Thesis Chapters by Carla L Porto
História, Ciências, Saúde – Manguinhos, 2019
PORTO, Carla Lisboa. Escritas de si e de uma doença: um estudo sobre produções de caráter biográf... more PORTO, Carla Lisboa. Escritas de si e de uma doença: um estudo sobre produções de caráter biográfico e autobiográfico de ex-portadores do mal de Hansen.
Resumo: A deputada estadual Conceição Santamaria teve sua trajetória política diretamente ligada ... more Resumo: A deputada estadual Conceição Santamaria teve sua trajetória política diretamente ligada à história da hanseníase em São Paulo, bem como a algumas das mudanças nas políticas públicas para os doentes no estado. Neste artigo, investiga-se o discurso construído sobre a deputada pelo jornal O Estado de S. Paulo, com base na análise de textos jornalísticos publicados no periódico de 1945 a 1954. Este período compreende sua atuação na Cruz Vermelha até um ano antes do fim de sua segunda legislatura, em 1955. Essas fontes também podem ser vistas como registros da participação da mulher num ambiente, até então, eminentemente masculino, como a política. Palavras-chave: Mulheres no espaço público. Imagem pública. Biografia. Conceição Santamaria. Conceição Santamaria: biographical elements in the construction of a discourse by O Estado de S.

Esta pesquisa tem por objetivo investigar as experiências de pessoas que viveram e trabalharam em... more Esta pesquisa tem por objetivo investigar as experiências de pessoas que viveram e trabalharam em um antigo leprosário no interior do estado de São Paulo e que criaram, a partir de redes de sociabilidade e solidariedade, diversas táticas de sobrevivência e resistência. O Departamento de Profilaxia da Lepra, criado em 1935 e extinto em 1967, foi o responsável pela política de isolamento praticada na rede de cinco asilos-colônias paulistas (dentre eles, o de Aimorés, em Bauru), assim como as normas disciplinares adotadas nessas instituições. Para proteger o restante da população de uma endemia de lepra (hanseníase), os doentes foram excluídos da sociedade e passaram a viver na instituição sob regras e códigos disciplinares bastante severos, principalmente, em relação ao controle dos usos do tempo e de seus corpos. O antigo asilo-colônia Aimorés tinha características de uma instituição total, regida por diferentes políticas públicas para combate à doença (do isolamento compulsório até a internação para tratamento, possível desde o fim da década de 1940). Embora houvesse, a partir de 1962, um decreto que determinava o fim dessa prática para com os portadores do mal de Hansen, o estado de São Paulo a manteria até 1967, quando houve a reestruturação da Secretaria de Saúde paulista. Diante desse cenário, como esses homens e mulheres agiram para lidar com a vida em confinamento e quais as alternativas encontradas por eles para suportarem uma liberdade vigiada? Como essas modificações repercutiram no modo de viver destas pessoas? Buscou-se, portanto, identificar de que maneira as redes de sociabilidade, formadas dentro de um espaço disciplinador, possibilitaram aos internados a execução de táticas de sobrevivência e resistência ao regime de isolamento e, até mesmo, a subversão dos códigos disciplinares que lhes foram impostos. Tais práticas são apresentadas a partir da análise das narrativas de ex–pacientes entrevistados, que contêm aspectos importantes sobre suas relações sociais e o cotidiano, por meio de suas memórias sobre o trabalho e as atividades de lazer e entretenimento. A data inicial da periodização contempla a primeira rebelião coletiva dos internados, ocorrida em 1945, até o impacto destas mudanças sobre as atividades da Caixa Beneficente. A entidade, que oferecia assistência aos internados para sua adaptação à vida intramuros, passaria, em 1969, a auxiliá-los para a readaptação, nem sempre bem-sucedida, da vida fora da instituição. Para compreender esse contexto (de criação da instituição e seu funcionamento), serão apresentadas também as políticas públicas adotadas para o combate à doença no período em questão, no estado, por meio de diversas fontes.
Palavras chave: Lepra. Saúde Pública. Sociabilidades. Práticas Sociais. Memórias.
Papers by Carla L Porto
INTELECTUAIS E NAÇÃO: LEITURAS DE BRASIL NA REPÚBLICA, 2018
Patrimônio e memória, 2018
Este trabalho aborda um espaço de sociabilidade localizado num antigo leprosário público no inter... more Este trabalho aborda um espaço de sociabilidade localizado num antigo leprosário público no interior do estado de São Paulo, criado para isolar doentes de lepra (hanseníase), quando ainda não havia tratamento para a doença. A instituição possuía uma infraestrutura que possibilitou aos internados a formação de novos vínculos, relações sociais e práticas. O Cassino Aimorés, em atividade entre 1938 e 1974, foi um importante espaço de sociabilidade neste contexto. Transformado no Museu Silas Braga Reis, o local abriga um acervo que ajuda a ressaltar um discurso institucional, em detrimento das memórias de seus pacientes. Neste artigo, serão aprofundar as reflexões sobre das disputas que envolvem a narrativa sobre o passado em uma instituição de isolamento, inclusive do silenciamento das memórias dos antigos pacientes.
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Palavras chave: Lepra. Saúde Pública. Sociabilidades. Práticas Sociais. Memórias.
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Palavras chave: Lepra. Saúde Pública. Sociabilidades. Práticas Sociais. Memórias.