PAULO S B CAMPOS

Sou um nordestino que mora em São Paulo. E como qualquer nordestino que aqui vive, as coisas não são muito "boas". Eram, até quando descobriu-se por algumas pessoas que poderia fazer outras coisas a não ser "bater pedra". Aí logo minha privacidade foi invadida. Vida privada filmada, a tv levada embora... Falabela dissera que "se não fosse sair batendo o portão na cara das pessoas....ía, (?)". E até mesmo a câmera que no menu estava, sumira e o manual de instrução, do riso no bar, de uma vez foi numa levada (....) Aí veio o trabalho, o período de horror e, de novo, a desculpa da ditadura. Mas quem perseguiria alguém e nela dispararia choques elétricos, assim como foi feito nos anos sessentas, com Tanah Correia? Não se sabem. Só se sabe que foi na época da Ditadura. Mas, quem foi: A Dita ou a Dura? Também, não se sabem. Aliás, fingem que não se sabe. Por que não se quer saber. Aí vem o jogo do domingo e se ouve, de novo uma nova interferência, - "não morreria se dissesse que era uma professora!". Porque aqui tudo é desculpa, - para simular uma outra coisa que os estimulariam, se não fizessem-na. E nada se faz porque para nada se aplica. Porque, aqui, é assim que a "banda toca". E como diria Nan Lin (2001), é assim que aqui funciona a tal 'Social Structure' (p. 33; p. 97; p. 210-). E por isso, depende-se sempre daquilo: que se peça para sempre alguém contar uma história (...) Resolvi não mais acreditar no efeito-causa de alguma coisa, - a partir de histórias de vida.
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