Papers by Mariana Cristina Cunha Souza

Revista Brasileira De Educacao Ambiental, Dec 30, 2014
As práticas e atividades que caracterizam a Educação Ambiental (EA) têm-se valorizado enquanto al... more As práticas e atividades que caracterizam a Educação Ambiental (EA) têm-se valorizado enquanto alternativa educativa na construção de valores, que levem à sensibilização da coletividade social para as questões ambientais, de maneira crítica e reflexiva. Sendo a finalidade da EA a d e sensibilizar ambientalmente, torna-se necessária a formatação de metodologias coerentes para que este processo se torne efetivo nas pessoas. Nesta perspectiva, as trilhas ecológicas e/ou interpretativas são adotadas para algumas realidades de estudo, enquanto procedimento diferencial em processos de EA e de sensibilização por meio das atividades características desta. Infere-se que no contato com o meio natural há um despertar do homem para reflexões sobre a necessidade de valorização ambiental e, com a presença de um condutor que instigue o pensamento crítico em meio à caminhada, torna-se possível tecer considerações sobre a problemática ambiental congregando outros campos do saber, como a econômica, política e a própria dimensão social. Diante disto, o presente trabalho tem como objetivo abordar a temática da EA e demonstrar de que maneira as trilhas ecológicas e/ou interpretativas constituem-se em metodologia eficiente e de qualidade para o ato de educar ambientalmente.

ATELIÊ GEOGRÁFICO, 2019
Na ciência geográfica é comum a proposição de procedimentos de análise da qualidade ambiental, es... more Na ciência geográfica é comum a proposição de procedimentos de análise da qualidade ambiental, estruturados a partir de indicadores ambientais existentes na paisagem, que sejam passíveis de mensuração quali-quantitativa. Assim, o objetivo deste artigo é refletir sobre a sistematização do Índice de Qualidade de Áreas Verdes (IQA) aplicado na área urbana de Presidente Prudente (SP) e destacar a importância da escolha dos indicadores no processo de elaboração do índice. A proposta reflete um esforço metodológico no desenvolvimento de técnicas de avaliação ambiental, mostrando-se viável tanto para a sistematização e padronização de dados primários e secundários quanto para a identificação de padrões de qualidade na escala intraurbana e numa perspectiva espaçotemporal.
Palavras-chave: Espaços livres de uso público. Espaço urbano. Indicadores ambientais. Qualidade ambiental.

Caderno de Geografia, 2019
RESUMO O turismo está condicionado a existência de elementos espaciais que possam ser apropriados... more RESUMO O turismo está condicionado a existência de elementos espaciais que possam ser apropriados ou produzidos pela prática turística. A produção do espaço pelo turismo interessa a ciência geográfica e justifica a realização de pesquisas embasadas nos conceitos espaciais. Assim, este artigo discute o turismo como prática espacial, tendo como dimensão empírica de análise o Parque Nacional do Iguaçu (PNI) em Foz do Iguaçu-PR. Da mesma forma, analisa o papel do atrativo Cataratas do Iguaçu, tendo em vista a sua condição pré-existente/natural, na indução dos fluxos de turistas e na promoção de benefícios socioeconômicos para a cidade. A metodologia consistiu na revisão sistemática da literatura, em plataformas acadêmicas on-line e livros, sendo o critério de busca, a abordagem geográfica do turismo na perspectiva da produção do espaço. Também foram utilizados dados secundários de visitação turística, do Produto Interno Bruto e de geração de empregos, obtidos em sites do governo, de instituições turísticas e durante pesquisa de campo realizada na cidade em janeiro de 2018. Os resultados demonstram a relevância do Parque e das Cataratas como os principais elementos formadores do espaço turístico local. Do mesmo modo, foi constatada a contribuição dos investimentos em infraestruturas para promover o destino no segmento de ecoturismo em escala mundial, atraindo mais fluxos de visitantes, deflagrando impactos positivos no PIB setorial, gerando emprego e renda para a população. Palavras-chave: Turismo, Espaço Turístico, Unidades de Conservação da Natureza, Cataratas do Iguaçu. Abstract The tourism is conditioned by the existence of spatial elements that may be appropriate or produced by tourist practice. The production of space by tourism interests geographic science and justifies research based on spatial concepts. Therefore, this article discusses tourism as a space practice, having as an empirical dimension of analysis the Iguaçu National Park in Foz do Iguaçu-PR (Brazil). Similarly, it analyses the role of the attractive Iguaçu Falls, considering its pre-existing/natural condition, the induction of tourist flows and the promotion of socioeconomic benefits for the city. The methodological procedure consisted in the systematic review of the literature, in online academic platforms and books, being the criterion of search, the geographical approach of tourism in the perspective of the production of the space. Secondary data were used for tourist visitation, Gross Domestic Product and job generation, obtained from government websites, tourist institutions and during a field survey held in the city in January 2018. The results demonstrate the relevance of the Park and the Falls as the main formative elements of the local tourist space. Likewise, the contribution of investments in infrastructure to promote the destination

Boletim de Geografia (ONLINE), 2018
RESUMO Os conceitos de risco e vulnerabilidade suscitam debates importantes no âmbito da ciência ... more RESUMO Os conceitos de risco e vulnerabilidade suscitam debates importantes no âmbito da ciência geográfica, principalmente, nos estudos relacionados aos eventos extremos e suas repercussões socioespaciais. Sendo assim, o objetivo deste artigo foi empregar ambos os conceitos na análise do processo que levou à canalização de um curso d'água na Bacia do Córrego do Veado em Presidente Prudente (SP), e que nos dias de eventos extremos de precipitação têm as águas transbordadas, culminando em inundações e alagamentos em determinadas áreas. Nesse sentido, realizou-se uma revisão bibliográfica e documental sobre o risco, a vulnerabilidade e a produção do espaço urbano na cidade, compreendendo os principais processos e dinâmicas que os constituem. Para enriquecer as considerações, trabalhou-se com dois eventos extremos de precipitação que repercutiram socialmente na cidade, causando perdas e/ou danos materiais e humanos. A identificação dos eventos ocorreu por meio de consultas em mídias digitais. Posteriormente, foram adquiridos dados de precipitação junto ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) em estação localizada na Faculdade de Ciências e Tecnologia/UNESP, uma das principais fontes de informação no monitoramento dos elementos climáticos, que possibilitaram estabelecer padrões sobre a dinâmica climática e sobre os eventos extremos analisados. Os resultados obtidos demonstraram que o processo de canalização do curso d'água potencializou a geração de riscos e vulnerabilidades socioespaciais, principalmente, nas imediações do Parque do Povo, área verde pública implantada sobre o curso canalizado, e que as modificações empregadas na canalização do córrego foram influenciadas tanto pelas políticas federais (reurbanização), quanto locais (apropriação dos fundos de vale). Por fim, acredita-se que os eventos extremos de precipitação tiveram seus impactos negativos intensificados pelo modo como o espaço urbano tem sido produzido, ou seja, não considerando de modo integrado aspectos físico-naturais e socioespaciais. Palavras-chave: Espaço urbano. Evento extremo de precipitação. Bacia hidrográfica. Área verde pública. ABSTRACT The concepts of risk and vulnerability give rise to important debates in geographic science, especially in studies related to extreme events and their social and spatial repercussions. Therefore, the objective of this article was to use both concepts in the analysis of the process that led to the channeling of a watercourse in the Hydrographic Basin Córrego do Veado in Presidente Prudente (SP) and that in the days of extreme precipitation events have the inundated waters, culminating in floods and floods in certain areas. In this sense, a bibliographical and documentary review was carried out on the risk, vulnerability and production of urban space in the city, understanding the main processes and dynamics that constitute them. To enrich the considerations, two extreme events of precipitation were worked, which had a social repercussion in the city, causing losses and/or material and human damages. The identification of events occurred through queries on digital media. Later, rainfall data were collected from the National Institute of Meteorology (INMET) at a station located at the UNESP Faculty, one of the main sources of information on the monitoring of climatic elements, which enabled the establishment of standards on climate dynamics and extreme events analyzed. The results showed that the process of channeling the watercourse increased the social and spatial risks and vulnerabilities, mainly in the public green area Parque do Povo implanted over the canalized course, and that the modifications used in the channeling of the stream were influenced by both federal (redevelopment) and local (appropriation of valley funds) policies. It is believed that the extreme events of precipitation had their negative impacts intensified by the way the urban space was produced, not considering in integrated way the natural, social and spatial aspects.
Keywords: Urban Space; Extreme precipitation events; Hydrographic Basin; Public green area.

Atlas Ambiental Escolar de Presidente Prudente (SP), 2017
Na esfera municipal, o Plano Diretor e a Lei de Parcelamento do Solo Urbano são instrumentos jurí... more Na esfera municipal, o Plano Diretor e a Lei de Parcelamento do Solo Urbano são instrumentos jurídicos fundamentais na determinação das políticas públicas de desenvolvimento e ordenamento territorial urbano, bem como no processo de implantação de áreas verdes públicas. As áreas verdes públicas são conceituadas como os Espaços Livres onde predominam a vegetação de porte arbóreo, e que cumprem fundamentalmente três funções: a estética, a ecológica e a de lazer/social. Na área, o solo permeável deve ocupar pelo menos 70% do lote, que de acesso livre/público, não possuí regras rígidas para sua utilização (NUCCI, 2008). Portanto, são elementos indispensáveis ao equilíbrio ambiental urbano, e importantes indicadores de qualidade na escala da cidade, cujos principais benefícios traduzem-se em melhorias ecológicas, sociais e estéticas. Sendo assim, realizou-se o diagnóstico ambiental em 116 áreas verdes públicas em Presidente Prudente, constituídas de parques e praças. Os dados trabalhados foram cedidos pela Secretaria de Meio Ambiente (SEMEA). O processo avaliativo baseou-se na investigação de seis indicadores geoambientais: (a) Disposição Espacial e Densidade da Vegetação Arbórea na Área Verde; (b) Aspectos Físicos e Sanitários da Vegetação; (c) Cobertura Predominante do Solo, (d) Condição do Relevo (Função ecológica); (e) Mobiliário e Equipamentos Existentes na Área Verde (Função social), e (f) Aspecto Geral da Área Verde (Limpeza e Conservação) (Função estética). O resultado obtido é considerado satisfatório, tendo em vista o Índice de Qualidade Ambiental (IQA) aplicado, cujo valor final para Presidente Prudente é de 0,69. O IQA é composto pelos indicadores anteriormente mencionados, e o padrão satisfatório encontra-se no intervalo de 0,66 a 0,82. O índice congrega avaliações referentes às funções ecológicas, sociais e estéticas, já que essas são os principais fatores que justificam a presença das áreas verdes no espaço da cidade. Ademais, os resultados do IQA comprovam que existem diferenças relevantes em Presidente Prudente, que necessariamente obedecem aos arranjos socioespaciais e de produção do espaço urbano na cidade, já que desde o início da sua expansão territorial, priorizaram-se determinadas partes em detrimento de outras, como da divisão sul (constantemente em valorização), seguida da divisão leste (núcleo urbano inicial da cidade), onde a qualidade ambiental nas áreas verdes classifica-se em condições mais ideais, a julgar pela dimensão ecológica, social e estética.

Revista Científica ANAP Brasil, 2016
Quando se pensa no conceito de natureza, as concepções são bastante variadas. Para algumas pessoa... more Quando se pensa no conceito de natureza, as concepções são bastante variadas. Para algumas pessoas, a ideia de natureza é aquela “pura” ou “intocada”. Para outras ela é os espaços rurais, que se contrapõem aos urbanizados. E existem aquelas para quem a natureza é concebida como tudo que é contrário ao homem e suas práticas. Na história mais recente, Serpa (2013) afirma que a natureza está associada inconscientemente pelas pessoas às formações vegetais, aos córregos e rios. Tais elementos, quando sobrevivem ao processo de urbanização, acabam por se destacar na paisagem da cidade, adquirindo novas funcionalidades e significados, sobretudo, sob os interesses do capital privado. O autor afirma que “a necessidade de natureza” nunca esteve tão evidente, respaldando a preocupação com a qualidade ambiental e de vida da população, e colocando no centro do debate sobre os problemas ambientais urbanos, a manutenção das Áreas Verdes Públicas – as AVPs.
A relação com as áreas verdes consiste no fato das mesmas serem, na maioria dos casos, áreas livres de construções e que abrigam diferentes espécies da fauna e flora, podendo contar com a presença de cursos d’água e outros elementos antagônicos às paisagens das áreas densamente construídas, caracterizadas pelo concreto, pela quantidade elevada de veículos automotores e seus ruídos, etc. O destaque dado as AVPs, entretanto, esconde de fato um jogo de interesses entre as classes dominantes, o poder público e a coletividade, sobretudo, na escala local. Isso significa que a promoção das AVPs pode se dar em virtude dos seus benefícios sociais, ambientais e estéticos, contudo, ocultando-se os econômicos, pois estes não são interessantes ao discurso da qualidade ambiental promovido pelo poder público e pelos agentes privados responsáveis em produzir e consumir o espaço (SERPA, 2013; NUCCI, 2008).
Neste sentido, as AVPs são planejadas e concebidas como espaços públicos, todavia, que se concretizam no contexto de um grande projeto imobiliário, direcionado a parcelas específicas da população. O que se tem na verdade são os elementos naturais, que materializados na área verde, são apropriados para serem vendidos e consumidos enquanto natureza pura, já que os espaços verdes públicos têm a capacidade de reorganizar as dinâmicas e arranjos socioespaciais em seu entorno, a partir do momento em que são implantadas, servindo justamente como instrumento de requalificação e revitalização de setores urbanos desvalorizados e degradados ambientalmente, mas que se tornam interessantes aos investimentos do capital privado, quando beneficiados por uma rodovia, pela proximidade de um grande complexo comercial, pelo incentivo fiscal cedido pelo poder público para a apropriação de certos lotes urbanos, por exemplo, (WENZEL, 1991).
Logo, o objetivo desse trabalho é realizar uma abordagem teórica, considerando aspectos característicos da produção do espaço urbano, que contribuem e direcionam ações para que espaços públicos sejam apropriados privadamente por determinados grupos da sociedade, servindo, igualmente, no processo de reprodução do capital privado em escala local.

Caminhos da Geografia (UFU ONLINE), 2016
O espaço urbano produzido sob os interesses capitalistas torna-se o lugar onde padrões de diferen... more O espaço urbano produzido sob os interesses capitalistas torna-se o lugar onde padrões de diferenças e desigualdades socioespaciais são materializados. Considerando tal particularidade, este artigo teve como objetivo analisar a qualidade ambiental em três áreas verdes públicas de Presidente Prudente (SP), tendo em vista a condição de exclusão social dos bairros onde estão implantadas, e alguns
aspectos históricos da expansão territorial urbana na cidade. A qualidade ambiental das áreas verdes foi mensurada com base nas referências bibliográfico-documentais e nos dados obtidos com a pesquisa empírica. O trabalho em campo, por sua vez,
foi auxiliado pela observação sistemática e pela ficha de caracterização das áreas
verdes, constituída de padrões de qualidade considerados como ideais. As análises estiveram relacionadas à localização espacial das áreas verdes públicas dentro dos limites do perímetro urbano. Acredita-se que o debate proposto seja importante, na
medida em que os resultados apontam que determinados arranjos de produção do espaço urbano em Presidente Prudente e seu desenvolvimento histórico têm beneficiado minorias sociais, promovendo e acentuando diferenças e desigualdades
socioespaciais na escala intraurbana, contribuindo para a diminuição da qualidade ambiental em loteamentos de interesse popular implantados, estrategicamente, em
áreas descontínuas à malha urbana e/ou periféricas, tais como, os bairros estudados.
Palavras-chave: Produção do Espaço Urbano; Espaços Públicos; Indicador de Qualidade Ambiental.

Este artigo tem como objetivo proporcionar uma reflexão sobre os conceitos encontrados na literat... more Este artigo tem como objetivo proporcionar uma reflexão sobre os conceitos encontrados na literatura científica sobre as áreas verdes urbanas, identificando características, particularidades e comparando-os às definições estabelecidas em legislações municipais que dispõem e asseguram a existência desses equipamentos no espaço urbano de Presidente Prudente, cidade que tem apresentado um ritmo de crescimento urbano e populacional considerável, exercendo papel singular e de centralidade na região do extremo oeste do estado de São Paulo. Para a organização deste artigo foi realizada uma revisão bibliográfica e documental com a finalidade de se identificar os conceitos e as legislações pertinentes às áreas verdes. Realizou-se também um levantamento sobre estes equipamentos urbanos, solicitando informações junto à Secretaria de Meio Ambiente (SEMEA) por ser o órgão público municipal responsável em implantar e gerir as áreas em questão. Assim, foi possível observar que a teoria, enquanto pesquisas científicas e as práticas, materializadas pelas ações públicas municipais têm apresentado divergências referentes, principalmente, aos pressupostos teóricos e metodológicos que atinam ao processo de classificação e do estabelecimento de terminologias para referenciar tais equipamentos urbanos.
Pretendeu-se com este trabalho, compreender as formas pelas quais a diferenciação socioespacial a... more Pretendeu-se com este trabalho, compreender as formas pelas quais a diferenciação socioespacial acontece no espaço intraurbano. Para tanto, realizou-se uma revisão bibliográfica e documental, buscando na contextualização histórica do pensamento geográfico, em seus conceitos e categorias, subsídios necessários ao conhecimento e interpretação de tal processo. No intuito de agregar valor à análise foi utilizada como exemplo no presente artigo, a pesquisa desenvolvida por Gomes (2009) sobre a cidade de Ribeirão Preto-SP, onde o autor demonstrou a complexidade referente à implantação de áreas verdes públicas preferencialmente em algumas regiões da cidade, evidenciando que as mesmas favoreceram a realização da propriedade privada da terra e contribuíram efetivamente para acentuar a diferenciação socioespacial intraurbana.

Periódico Técnico Científico Cidades Verdes, 2013
É no contexto do intenso processo de industrialização e urbanização mundial, em meados da
década... more É no contexto do intenso processo de industrialização e urbanização mundial, em meados da
década de 1970, que a questão ambiental começa a ser disseminada pelo planeta, influenciando na
organização e realização de eventos que buscam conhecer a gênese dos problemas que afetam o meio
ambiente. O Brasil assumiu papel de destaque nessa discussão, porquanto cediou em 1992 na cidade do
Rio de Janeiro, a Conferência Sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento organizada pela Organização
das Nações Unidas (ONU). Logo, são desenvolvidas no meio acadêmico análises sobre a qualidade
ambiental e qualidade de vida no espaço urbano e, a partir disso, considerações importantes começam a
ser visualizadas e compartilhadas através das pesquisas científicas, destacando-se neste artigo os
benefícios da existência de vegetação para o espaço urbano, principalmente, os relacionados aos aspectos
sociais, ambientais e estéticos da cidade. Entretanto, a realidade observada é de que há carência de áreas
verdes no ambiente urbano brasileiro e falta de planejamento urbano desde a instituição até o manejo das
áreas já efetivadas. Dessa forma, este artigo traz uma abordagem sobre a conceitualização das áreas
verdes, evidenciando suas principais características e os benefícios por elas proporcionados, já que está
cientificamente comprovado que a vegetação urbana, quando localizada no ambiente urbano e distribuída
equitativamente, influencia generosamente para que haja qualidade ambiental e qualidade de vida da
população.

Para se iniciar um projeto de pesquisa a escolha do tema é o passo inicial, e, uma das etapas mai... more Para se iniciar um projeto de pesquisa a escolha do tema é o passo inicial, e, uma das etapas mais importantes é a seleção dos procedimentos metodológicos que serão utilizados durante a realização do projeto. Através dos procedimentos metodológicos é que se torna possível a construção dos resultados, logo, fica evidente porque são tão fundamentais. Para uma escolha coerente com os objetivos do projeto, é fundamental que o pesquisador tenha maturidade e empenho em conhecer detalhadamente todos os procedimentos possíveis de serem utilizados, selecionando de forma consciente, os mais condizentes com a sua pesquisa, pois a escolha correta contribui, por exemplo, na diminuição de imprevistos, em melhores adaptações metodológicas, etc. Este artigo demonstra de que maneira a observação participante e a entrevista foram importantes no estudo de caso realizado em uma Unidade de Conservação (UC) no estado do Paraná. Para tanto, através de uma discussão bibliográfica relacionada ao tema deste e, concomitantemente, relacionando-a as experiências vivenciadas durante a pesquisa na UC, evidencia-se aspectos positivos e negativos da utilização de tais procedimentos; refletindo sobre a complexidade da observação participante e das entrevistas e, demonstrando que não são procedimentos fáceis de serem trabalhados, mas o contrário, que requerem paciência, dedicação e atualização periódica do conhecimento, para que sejam conscientemente executadas e levem a construção de informações e dados confiáveis.

The practice of environmental education (EE) has been increasingly emphasized, because it helps, ... more The practice of environmental education (EE) has been increasingly emphasized, because it helps, for example, the construction of ethical values. The basic objective of the EE's environmental awareness for people to acquire a critical and integrated environment and environmental issues, seeking a transformation in the relationship between man and environment. In this sense, nature trails and/or interpretations are adopted in some cases as basic methodologies in the process of EE and environmental awareness, as through contact between people and the natural environment, it is inferred that there is an awakening for reflections on the environment and the real extent of their problems. Therefore, this article discusses how the EE together the trails and / or interpretive constitutes an efficient and quality when it comes to environmentally educate, to influence people to acquire an ethical, innovative, and is subject to conservation and environmental preservation.
Uploads
Papers by Mariana Cristina Cunha Souza
Palavras-chave: Espaços livres de uso público. Espaço urbano. Indicadores ambientais. Qualidade ambiental.
Keywords: Urban Space; Extreme precipitation events; Hydrographic Basin; Public green area.
A relação com as áreas verdes consiste no fato das mesmas serem, na maioria dos casos, áreas livres de construções e que abrigam diferentes espécies da fauna e flora, podendo contar com a presença de cursos d’água e outros elementos antagônicos às paisagens das áreas densamente construídas, caracterizadas pelo concreto, pela quantidade elevada de veículos automotores e seus ruídos, etc. O destaque dado as AVPs, entretanto, esconde de fato um jogo de interesses entre as classes dominantes, o poder público e a coletividade, sobretudo, na escala local. Isso significa que a promoção das AVPs pode se dar em virtude dos seus benefícios sociais, ambientais e estéticos, contudo, ocultando-se os econômicos, pois estes não são interessantes ao discurso da qualidade ambiental promovido pelo poder público e pelos agentes privados responsáveis em produzir e consumir o espaço (SERPA, 2013; NUCCI, 2008).
Neste sentido, as AVPs são planejadas e concebidas como espaços públicos, todavia, que se concretizam no contexto de um grande projeto imobiliário, direcionado a parcelas específicas da população. O que se tem na verdade são os elementos naturais, que materializados na área verde, são apropriados para serem vendidos e consumidos enquanto natureza pura, já que os espaços verdes públicos têm a capacidade de reorganizar as dinâmicas e arranjos socioespaciais em seu entorno, a partir do momento em que são implantadas, servindo justamente como instrumento de requalificação e revitalização de setores urbanos desvalorizados e degradados ambientalmente, mas que se tornam interessantes aos investimentos do capital privado, quando beneficiados por uma rodovia, pela proximidade de um grande complexo comercial, pelo incentivo fiscal cedido pelo poder público para a apropriação de certos lotes urbanos, por exemplo, (WENZEL, 1991).
Logo, o objetivo desse trabalho é realizar uma abordagem teórica, considerando aspectos característicos da produção do espaço urbano, que contribuem e direcionam ações para que espaços públicos sejam apropriados privadamente por determinados grupos da sociedade, servindo, igualmente, no processo de reprodução do capital privado em escala local.
aspectos históricos da expansão territorial urbana na cidade. A qualidade ambiental das áreas verdes foi mensurada com base nas referências bibliográfico-documentais e nos dados obtidos com a pesquisa empírica. O trabalho em campo, por sua vez,
foi auxiliado pela observação sistemática e pela ficha de caracterização das áreas
verdes, constituída de padrões de qualidade considerados como ideais. As análises estiveram relacionadas à localização espacial das áreas verdes públicas dentro dos limites do perímetro urbano. Acredita-se que o debate proposto seja importante, na
medida em que os resultados apontam que determinados arranjos de produção do espaço urbano em Presidente Prudente e seu desenvolvimento histórico têm beneficiado minorias sociais, promovendo e acentuando diferenças e desigualdades
socioespaciais na escala intraurbana, contribuindo para a diminuição da qualidade ambiental em loteamentos de interesse popular implantados, estrategicamente, em
áreas descontínuas à malha urbana e/ou periféricas, tais como, os bairros estudados.
Palavras-chave: Produção do Espaço Urbano; Espaços Públicos; Indicador de Qualidade Ambiental.
década de 1970, que a questão ambiental começa a ser disseminada pelo planeta, influenciando na
organização e realização de eventos que buscam conhecer a gênese dos problemas que afetam o meio
ambiente. O Brasil assumiu papel de destaque nessa discussão, porquanto cediou em 1992 na cidade do
Rio de Janeiro, a Conferência Sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento organizada pela Organização
das Nações Unidas (ONU). Logo, são desenvolvidas no meio acadêmico análises sobre a qualidade
ambiental e qualidade de vida no espaço urbano e, a partir disso, considerações importantes começam a
ser visualizadas e compartilhadas através das pesquisas científicas, destacando-se neste artigo os
benefícios da existência de vegetação para o espaço urbano, principalmente, os relacionados aos aspectos
sociais, ambientais e estéticos da cidade. Entretanto, a realidade observada é de que há carência de áreas
verdes no ambiente urbano brasileiro e falta de planejamento urbano desde a instituição até o manejo das
áreas já efetivadas. Dessa forma, este artigo traz uma abordagem sobre a conceitualização das áreas
verdes, evidenciando suas principais características e os benefícios por elas proporcionados, já que está
cientificamente comprovado que a vegetação urbana, quando localizada no ambiente urbano e distribuída
equitativamente, influencia generosamente para que haja qualidade ambiental e qualidade de vida da
população.
Palavras-chave: Espaços livres de uso público. Espaço urbano. Indicadores ambientais. Qualidade ambiental.
Keywords: Urban Space; Extreme precipitation events; Hydrographic Basin; Public green area.
A relação com as áreas verdes consiste no fato das mesmas serem, na maioria dos casos, áreas livres de construções e que abrigam diferentes espécies da fauna e flora, podendo contar com a presença de cursos d’água e outros elementos antagônicos às paisagens das áreas densamente construídas, caracterizadas pelo concreto, pela quantidade elevada de veículos automotores e seus ruídos, etc. O destaque dado as AVPs, entretanto, esconde de fato um jogo de interesses entre as classes dominantes, o poder público e a coletividade, sobretudo, na escala local. Isso significa que a promoção das AVPs pode se dar em virtude dos seus benefícios sociais, ambientais e estéticos, contudo, ocultando-se os econômicos, pois estes não são interessantes ao discurso da qualidade ambiental promovido pelo poder público e pelos agentes privados responsáveis em produzir e consumir o espaço (SERPA, 2013; NUCCI, 2008).
Neste sentido, as AVPs são planejadas e concebidas como espaços públicos, todavia, que se concretizam no contexto de um grande projeto imobiliário, direcionado a parcelas específicas da população. O que se tem na verdade são os elementos naturais, que materializados na área verde, são apropriados para serem vendidos e consumidos enquanto natureza pura, já que os espaços verdes públicos têm a capacidade de reorganizar as dinâmicas e arranjos socioespaciais em seu entorno, a partir do momento em que são implantadas, servindo justamente como instrumento de requalificação e revitalização de setores urbanos desvalorizados e degradados ambientalmente, mas que se tornam interessantes aos investimentos do capital privado, quando beneficiados por uma rodovia, pela proximidade de um grande complexo comercial, pelo incentivo fiscal cedido pelo poder público para a apropriação de certos lotes urbanos, por exemplo, (WENZEL, 1991).
Logo, o objetivo desse trabalho é realizar uma abordagem teórica, considerando aspectos característicos da produção do espaço urbano, que contribuem e direcionam ações para que espaços públicos sejam apropriados privadamente por determinados grupos da sociedade, servindo, igualmente, no processo de reprodução do capital privado em escala local.
aspectos históricos da expansão territorial urbana na cidade. A qualidade ambiental das áreas verdes foi mensurada com base nas referências bibliográfico-documentais e nos dados obtidos com a pesquisa empírica. O trabalho em campo, por sua vez,
foi auxiliado pela observação sistemática e pela ficha de caracterização das áreas
verdes, constituída de padrões de qualidade considerados como ideais. As análises estiveram relacionadas à localização espacial das áreas verdes públicas dentro dos limites do perímetro urbano. Acredita-se que o debate proposto seja importante, na
medida em que os resultados apontam que determinados arranjos de produção do espaço urbano em Presidente Prudente e seu desenvolvimento histórico têm beneficiado minorias sociais, promovendo e acentuando diferenças e desigualdades
socioespaciais na escala intraurbana, contribuindo para a diminuição da qualidade ambiental em loteamentos de interesse popular implantados, estrategicamente, em
áreas descontínuas à malha urbana e/ou periféricas, tais como, os bairros estudados.
Palavras-chave: Produção do Espaço Urbano; Espaços Públicos; Indicador de Qualidade Ambiental.
década de 1970, que a questão ambiental começa a ser disseminada pelo planeta, influenciando na
organização e realização de eventos que buscam conhecer a gênese dos problemas que afetam o meio
ambiente. O Brasil assumiu papel de destaque nessa discussão, porquanto cediou em 1992 na cidade do
Rio de Janeiro, a Conferência Sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento organizada pela Organização
das Nações Unidas (ONU). Logo, são desenvolvidas no meio acadêmico análises sobre a qualidade
ambiental e qualidade de vida no espaço urbano e, a partir disso, considerações importantes começam a
ser visualizadas e compartilhadas através das pesquisas científicas, destacando-se neste artigo os
benefícios da existência de vegetação para o espaço urbano, principalmente, os relacionados aos aspectos
sociais, ambientais e estéticos da cidade. Entretanto, a realidade observada é de que há carência de áreas
verdes no ambiente urbano brasileiro e falta de planejamento urbano desde a instituição até o manejo das
áreas já efetivadas. Dessa forma, este artigo traz uma abordagem sobre a conceitualização das áreas
verdes, evidenciando suas principais características e os benefícios por elas proporcionados, já que está
cientificamente comprovado que a vegetação urbana, quando localizada no ambiente urbano e distribuída
equitativamente, influencia generosamente para que haja qualidade ambiental e qualidade de vida da
população.