, which share the desire to educate adolescents in order to eradicate habits seen as dangerous and immoral.
Resumen: La presente investigación histórica analiza el debate sobre la práctica deportiva promovido por médicos, educadores y cronistas en São Paulo y Rio de Janeiro entre 1915 y 1929. Las fuentes empleadas se constituyen en la producción intelectual del período. Los objetivos son: analizar los embates en el medio intelectual que revelan representaciones específicas sobre la práctica deportiva de los jóvenes; identificar las posiciones asumidas por los sujetos en relación al deporte y su contribución a los debates en curso. Concluimos que las divergencias sobre el papel ejercido por la práctica deportiva estaban, en parte, relacionados con un proyecto eugenista de control y racionalización de las diversiones de los jóvenes. Se trataba de conflictos y tensiones que evidenciaban diferentes discursos en circulación sobre los deportes, pero que tenían en común el deseo de tutelar la educación de las juventudes en el sentido de erradicar hábitos interpretados como peligrosos e inmorales.
de objetos de pesquisa que extrapolem as funções centrais do sistema escolar. As colônias de férias aparecem, assim, como objetos privilegiados para a renovação pretendida na área, uma vez que se configuram como instituições extraescolares. Diego Armus (2014, 2007), Lucía Lionetti (2014) e Adriana Alvarez (2010), são alguns dos pesquisadores argentinos que vem abordando estas instituições em suas publicações. Entre as diversas iniciativas passíveis de serem investigadas, foi possível localizar o projeto do que poderia ter sido uma das maiores e mais inovadoras colônias de férias da Argentina. Escrito em 1915, o projeto da Colonia Nacional de Vacaciones para Niños Débiles y Maestros Desgastados, nunca fora implementado de fato, no entanto narra um importante capítulo da história da educação argentina. A pesquisa partiu de duas principais indagações iniciais. Como foi possível que o projeto de colônia de férias, com todas as suas particularidades, tenha sido concebido neste momento específicoda história argentina e porque não fora implantado na prática. Procurou-se, deste modo, resgatar os conhecimentos que propiciaram a formulação do projeto em questão, como conferir voz aos seus idealizadores e trazer a tona os embates políticos que acabaram por não permitir a sua implementação, mas que possibilitaram a realização de uma viagem experimental em 1916.
Para a sistematização dos tratamentos indicados nestes estabelecimentos, conhecimentos populares que circulavam na região de língua alemã da Europa Central, notadamente a Austro-Hungria e os estados germânicos, foram de grande importância para os terapeutas da medicina natural, sendo sua fácil aplicação um dos motivos da rápida assimilação de suas prescrições entre as famílias camponesas ou com poucos recursos financeiros (BAUBÉROT, 2004). No que diz respeito a parcela mais rica da população, os estabelecimentos privados criados pelos terapeutas em vilarejos distantes dos maiores centros urbanos, situados em sua maioria nas montanhas ou no campo, obtiveram grande repercussão e, em pouco tempo, consolidaram famosas estâncias balneárias procuradas por curistas e vilegiadores de diversos países (BOYER, 2008, RAUCH, 2001). Estas mesmas práticas corporais preconizadas pela medicina natural serviriam também de inspiração para os tratamentos propostos pelos sanatórios, instituição especializada na cura da doença que mais afligia a população durante os séculos XIX e XX – a tuberculose (BUCHWALD, 2004; GUILLAUME, 1989).
O período abordado por este capítulo encerra-se na década de 1950, momento no qual estas terapias seriam deslocadas da medicina oficial para ramos da medicina alternativa, uma vez que não obtiveram completo respaldo científico, sendo sobrepostas definitivamente pelos tratamentos que se utilizam de quimioterápicos. Criados ao longo de todo o século XIX, os medicamentos alopáticos seriam defendidos por muitos como o recurso mais confiável no tratamento das doenças, no entanto, conviveriam, ainda por bastante tempo, com as terapias naturais até alcançarem a supremacia na medicina oficial. Tal convivência não se faria sempre harmoniosa, conformando disputas que arregimentariam diversos profissionais e colocariam em questão os rumos a serem tomados pelas politicas de saúde pública de muitos países.
Por meio de uma revisão bibliográfica, procurou-se estabelecer quais eram os maiores embates e discussões a respeito do emprego de quimioterápicos na cura de enfermidades durante o século XIX e primeira metade do século XX. Sem a intenção de avaliar a real eficácia dos tratamentos propostos ao longo deste período, procurou-se compreender as linhas de tensão e de poder que possibilitaram o estabelecimento de duas formas distintas de cuidados com a saúde, uma baseada em experimentos laboratoriais e medicamentos alopáticos e outra sustentada pela experiência individual e por saberes populares.